sexta-feira, 30 de novembro de 2012

IPLAM e CONPLAM em sintonia em Viçosa - MG

Parabéns ao IPLAM (Instituto de Planejamento do Município de Viçosa) e o CONPLAN (Conselho Municipal de Planejamento) por terem encaminhado contra a urbanização do Paraíso e pela criação da APA do São Bartolomeu como condição sine qua non, para intervenções na bacia desta importante fonte de abastecimento de água da cidade.

http://vicosacidadeaberta.blogspot.com.br/2008/09/o-iplam-e-o-futuro-da-cidade.html

Simpósio do DAU-UFV



O segundo  Simpósio de Pesquisa e Extensão do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFV - II SIMPEX -  foi pleno de êxito. Mostrou uma importante diversidade de temas e altos níveis de qualidade e maturidade. Alunos da graduação, alunos do curso de mestrado e professores tiveram a oportunidade de divulgar seus trabalhos de forma a incentivar futuras pesquisas e trabalhos de extensão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Qualquerândia: projeto (?) de loteamento

Vejam a péssima qualidade do desenho do loteamento deste edital. Grosseiramente desenhado, sem medidas de nada, sem definição das ligações com o resto do mundo, sem as áreas e sem a topografia. Quem é o irresponsável?
 Se o projeto que está disponível for este, deveria ser impugnado.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Audiência Pública rejeita projeto de lei

Em audiência pública destinada a discutir o projeto de lei de criação da ZR5 no Paraíso, as manifestações foram unânimes do público em rejeitar o projeto, entendido como prejudicial à população da região do Paraíso e como projeto pontual e casuístico.
Ficou patente a importância de implantação da APA São Bartolomeu como prioridade.
Lamentável: a ausência injustificada de 5 vereadores que irão decidir se aprovam o projeto e a postura no minimo indelicada do Vereador Ângelo Chequer, que chegou atrasado, entregou um substitutivo ao projeto, que citou como contribuição do DAU/UFV ( o que é falso) e saiu logo a seguir.
Ao todo foram contrários ao projeto os 15 presentes na platéia que pediram a palavra,  mais as posições dos presentes à mesa, como o diretor do IPLAM  (amparada por relatório do Conselho Municipal de Planejamento - COMPLAN), o professor  Rafael Bastos, e dois representantes dos moradores do Paraíso.
Parabéns ao vereador Marcos Nunes, coordenador da Audiência Pública!
Vamos ver se a Câmara será capaz de rejeitar um projeto danoso à população.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ZR$ do Paraíso


Audiência Pública hoje às 18 h
Câmara Municipal de Viçosa
Sobre a criação da ZR$ (ZR5)
do Paraíso

Não deixem de ir!

Para ajudar a pensar sobre os prós e contras

Lembrar que atualmente:
- As áreas urbanas como a Rua Nova e o Romão dos Reis que pouco se beneficiaram. Vejam o estado de pavimentação das vias e a drenagem no acesso aos bairros.
- A avenida Prefeito Geraldo Eustáquio Reis é avenida só no papel. Como via urbana, onde está a iluminação, os passeios públicos? São freqüentes os acidentes graves  envolvendo pedestres e ciclistas .
- Há uma valorização enorme do custo da terra na área.

Sugestões:
- Elaborar inicialmente o projeto da APA São Bartolomeu, depois implementá-la
- Elaborar um projeto urbanístico, incluindo dimensões de vias, calçadas, ciclovias, uso do solo, ligações viárias com outras partes da cidade, definindo locais para implantação de equipamentos públicos e praças.
- Que a participação da população ocorra em todas as etapas.
- Deve ser criado um grupo de trabalho envolvendo moradores, vereadores, conselhos municipais (CODEMA, COMPLAN) e técnicos (IPLAM, SAAE, UFV) no desenvolvimento dos projetos

domingo, 25 de novembro de 2012

Um versão tosca do elegarça

Elegarça: a imagem criada por Ermínia Maricato para descrever o Estado: um avantajado corpo burocrático incapaz de "andar" com as pernas frágeis da fiscalização; um corpo de elefante com as pernas de garça.
Uma tosca ilustração feita por mim.

