quarta-feira, 31 de outubro de 2018

PATRIMÔNIO

Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto-MG.

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

(Carlos Drummond de Andrade)


SEMINÁRIO INTERNACIONAL


terça-feira, 30 de outubro de 2018

PAISAGENS DE OURO PRETO

 Uma cidade de origem no Brasil Colônia - ruas ajustadas à topografia, e muito verde misturado.

 Uma paisagem formada por montanhas, agrupamentos de casas e igrejas em pontos estratégicos.

Vila Aparecida, um agrupamento de casas sem grandes quintais. Uma massa compacta de casas, destoante da paisagem colonial. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Prêmio TCC 2018 - CAU-MG

Primeiro Lugar - Raíssa Goulart - UFV

Saiba quem foram os vencedores do Prêmio TCC 2018

http://www.caumg.gov.br/vencedores-do-premio-tcc-2018/

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

CONGRESSO EM OURO PRETO


O Secretário de Estado de Cultura, Ãngelo Oswaldo, estrela maior do primeiro dia do I Congresso Mineiro de Direito do Patrimônio Cultural, na UFOP.

domingo, 21 de outubro de 2018

RIOS NAS CIDADES


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 18 /10/2018, Viçosa-MG

Depois da aprovação do novo Código Florestal brasileiro, Lei 12.651/2012, a sua aplicação em áreas urbanas gerou uma série de dúvidas. Como ficam os lotes vazios em relação às exigências de Áreas de Preservação Permanente (APP) com faixas de 30 a 100 metros de cada margem, dependendo da largura dos rios? Essas restrições impedem que se construa em áreas já entronizadas (ocupadas pelo processo de urbanização)?  Essa condição, que ocorre na maioria das cidades brasileiras, pode ser regularizada? Como ficam as APPs em áreas urbanas?

As APPs são espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicos ou privados, urbanos ou rurais, ou por vegetação nativa. O processo de urbanização sem planejamento, com a ocupação irregular e o uso indevido das áreas de preservação reduziram-nas e as degradaram, provocando graves problemas, o que exigiu empenho no incremento e no aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à recuperação, ao monitoramento e à fiscalização das APPs.

Recentemente, a prefeitura de Resende-RJ, através da Agência do Meio Ambiente do Município, iniciou a primeira etapa do Plano de Regularização Fundiária das ocupações das APPs localizadas nas margens dos rios e que cortam a área urbana. O Plano envolve o diagnóstico de toda a área urbana consolidada de Resende (primeira etapa), a elaboração de projetos de regularização (segunda etapa) e a execução desses projetos (terceira etapa); ele tem uma previsão de 24 meses para ser concluído. O trabalho visa adequar o município ao atual Código Florestal Brasileiro, que permite, em seus artigos 64 e 65, a regularização ambiental de assentamentos (casas, prédios, escolas, hospitais, entre outros) edificados em APPs, desde que os mesmos estejam inseridos em área urbana consolidada e não identificada como de risco. Segundo o Código, as áreas urbanas consolidadas são aquelas onde já havia ocupação demográfica e infraestrutura, como drenagem, esgotamento sanitário, arruamento, distribuição de energia elétrica e água potável, antes das construções serem feitas.

O Código Florestal considera que as construções inseridas em áreas urbanas consolidadas são passíveis de regularização, através de projetos de interesse social ou específico. Para que essa regularização seja feita, é necessário desenvolver um estudo completo e minucioso de cada região ocupada, com levantamento de documentos, cadastros, mapas e fotografias, que vão indicar se os espaços já eram, ou não, áreas urbanas consolidadas quando receberam esses assentamentos.  Esse levantamento tem um custo, e esse custo pode ser bancado com passivos ambientais de empresas, na região, e executará o trabalho como forma compensatória. Os empreendimentos que não estiverem de acordo com o que preconiza o Código Florestal serão notificadas para que regularizem sua situação e implementem os controles ambientais necessários num prazo determinado.

