quinta-feira, 10 de abril de 2014

PELO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO

 

Em Agosto de 2013 aconteceu em Viçosa uma manifestação pela melhoria da mobilidade urbana – a BICICLETADA – reunindo estudantes e outros cidadãos viçosenses, que por um curto período de tempo circularam na região central da cidade de bicicleta e a pé. O protesto tinha o intuito de mostrar a insatisfação dos moradores da cidade com o descaso da prefeitura em relação à meios coletivos e/ou alternativos de transporte, como a bicicleta e o ônibus.

No fim do percurso, na Avenida Castelo Branco, foi decidido que seria demarcada uma ciclofaixa, de caráter temporário, como forma de chamar a atenção das autoridades locais para a falta de infra estrutura adequada para este tipo de transporte, a bicicleta, tão importante em uma cidade como Viçosa. Em momento algum o grupo envolvido teve a intenção de fazer uma demarcação permanente, sendo assim usada tinta que duraria poucos dias no local. É importante frisar que a população que transitava pela via, fosse à pé, de bicicleta ou automóvel particular aplaudiu a iniciativa durante todo o ato.

Esta semana estudantes que apoiavam o movimento receberam notificação de que estavam sendo processados pela Prefeitura Municipal de Viçosa por ato de vandalismo. Julgamos esta medida como injusta e absurda.

Viçosa, uma cidade que tem sido alvo constante de críticas em relação ao seu planejamento, gestão e comprometimento com a população tomou a postura de punir cidadãos que davam um grito de insatisfação e que desejam somente que a cidade avance de forma justa e inteligente.

Ao atacar as pessoas que de fato lutam por uma cidade melhor, a administração pública segue na contramão desperdiçando tempo e recursos importantes que poderiam ser utilizados para tentar melhorar os incontáveis problemas da cidade.
Não aceitaremos esta atitude retrógrada da Prefeitura e contamos com o apoio de vocês, estudantes, em nossa causa.

2 comentários:

  1. Algo parecido aconteceu em Curitiba. Infelizmente a prioridade que existe na Lei aos não motorizados ainda é mera ficção. Pessoas e governantes conservadores pesam a balança para o lado do atraso. Vida longa às bicicletadas!

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