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19 março 2023

DESENHO: CARNAVAL EM TIRADENTES


Desenho: Carnaval em Tiradentes-MG. Isso é sustentável?
Ítalo Stephan. Nanquim sobre papel vegetal, março 2023.
Desenho baseado do em foto de divulgação da prefeitura Municipal de Tiradentes. 
Fonte:https://www.qualviagem.com.br/tiradentes-tem-blocos-de-rua-para-familias-no-carnaval/

 

09 abril 2022

UM CENTRO SATURADO?



Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa, em 12/05/2022.

Viçosa, centro da cidade, uma área já saturada, não comporta mais adensamento e verticalização.  São raras as vagas para estacionamento, e são poucos os terrenos baldios usados para assimilar a demanda. A área continua a ser de interesse da construção civil, a qual interessa substituir as edificações de pequeno porte remanescentes por centros comerciais e torres de salas comerciais e de apartamentos. 

O trânsito já é complicado e tais empreendimentos desconsideram a demanda que geram por mais vagas.  As áreas adjascentes ,  as áreas onde se concentram edifícios de salas comerciais e clínicas, a Praça Emílio Jardim,  o Clélia Bernardes, a Av. P. H. Rolfs, as imediações do Colégio de Viçosa (atual Prefeitura) não suportam mais o Coeficiente de Aproveitamento que a lei permite. A impermeabilização da área atinge a quase totalidade dos terrenos e sobrecarrega o insuficiente sistema de drenagem.

O centro precisa de novas regras de uso e ocupação sustentáveis, que aliem a capacidade de suporte de infraestrutura e da drenagem, a preservação edificações de valor cultural, a qualidade razoável da acessibilidade dos pedestres  e a criatividade dos arquitetos e urbanistas. 

Foto Ítalo Stephan, abril de 2022.

20 agosto 2016

Selo de Sustentabilidade


Estação de Tratamento de Esgotos

A UFLA é Azul: 2ª universidade do mundo com o certificado Blue University em reconhecimento pela gestão das águas. O certificado atesta que a Universidade é uma instituição que pratica e defende os recursos hídricos compartilhados. Um reconhecimento de que a Universidade prima pela produção, tratamento, uso e reaproveitamento da água.
Parabéns para a Universidade de Lavras!
Belo exemplo a ser seguido!

http://www.ufla.br/ascom/2016/05/16/ufla-e-azul-2a-universidade-do-mundo-com-o-certificado-blue-university-em-reconhecimento-pela-gestao-das-aguas/

11 julho 2015

Questão de sobrevivência


A questão do abastecimento da água em Viçosa é realmente séria. Temos dois mananciais cujas produções de água estão no limite para abastecer uma população que não para de crescer. Temos de contar apenas com o São Bartolomeu e o Turvo. Os custos de buscar água em outros mananciais é absurdamente caro. Não há, em curto prazo, como aumentar a produção de água, embora seja possível com um prazo maior com um grande conjunto de ações de recuperação de nascentes e incentivo financeiro aos produtores de água.  Antes disso é preciso parar de comprometê-las.  Furar mais poços artesianos não resolve.

Para garantir a produção de água é necessário um conjunto de ações. A primeira é garantir a produção de água nos mananciais permanentemente ameaçados de intervenções desastrosas, como as ocupações em áreas de proteção permanente e os  desmatamentos e aterros de várzeas. É preciso melhorar a rede de ligação entre as estações de tratamento de água, o que custa alguns milhões de reais. Outra proposta é a de que seja exigida a construção de reservatórios de água de chuva em prédios ou a construção de coberturas verdes. Construir mais represas também seria outra opção, mas é um processo longo.  Estudos desenvolvidos pela UFV demonstram claramente que a legislação atual permite um adensamento populacional nas áreas centrais, que deve ser urgentemente revista.

Chegamos ao limite da sustentabilidade. Não dá para ficar sem agir. A hora é esta, pois além do Plano de Saneamento Básico em vigência, está sendo feita a revisão do Plano Diretor de Viçosa.  No entanto, acima de tudo Viçosa precisa, mais que nunca de uma competente ação política. Hora de agir em várias frentes.

07 março 2015

Tempos de ficção

Versão ampliada de artigo publicado no jornal Tribuna Livre, de Viçosa-MG, de 4/3/2015.

