segunda-feira, 22 de abril de 2024

ESTAÇÃO MAL-CUIDADA


Estação Cultural Hervê Cordovil, Centro, Viçosa-MG.
Pichação nas paredes externas e antiga biblioteca, atualmente ocupada por um órgão público federal.

Vidros quebrados, painéis improvisados.

Vidros quebrados, painéis improvisados, pintura suja.

Quem ocupa tem que cuidar do patrimônio. Se  não o fizer, que devolva ao Município.

Fotos Ítalo Stephan, abril de 2024.

domingo, 21 de abril de 2024

CIDADE INJUSTA

Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 18 de abril de 2024.

 A cidade de Viçosa cresce de várias maneiras. A mais visível é com a verticalização, por meio da proliferação de edifícios de sete a doze pavimentos, nos bairros centrais (Centro, Ramos, Clélia Bernardes, Fátima, Lourdes, Santa Clara) e a eles periféricos, com edifícios de quatro a sete pavimentos (Santo Antônio, João Braz, Silvestre, Bom Jesus, Vau-açu). Chama atenção pela quantidade de prédios. Uma pessoa desatenta dirá que Viçosa parece uma cidade mais populosa. Há muitas cidades com mais de duzentos mil habitantes com muito menos prédios. Outra forma de crescimento danoso, quase silenciosa, é a dispersão urbana, com a multiplicação de parcelamentos de terra isolados nas bordas da cidade; quase sempre com apenas um acesso a uma via (isso é um problema), com grandes vazios urbanos supervalorizados, deixados entre eles.  Isso fica muito visível nos condomínios fechados (Acamari, Monteverde, Otávio Pacheco, Reserva Real, Caminho dos Lagos, Canto dos Sonhos etc.) e nos chacreamentos (Cantagalo, Cristais, Araújos, Retiro da Mata, Paraíso, Canela, Marreco, Chácaras Sauá etc.). 

Um dos empreendimentos mais recentes é o Vale Real, um conjunto de 95 lotes grandes, próximo ao bairro Romão dos Reis, numa encosta que divide a umas centenas de metros, com Nova Viçosa e Bom Jesus. Há um aspecto em desacordo com a legislação municipal. A Lei nº 1469/2001, de Parcelamento do Solo do Município de Viçosa, deixa claro, no Art. 10, que “os lados dos quarteirões não podem ter extensão superior a 200 metros de testada de lotes contíguos. Há, no condomínio dois trechos de vias que infringem esta norma: um de 550 metros e outro de 370 metros. Outro ponto que chama atenção é que, do ponto de ônibus do Romão dos Reis até a portaria do condomínio, há um estreito e sinuoso trecho de 700 metros em terra. A mesma lei determina que a Prefeitura “não aprovará loteamento cuja realização exija a execução, por parte do poder público, de obras e serviços de infraestrutura, inclusive de vias de acesso nas áreas adjacentes, salvo se tais obras e serviços forem executados às custas, pelo loteador”. Vamos aguardar se isso realmente vai acontecer, pois há precedentes em que recai sobre o dinheiro público a execução dessas obras; e um deles foi o asfaltamento e a construção de calçadas na “Nova” P. H. Rolfs, uma região destinada apenas às classes de maior renda.  

Não se pode negar que a verticalização excessiva sobrecarrega a infraestrutura (capacidade de suporte das redes de água, de esgotos e do sistema viário), impermeabiliza o solo gerando problemas de drenagem. Por outro lado, a dispersão excessiva impacta fortemente o meio ambiente com desmatamentos, amplos movimentos de terra; cria vazios urbanos valorizados, fomentando a especulação imobiliária. A dispersão também demanda o acesso aos serviços públicos (pavimentação, iluminação, coleta de lixo, transporte coletivo), quase sempre atendida para a população com mais alta renda. Esses dois fenômenos impossibilitam que nos bairros mais populosos de baixa renda tenham melhores condições de vida, pois ainda existem condições precaríssimas das vias e calçadas; do transporte coletivo; do atendimento de equipamentos de saúde, educação, assistência social, saneamento e lazer.  

