sábado, 27 de janeiro de 2018

COMO EXPANDEM AS PEQUENAS CIDADES

Embora os municípios percam população, as  áreas urbanas ganham e as rurais perdem moradores. A expansão é precária, sempre em direção à áreas inadequadas. 
Os exemplos abaixo estão na  Região central e  na Zona da Mata mineira, todas têm menos de 6.000 habitantes, com economia em base de agricultura de produtos como cana-de-açúcar,  milho, feijão e produção de leite, em pequena escala.  Os municípios têm como maior fonte o repasse do Estado. Estão perdendo habitantes pela diminuição da taxa de fecundidade e pela saída dos jovens que vão estudar ou buscar trabalho em cidades maiores.

Diogo de Vasconcelos - expansão morros acima, com deterioração do solo e infraestrutura precária.

Barra Longa - expansão morros acima, com deterioração do solo e infraestrutura precária.

Acaiaca - expansão às custas de grandes, perigosos e instáveis cortes nos morros.

Guaraciaba - expansão em áreas de grande declividade, gerando riscos constantes de tragédias.

Fotos Ítalo Stephan, 2017 e 2018.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

BARRA LONGA - PATRIMÔNIO RELIGIOSO

Capela N. S. do Rosário. Rampas construídas recentemente, importante medida, mas destoante. Já foi pintada de outras cores.

A imponente Igreja Matriz de São José.

Igreja Matriz de São José. Interior bem preservado.

Imagem secular de São José de Botas.

Pintura na Capela lateral.

Fotos Ítalo Stephan, janeiro 2018.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

BARRA LONGA - 2 ANOS DEPOIS DO DESASTRE

Reconstrução física traz boa aparência, mas devemos estar atentos que apenas essa medida não reconstrói bens perdidos; não traz de volta a saúde dos moradores; não traz de volta a fauna e flora perdidas; não traz de volta a fertilidade do solo das margens; nem traz de volta quem partiu da cidade. 

Vista do deque da praça principal. Escoramento com pedras nas margens do rio.

Rua que margeia o rio com palmeiras. Nova pavimentação e novos passeios.

Praça reconstruída. Hotel, aos fundos aguardando recuperação.

Terreno da exposição que recebeu aterro com a lama. Em fase de construção de platôs.

Fotos Ítalo Stephan, janeiro de 2018

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

QUALQUERLÂNDIA - COMO NÃO SE DEVE FAZER


Em Qualquerlândia constrói-se de qualquer jeito, sem controle da prefeitura. Constrói-se mal, colocando em risco os moradores e os vizinhos, as patologias de uma estrutura mal feita estão visíveis (paredes tortas e trincas). Usa-se parte da via como parte da rampa de acesso à garagem.  Avança-se por sobre os passeios e as vias públicas. Tudo errado!

Fotos Ítalo Stephan, janeiro de 2018.

domingo, 21 de janeiro de 2018

UNS E OUTROS

Texto publicado no jornal Folha da mata, em 19/01/2018






Tenho, de minha casa, uma visão muito ampla e bonita, com quase 180 graus de visão panorâmica para áreas verdes, ainda meio rurais. À noite, a vista é bela: veem-se poucas luzes de várias intensidades e dispostas em variados desenhos. Sou mesmo um dos privilegiados. Se eu tivesse um drone e observasse a cidade a umas poucas dezenas de metros de altura, veria algo aparentemente organizado e harmônico. No primeiro plano há um lindo campus universitário. É uma área com prédios de bonita arquitetura, ruas asfaltadas e calçadas contínuas. À esquerda, observo um grande aglomerado de prédios, ruas pavimentadas, uma iluminação boa nas ruas, o que passa uma sensação de segurança aos que vão às compras ou para casa, aos que saem das escolas, aos que vão caminhar ou vão aos inúmeros bares.

Mais ao longe, lá atrás dos morros que circundam o centro, podem-se observar casas, muitas ainda com sua alvenaria aparente. Há manchas de vegetação, por vezes cobrindo um terreno inclinado demais para suportar uma construção. O conjunto apresenta pontos de luz pálidos, que formam uma silhueta trêmula à noite. Seus moradores têm mais dificuldades e problemas que os moradores mais do centro. Podem dizer que a qualidade das vias, da iluminação e de suas próprias residências não é tão boa quanto a da área central. Onde moram, nem sempre é fácil alcançar o ponto de ônibus; não chegam com facilidade o caminhão da coleta de lixo, muito menos uma viatura policial ou uma ambulância. Nem sempre se pode ir facilmente em busca de atendimento médico, escola, creche, ou ir a uma atividade de lazer ou de cultura eventos que ali não acontecem. As restrições financeiras, as limitações de idade, de deficiências físicas cerceiam das pessoas o direito de ir e vir, de viverem plenamente a cidadania. Um vento forte, um temporal, uma seca prolongada têm efeitos diferentes nessas partes da cidade. Enquanto uma resiste aos fenômenos de forma mais segura e confortável, pois sabe que tudo vai passar; a outra se preocupa, fica sem água, sem energia elétrica, sem acesso por vários dias.