Cenário de Blade Runner (1982)

Ficção científica é o meu gênero literário e cinematográfico favorito. Desde moleque adorava Perdidos no Espaço e Space Rangers. Lia avidamente muitos livros de Isaac Asimov (Eu robô; Fundação; O homem bicentenário; o Fim da Eternidade); devorava Arthur Clarke (a saga Odisseia no Espaço; Encontro com Rama; O fim da infância; Canções de uma terra distante e 3001) e George Orwell e (1984 e a Revolução dos Bichos). Nunca deixei de ler e assistir o que esses escritores malucos maravilhosos produziam e inspiravam no cinema (Metrópolis, de 1927;  Planeta dos Macacos; Contatos imediatos do terceiro grau, de 1979; Matrix, E.T., de 1982). Conheci Carl Sagan do qual destaco Cosmos; O mundo assombrado pelos demônios; Bilhões e bilhões, e o lindo romance Contato (de 1997, que virou um excelente filme) e os de Phillip K. Dick (O homem do Castelo Alto, Os três estigmas de Palmer Eldritch) e Androides sonham com ovelhas elétricas? o qual inspirou a obra prima do cinema Blade Runner, de 1982, de Ridley Scott.

Cenário de Soylent Green (1973)

Assisti a inúmeros filmes de ficção. A ficção científica era um amplo campo infinito de fantasias e especulações. Mostrava erros grosseiros da física em espetaculares efeitos (as ingênuas e divertidas sagas Jornada nas Estrelas e Guerra nas estrelas). Mostrava inúmeros inventos que hoje são corriqueiros e muito mais avançados (celulares, computadores, alimentos desidratados e roupas). Sugeriam um futuro não muito distante onde os veículos voavam nas cidades  e as viagens interplanetárias faziam parte do cotidiano; onde civilizações extraterrestres eram inúmeras, amigas ou não (O dia em que a Terra parou, de 1951; Guerra dos mundos, 1953; 2001 – Uma odisseia no espaço, de 1968; Alien, o 8º passageiro, O quinto elemento). Mostravam-nos também um mundo futuro sombrio, como o Laranja Mecânica (Stanley Kubrick de 1971). Outro deles era O Mundo de 2020 (1973), do soylent green – único alimento que restava, feito de carne humana. George Orwell criou um mundo ultra vigiado pelo Grande Irmão. Blade Runner mostra-nos uma civilização compartilhada por androides inteligentes, numa sombria Los Angeles, onde predominava a chuva ácida e as línguas espanhola e chinesa.  Mad Max (1979) mostra um mundo sem combustível e sem água.  Oblivion mostra um mundo destruído e dominado pela inteligência artificial. O delicioso Wall-e (2008) retrata um uma Terra deserta coberta de lixo e uma nave onde moram os humanos, todos gordos e vivendo solitariamente junto de seus notebooks.  Mais recentemente a ficção abusa dos efeitos especiais, estragam muitos enredos interessantes, como o Eu sou a lenda (2007), Depois da Terra, Prometheus (2012), Transcendência e Elysium, onde a elite mora num satélite-condomínio e o restante numa Terra árida e superpovoada.


As atrocidades do Boko haram (2015)

Nossos dias parecem estar muito próximos de transformar seus próprios roteiros de ficção (elaborados a incontáveis mãos) em uma duríssima realidade.  Estamos ameaçados não por espécies de outras galáxias, mas pelos germes que fortificamos, pelos exércitos que armamos e pelos desperdícios nossos de cada dia. Estamos esgotando as fontes da nossa vida. Vivemos num mundo real de guerras e corrupção; superpopulação e subpopulação; piscinas cheias e cacimbas vazias; contaminação do ar, da água, do solo e do subsolo; super exploração dos recursos minerais e de seres vivos. Vamos padecer com os desmatamentos (madeira para construção ou lenha para cozinhar), com a extinção de animais e a sobrepesca.  Seres humanos morrem nos extremos de tanto comer e de nada para comer, de tantos remédios e de tantos venenos.  Estamos ameaçados entre os extremismos religiosos e morais. O que era ficção, depois virou alerta dos ambientalistas, agora ameaça concretamente nossas cidades, regiões, países, partes do nosso único planeta.

Líderes jihadistas querem a destruição das pirâmides (2015)

A ficção transformada na pior realidade é algo que não podemos achar que fica só para o futuro e que teremos todas as condições de solucionar.  Se trabalhamos tanto preocupados com o futuro dos nossos filhos e netos, é incoerente agirmos dessas  formas insustentáveis e irresponsáveis. É de arrepiar pensar que podemos já ter passado do ponto sem volta.


http://defender.org.br/noticias/internacional/lider-jihadista-exige-a-destruicao-das-piramides-de-gize/
http://www.ronenbekerman.com/citylife-archviz-challenge-winners-announced/jonathan-wisner-summer-slums-jpg/

14 dezembro 2014

Para onde e como crescer



Região noroeste da cidade de Viçosa, vizinha às Amoras. Tem áreas para crescer, mas necessita urgentemente da intervenção pela prefeitura para orientar com um plano de urbanização. Caso contrário a ocupação será danosa ao maior manancial - o Rio Turvo Sujo. Dá para preservar a faixa de 30 metros e propor uma rede viária adequada.