Qualislândia: São Lourenço

A pequena São Lourenço apresenta um alto IDH e possui muitas qualidades, como a rua de pedestres sempre cheia e com música de boa qualidade ambiente. Ótimo para um sorvete ou uma gelada!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Plano Diretor de Luz: Audiência Pública

Foi realizada no dia 19/11 a Audiência Pública de discussão do Anteprojeto de Lei do Plano Diretor Participativo de Luz. Estiveram presentes os membros da equipe técnica, convidados, delegados eleitos nas reuniões públicas, o prefeito e quatro vereadores eleito, consultores da UFV.

 Algumas emendas ao anteprojeto de lei foram apresentadas, discutidas e votadas.

Em breve o Prefeito encaminhará o projeto de Lei à Câmara Municipal.

sábado, 17 de novembro de 2012

O PARAÍSO NÃO É AQUI


Está em discussão na Câmara Municipal de Viçosa o Projeto de Lei n. 50/2012, que dispõe sobre a criação da Zona Residencial 5 – ZR5, a qual abrangerá a região do Paraíso.  É um projeto polêmico, pois tem aspectos prejudiciais à população e, como várias outras leis já aprovadas,  pretende mudar as condições de toda uma área para atender a interesses particulares pontuais. A maioria dos vereadores demonstra muita pressa em aprovar essa lei.

Atualmente Viçosa possui, de acordo com a lei de Zoneamento, as ZR1, ZR2, ZR3, ZR4, além de ZC – Zona Central, Corredor Primário, Corredor Secundário, dentre outras. Uma zona ou corredor é uma parte da cidade definida a partir de critérios como disponibilidade de infraestrutura, condições de topografia, características de uso do solo (predominantemente residencial ou misto; comércio e serviços de maior porte). Para cada zona são estabelecidos parâmetros de uso do solo (o quanto pode ser construído, a altura máxima das edificações, os afastamentos) que permitam sua ocupação de uma forma mais adequada. A proposta da criação da ZR-5 pretende estabelecer regras para uma área ainda com características rurais, que aos poucos vai adquirindo usos urbanos em algumas partes. A região possui várias nascentes que abastecem o ribeirão São Bartolomeu, principal fornecedor de água aos cidadãos. O Plano Diretor de Viçosa, de 2000, identificou que a área não deveria sofrer adensamento populacional por suas características ambientais. Há anos é reivindicada a criação de uma Área de Proteção Ambiental - APA - do São Bartolomeu.

A ideia da criação da ZR5 não é inviável, pois a tendência é o adensamento, mas surge, mais uma vez de cima para baixo, uma proposta de lei sem discussão prévia e sem os devidos esclarecimentos à população envolvida; sem ter primeiramente definidos os limites e regras da APA e sem um planejamento urbano adequado.  O projeto apresenta alguns problemas. O primeiro é não permitir a instalação de indústrias de nenhuma espécie, o que inviabilizaria até mesmo pequenas agroindústrias ou confecções. O segundo problema é quando o projeto de lei apresenta o termo “empreendimento” ao invés de “construção”, o que transparece o real objetivo da lei, que é o de lidar apenas com projetos de maior escala, ou seja, de condomínios fechados. Em seu artigo 10, estabelece que  “os projetos de empreendimentos a serem instalados na ZR5 deverão conter” os sistemas de captação de águas pluviais; de recarga artificial de lençóis freáticos; de coleta, destinação e tratamento de esgotos sanitários; plano de gerenciamento  de resíduos de construção civil;  regulamentação municipal quanto ao uso de água subterrânea e medidas mitigadoras e compensatórias pelos impactos ambientais negativos decorridos do empreendimento. Tais exigências, não postas de forma clara, impossibilitariam um proprietário de apenas um lote de construir. Além do mais o referido projeto de lei estabelece que a zona seja inserida em uma APA,  a ser criada, num prazo de doze meses. Isso é o mesmo que dizer que a APA não será criada.