Com essas iniciativas, os municípios podem regularizar as atividades e os empreendimentos considerados irregulares, possibilitando-se a emissão de alvarás e de licenças necessárias ao funcionamento, gerando recursos, empregos e estabilidade para os empreendedores.  As APPs que permanecerem terão grande contribuição na proteção dos corpos d’água para evitar enchentes e assoreamento; na manutenção da permeabilidade do solo, o que irá colaborar com a recarga de aquíferos, como também contribuirá na sua função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores ecológicos; sem contar a atenuação de desequilíbrios climáticos, tais como o desconforto térmico e o efeito “ilha de calor”. Por fim, as APPs exercem funções sociais e educativas relacionadas com a oferta de áreas de lazer e de recreação, de oportunidades de encontro, de contato com os elementos da natureza e de educação ambiental.


domingo, 14 de outubro de 2018

A vida secreta das árvores


Livro recomendado:
A vida secreta das árvores

"Em A vida secreta das árvores, o engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben alia seus 20 anos de experiência às últimas descobertas científicas para examinar o dia a dia desses seres fantásticos. Com um ponto de vista surpreendente e inovador, o livro se tornou um fenômeno na Alemanha, entrou para a lista de mais vendidos do The New York Times e teve seus direitos negociados para 18 países. Essa viagem fascinante pela vida das árvores e florestas é um convite a repensarmos nossa relação com a natureza." (Livraria Cultura)

Passei a olhar as nossas amigas verdes com outro olhar, respeito-as mais ainda.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

10% Humano


Cada corpo humano compartilha cerca de cem trilhões de micro-organismos, amigos ou não.
Essa microbiota desempenha papeis fundamentais em nosso organismo. Se desequilibrada, pode causar inúmeras doenças e síndromes, alteram nosso peso e nossa saúde mental.
Um excelente livro para ajudar a convivermos bem, nós e nossos habitantes.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

NOVA BENTO RODRIGUES


Nova Bento Rodrigues

Esse é o projeto inicial da nova vila, em início de construção.
Deverá ser entregue aos moradores da antiga Bento uns 4 anos depois do desastre.
O que vai acontecer nesse novo assentamento?
Em quatro anos, as pessoas se casam, se mudam, saem da infância, da adolescência. Algumas morrem, algumas começam faculdade, algumas vão embora.
Os moradores receberão casas bem construídas, numa urbanização parecida, bem construida, que respeitará normas ambientais.
A nova vila está a meio caminho entre a antiga e Mariana.
A vila terá uma nova dinâmica e  seguirá um destino completamente diferente. Os antigos moradores ficarão lá? Virão novos? Que relações sociais se formarão?
O que será da Nova Bento?

Imagem:
https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/estado-concede-licen%C3%A7a-ambiental-para-constru%C3%A7%C3%A3o-do-novo-bento-rodrigues-1.637139




quarta-feira, 10 de outubro de 2018

terça-feira, 9 de outubro de 2018

ARTIGO PUBLICADO


Artigo publicado em Outubro de 2018, no Cadernos Proarq vol. 30

Planejamento e gestão urbanos: um panorama das cidades intermediárias na Zona da Mata Mineira

http://cadernos.proarq.fau.ufrj.br/pt/paginas/edicao/30


domingo, 7 de outubro de 2018

POR BONS PROJETOS


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 3/10/2018.

Sou Arquiteto e Urbanista, formado há 36 anos, pela UFRJ. Antes de me tornar professor, tive uma experiência de mais de dez anos em projeto arquitetônico. Trabalhei um pouco  em Niterói e depois em Juiz de Fora. Quis o destino me levar para o Maranhão, onde morei por 9 anos. Projetei casas, escolas, hospitais e prédios públicos. Fiz alguns projetos de conservação de bens tombados. Em São Luís, tive a oportunidade de elaborar, como membro de uma pequena equipe, o Plano Diretor,
aprovado em 1992. No ano seguinte, passei no concurso para professor de projeto arquitetônico na UFV. Minha experiência profissional garantiu essa importante mudança. Em 1993, adotei Viçosa, e fui muito bem recebido aqui. Por gratidão e por senso profissional sempre quis melhorar esta cidade.

Participei dos projetos de adequação da Estação Ferroviária, da reforma das ruas Benjamin Araújo e Dona Gertrudes, do Quartel da PM e da requalificação do Colégio de Viçosa. Participei da criação do Conselho Municipal de Cultura (CMCPCA, 1996) e dos vários processos de tombamento. Fui um dos coordenadores da elaboração do primeiro e único plano diretor (até agora), das leis de Zoneamento e do Código de Obras e da criação do IPLAM.

