segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A arquitetura no Campus da UFV


Biologia e Engenharia Florestal: Dois belos exemplos de arquitetura no Campus. Fotos ítalo Stephan

Em quase nove décadas de existência, o Campus da UFV foi recebendo edificações que formam um importante acervo arquitetônico. Há edifícios cujas qualidades arquitetônicas se mantiveram por décadas. O acervo atual é um interessante conjunto de obras ecléticas, modernistas e contemporâneas. A forma com que foram implantados e com que são mantidos criou um campus com ambientes cujas proporções e paisagens proporcionam a sensação de harmonia, ordem, tranqüilidade, segurança e contemplação, o que atrai e encanta pessoas durante todo o tempo, pois transformou o Campus em um grande parque urbano.

Há alguns edifícios significativos, como a casa onde funciona a Reitoria, o eclético classicizante Edifício Arthur Bernardes, o eclético edifício Belo Lisboa, o proto-moderno prédio da Economia Doméstica e os prédios modernistas da Engenharia Florestal ,da Economia Rural, da Engenharia Agrícola, da Zootecnia, da Biologia (com seu belo pátio interno) e o Centro de Vivência. Há ainda, dignos de menção a pequenina estaçãozinha, a edifício da Imprensa Universitária, o conjunto de casas da Vila Gianetti e o conjunto de prédios do Centreinar. Há,também edificações bem antigas, de usos diversos como tuias, silos e abrigos de animais que merecem ser preservados.

Mas há alguns escorregões que contribuíram para ameaçar o conjunto, pois mudaram o gabarito e o alinhamento iniciais ou não mantiveram o nível das demais edificações. O prédio da Biblioteca e o da Biologia II, as agências da CEF e do Banco do Brasil, o espaço comercial ao lado dão prédio da Economia Doméstica são alguns dos exemplos.

Há outros tantos prédios que, embora não tenham atributos arquitetônicos marcantes, se integram perfeitamente ao conjunto.

Um passeio pelo Campus com um olhar mais atento mostra um conjunto de rara importância em comparação com outros campi, pois agrega história e boa arquitetura, produzida parte por arquitetos conhecidos e parte pelo grupo de arquitetos da UFV , que atuou desde a década de 70, e ainda atua, o que sinaliza que novas obras de qualidade poderão se somar ao belo conjunto. O padrão deve ser mantido,o que faz do fato de acrescentar novos prédios um grande desafio.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Especialização em Patrimônio

Para os interessados:

Programa de Especialização em Patrimônio do IPHAN
As inscrições estão abertas até o dia 04 de março de 2010
copedoc@iphan.gov.br
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14914&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Curso de Especialização Urbana e Arquitetônica - UFMG
As inscrições estão abertas até o dia 01 de março de 2010.
www.fundep.ufmg.br.

Auditório de Niemeyer na Itália



Veja a notícia:

Após 10 anos de controvérsias, Itália inaugura auditório de Niemeyer
De Kelly Velásquez (AFP) – há 5 dias


RAVELLO, Itália — Após dez anos de controvérsias, a Itália inaugura nesta sexta-feira na medieval e turística Ravello um moderno auditório desenhado pelo centenário arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, a quem é dedicada uma homenagem de três dias com concertos, palestras, danças e filmes.
O Auditório de Ravello, também chamado de Auditório do Niemeyer, com capacidade para 400 pessoas, foi idealizado há uma década pelo arquiteto de 102 anos, e aponta para o mar Mediterrâneo como uma folha ondulada que se perde entre limões, buganvílias e alfazemas.
A construção da nova estrutura, formada por uma grande concha acústica branca de cimento armado, levou uma década não apenas pelo seu custo, de 18 milhões de euros (25 milhões de dólares), mas pelas polêmicas, denúncias e recursos judiciais contra ela (oito no total), após ser acusada de violar uma das paisagens mais bonitas da península, a Costa Amalfitana, sobre o Golfo de Salerno e patrimônio da Humanidade.
A batalha da organização ecológica Italia Nostra contra a estrutura começou imediatamente depois que os adminitradores da Fundação Cultural Ravello, muito ativos na pequena localidade de 2.500 habitantes, solicitaram o projeto de Niemeyer no ano 2000.
O projeto foi entregue pelo arquiteto em maio de 2004 no seu escritório no Rio de Janeiro, na Avenida Atlântica, ao presidente da região da Campânia, Antonio Bassolino, com a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
"Foi um magnífico desafio que ganhamos", admitiu Bassolino, ex-líder comunista e grande admirador de Niemeyer, outro "obstinado" militante comunista desde sua juventude e sobretudo o homem que revolucionou a arquitetura moderna com seus desenhos curvos e sensuais.
"Provamos que a bela arquitetura moderna pode conviver em um lugar com tanta história e tradição como Ravello", acrescentou Bassolino.
"É uma obra muito bonita, sugestiva, que se integra perfeitamente com o ambiente", assegurou à imprensa o fotógrafo italiano Oliviero Toscani, que retrata junto com quatro assistentes toda a inauguração
"Está aqui, é para todos, uma obra que tem um ponto de equilíbrio com a natureza", disse o prefeito de Ravello, Paolo Imperato, que elogiou a encantadora vista ao mar observada de uma das janelas.
A ausência em Ravello do arquiteto, que comemorou em dezembro nada menos que 102 anos e que nunca foi na pequena cidade italiana, foi compensada com uma homenagem especial que inclui uma exposição sobre sua vida, concertos de música clássica e moderna, dança, filmes, documentários e uma palestra sobre sua vida e obra.
"Foram muito obstinados e positivos aqueles que lutaram pela construção", admitiu o arquiteto italiano Massimiliano Fuksas, entre os palestrantes convidados.
O desenhista de um dos marcos da arquitetura moderna, Brasília, que completa este ano 50 anos de inauguração, se inspirou para o auditório italiano no importante projeto em que atualmente trabalha, o "complexo Niemeyer de Niterói", cidade do Estado do Rio de Janeiro, com um museu que também se localiza na beira do mar.
Nascido no dia 15 de dezembro de 1907 no Rio, Niemeyer tem mais de 600 projetos arquitetônicos no mundo em mais de 70 anos de carreira, entre eles a sede da editora Mondadori, nos arredores de Milão, realizada em 1975.