Os “uns” e os “outros” moram na mesma cidade, embora vivam em realidades diferentes. Uns podem até se importar com o que acontece com os outros, mas não trocariam de lugar. Nesta cidade, e em milhares de outras neste país, há uma divisão silenciosa, uma segregação perversa. Às vezes alguns dos cidadãos até escolhem se isolar nas áreas distantes, fecham-se em muros protetores, levam consigo seus familiares e exigem investimentos públicos na construção de infraestrutura de vias, iluminação e saneamento. Atraem, para perto deles (mas fora de seus muros) bares, academias de ginástica e desejam shopping centers. Para isso, se precisar, expulsam os antigos moradores para longe, longe dos que mandam e dos que consomem, longe da cidadania. Dessa forma, longe até da nossa vista, esquecemo-nos dos outros, pelo menos até que alguns de nós precisemos de seus votos. Quem quer mudar essa situação? Quem pode mudar essa situação? Dificilmente os “uns”, esperançosamente os “outros”.

ACAIACA - MG

Acaiaca (palíndromo: leia o nome de trás para frente),  Zona da Mata - MG. População: 3.930 (IBGE, 2010)

Balaustradas, uma característica da pequena cidade.  Há um patrimônio arquitetônico colonial importante.

Casarão bem conservado destaca-se na rua.

Balaustrada margeando a estrada. Corte grande no morro, uma constate e perigosa marca  nas cidades da Zona da Mata mineira.

Fotos Ítalo Stephan, janeiro de 2018

sábado, 20 de janeiro de 2018

BARRA LONGA-MG

BARRA LONGA - MG

Imagem relacionada

"O topônimo do município é proveniente da confluência (Barra) dos rios do Carmo e Gualaxo do Norte, que nascem nas serranias de Ouro Preto, vindo fundir-se a pouco mais de 1 km a oeste de Barra Longa, sugerindo por este motivo a toponímia." (IBGE- Cidades) 

"Nos primórdios da penetração das Minas Gerais, vários colonizadores chegaram à região Mata de Ponte Nova, formando aí pequenos núcleos de povoação. Nessa época, o Coronel Matias Barbosa da Silva, Senhor de muitos escravos e poderoso em armas, lançou nestas partes várias posses, legalizadas anos depois por cartas de sesmarias. Na principal destas posses, fundou ele entre 1701 e 1704 o pequeno arraial de Barra de Matias Barbosa, mandando erigir uma capela, em torno da qual desenvolveu o povoado." IBGE- Cidades) 

1718 – Criado o Distrito com a denominação de Barra Longa, subordinado ao município de Mariana.
1923 – O distrito de Barra Longa deixa de pertencer ao município de Mariana para ser anexado do município de Ponte Nova.
1938 - Elevado à categoria de município com a denominação de Barra Longa e desmembrado de Ponte Nova.

Barra Longa, Zona da Mata, MG,  6.147 habitantes(IBGE 2010). Altitude média de 400 m.
Ao fundo a Igreja Matriz de São José (construída em 1774). Arquitetura conservada mostra que a cidade já possuiu um papel econômico importante. Aos poucos vem perdendo população, mas é uma cidade muito bonita em sua área central.

Portal da Praça. Local recuperado após desastre da lama da  Samarco.

Sede da Prefeitura, em uma edificação "Art deco"

Casarão eclético, na avenida principal da cidade.

A fertilidade das terras, próprias para a agricultura e a exploração do ouro de aluvião, abundantes nos rios Carmo e Gualaxo do Norte, foram fatores determinantes na fixação dos primeiros habitantes e no desenvolvimento do povoado, atual Cidade de Barra Longa.