Como conselheiro do CMCPCA, sempre zelei pela preservação do patrimônio cultural. Consegui, junto com outros conselheiros, algumas vitórias, mas colecionamos também algumas derrotas. A meta agora é lutar pela preservação de dois ícones da arquitetura eclética: o Hotel Rubim e o Alcântara (que já foi agência bancária). Nesses meados de 2018, os dois bens estão ameaçados. Do Alcântara tratarei em uma próxima ocasião.

O destino do Hotel Rubim está envolvido num imbróglio desde 2011, pelo menos.  Ao longo desse período foram apresentados ao CMCPCA três projetos diferentes, que propunham a construção de uma torre no terreno dos fundos do hotel, deixando a volumetria (o perímetro formado pelas paredes externas e o telhado) do prédio revitalizado. Os primeiros projetos não diferiam muito entre si. Eram de arquitetos diferentes, de 2011 e 2014, creio eu. Nos dois projetos o CMCPCA propôs algumas pequenas adequações para aprovação no IPLAM. Daí em diante nada aconteceu e o prédio do hotel começou a deteriorar. Somente agora, em 2018, voltou ao CMCPCA um terceiro projeto, que considero inadequado, pois preserva apenas as duas paredes das fachadas das ruas. Internamente seriam construídos um subsolo para garagem e uma grande laje, ocupando 80% do terreno (limite da lei), e seriam demolidas todas as paredes internas. O telhado seria demolido e reconstruído posteriormente. No nosso entendimento, preservar apenas a fachada não é suficiente, pois não preserva a volumetria do hotel.

Esse é o impasse. O CMCPCA não quer, nunca impediu a construção da torre, desde que essa nova obra seja minimamente compatível com a adequada preservação do corpo do hotel. É isso, o que se pede é um bom projeto, um bonito projeto que some as duas partes. Cobra-se um projeto arquitetônico que permita que o antigo e o novo possam coexistir em harmonia, com uma estética atraente. Isso só tende a valorizar o imóvel e enaltecer os proprietários e os construtores.  Isso tende a valorizar o entorno da Estação, a respeitar o patrimônio tombado vizinho, formado pela Casa Arthur Bernardes, pela Estação Cultural Hervê Cordovil, pelo Balaústre e pelo conjunto ao longo deste.


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

JOIA BARROCA


Tão bela, a obra-prima padece de conservação.  Coberta por sujidades, a igreja de São Francisco de Assis aguarda cuidados.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

DE VOLTA À CÂMARA



Prefeitura de Viçosa reenvia Plano Diretor à Câmara Municipal 

A Prefeitura de Viçosa reenviou nesta quarta-feira (03) à Câmara de Viçosa, o Projeto de Lei (PL) nº 19/2017 que propõe a revisão do Plano Diretor, cuja última versão é do ano 2000. O PL tramita na Câmara desde abril de 2017.

O Plano diretor é um instrumento jurídico estratégico, orientador da política urbano-rural sob a competência do Município. Nele consta as diretrizes urbanísticas e os respectivos fundamentos jurídicos que permitem ordenar o crescimento das áreas urbanizadas, urbanizáveis e de expansão, promovendo o desenvolvimento com qualidade de vida.

O anteprojeto de revisão do Plano Diretor de Viçosa tem 119 páginas e é dividido em títulos gerais que apresentam políticas urbanas físico-territoriais: meio ambiente; sistema viário; mobiliário urbano; política de desenvolvimento socioeconômico, científico e tecnológico; desenvolvimento social; planejamento e gestão; e a função social da cidade e da propriedade. A  revisão da Lei foi um processo longo que envolveu técnicos, comunidade e sociedade civil organizada.

O Projeto foi devolvido pelo Legislativo no dia 13 de setembro de 2018, com a solicitação de esclarecimentos e cópias de documentos, e o Executivo encaminhou hoje o que havia sido solicitado.

Em ofício enviado junto ao projeto, o superintende de Gestão Pública e Governança, Luciano Piovesan Leme,  ressaltou a urgência da aprovação do Plano Diretor e reforçou que o Executivo, por meio de suas equipes técnicas, se colocam à disposição sanar possíveis dúvidas, dando total liberdade para que os vereadores convoquem os membros do Executivo.

Vamos aguardar e ver a disposição dos vereadores em votar o Plano.