quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Cores de um fim de tarde de primavera


Viçosa, 30 de setembro de 2020, 
que as cores de um fim de tarde de primavera, dia de seu aniversário
inspirem seus cidadãos a fazerem o melhor por você.

UMA VIÇOSA POSSÍVEL

Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa, em 26/11/2020


É uma tarde de sábado de setembro de 2027, em Viçosa. Voltamos para casa depois de dar uma volta pela cidade. Resolvemos dar um passeio no Público do Centev, lá na zona norte.  Houve um concerto de música na concha acústica, tocado pela orquestra local, que tocou músicas de Pixinguinha, Milton, Carla Sceno e Hervê Cordovil. Tinha muita gente lá, inclusive vários cadeirantes. Totens educativos em braile passavam informações aos deficientes visuais, sobre as plantas nativas e sobre a recuperação das nascentes.  No gramado, famílias faziam piquenique, ao lado do parquinho, cheio de crianças. Muitos ciclistas passavam pelas várias alternativas de ciclovias do parque, vindo do Silvestre e a caminho do Ziguezague.  Idosos, que nem nós, praticavam, com elegância, o tai chi chuan. 

Do imenso parque, ao lado do Parque Tecnológico, foi possível ver os lindos prédios das três novas indústrias tecnológicas, inauguradas há poucos meses. No caminho para o centro, passamos de carro ao lado da ciclovia Castelo Branco. Conseguimos comprar verduras fresquinhas na horta urbana, ao lado do Parque Santo Antônio. Também levamos uns brotos de feijão, cogumelos e um pouco de húmus de minhoca para nosso quintal. No centro, passamos ao lado do parque linear São Bartolomeu, ao lado do terminal rodoviário local. Na praça do Rosário estava o imponente Cine Brasil, requalificado como um lindo teatro, com letreiro que anunciava uma nova montagem de Macunaíma, com apresentações no final de semana. Chamou-nos atenção o cuidado com os jardins e a limpeza das ruas. Uma breve parada para comprar o jornal na banca, costume antigo, para atualizar as notícias. Na capa, o anúncio de que Viçosa passou a tratar 100% de seus esgotos. Viçosa alcançou nota 9,3 no IDEB, o que a colocou como a mais alta do Brasil, assim como o Coluni, imbatível há décadas. O primeiro trecho do anel viário, que ligará o trevo de São José do Triunfo, ao lado da nova estação rodoviária, ao Centev tem previsão de inauguração em menos de um mês. 

Como de praxe, o caminho de casa favorito passa pelo campus da UFV. Como o fim da tarde estava bonito, estacionamos próximo às Quatro Pilastras e fomos passear de Trenzinho. Ao nosso lado, turistas e estudantes, a caminho da biblioteca, interagiam animadamente. O trajeto até a estação de Cajuri leva uns trinta minutos, o que nos convidava a jantar na linda pequenina cidade.  Ao longo do passeio, passamos pelo lindo edifício prédio do Espaço de Ciências. Para, enfim, chegar em casa, passamos entre os dois lagos da UFV, totalmente cheios, apesar da longa estiagem, graças à eficácia do amplo programa de recuperação da bacia do São Bartolomeu e das matas da região do Paraíso.

E pensar que todas essas transformações começaram em 2021, com uma pessoa eleita para a prefeitura, que decidiu e conseguiu mudar a forma de fazer política. Concluiu e implementou os planos importantes, desenvolveu os projetos necessários e teve apoio dos canais fortes com deputados igualmente sérios e honestos.   O que parecia uma realidade distante transformou a cidade, que, enfim poderia ser justamente chamada de “Educadora”, em todos os sentidos. ]

Parabéns, Viçosa, pelo seu aniversário.



sábado, 26 de setembro de 2020

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

domingo, 20 de setembro de 2020

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

LIVRO RECOMENDADO

 


Excelente livro sobre demografia, de Paul Morland (2019).
Relaciona a demografia com economia, política e outros temas, com fascinantes projeções para o futuro demográfico no planeta.

domingo, 13 de setembro de 2020

DESENHO: ABRAÇOS

Abraços. Ítalo Stephan. Nanquim s/papel. Setembro 2020.

 

ASFALTO, MEU AMOR!

 Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG, 10/09/2020.

Por que os prefeitos, especialmente nos meses que antecedem as eleições, gostam tanto de asfalto? Por que as pessoas gostam tanto de asfalto? Em meio aos sinais de crise hídrica e às práticas que vão na contramão da sustentabilidade, ainda persiste entre nós a mentalidade míope de que o asfalto deve ser aplicado indiscriminadamente nas cidades. Em Qualquerlândia, o prefeito anuncia o asfaltamento em bairros populosos, às vezes com a substituição de blocos sextavados por asfalto. Nesse período eleitoral o prefeito anuncia o maior programa municipal de recuperação de vias urbanas dos últimos tempos em nossa cidade.

