domingo, 28 de janeiro de 2024

CABO FRIO: PRAÇA DOS QUIOSQUES

Cabo Frio: Praça dos Quiosques - um dos maiores "atrativos" da Praia do Forte- estado de conservação lastimável. Paredes demolidas, guarda-corpos quebrados, espaços sujos, inseguros sob a calçada superior, calçamento irregular, jardim malcuidado.
 
Drenagem insuficiente, iluminação ruim, paredes pichadas.

Obras de arte: esculturas depredadas, base malcuidada, grama irregular, bordas do piso quebradas.
Cabo Frio recebe, só de royalties do petróleo R$ 300 milhões e recebe milhões de turistas por ano.
A única justificativa é a má gestão  do município.

Veja mais: https://journals.openedition.org/espacoeconomia/4449

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

VIÇOSA ANOS 2000


Quatro Pilastras, Conjunto Carandiru no início das fundações, casa ao lado do terreno ainda existente.


Conjunto "Carandiru" com fundações em construção e prédio vizinho em construção. Ano 2001? 

sábado, 13 de janeiro de 2024

ARTIGO: HORA DE COBRAR


HORA DE COBRAR
Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG, em 11/01/2024

O Plano Diretor de Viçosa, Lei Nº 3.018/2023, aprovado em 15 de maio de 2023, deixou prazos para a regulamentação de várias leis complementares. São leis que definirão as regras para o uso e a ocupação do solo em todo o município. O Plano estabeleceu prazos de 6 e de 12 meses para que alguns dispositivos possam ser aplicados. O primeiro já venceu sem ser cumprido e o segundo prazo está correndo rapidamente. Trato disso aqui, porque essas ações são essenciais para possibilitar o processo de planejamento urbano e rural de Viçosa. Sem essas regulamentações, ficamos num limbo, com muitas dúvidas e lacunas para que o processo caminhe corretamente.

O Artigo 189 estabelece que “O Poder Público Municipal deve promover a elaboração ou a revisão da legislação complementar ao Plano Diretor, bem como dos planos municipais relativos às políticas setoriais”. A seguir, consta no §1º, que “Deverão ser elaboradas ou atualizadas as seguintes leis, no prazo máximo de 12 (doze) meses da publicação desta Lei”: o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios (PEUC), o IPTU progressivo no tempo (IPTU-P), a desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública e o direito de preempção. O mesmo prazo vale para elaboração de “Lei específica que discipline os instrumentos relacionados com o direito de construir e de alteração de uso”. Chegamos ao início de 2024 e, 8 meses depois, desconheço as iniciativas para o cumprimento do artigo, considerando que todos esses instrumentos demandam discussões com técnicos, precisam de audiências públicas e dependem do desenvolvimento de trabalhos paralelos relacionados à revisão de outras leis defasadas. São instrumentos com alguma complexidade de normatização; ainda faltam alguns meses para o cumprimento do prazo, mas alerto que é um tempo apertado.

Sem essas regulamentações, ficamos num limbo, com muitas dúvidas e lacunas
 para que o processo caminhe corretamente.

Já no § 2º do Artigo 189, está escrito que “Deverão ser revistas e compatibilizadas com este Plano Diretor”, no prazo de 6 meses (novembro de 2023), as leis de parcelamento do solo para fins urbanos e do zoneamento, o uso e a ocupação do solo. O prazo já se esgotou, e este artigo não foi atendido.  Tenho conhecimento de que o processo foi iniciado, mas desconheço a que ponto de desenvolvimento chegou.  Mas, quais são as implicações deste atraso? Temos um Plano que criou zonas especiais, novas zonas urbanas e periurbanas que aguardam a complementação dos parâmetros urbanísticos (o que, o quanto e como pode ser construído, o quanto deve ser deixado como área permeável, o quanto pode ser ocupado em cada terreno). Sem isso ficam dúvidas e insegurança para quem quer construir ou lotear. 