Oscar Niemeyer

Vale a pena conhecer o site do mestre.

http://www.niemeyer.org.br/

UrbanData

Vale a pena conhecer o site e receber os boletins via e-mail.
UrbanData
http://urbandata.iuperj.br/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Telhado paulista

Eles estão na maioria das cidades da Zona da Mata mineira. Se proliferam com vontade. Não podemos desconsiderar a importância dos terraços ou "telhados paulistas" para quem tem pouco espaço. Mas a forma com que eles são construídos deixam um aspecto horroroso. Invadem os espaços aéreos dos vizinhos e da calçada. Expõem caixas d' água e roupas secando ao vento. Concordam? Será que tem jeito de melhorar?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Travessa Purdue: uma rua com tudo errado


A Travessa Purdue é uma via curta, mas importante, que liga a avenida Santa Rita aos bairros Clélia Bernardes e Ramos. É uma antítese de uma via: possui trechos sem calçadas, terrenos abandonados, calçadas irregulares e estreitas, ocupadas por geladeiras, barras de aço, latões, entulhos, degraus e obstáculos diversos que exigem que os pedestres andem pelo pavimento irregular da faixa de veículos. Mobilidade zero, afastamentos zero. Iluminação noturna ruim. A visibilidade, tanto dos pedestres quanto dos automóveis é prejudicada porque nas esquinas não são chanfradas. Retrato do descaso das administrações municipais.

Desafio de fácil e barata solução que traria conforto e segurança, bastando aumentar e construir calçadas mais largas e contínuas, livres de obstáculos; melhorar a pavimentação e a iluminação; exigir a ocupação dos terrenos vagos; proibir a obstrução das calçadas.

Feira livre: mudança e ajustes

É novidade para todos encontrar a a Avenida Santa Rita tão calma numa manhã de sábado. A nova localização da feira ainda é muito recente. Uma parte significativa dos compradores ainda não está em Viçosa. A primeira impressão é de desorganização, mas já há a certeza de que serão necessárias algumas medidas para melhorá-la.

Praça atrás do Colégio: muito lixo. Foto Ítalo Stephan.

A primeira delas é a questão da acessibilidade: as calçadas que levam até a feira são estreitas, irregulares, inexistentes em alguns trechos, com vários obstáculos fixos e móveis, como é o caso das cadeiras dos bares vizinhos. Será importante sinalizar adequadamente toda a área.

A segunda é a questão da falta de espaços próximos aos pontos de ônibus. As pessoas acabam ocupando o gramado do Colégio de Viçosa, algumas até para expor objetos à venda. Será necessário pensar na criação de espaços que comportem mais pessoas.

Outro aspecto é a utilização das paredes do Colégio para encosto de pessoas, caixas e sacos com produtos da feira. Esta situação pode piorar o estado de conservação do prédio histórico.

Para quem vai até lá de automóvel, vai encontrar muitas dificuldades para encontrar uma vaga de estacionamento. Há apenas a avenida Gomes Barbosa, que tem um trânsito movimentado e poucas vagas. Quem quiser ir ã feira vai ter que andar bastante. Este será um grande problema.

Chegada à feira: jardim do Colégio de Viçosa. Foto Ítalo Stephan

O lixo não tem destino, a não ser ir parar no chão e nos jardins das praças. Faltam lixeiras e um programa de conscientização da população.

De positivo há a programação de utilizar a casa "pet" para exposições culturais, assim como o anfiteatro da praça. Neste aspecto, o Colégio de Viçosa poderá, um dia, oferecer atrações culturais durante as manhãs de feira.