Fotos Ítalo Stephan, janeiro de 2018

Fontes:
https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=310570&search=minas-gerais|barra-longa
http://www.barralonga.mg.gov.br/index.php/prefeitura/historia
http://ninitelles.blogspot.com.br/2011/07/minas-sao-muitas-barra-longa.htmlA

HOTEL GLÓRIA - DISSOLVENDO AOS POUCOS


Não vai sobreviver mais tempo só de promessas:

http://horizontesarquitetura.com.br/bloghorizontesarquitetura/2017/9/29/prefeitura-de-ponte-nova-anuncia-inicio-do-projeto-de-restauro-do-hotel-glria

http://culturacoletiva.wixsite.com/blog/single-post/2015/11/25/Hotel-Gl%C3%B3ria-um-do-maiores-bens-patrimoniais-de-Ponte-Nova-ser%C3%A1-revitalizado-e-transformado-em-Centro-Cultural

http://www.amapi-mg.org.br/index.php/noticias/noticias-amapi/1049-hotel-gloria-sera-restaurado-e-transformado-em-espaco-cultural-da-cidade


VORACIDADE - ESTRAGOS NA NATUREZA

Destrói-se um morro com mata para a construção de um supermercado.  Cadê a criatividade para construir edifícios  mais compactos? 

Vale a pena essa destruição?


Não é de hoje que Viçosa vai sendo "descascada", destruída em prol do "progresso".




Assim como outras cidades com uma assustadora força para criar terrenos  planos, Viçosa não fica atrás. Depois  do grande estrago ambiental de uma parte de uma APA na Av. Mal. Castelo Branco,  agora o capital destrói sem dó a entrada da cidade.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

EM DEFESA DO PLANO: O LADO OCULTO

Texto publicado no jornal Folha da Mata, em 4/1/2018.

Em 07/12/2017, publiquei no Folha da Mata um artigo intitulado "Em defesa do Plano". Uma semana depois foi publicado um artigo "Em defesa do plano: o outro lado", por uma importante pessoa, com o objetivo de tentar contrapor os meus argumentos. Mostro que, no outro lado, há um lado oculto, um lado escondido por uma ideologia que parece querer confundir as pessoas. Um lado que quer colocar os membros da comissão do plano como autores de um plano elitista.

O autor cita uma frase minha, mas incompleta. As versões do que eu falei sobre a participação popular no processo de revisão do plano podem ser vistas no artigo publicado recentemente neste jornal e em várias postagens no meu blog, desde 2015.

Vamos aos fatos não explicitados:

- O autor é um professor ambientalista conhecido e está como consultor de uma grande empresa construtora, de fora, que quer construir um loteamento com centenas de lotes na região do vetor de crescimento de Viçosa. É exatamente nesta região onde há discordância de parâmetros, pois o proposto na revisão é mais restrito que interessa à empresa.

- A exigência de Estudos e Relatório de Impacto Ambiental é para apenas para a Z5 (áreas de expansão urbana leste e sul), ZI (Zona Industrial) e para grandes empreendimentos, como: terminais de transporte de passageiros e cargas rodoviários, hospitais, estabelecimentos atacadistas, tais como supermercados, de materiais de construção ou obras de infraestrutura tais como anéis rodoviários. Acho estranho um ambientalista não defender isso.

- A limitação de indústrias com área construída máxima de duzentos metros quadrados é apenas para a Zona Central - ZC , Z1 (Zona 1, vizinha à ZC) e CL (Corredor local). Nas demais regiões as áreas das indústrias podem ser maiores.

- Para a região da expansão urbana em direção a Teixeiras prevalecem os parâmetros desde 2000, de lotes com área mínima de 360 m2 (12x30 m - nas Z1 e Z3) e não de 600 m2 (15x40m).  Essas dimensões de lote são propostas para a Z5, área afastada do vetor. É importante salientar que o Plano prevê para a mesma região a criação de Zonas de Especial Interesse Social, destinadas a programas de habitação social, na qual os tamanhos mínimos de lotes podem ser menores.

- A questão de manter o Campus da UFV como independente da legislação urbana pode ter aspectos legais que impedem que isso aconteça. A meu ver seria bom que os projetos da UFV tivessem a análise e aprovação do IPLAM, mas isso precisa ser avaliado com cuidado.

No artigo o autor não consegue explicar porque ele e seus colegas não participaram de nenhuma reunião do plano diretor, por isso tenta desqualificar o processo participativo. Defendo o direito de manifestação de todos. A opinião alheia merece todo o meu respeito, no entanto as informações devem ser claras, não podem confundir as pessoas. Afirmo também que nunca me considerei infalível nem dono da verdade, assim como essa não foi a postura dos membros da Comissão de Revisão. Aceitarei de bom grado opiniões diversas da minha, mas desde que ajudem na formação da opinião dos leitores. Essa é a maior contribuição que podemos dar.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

UM PADRÃO PRESERVADO

Um skyline de Cabo Frio-RJ. A especulação imobiliária aqui é controlada com eficiência. Com o estabelecimento de um padrão de uso do solo (um pavimento ao nível do solo, um pavimento de cobertura, quatro pavimentos tipo e um de cobertura, com afastamentos frontal, laterais e de fundos) que permite:
- manter uma densidade média suprida por uma eficiente estrutura viária e de equipamentos públicos nas partes mais novas da cidade;
- manter um fluxo de veículos eficiente;
- garantir boa ventilação e iluminação com os afastamentos entre os edifícios;
- preservar um skyline que insere a m,assa de edificações na paisagem sem agredi-la.