Viçosa fica cada vez mais desigual, injusta, insustentável ambiental e economicamente. Os pontos aqui levantados indicam que há uma ineficiência de planejamento urbano adequado e equilibrado para todos, e descuidos com a gestão do território, problemas esses que se agravam continuamente. Da forma como está, estamos cada vez mais longe de uma justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização, como estabelecido no Estatuto da Cidade.


sábado, 20 de abril de 2024

DISPERSÃO INSUSTENTÁVEL

Viçosa expande sua malha viária de forma dispersa e com irregularidades: desacato à Lei de Parcelamento do solo com vias com mais de 200 metros sem conexão com outras.  
Quem vai asfaltar o trecho sem pavimentação?

Condomínio Vale Real. Lotes com alta declividade, muito acima dos 30% permitidos.

Quase uma centena de lotes a serem ocupados. Quando ocupados vão exigir coleta de lixo, acesso pavimentado, iluminação pública, transporte coletivo. Cada empreendimento desses aumenta o custo de gestão do município a níveis insustentáveis.

Acesso estreito em estrada de terra. 

Fotos Ítalo Stephan, abril 2024

VERTICALIZAÇÃO DISSEMINADA

Área central de Viçosa. Vista do Belvedere. Verticalização intensa, parece ser de uma cidade com mais de duzentos mil habitantes.

Vista a partir do bairro Santa Clara em direção à área central.

Vista do bairro Nova Viçosa que, aos poucos vai verticalizando.

Fotos Ítalo Stephan, abril de 2024. 

segunda-feira, 8 de abril de 2024

NOVO QUADRO: MACABIN-BAYT SIRA


Fronteiras: de um lado Israel com um bairro planejado de Macabin, Do outro lado da fronteira Bayt Sira um povoado da Cisjordânia.
Esmalte e acrílico sobre Duratex, 90 x 90 cm, abril de 2024. 

domingo, 7 de abril de 2024

“NOVA” P.H. ROLFS?

 Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 4 de fev. 2024.

Em 2012, a região dos Cristais, porção sudoeste de Viçosa, embora com características rurais, passou a ser objeto de interesse do setor da construção civil. A primeira medida urbanística foi tornar a região área urbana. Em seguida, veio a criação da Nova P. H. Rolfs, uma extensão da avenida que nasce na Praça do Rosário, atravessa o Campus da UFV, num trecho de 3,7 km e termina no trevo, onde se junta à rodovia BR 120, num novo trecho de 3,6 km. Essas medidas fizeram com que o metro quadrado das terras da região passasse de centavos para atuais a várias centenas de reais. Grande negócio, não?

Esse novo trecho gerou uma alteração na Lei de Uso do solo (1420/2000), como ZR3 e ZC. O único núcleo – os Cristais - com algumas residências existentes há décadas ficou de fora do zoneamento. A ZR3 - Zona Residencial 3 tem como características a predominância de uso residencial e restrição à verticalização, sendo permitido instalar indústrias de até médio porte ou do tipo toleradas. Tem o Coeficiente de Aproveitamento máximo de 1,5; permite uma Taxa de Ocupação máxima de 50%; exige uma Taxa de Permeabilização mínima de 30% e permite uma altura máxima de quatro pavimentos. A ZC- Zona Central tem como característica a predominância de uso misto, sendo permitido instalar indústrias de pequeno porte, não incômodas; permite uma Taxa de Ocupação máxima de 80%; exige uma Taxa de Permeabilização mínima de 10% e gabarito máximo de 10 pavimentos. Podemos questionar o porquê dessa região ser definida como Zona Central, já que está numa região periférica. Apesar desse zoneamento, o qual não permitiria condomínios fechados, já existe ao menos um, com várias casas, cujo zoneamento deveria ser ZR4 (exclusivo para residências unifamiliares).