O Plano definiu as áreas adequadas para a expansão urbana; acrescentou, no Art. 32, às atuais zonas, as Áreas Especiais (Importância Ambiental, Riscos Geo-hidrológicos, Saneamento Ambiental, Proteção ao Voo de Aeronaves, Estratégicas de Interesse Público e de Urbanização Específica). A lei adicionou às atuais, novas zonas: Zona Empresarial, Industrial e Logística, Zona de Chacreamento, Zona de Assentamentos Humanos da Região do Paraíso, Corredor Estratégico e Parque Linear e Zona Especial de Interesse Social. A cada uma destas serão necessárias regulamentações de ordenamento do uso do solo, para serem colocadas em prática. 

Portanto, o Plano corre o risco de não trazer os benefícios propostos. Isso é um risco para o desenvolvimento físico e territorial de Viçosa. Fiquemos de olho; peço que as autoridades competentes criem as condições para cumprir o que é lei. Adicionalmente, peço aos cidadãos atentos, aos vereadores e ao Ministério Público que exerçam seus papéis de fiscalização e de cobrança, para que o Plano cumpra seus objetivos.  

 Foto: https://www.vicosa.mg.leg.br/institucional/noticias/2023/04-2023/projeto-sobre-revisao-do-plano-diretor-e-aprovado-em-1a-votacao

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

CULTURA EM SEGUNDO PLANO


Absurdo: Prefeitura de Viçosa vai desalojar a Biblioteca e o Centro de Artes do antigo prédio da Prefeitura e da Câmara. Estes irão para imóveis menores alugados para dar lugar para uma UPA.

Quem apoia? Autoridades que dizem que ninguém mais lê livros, e que devem pensar que "gastar" dinheiro público com cultura é desperdício, é bobagem. Infeliz de um país em que 1/3 não consegue interpretar um texto e que lê, em média, 0,7 livros por ano.

Lembro que o prédio não está adequado para uma UPA. Essa solução é imediatista, Vai precisar de muitas modificações e adaptações como as de acessibilidade e de instalações elétricas e hidrossanitárias, ou vai ser tudo feito de forma improvisada. Essa solução é imediatista,

Os técnicos do setor de cultura de Viçosa foram pegos de surpresa.

Cultura e educação não têm lugar nesta "cidade educadora".

domingo, 7 de janeiro de 2024

CARICATURAS

Viva o Nordeste!

Viva Greta!

Vivam os índios!

Use máscara!

Tome vacina!

Caricaturas diversas.

sábado, 6 de janeiro de 2024

UFV: VIAGEM DE ESTUDOS DOS ESTUDANTES DE ARQUITETURA À BH

 

Estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UFV, viagem de estudos.
 Memorial Minas-Japão - Pampulha, Belo Horizonte.

VIÇOSA - anos 1990

 

Foto da época em que ao lado do Shopping Viçosa, na rua Milton bandeira, havia um vagão da antiga Leopoldina, que funcionava como bar. Que fim levou este vagão?

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

ISAAC ASIMOV : 100 ANOS


Dia de Isaac Asimov

Nascido em 2 de janeiro de 1920. Um dos maiores escritores de ficção científica.

Criador das três leis da robótica: 

1. um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; 

2. os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a primeira lei; 

3. um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores

Eis alguns de seus livros:

Fundação (trilogia)

Eu, robô

O homem bicentenário

Nós, os marcianos

O Fim da eternidade

827 era galáctica

A terra tem espaço

Para onde vamos?

Os próprios deuses

As Cavernas de Aço

Nove amanhãs....


JUIZ DE FORA -MG


Juiz de Fora, MG, população no último censo (2022): 540.756 pessoas.
 No centro, trecho da avenida Rio Branco, com o Morro do Cristo ao fundo.


À esquerda área central, ao fundo os condomínios encravados na montanha. À direita, bairro Centenário, ao fundo, bairro Democrata.