Não se pretende dizer que inexistem boas intenções no projeto, mas o que preocupa são as entrelinhas; a falta de clareza nas justificativas da criação da ZR5, que afirma que a região do Paraíso denota “uma grande ocupação de forma clandestina”; o desinteresse em ouvir a população envolvida e atender aos seus interesses, como também ouvir o Conselho Municipal de Planejamento.  Se aprovado o projeto de lei da forma proposta, haverá uma valorização exacerbada da área e a expulsão dos moradores originais. Não deveria ser assim a forma de se lidar com um assunto tão sério, que carece de planejamento urbano, associado a uma verdadeira participação da população, mas é desta forma insustentável que vão sendo feitas as mudanças em Viçosa. Já não é hora de dar um basta?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sorrateiramente...

Os trambolhos em frente à nossa praça do  Carandiru estão recebendo uns acabamentos, como se estivessem ficando prontos para funcionar. E aí IPLAM? E aí prefeito? Vão deixar isso acontecer?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Paraíso em risco: Projeto de Lei 50

Segue o texto escaneado e a justificativa do projeto de lei n. 50 que "Dispõe sobre a Zona Residencial 5 - ZR5 e dá outras providências
Minhas primeiras impressões são de que o projeto tem inconsistências:
-  de lógica, pois os coeficientes não batem
-  de tempo, pois a criação da APP deveria preceder a da ZR5, ou no mínimo ser desenvolvida em conjunto
- é um projeto altamente discricionário, feito apenas para a construção de novos condomínios (empreendimentos) e inviabilizará a construção de casas de pessoas de menor renda.




Audiência Pública sobre a urbanização do Paraíso


Texto enviado por e-mail por Aguinaldo Pacheco

Audiência Pública sobre a urbanização do Paraíso, que acontecerá às 18h do dia 26 de novembro, no Plenário da Câmara Municipal.

Reunião presta esclarecimento sobre o projeto de urbanização do Paraíso

06/11/2012


Na tarde desta terça-feira (6), a Chefe do Departamento de Extensão e Meio Ambiente, e engenheira florestal, Edivânia Rosa Evangelista, compareceu a Câmara, como solicitava o requerimento n° 044/2012, de autoria do Vereador Marcos Arlindo Pereira (PV), para apresentar aos vereadores o estudo da viabilidade ambiental como justificativa para a transformação de área rural em urbana, conforme previsto no projeto de lei n° 050/2012.

Segundo Edivânia, ela foi convidada pela prefeitura para fazer esse estudo e propor um zoneamento na região. A área possui 3800 m de extensão, sendo largura e área já determinados previamente pelo executivo.

O objetivo do estudo foi realizar um diagnóstico ambiental generalizado da área; possibilitando o levantamento dos benefícios sócio-ambientais da transformação de parte da zona rural componente da referida área em perímetro urbano e a criação de uma nova zona residencial para o município; e apresentar uma proposta de parâmetros urbanísticos para a zona residencial 5 – ZR5.

A engenheira também salientou que o crescimento de Viçosa se deu nos últimos anos de forma aceleradora e sem planejamento, acarretando problemas sociais e ambientais. Características que indicam isso são: adensamento populacional, ocupação de áreas ambientais protegidas, supressão da vegetação, impermeabilização intensa do solo, sobrecarga no sistema hídrico, entre outras.

De acordo com dados apresentados por Edivânia, os pavimentos permeáveis, que são os pavimentos planejados, apresentam as maiores taxas de infiltração. Enfoque foi dado a essa questão, visto a importância da permeabilidade do solo para o ciclo das águas.

Como proposta para o planejamento de ocupação da ZR5, Edivânia sugeriu que a restrição ao uso das áreas de preservação permanente se mantenha inalterado em respeito as normas ambientais vigentes; que houvesse permutação das áreas de Reserva Legal averbadas às matrículas das propriedades rurais em Áreas Verdes Públicas; e como medidas urbanísticas, propôs a implantação de sistemas de esgotamento sanitário, de captação pluvial e adoção de pavimentação “racional” das vias públicas, não permitindo o asfaltamento, viabilizando, assim, maior infiltração da água da chuva. A área teria restrição de verticalização, não permitiria indústrias e vedaria a construção de mais de uma unidade familiar por lote. De acordo com o coeficiente de aproveitamento (0,25) a área de edificação no lote seria 200 m².