As obras foram iniciadas depois de a Prefeitura ter aprovado um estudo de Impacto de Vizinhança a qual apenas exaltou vagamente as consequências previsíveis, tais como: impacto socioeconômico positivo para a região, a “mais próspera” da cidade, com o aumento do fluxo de veículos; valorização da área; criação de novos empregos e atendimento às necessidades da população (de alta renda). Observa-se na área alguns problemas: as faixas de rolamento são muito estreitas, podendo causar transtornos no trânsito com dois caminhões, por exemplo. As faixas deveriam ter ao menos um metro a mais cada. Não foi planejada a construção de uma ciclovia, como há no trecho da avenida no Campus; uma pena, uma oportunidade perdida. Assim como o asfaltamento, as calçadas largas foram construídas com recursos do município, ou seja, com dinheiro público. Para mim um recurso desperdiçado, pois ali circulam pouquíssimos pedestres, além do mais, com as futuras construções nos lotes, as calçadas certamente serão destruídas. Foi um recurso mal gasto, pois ainda há bairros populosos com muitas ruas sem pavimentação e calçadas. 

Os empreendedores da região já iniciaram obras de grande estrutura, estão vendendo terrenos na faixa de R$320.000,00 a R$1.800.000,00 (é só procurar nas imobiliárias para confirmar essa informação). Represaram curso d’água e já anunciam a vinda de hospital, de escola e de grandes empreendimentos. Em resumo, a produção do espaço na região foi marcada pela transição rural-urbana, com ampla ajuda de recursos do município, com a incorporação de novas áreas à urbanização, com características para a ocupação de população de alta renda, enquanto enorme fração de bairros permanece com infraestrutura precária.

sexta-feira, 29 de março de 2024

"NOVA" AVENIDA P.H. ROLFS


VIÇOSA, MG - REGIÃO DOS CRISTAIS  2023 - ZR3 + ZC - Avenida - Zona Central (?)


REGIÃO DOS CRISTAIS  2011 - ZR - Zona Rural 

sábado, 23 de março de 2024

PUPA DE VENTO EM POPA

 

Nosso laboratório - Pupa - do nosso PPG.au de vento em popa. Reuniões semanais para  desenvolver estudos em comum, cursos, cartilha, eventos.

Cabe até uma reunião mais informal.

INSISTENTE, IGNORANTE REPETIÇÃO

Todos os anos e, considerando o agravamento das condições meteorológicas, vêm tragédias anunciadas: temporais, enchentes, deslizamentos, prejuízos econômicos, mortes. 

Muitas evitáveis.

sábado, 16 de março de 2024

Parte é verdade! Venham conferir!


Tão Viçosa que as lagoas são de doce de leite!


 

ALCÁZAR DE SEVILHA

Sevilha, muralha e porta de Leon.

Trata-se de um complexo palaciano formado por vários edifícios de diferentes épocas. A fortificação original foi construída sobre uma antiga edificação romana, e mais tarde visigoda. Posteriormente passou a ser uma basílica paleocristã, identificada por alguns como a Basílica de São Vicente Mártir), onde teria sido enterrado São Isidoro.

Um dos pátios internos

Decoração moura

Efusiva decoração

Um dos jardins

Fotos Ítalo Stephan, fevereiro 2024.
Para saber mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Real_Alcàzar_de_Sevilha

CIDADE VERTICAL

 


A partir do Censo de 2022, um levantamento divulgado na mídia identificou Viçosa como a sexta cidade “mais vertical” do país e a primeira de Minas Gerais. Essa característica apontou que quase 41,6% da população local mora em apartamentos (31.724 pessoas), enquanto 56,59% habitam em casas (43.076 pessoas) e 1,6% em casas de vila ou condomínios (1.144 pessoas). O estudo não inclui prédios de uso institucional e comercial (escritórios, consultórios), normalmente verticalizados. Então, o que significa isso? Essas estatísticas revelam pontos positivos ou negativos?