11 dezembro 2014

Delicado equilíbrio

Klaksvik - Ilhas Faroé

 Thórshavn - a capital

Ilhas Faroé (ou Faroe) são um arquipélago de 18 ilhas situadas junto à latitude 62 N, acima da Escócia, meio caminho entre Noruega e Islândia). Clima moderado em função de corrente marítima.  Em Thórshavn não se registram temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os 0,3 °C em Janeiro e os 11,1 °C em Agosto. A média anual é de 6,7 °C. Vivem nas ilhas sem árvores  um pouco mais de 50.000 habitantes.
Colonizado pelos vikings desde o século IX. Até 1946 era da Dinamarca. Governo autônomo desde 1948. Um frágil meio ambiente em que seus povoadores souberam manter em equilíbrio. O arquipélago não suporta bovinos e suínos. Optaram por criar ovelhas.

10 dezembro 2014

Colapsos : Povos Anasazis

Miremo-nos nos exemplos do passado.
Em Chaco Canyon (sudoeste dos EUA) havia um povo desenvolvido. Um exemplo de que  a sociedade não se relacionou de forma sustentável com seu clima, geografia, recursos e parceiros comerciais.
Foram enormes os impactos ambientais de sociedades complexas não auto-suficientes que entraram rapidamente em colapso após atingirem o auge de população e poder.
Os povos do passado não eram maus administradores ignorantes mas foram exterminados sem agir a tempo de corrigir os erros que cometeram.  A história nos deixa lições que deveríamos aprender.

Eis o que restou do magnífico Pueblo Bonito.

Um auge populacional (em torno de 1110 d. C.) Depois de seis séculos seguiu-se o colapso político e social.

Uma reconstituição do que um dia foi  Pueblo Bonito.

O que sobrou de um lugar antes cheio de árvores e águas subterrâneas, e de muita gente.

11 outubro 2014

Pela nossa sobrevivência

Viçosa enfrenta uma das piores secas de sua história.

De acordo com o diretor técnico do SAAE, Edson Bhering, a UFV deveria suspender suas aulas até o período das chuvas e, assim, esperar normalizar o volume de água para retomar suas atividades.

A previsão é de que o volume de água atual suporte por mais 25 dias, e o SAAE já inicia nesta sexta-feira o racionamento no abastecimento de alguns bairros.

Segundo algumas entidades estudantis, a reitoria teme que a suspensão das aulas possa influenciar as eleições da universidade prejudicando a intenção de reeleição da Reitora e, também, a candidatura do atual Vice-Reitor.

Nos solidarizamos à população viçosense que há meses sofrem com a falta de água e com a negligencia da Reitoria e Prefeitura em procurar medidas para solucionar esta questão.

Viçosa passa pou uma das piores secas de sua história.


Queremos salientar a população viçosense que a situação pode piorar significativamente com a implantação do mineroduto da Ferrous na cidade. O mineroduto, além de atingir o Ribeirão São Bartolomeu, afeta também a bacia do Turvo Sujo onde é captado água para ETA 2, que já apresenta vazões fragilizadas.

E, se não bastasse, ainda atinge a bacia Turvo Limpo. Manancial este, que o SAAE pretende instalar uma futura ETA 3, sendo esta uma das principais alternativas para a solução à falta de água em Viçosa. Acontece que o mineroduto atinge brejos, córregos, nascentes e até atravessa o Rio Turvo Limpo, o que, iminentemente, irá comprometer a captação de água na região.

Nesse sentido, mais do que nunca, Viçosa tem de optar entre ÁGUA ou MINERODUTO?

É preciso canalizarmos nossos esforços para impedir a passagem do mineroduto da Ferrous na região e aprimorarmos o processo de implantação de medidas técnicas que possam garantir a segurança hídrica de Viçosa a longo prazo.

A Câmara Municipal de Viçosa assinou recentemente uma moção de repúdio à passagem do mineroduto.

Você não acha que já passou da hora para a Prefeitura e Reitoria somarem nesta luta em defesa das águas e contra o mineroduto?

CAMPANHA PELAS ÁGUAS E CONTRA O MINERODUTO DA FERROUS
Núcleo Viçosa

http://campanhapelasaguas.blogspot.com.br/2014/10/nota-de-solidariedade-vicosa.html