“Alguns desses parâmetros vieram alterados no projeto. Nós não fizemos o projeto, só fizemos o estudo e mandamos para o Executivo, que elaborou o projeto”, esclareceu Edivânia.

O Presidente da Casa, Vereador João Batista Teixeira (PR) ratificou sua preocupação com a ocupação desordenada: “Quem está lá continuara como está. O que mais preocupa que é o desordenamento populacional que está acontecendo e não podemos fazer nada por se tratar de uma zona rural. Viçosa vai continuar crescendo, por isso precisamos planejar. Zonear é ordenar e planejar”, disse.

O Vereador Marcos Nunes (PT) levantou a questão da Área de Proteção Permanente (APP), devido a bacia do Ribeirão São Bartolomeu, a principal fonte de abastecimento da cidade. “Porque a pressa por urbanizar e não de criar APP? Me preocupo muito com a questão da água, precisamos debater mais. Qual o retorno disso?”, questionou.

A Vereadora Cristina Fontes (PMDB) afirmou que a preocupação de Marcos Nunes era a dela e também da população. “Quando o projeto foi retirado o executivo falou que faria uma Área de Proteção Ambiental (APA) e não foi feito. Isso é responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Temos que ver a questão da água primeiro depois a do crescimento”, disse.

A engenheira acredita que o maior ganho com a urbanização é o planejamento da ocupação inevitável da mesma. ( Não há nada inevitável, se a sociedade não quiser)

Para tentar discutir melhor o assunto e de forma mais profunda, para poder avaliar os impactos da implantação da ZR5, Marcos Nunes requereu uma Audiência Pública sobre o assunto, que acontecerá às 18h do dia 26 de novembro, no Plenário da Câmara Municipal.

Na reunião também estiveram presentes o Vice-Presidente da Casa, Vereador Luís Eduardo Salgado (PDT), o Secretário da Mesa Diretora, Vereador Antonio Elias Cardoso (PR) e os Vereadores Lidson Lehner (PR), Joaquim Tristão (PSDC), Carlitos Alves (PDT) e Marcos Arlindo Pereira.

domingo, 11 de novembro de 2012

MCMV: vergonhoso legado

Lamentável e gigantesco legado para o futuro este do programa Minha Casa Minha Vida. Nunca iremos nos esquecer das milhares de tragédias criadas  nas cidades brasileiras, sejam  elas pequeninas ou metrópoles.


Erros do passado foram repetidos. Casas sem cidade, bairros segregados. Centenas de milhões de reais úteis apenas para capitalizar as construtoras. Centenas de milhares de pessoas tratadas como de terceira categoria, apenas como números. Teremos vergonha do que está sendo feito.


sábado, 10 de novembro de 2012

Eu só queria uma explicação!


Sábado de manhã, 5 automóveis estacionados em cima do meio fio, em frente a um supermercado. Encontrei um policial militar e avisei a ele o que estava acontecendo. Ele disse que não podia autuar os carrinhos pois isso passou, antes das eleições, para  responsabilidade da Settra.


Alguns minutos depois, outros carrinhos já tinham substuido os anteriores. Outra surpresa:


Um taxi,  em frente ao supermercado, estacionado no meio fio, em frente à garagens de um prédio, com pessoas descarregando compras.
Dá para a Settra explicar isto prá gente?

A praça é de todos?

Sábado, 11:00h, dois lindos cavalinhos passeiam pela praça Silviano Brandão, e  saboreiam as apetitosas plantas.
Os  animaiszinhos aproveitam para contemplar a estátua de Arthur Bernardes.

DONCOÇÔ? PRONCOVÔ?


Artigo publicado no Tribuna Livre n. 1176, Viçosa, 07/11/2012

Foi pelo direito à memória e a favor do direito das construções de valor histórico serem mantidas que surgiu o campo disciplinar da preservação, regulamentado por cartas patrimoniais (como as de Atenas, de 1933; a de Veneza, de 1964 e a de Washington, de 1987), por decretos e leis adotados por muitas dezenas de países. O Brasil tem tido, desde 1937, atuação importante neste campo, quer pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), quer pelos órgãos estaduais de preservação (o de Minas Gerais é o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico  (IEPHA/MG).  As primeiras seis cidades brasileiras tombadas foram Ouro Preto, Mariana,  Diamantina, Serro, São João Del Rey e Tiradentes. Assim como em vários municípios,  em Viçosa, são os principais agentes da preservação o conselho local de patrimônio (CMCPCA) e a Secretaria de Cultura.

