Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
05 julho 2024
19 março 2023
DESENHO: CARNAVAL EM TIRADENTES
09 abril 2022
UM CENTRO SATURADO?
Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa, em 12/05/2022.
O trânsito já é complicado e tais empreendimentos desconsideram a demanda que geram por mais vagas. As áreas adjascentes , as áreas onde se concentram edifícios de salas comerciais e clínicas, a Praça Emílio Jardim, o Clélia Bernardes, a Av. P. H. Rolfs, as imediações do Colégio de Viçosa (atual Prefeitura) não suportam mais o Coeficiente de Aproveitamento que a lei permite. A impermeabilização da área atinge a quase totalidade dos terrenos e sobrecarrega o insuficiente sistema de drenagem.
O centro precisa de novas regras de uso e ocupação sustentáveis, que aliem a capacidade de suporte de infraestrutura e da drenagem, a preservação edificações de valor cultural, a qualidade razoável da acessibilidade dos pedestres e a criatividade dos arquitetos e urbanistas.
Foto Ítalo Stephan, abril de 2022.
20 agosto 2016
Selo de Sustentabilidade
A UFLA é Azul: 2ª universidade do mundo com o certificado Blue University em reconhecimento pela gestão das águas. O certificado atesta que a Universidade é uma instituição que pratica e defende os recursos hídricos compartilhados. Um reconhecimento de que a Universidade prima pela produção, tratamento, uso e reaproveitamento da água.
Parabéns para a Universidade de Lavras!
Belo exemplo a ser seguido!
http://www.ufla.br/ascom/2016/05/16/ufla-e-azul-2a-universidade-do-mundo-com-o-certificado-blue-university-em-reconhecimento-pela-gestao-das-aguas/
11 julho 2015
Questão de sobrevivência
A questão do abastecimento da água em Viçosa é realmente séria. Temos dois mananciais cujas produções de água estão no limite para abastecer uma população que não para de crescer. Temos de contar apenas com o São Bartolomeu e o Turvo. Os custos de buscar água em outros mananciais é absurdamente caro. Não há, em curto prazo, como aumentar a produção de água, embora seja possível com um prazo maior com um grande conjunto de ações de recuperação de nascentes e incentivo financeiro aos produtores de água. Antes disso é preciso parar de comprometê-las. Furar mais poços artesianos não resolve.
Para garantir a produção de água é necessário um conjunto de ações. A primeira é garantir a produção de água nos mananciais permanentemente ameaçados de intervenções desastrosas, como as ocupações em áreas de proteção permanente e os desmatamentos e aterros de várzeas. É preciso melhorar a rede de ligação entre as estações de tratamento de água, o que custa alguns milhões de reais. Outra proposta é a de que seja exigida a construção de reservatórios de água de chuva em prédios ou a construção de coberturas verdes. Construir mais represas também seria outra opção, mas é um processo longo. Estudos desenvolvidos pela UFV demonstram claramente que a legislação atual permite um adensamento populacional nas áreas centrais, que deve ser urgentemente revista.
Chegamos ao limite da sustentabilidade. Não dá para ficar sem agir. A hora é esta, pois além do Plano de Saneamento Básico em vigência, está sendo feita a revisão do Plano Diretor de Viçosa. No entanto, acima de tudo Viçosa precisa, mais que nunca de uma competente ação política. Hora de agir em várias frentes.
07 março 2015
Tempos de ficção
Assisti a inúmeros filmes de ficção. A ficção científica era um amplo campo infinito de fantasias e especulações. Mostrava erros grosseiros da física em espetaculares efeitos (as ingênuas e divertidas sagas Jornada nas Estrelas e Guerra nas estrelas). Mostrava inúmeros inventos que hoje são corriqueiros e muito mais avançados (celulares, computadores, alimentos desidratados e roupas). Sugeriam um futuro não muito distante onde os veículos voavam nas cidades e as viagens interplanetárias faziam parte do cotidiano; onde civilizações extraterrestres eram inúmeras, amigas ou não (O dia em que a Terra parou, de 1951; Guerra dos mundos, 1953; 2001 – Uma odisseia no espaço, de 1968; Alien, o 8º passageiro, O quinto elemento). Mostravam-nos também um mundo futuro sombrio, como o Laranja Mecânica (Stanley Kubrick de 1971). Outro deles era O Mundo de 2020 (1973), do soylent green – único alimento que restava, feito de carne humana. George Orwell criou um mundo ultra vigiado pelo Grande Irmão. Blade Runner mostra-nos uma civilização compartilhada por androides inteligentes, numa sombria Los Angeles, onde predominava a chuva ácida e as línguas espanhola e chinesa. Mad Max (1979) mostra um mundo sem combustível e sem água. Oblivion mostra um mundo destruído e dominado pela inteligência artificial. O delicioso Wall-e (2008) retrata um uma Terra deserta coberta de lixo e uma nave onde moram os humanos, todos gordos e vivendo solitariamente junto de seus notebooks. Mais recentemente a ficção abusa dos efeitos especiais, estragam muitos enredos interessantes, como o Eu sou a lenda (2007), Depois da Terra, Prometheus (2012), Transcendência e Elysium, onde a elite mora num satélite-condomínio e o restante numa Terra árida e superpovoada.
