quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Carta aberta a Dr. Celito

Carta aberta a Dr. Celito

Lídia Barbosa de Castro

Na sociedade muitos homens brilhantes se tornam medíocres, a vontade de perpetuar no poder a qualquer custo os corrompem. Ninguém é perfeito! O ser humano, com todas as suas vulnerabilidades e limitações físicas, culturais, mentais e emocionais – ainda que trabalhe com o melhor dos esforços e intenções – está sujeito a fazer obras incompletas, incorretas ou equivocadas. 

Ninguém escolhe errar, pelo menos no que se refere à profissionais de verdade. Precisamos acreditar que nenhum erro eventual é voluntário e consciente. Quase sempre erramos quando se busca o acerto – e, neste caso, não merece punição, mas orientação. 


Uma vez ocorrida a falha, a busca de culpados é uma inútil e improdutiva perda de tempo geradora de enormes desgastes emocionais, que, além de não trazer soluções práticas para a correção, ainda compromete seriamente a qualidade das relações interpessoais dos envolvidos. Nessas circunstâncias, seria injusto atribuir a causa do erro eventual à ”falta de competência”, pois também se aprende com os erros. 


A maioria dos erros na vida traz consigo prejuízos de várias naturezas e causam perdas significativas e preocupantes para as quais devem ser encontrados e adotados procedimentos corretivos e preventivos. Importante é não perder de vista as lições que tais erros trazem. 


O cidadão espera que o prefeito se dedique e demonstre preocupação com os problemas da comunidade. O povo elege seu representante sabendo que ele vai acertar e vai errar, mas quer vê-lo atuante. O senhor é médico e hoje está prefeito, enquanto estiver nesse nobre cargo que nos mostre as lições aprendidas com os seus erros administrativos, e que estas possam ser revertidas em prol da população. 


Provavelmente os erros que aconteceram poderiam ter sido evitados. A cidade agoniza e algum procedimento preventivo deveria ter sido adotado, mas não devemos chorar pelo paciente acamado, temos é que tentar salvá-lo. 


Dr. Celito, que tal ministrar para si mesmo uma forte dose de ânimo com algumas gotas de dedicação? Essa receita é infalível e amenizaria a dor do arrependimento que alguns de seus eleitores estão sentindo há tempos. O senhor é capaz! Recomece administrando com mãos de médico, mas sem o bisturi. Guarde, por um tempo, seu jaleco e arregace as mangas, use a caneta com maestria e opere alguns milagres previsíveis. Lembre-se, sem o fogo do entusiasmo não há o calor da vitória. Seus impacientes eleitores agradecem!

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