Viçosa vem perdendo, nos últimos anos, vários exemplares históricos de sua arquitetura, que são substituídos por novas edificações. É só se lembrar de algumas casas das Avenidas Bueno Brandão e Santa Rita ou da Praça do Rosário.  Essas perdas significam também a perda da identidade local, a inexistência do palimpsesto urbano (a convivência de várias etapas históricas). A cidade vai ficando parecida com qualquer outra. Sem identidade, perde-se a autoestima.  Há prédios que são belos exemplares de arquitetura eclética e moderna. Eles devem ser preservados. Há alguns bens tombados pelo município. Um deles é o Balaústre, um outro, a casa Arthur Bernardes.   As estações de trem do centro e a do Silvestre; o colégio de Viçosa e o Edmundo Lins aos poucos vão recebendo melhorias.  A parte antiga do Hospital São Sebastião foi o último bem tombado.  O atual CENTEV (antiga CBIA) recebeu uma grande obra de requalificação e é um ótimo lugar para ser visitado. Não podemos esquecer que os bens culturais são também parte do nosso patrimônio.

Alguns proprietários conseguiram preservar parte de alguns prédios históricos e ainda sim obtiveram vantagens. Mantiveram parte dos prédios originais e construíram prédios.  Há, no Estatuto da Cidade, instrumentos urbanísticos, como a Transferência do Direito de Construir, a qual ajuda a preservar bens de valor arquitetônico. Esse instrumento está previsto também no Plano Diretor de Viçosa. Com ele é possível preservar um imóvel vendendo o potencial construtivo que ele tem para ser aplicado em outro local da cidade, ou seja, o bem fica preservado e o proprietário ganha o dinheiro que ganharia se construísse um prédio no lugar. Cabe também um lugar para a criatividade dos arquitetos para dar boas respostas ao desafio.

As oportunidades para avançar em relação ao patrimônio cultural passam pela atuação eficaz do Município, na preservação e na garantia de condições de uso aos os bens tombados, para assim obter recursos junto ao Estado, através do ICMS Cultural (pela Lei Robin Hood). Quanto mais pontos obtiver, mais recursos virão para preservar nosso patrimônio. Essa prática precisa ser aprimorada, pois o potencial  de pontuação ainda não chegou aonde poderia. Com mais recursos, melhor serão mantidos os nossos bens históricos. O patrimônio arquitetônico bem preservado também atrai  visitantes, como acontece com a Casa Arthur Bernardes, ou com o belo Campus da UFV. Preservar mantém as características culturais da cidade e é perfeitamente  compatível com o desenvolvimento urbano.  As cidades mais famosas do mundo, como Paris, Londres, Roma, Barcelona e Rio de Janeiro fazem isso muito bem, misturando o novo e o velho e preservando a identidade.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

As águas vão rolar

Nossas cidades estão preparadas para enfrentar as chuvas em ano de El Niño?


Virou moda

Estacionar em cima do passeio virou moda na Rua Virgílio Val.

Desafio ao ribeirão

A obra de reconstrução de uma galeria na Travessa Tancredo Neves, em Viçosa, ficou complicada com as chuvas que expõem os riscos de quem constrói nas margens dos rios. Resultado: parte do prédio interditado e muitas rachaduras nos passeios.

domingo, 4 de novembro de 2012

RECEITA PARA MANIPULAR CIDADÃOS COMO MARIONETES


Postado por Aguinaldo Pacheco no Facebook:

Ao escutar certos discursos (sobre a discussão da criação da ZR5)  lembre-se deste texto :

RECEITA PARA MANIPULAR CIDADÃOS COMO MARIONETES
Por Noam Chomsky - 15.12.2010

1. A estratégia da distração.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

2. Criar problemas e depois oferecer soluções.
Esse método também é denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.