A ficção transformada na pior realidade é algo que não podemos achar que fica só para o futuro e que teremos todas as condições de solucionar. Se trabalhamos tanto preocupados com o futuro dos nossos filhos e netos, é incoerente agirmos dessas formas insustentáveis e irresponsáveis. É de arrepiar pensar que podemos já ter passado do ponto sem volta.
14 dezembro 2014
Para onde e como crescer
Região noroeste da cidade de Viçosa, vizinha às Amoras. Tem áreas para crescer, mas necessita urgentemente da intervenção pela prefeitura para orientar com um plano de urbanização. Caso contrário a ocupação será danosa ao maior manancial - o Rio Turvo Sujo. Dá para preservar a faixa de 30 metros e propor uma rede viária adequada.
11 dezembro 2014
Delicado equilíbrio
Ilhas Faroé (ou Faroe) são um arquipélago de 18 ilhas situadas junto à latitude 62 N, acima da Escócia, meio caminho entre Noruega e Islândia). Clima moderado em função de corrente marítima. Em Thórshavn não se registram temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os 0,3 °C em Janeiro e os 11,1 °C em Agosto. A média anual é de 6,7 °C. Vivem nas ilhas sem árvores um pouco mais de 50.000 habitantes.
Colonizado pelos vikings desde o século IX. Até 1946 era da Dinamarca. Governo autônomo desde 1948. Um frágil meio ambiente em que seus povoadores souberam manter em equilíbrio. O arquipélago não suporta bovinos e suínos. Optaram por criar ovelhas.
10 dezembro 2014
Colapsos : Povos Anasazis
Em Chaco Canyon (sudoeste dos EUA) havia um povo desenvolvido. Um exemplo de que a sociedade não se relacionou de forma sustentável com seu clima, geografia, recursos e parceiros comerciais.
Foram enormes os impactos ambientais de sociedades complexas não auto-suficientes que entraram rapidamente em colapso após atingirem o auge de população e poder.
Os povos do passado não eram maus administradores ignorantes mas foram exterminados sem agir a tempo de corrigir os erros que cometeram. A história nos deixa lições que deveríamos aprender.
11 outubro 2014
Pela nossa sobrevivência
De acordo com o diretor técnico do SAAE, Edson Bhering, a UFV deveria suspender suas aulas até o período das chuvas e, assim, esperar normalizar o volume de água para retomar suas atividades.
A previsão é de que o volume de água atual suporte por mais 25 dias, e o SAAE já inicia nesta sexta-feira o racionamento no abastecimento de alguns bairros.
Segundo algumas entidades estudantis, a reitoria teme que a suspensão das aulas possa influenciar as eleições da universidade prejudicando a intenção de reeleição da Reitora e, também, a candidatura do atual Vice-Reitor.
Nos solidarizamos à população viçosense que há meses sofrem com a falta de água e com a negligencia da Reitoria e Prefeitura em procurar medidas para solucionar esta questão.
Queremos salientar a população viçosense que a situação pode piorar significativamente com a implantação do mineroduto da Ferrous na cidade. O mineroduto, além de atingir o Ribeirão São Bartolomeu, afeta também a bacia do Turvo Sujo onde é captado água para ETA 2, que já apresenta vazões fragilizadas.
E, se não bastasse, ainda atinge a bacia Turvo Limpo. Manancial este, que o SAAE pretende instalar uma futura ETA 3, sendo esta uma das principais alternativas para a solução à falta de água em Viçosa. Acontece que o mineroduto atinge brejos, córregos, nascentes e até atravessa o Rio Turvo Limpo, o que, iminentemente, irá comprometer a captação de água na região.
Nesse sentido, mais do que nunca, Viçosa tem de optar entre ÁGUA ou MINERODUTO?
É preciso canalizarmos nossos esforços para impedir a passagem do mineroduto da Ferrous na região e aprimorarmos o processo de implantação de medidas técnicas que possam garantir a segurança hídrica de Viçosa a longo prazo.
A Câmara Municipal de Viçosa assinou recentemente uma moção de repúdio à passagem do mineroduto.
Você não acha que já passou da hora para a Prefeitura e Reitoria somarem nesta luta em defesa das águas e contra o mineroduto?
CAMPANHA PELAS ÁGUAS E CONTRA O MINERODUTO DA FERROUS
Núcleo Viçosa
http://campanhapelasaguas.blogspot.com.br/2014/10/nota-de-solidariedade-vicosa.html