Primeiramente, a verticalização é um processo sem volta e pode ser bom para as pessoas e para as cidades.  É um processo que, se bem planejado e se seguir todas as regras do uso do solo, não gera problemas e atende a maioria da população. Sob o ponto de vista ambiental, uma maior densidade habitacional é positiva, pois concentra a população e evita uma dispersão horizontal em direção às áreas rurais, onde estão os mananciais, as matas e a produção agropastoril. Mais gente morando próximo significa otimização da infraestrutura de saneamento, de iluminação pública, do transporte coletivo, da localização do comércio e de postos de empregos; sem contar permite menores deslocamentos a pé. No entanto, a densificação deve ser bem planejada, de forma a não ultrapassar a capacidade de suporte da infraestrutura; lembrando que já estamos passando do limite nesta questão em Viçosa.

 Podem-se destacar alguns aspectos prejudiciais da verticalização. Há um processo cíclico     comum: o custo do solo é alto. Por ser alto, só compensa com a construção de muitas unidades residenciais; por permitir muitas unidades, o preço do solo aumenta. Isso expulsa muita gente para a periferia. A verticalização gera conflitos, como a perda da identidade cultural e o desaparecimento de bairros tradicionais.  É necessário dosar essa capacidade de suporte, com uma densidade habitacional adequada. Uma vez ultrapassado esse equilíbrio, surgem problemas como congestionamento, poluição sonora e do ar; ilhas de calor e sombreamento; perda de ventilação e canalização de ventos. É necessário garantir que determinadas condições da via comportem acréscimo de população e suas necessidades de circulação e de transporte. É necessário prestar atenção na impermeabilização do solo e no destino das águas pluviais. Há leis para isso. Deverá haver, também, incentivos para a coleta de águas pluviais, mais áreas de jardins e quintais; hortas urbanas e jardins verticais.

Portanto, a verticalização pode ser um fator positivo, mas não é o único processo que ocorre nas nossas cidades. Simultaneamente ao adensamento em áreas mais centrais, há uma forte expansão horizontal em direção às áreas rurais, que vem desmatando, assoreando os cursos d’água, expulsando moradores para terras baratas e sem infraestrutura. Condomínios horizontais fechados e chacreamentos em áreas atraentes e valorizadas alteram o uso do solo rural para urbano.  

As consequências de uma falta de controle e de fiscalização dessa expansão são o aumento insustentável da demanda por atendimento em infraestrutura, coleta de lixo, transporte público, policiamento, o aumento da necessidade de deslocamentos por automóvel etc. O grande desafio é promover a sustentabilidade das cidades. Com um planejamento adequado, aqui incluo, com vontade política, a verticalização, já que é inevitável, pode avançar com os devidos cuidados, a horizontalização precisa ser controlada. 


sábado, 2 de março de 2024

BALCÕES DE ESPANHA

Balcões, sacadas, varandas, como queiram chamar, são elementos arquitetônicos marcantes na Espanha

Madrid

Madrid

Sevilha

Toledo

Madrid

Madrid

Sevilha

Fotos Ítalo Stephan, janeiro/fevereiro  de 2024

EXPANSÃO URBANA - REGIÃO DO ACAMARI, VIÇOSA-MG


No período, nota-se a criação de 3 condomínios no entorno do Acamari (Monteverde, Otávio Pacheco), a ocupação da Quinta dos Guimarães e um entre a Rua Nova e o Romão dos Reis; a construção de casas ao longo da  rodovia.





 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

LIÇÕES DA ESPANHA

Rua de Sevilha

Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa, em 22 de fevereiro de 2024.