3. A estratégia da gradualidade.
Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. A estratégia de diferir.
Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade.
A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “A e alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico

6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”).

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.
Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9. Reforçar a autoculpabilidade.
Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.
No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.

* Noam Chomsky é linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts

Repercussões do Projeto de Criação da ZR5 em Viçosa


Luiz Flávio Cardoso

03 de Julho:"Com relação ao projeto de lei n° 50/2012, o líder do prefeito na Casa, Vereador Marcos Arlindo Pereira (PV) o retirou de votação. Marcos Arlindo e o presidente da Casa, vereador João Batista Teixeira (PR), reconheceram o erro de ser a favor do projeto. Depois de uma conversa com os moradores do Paraíso, os vereadores verificaram que em muitos pontos o projeto não contemplava os moradores".essa foi a última fala antes da eleição, o combinado foi discutir o projeto, porque agora já queriam votar?

Bom dia! Eu tinha avisado aqui no grupo que assim que as eleições terminassem o projeto de urbanização do Paraíso iria voltar com tudo.Ontem ao abrir o site da prefeitura observei que estava na pauta votar o projeto, isso foi um absurdo já que tínhamos combinados de discutir melhor o projeto.Chegando na Câmara fiquei mais assustado pois eles queriam votar o projeto e só depois na semana que vem a
Alguém iria la explicar do que se trata o projeto,graça ao Marcos Nunes Coelho Júnior e ao bom senso do presidente João o projeto não foi votado.Semana que vem o projeto vai ser apresentado espero que a população viçosense possa participar, pois essa urbanização pode afetar a vida de toda nossa população e ontem observei que o discurso de alguns vereadores é outro pois,eram contra a urbanização e agora são a favor porque será? será o efeito pós eleição? isso é vergonhoso, porque nenhum fato novo foi apresentado! Quero ainda ressaltar que não somos contra ORGANIZAR a comunidade,somos contra URBANIZAR,uma coisa é bem diferente da outra,vamos discutir isso melhor afinal estar sendo discutindo o futuro de pelo menos mil pessoas!


Rômulo Ribon

Peço encarecidamente que, antes de votar definitivamente a respeito da criação da ZR5, esgotem as discussões, ouvindo a população envolvida e solicitando manifestação do COMPLAN, IPLAM, SAAE e CODEMA, por se tratar de assunto da maior seriedade e capaz de comprometer ainda mais os nossos mananciais.

A ZR5 engloba dentre outras, as regiões do Paraíso, Deserto e Palmital e a aprovação da ZR5 trará impactos extremamente negativos para a Viçosa de hoje e do futuro. Os mananciais de Viçosa estão degradados e não podem ter sua condição piorada. Pelo contrário, devem ser recuperados (e há tecnologia e experiência mundo afora para isso).

Peço que divulguem o texto do projeto e os argumentos que possam justificar a criação e os parâmetros urbanísticos: é extremamente frustrante, se não indignante, não ter acesso a tão importante texto na página da Câmara Municipal de Viçosa na internet. Como pagadores de impostos e cidadãos preocupados com o futuro ambiental de nossa cidade, temos o direito de ter acesso ao projeto.

A implantação do mineroduto da Ferrous está gerando muita polêmica na região. Isso não ocorre à toa, mas vem do fato das pessoas estarem cada vez mais cientes dos problemas ambientais locai e globais: porque a população sente na pele, na torneira e na saúde, as conseqüências do desmazelo como meio ambiente. Estamos, parece, acordando para esses problemas coletivos, que atingem a todos. A aprovação da ZR5 trará impactos iguais ou piores que o tão discutido mineroduto. Como assunto de extremo interesse público, em tempos de Internet, não há justificativa para que o povo de Viçosa não tenha total acesso a tudo que diz respeito sobre a ZR5.

Por isso, venho solicitar a V.Sas. que disponibilizem (e divulguem amplamente) o texto do PL sobre a ZR5 na página da CMV.

Pelo futuro sustentável de Viçosa!

Atenciosamente,
Prof. Rômulo Ribon
Biólogo