Fotos Ítalo Stephan, Janeiro de 2018, tiradas a partir do Forte são Mateus.

ATENÇÃO


domingo, 14 de janeiro de 2018

PESCADORES

 Praia do Pontal - Arraial do Cabo-RJ.  Finalzinho da Praia do Forte.

 Pescadores puxam a rede para recolher os peixes.

Uma atividdade rotineira acompanhada pelos curiosos. Fotos Ítalo Stephan, Janeiro de 2018.

Precário e perigoso

Cabo Frio-RJ, Forte São Mateus do Cabo  Frio, Praia do Forte. Uma das mais famosas praias do Brasil. Uma estrutura do início do Século XVII,  Patrimônio Nacional.

Acesso ao Forte, piso irregular, ausência de proteção e apoio  para as mãos, estrutura enferrujada, estrutura em concreto com trincas e ferragens expostas. 

Pequena ponte de acesso ao Forte. Estreita, sem proteção para as centenas de pessoas que passam  a cada hora. Piso extremamente irregular. 

Um patrimônio dessa importância não pode ficar tão mal tratado assim.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

SOLUÇÃO DISCUTÍVEL


A Estação da Parangaba (Fortaleza, Ceará)  foi tombada pela Prefeitura Municipal de Fortaleza em 2008, após mobilização dos moradores do bairro para que não fosse demolida.


Com isso, o Governo Estadual apresentou o projeto de rebaixamento - de 2 metros -xcomo alternativa para o novo (o metrô) e o velho (a estação) permanecerem integrados.


A mobilização dos moradores tinha como objetivo principal manter provas concretas de sua história.
O resultado foi muito ruim, não houve integração, com uma edificação histórica cercada e espremida sob uma enorme estrutura de concreto.

http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/cotidiano-2/rebaixada-em-obra-de-metro-estacao-da-parangaba-encontra-se-cercada-para-evitar-entulho/

http://blogs.diariodonordeste.com.br/cidade/estacao-da-parangaba/estacao-da-parangaba-vai-abrigar-centro-de-referencia-dos-direitos-humanos-do-ceara-2/

EDIFÍCIO FAVORITO - JUIZ DE FORA

Edifício Clube Juiz de Fora -   esquina da Avenida Rio Branco com Rua Halfeld.

"Construído no final da década de 1950 em bloco único, onde os ângulos retos são predominantes. O edifício, composto com brise-soleil na fachada para a avenida Rio Branco, abriga salas comerciais e, no terraço, compõe-se de restaurante e jardins. "

"Painéis em azulejos e mosaicos dos artistas Cândido Portinari e Paulo Werneck revelam uma síntese precisa entre arte e arquitetura."

Os Cavalinhos, de Portinari,  na fachada da Rua Halfeld


 Painel - Quatro estações, de Portinari.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1384946
http://www.jfminas.com.br/portal/pontos-turisticos/paineis-as-quatro-estacoes-e-cavalos


ABANDONO

Casa abandonada, calçada abandonada. Bairro Santa Clara.

Há muitos terrenos na cidade abandonados pelos proprietários.  Não surgem problemas apenas dentro dos lotes, como mato, sujeira, cobras, ratos, escorpiões, focos de mosquitos, ameaças de desabamento.  Sobra para as calçadas que ficam obstruídas, intransitáveis. 

Rua dos Estudantes, próximo à Rua Feijó Behring, Centro.

Rua dos Estudantes, próximo à Rua Feijó Behring. Trecho onde o Ribeirão São  Bartolomeu atravessa por baixo da rua. Trecho aberto, cheio de mato, onde se acumulam lixo e entulhos.

Fotos Ítalo Stephan, Dez. 2017

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

MERECE CUIDADOS!

Rua Feijó Behring, trecho próximo à Av. P. H. Rolfs, Centro, Viçosa-MG.

Esta curta e estreita rua que é uma das poucas saídas da rua dos Estudantes, que tem centenas de apartamentos e um comércio crescente. 

Rua Feijó Behring, trecho próximo à Rua dos Estudantes, Centro

A pavimentação é muito irregular, as calçadas são muito estreitas, estão em péssimas condições e inacessíveis. Há prédios mal conservados.

Rua Feijó Behring,   asfalto em péssimas condições, travessia inacessível.

Para a via está previsto no Plano de Mobilidade Urbana, para se transformar numa via de pavimento e calçada nivelada, sem vagas de estacionamento.