Os moradores, em sua maioria, adoram e cobram da prefeitura esta solução. No entanto, a prefeitura retira a solução mais adequada, por ser mais permeável, que o asfalto. O problema não é bloco de concreto. Os blocos são menos quentes que o asfalto e permitem consertos nas redes de água, esgotos e pluviais sem maiores problemas. Os blocos de concreto são mais permeáveis esteticamente bonitos. Os remendos no asfalto sempre são problemáticos, os em blocos são de fácil recomposição. A nova pavimentação com asfalto impermeabiliza ainda mais o solo, o que incide na descarga mais rápida das águas pluviais para os acanhados e sofridos córregos, além de diminuir a absorção da água até os lençóis freáticos, que alimentam nossos mananciais.

Um dos principais defeitos da pavimentação surge quando sua base é mal executada. Uma base malfeita terá o assentamento dos blocos com problemas ou um asfalto com problemas. O asfalto se deteriora mais facilmente e precisa ser retirado com frequência, em geral a cada quatro anos (mera coincidência?). Os blocos de concreto ficam intactos. Além disso, é o único tipo de pavimento que não pode ser encarado como um gasto e sim como ativo fixo, uma vez que não se deteriora com o uso. Os blocos podem ser facilmente moldados, aplicados e reaplicados.

É comum, aqui em Qualquerlândia acontecer de serem retirados os blocos existentes para aplicá-los em bairros mais humildes. Curioso isso, não? Se os blocos não servem para os bairros ricos, por que servem aos mais pobres? Por que não corrigir os defeitos e cuidar de tantas outras prioridades básicas existentes em bairros carentes de infraestrutura?  O asfalto pode ser usado sim, em alguns tipos de vias que exigem trânsito rápido, desde cercado das devidas medidas de segurança.  O asfalto traz inicialmente um conforto maior para os motoristas e passageiros dos veículos, mas favorece mais velocidade para os automóveis e exige a quase imediata construção de quebra-molas.  O asfalto traz mais calor para os moradores e leva mais fuligem para as casas. A mudança provocará mais acidentes de trânsito e mais enxurradas.  Que vantagens são essas?

É muita irresponsabilidade quando se aplica asfalto em vias que não têm um sistema de drenagem, ou quando esse é insuficiente. Isso vem sendo feito em Qualquerlândia, mesmo à revelia da lei (mais uma das que não são obedecidas). Levar os blocos para pavimentar vias nos bairros mais pobres sem implantar antes o sistema de drenagem é inaceitável. O asfalto como moeda de troca por votos é exemplo de insustentabilidade ambiental. Asfalto usado indiscriminadamente é tolice O asfalto propicia uma enganadora visibilidade política. Asfalto é desejo de eleitor e é voto, mas é uma relação política ultrapassada. 


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

NA FALTA DE PARQUES PÚBLICOS...

 

Juiz de Fora, cidade alta. Represa de São Pedro, um dos reservatórios de água para a cidade.

Em uma de suas margens, a interditada BR 440, usada como áreas para caminhada.

Banhistas imprudentes na represa.
Na falta de parques urbanos, a população se vira com o que encontram em obras paradas e espaços inapropriados.
Fotos Ítalo Stephan, Setembro 2020.

DESENHO: NUVENS AMARRADAS

Ítalo Stephan. Nuvens amarradas, nanquim s/papel. Agosto 2020.



 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Ebook - Inovação em Cidades

Ebook download gratuito.

Capítulos do livro:

Repensando as cidades por meio da inovação urbana: soluções para diferentes conceitos urbanos 

Parques tecnológicos e centralidades urbanas: o caso do TECNOPUC na região metropolitana de Porto Alegre 

Tecnocracia e inovação em vigilância na cidade

O acesso à informação como política pública de planejamento e gestão urbana: a experiência de Pelotas - Lucas Berdague, Ítalo Stephan e Luciana Bosco. 

Trajetória de construção de uma cidade inteligente: o caso de Pato Branco 

E-CHIS: proposta de uma cidade ensinante para uma cidade aprendente 

A marca da cidade criativa: as cidades como espaços de estímulo a boas ideias e o que as ferramentas de place branding podem fazer por elas

Movimento Cidade Criativa, Cidade Feliz: cultura, colaboração e criatividade como vetores da reinvenção de uma cidade  - Paulo Tadeu Leite Arantes.

Portland: uma cidade sustentável e inovadora, uma cidade para pessoas 

 

O livro pode ser acessado diretamente pelo link: 

http://via.ufsc.br/download-ebook-inovacao-em-cidades/