Fotos Ítalo Stephan, 31 dez. 2023.

ARTIGO: GENTE E BICHO


Artigo publicado no jornal Folha da mata, Viçosa,  em 28 de dezembro de 2023

Moramos numa cidade que não é muito grande, nem muito pequena. Nosso município faz parte do que chamam “Mar de Morros”, onde antes era tudo Mata Atlântica. Muito dela foi destruída, mas o nome ficou para designar a região: a Zona da Mata. Nossa cidade não para de crescer, só que de forma bastante desorganizada. Ela se expandiu, no início, ao longo dos vales, onde ainda esconde e espreme os leitos dos cursos d’água. Depois cresceu para o alto dos morros. Isso dizimou as matas ou o que já foram cafezais. Ficaram terrenos sujeitos à perigosa ação das chuvas. Aos poucos e de forma descuidada adentrou-se na área rural, modificando os usos; moldando espaços nem sempre adequados para lazer, festas, jardins; construindo piscinas, açudes. Esse crescimento impacta muito o meio ambiente e altera a vida dos animais e a forma com a qual convivemos com eles. 

Os animais das matas estão vivendo cada vez mais entre nós, ou melhor, nós adentramos continuamente em seus habitats. Tudo se misturou: urbano com rural, animais domésticos com animais silvestres, gente com bicho. No bairro onde moro, vejo, de manhãzinha e de tardinha, enormes bandos de garças acompanhando o vale do ribeirão. Isso é muito bonito e queria que isso acontecesse para sempre. Recebo visitas matutinas e vespertinas de um bando de galinhas d’angola, sei que gostam do meu quintal, porque lá não tem cachorro. Não é grande, mas tem várias árvores que servem de ponto de descanso e de observação para as aves. Recebo visitas de teiús enormes, gambás, tatus, jacus, araçaris, tucanos, maitacas, bem-te-vis, sabiás, galos do campo. Eles comem frutos que encontram no meu quintal: juçara, coco babão, jabuticaba, uvaia, pitanga. Antes aqui havia mais tatus, preás e corujas barranqueiras; agora ouço falar mais de pernilongos, escorpiões, cobras, baratas, cigarras, formigas cortadeiras e lagartas que acabam com nossos jardins e quintais. 

Meus vizinhos reclamam dos gatos que deixam excrementos em seus jardins e deixam loucos seus cães de estimação, enquanto outros vizinhos os alimentam às escondidas. Já vi na cidade muitos comedores, bebedores e casinhas para os cães de rua, que são muitos. De vez em quando aparecem cães com um tipo de blusa para aquecê-los no inverno. Essas são iniciativas legais. Infelizmente, por outro lado, há vários casos de maus tratos aos animais: filhotes de gatos jogados no rio; filhotes de cães abandonados em terrenos baldios; cães abandonados nas ruas, porque os donos não os querem mais; animais morrendo envenenados. Ah, quanta desumanidade!   Há, na cidade uma instituição privada de proteção dos animais que tenta, com muita dificuldade, abrigar essas pobres criaturas,pois depende de ajuda das pessoas e do poder público, só que o número de animais abandonados não para de aumentar. 

Os animais correm riscos com os humanos e nos deixam grandes problemas. De vez em quando, cavalos vão pastar nos jardins da praça central, ou, o que é perigoso demais, costumam ficar soltos nas estradas. Isso cria um risco constante de acidentes graves, mas ninguém impede isso de se repetir. No campus da Universidade ainda há capivaras, jacarés, micos e cobras. Seriemas já adotaram os jardins da UFV como lar. Há muitos cães abandonados que se tornaram agressivos.  Enfim, temos de cuidar dos animais, respeitá-los e desenvolver políticas públicas para lidar com essa questão. Nós devemos, gente e bicho, nos acostumar a conviver harmoniosamente, também é necessário controlar a expansão da cidade área rural adentro.