Ressalvadas todas as diferenças socioeconômicas entre um país europeu e o nosso, trago, de uma breve viagem à Espanha, a constatação de que estamos muito atrasados em relação à qualidade urbana, quanto à infraestrutura, ao desenho urbano, ao comportamento dos pedestres e à preservação do patrimônio arquitetônico. Embora desenvolvida, a Espanha enfrenta seus problemas (estes comuns aos países europeus), tais como envelhecimento da população e problemas de política pública de subvenção aos produtores rurais das secas, estas cada vez mais frequentes (Barcelona chegou ao ponto de ir buscar água em outras províncias em navios!). Evidentemente minha experiência na Espanha foi curta, restrita em tempo e a apenas cinco cidades (Barcelona, Madrid, Toledo, Ávila, Segóvia e Sevilha), todas elas com forte atração turística, mas foi possível identificar um padrão.  

Primeiramente, a qualidade das vias urbanas mostra calçadas e pisos, ou no mesmo plano, ou com pouca diferença de nível, com uso de placas de pedra e paralelepípedos, bem assentados.  Quando há meio-fio, esses são de pedra bem cortada. Vi postes apenas para sustentar iluminação pública ou semáforos. Nas ruas mais antigas, algumas muito estreitas, a iluminação é feita por luminárias afixadas nas paredes dos edifícios. Nada de fiação suspensa como as das nossas cidades. Nas vias mais largas, tachões metálicos ou blocos de pedra separam ciclofaixas, de faixas de pedestres e de automóveis. Em Sevilha, o bonde moderno entra nessa mistura. As praças, muitas, pequeninas ou parques imensos são muito bem cuidados, com mobiliário adequado, jardins arborizados. Aponto com destaque a beleza das milhares de laranjeiras carregadas de frutas de Sevilha.  Há, nas ruas, mesas de bares sem prejudicar o fluxo de pedestres, assim como fontes, jardineiras, quiosques, parquinhos frequentados.  O destaque de praças é a das Setas de Sevilha, uma estrutura gigantesca em madeira em forma de cogumelos, símbolo de Sevilha, que atravessa uma rua e emoldura com contraste as edificações amigas no seu entorno. Possui amplas escadarias onde centenas de pessoas sentam simplesmente para contemplação. O enorme parque do Retiro, em Madrid, é cheio de atrações e monumentos, e sem problema nenhum, tem amplos caminhos apenas ensaibrados. A Plaza de Espanha, em Sevilha, é uma das maiores obras-primas que os seres humanos foram capazes de produzir.

Rua de Sevilha, pedestres automóveis, ciclistas e VLT, tudo em convívio.

Não me lembro de ter visto paredes pichadas nem placas publicitárias ou de identificação que não sejam discretas. As ruas são identificadas nas esquinas, com sinalização horizontal bem conservada. Em geral, são muito limpas, com exceções em algumas partes antigas de Sevilha, mas isso pode ser os sinais de um fim de semana movimentado.  A sinalização podotátil é presente. Grades, guarda-corpos e corrimãos são comuns e em ótimo estado.  O ponto negativo mais visível são muitas e muitas bingas de cigarro de um hábito que muitos cidadãos de outros países ainda   mantêm; a formidável exceção cabe aos brasileiros. O comportamento dos pedestres é silencioso, respeitam as faixas a eles definidas; os motoristas, com raras exceções, são pacientes e respeitam-se as faixas de pedestres.

Por fim, há aspectos a destacar. A qualidade dos materiais empregados garante durabilidade, ou seja, a correta aplicação de recursos públicos, como deve ser feita. É notória a busca dos espanhóis em deixar as cidades mais acessíveis, mais modernas, sem desrespeito ao acervo arquitetônico.  As pessoas gostam de ambientes agradáveis bem conservados, nos quais possam ver e encontrar outras pessoas. É possível a convivência de gente e de veículos no mesmo ambiente. Não descrevi nada novo, apenas o que acontece nas ruas da Espanha. Todos esses aspectos estão, a meu ver, dentro das possibilidades de adequações para nossas cidades. 

Fotos Ítalo Stephan