quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

BOLSA DE PÓS-DOUTORADO NO DAU/UFV

EDITAL DE SELEÇÃO DE BOLSISTA PNPD/CAPES 2020-2021
BOLSA DE PÓS-DOUTORADO JUNTO AO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO DA UFV

O Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPG.au), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), torna público a abertura de inscrições para a seleção de 1 (um) bolsista de Pós-Doutorado, para atuar em uma das linhas de pesquisa do programa, com bolsa financiada pela CAPES, no Programa Nacional de Pós-Doutoramento (PNPD), conforme regulamentado pela Portaria CAPES de N° 086, de 03/07/2013. As linhas de pesquisa são:
1 – Planejamento Urbano e Regional,
2 – Tecnologias e Aspectos Ambientais do Espaço Construído,
3 – A Produção do Edifício e do Espaço Urbano nas Pequenas e Médias Cidades.

Para outras informações sobre o PNPD:
http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/pnpd-capes
Para acessar a Portaria CAPES No 086, de 03/07/ 2013:
(http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_86_2013_Regulamento_PNPD.pdf)

Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Campus Universitário – Viçosa, MG – 36570 - 900
Telefone: (31) 3612 - 6050
e-mail: ppg.au@ufv.br
website: www.ppgau.ufv.br






DA SÉRIE "MAS, PREFEITO!"


DA SÉRIE "MAS, PREFEITO!"


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

JOÃO PESSOA - PARAÍBA

João Pessoa, capital da Paraíba: 809.000 habitantes (Estimativa 2019 IBGE)
Região metropolitana com 1.150.000 habitantes (IBGE 2009).
IDH: 0,763 (alto, comparado com Belo Horizonte: 0,810 - muito alto).

Igreja e cruzeiro da Ordem Terceira de São Francisco (Século XVI). O conjunto arquitetônico foi considerado por Germain Bazin como o mais perfeito representante da escola franciscana de arquitetura do nordeste brasileiro.

Orla marítima, praia de larga faixa de areia, altura das edificações limitada a três pavimentos.

Praça João Pessoa. A cidade é considerada uma com um dos mais altos percentuais de área verde do país.

Verticalização: os edifícios mais altos do Nordeste, com até 62 pavimentos. Bairro Altiplano, sobre o tabuleiro costeiro.

Fotos Ítalo Stephan, fevereiro de 2020.

Para saber mais:
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.204/6555


A FÁBULA DE QUALQUERLÂNDIA


Uma das minhas fábulas do livro "Fábulas urbanas e outras lições sobre as cidades", publicado em 2019.

Qualquerlândia era uma cidade pequena, espremida entre muitas montanhas, num lugar quase esquecido pelo mundo, mas importante para alguns políticos, os de lá da capital do estado e os de lá da capital do país. Quem mandava na cidade não era o prefeito, pois a cada hora havia um. Quem mandava eram os grandes fabricantes de caixotes, pois caixotes serviam para guardar coisas e guardar coisas era coisa muito importante. Então, quanto mais caixotes melhor. Os fabricantes descobriram que ganhavam mais dinheiro fabricando caixotes cada vez menores, mas em quantidade cada vez maior.

Em Qualquerlândia, também tinha uma fábrica de sábios.  Muitos sábios eram ali produzidos, mas quase nenhum ficava na cidade, pois ali não parecia ser lugar para sábios ficarem. Enquanto se fabricavam os sábios, os que ainda não eram sábios precisavam guardar seus livros e coisas nos caixotes por algum tempo. Não importava muito a qualidade dos caixotes, pois um dia, os sábios  iriam embora. Aos poucos, os caixotes foram sendo empilhados, até em cima dos leitos dos riozinhos. Não tinha problema; há muito tempo o riozinho não enchia até ali. Se precisassem, os fabricantes chegavam o riozinho para lá. Quando o vale encheu de caixotes, colocaram mais caixotes até o topo dos morros. Se precisasse, tiravam-se os morros. Tinha tanto morro que mais um menos um, não tinha problema. Tinha tanta árvore que remover algumas dezenas não era problema.

Havia alguns dos fabricantes de sábios, menos sábios, menos sabidos até, que ali insistiam em ficar e azucrinar os fabricantes de caixotes que ocupavam tudo, desde as margens dos riozinhos aos topos dos morros. Aqueles queriam organizar o empilhamento de caixotes e impedir que os caixotes mais antigos, amplos e bonitos fossem destruídos. Os fabricantes sempre queriam pilhas maiores e ficavam muito brabos quando os sábios queriam disciplinar a cidade e alertar que não era possível guardar caixotes daquele jeito. Os prefeitos da ocasião, ainda menos sábios, apoiavam os fabricantes de caixotes e concordavam quando estes, os seus apoiadores, chamavam de cabeças de bagre ou até de marcianos os fabricantes de sábios.

Os fabricantes estavam muito satisfeitos, vendendo caixotes com nomes bonitos, (de preferência nomes que juntassem palavras francesas ou inglesas com outras que fizessem referência à sustentabilidade), vendendo até mesmo para alguns fabricantes de sábios, que não davam importância ao assunto. Pregavam aos quatro cantos que fabricar caixotes criava muitos empregos, e ameaçavam dizendo que, se não pudessem aumentar as pilhas, iriam embora fabricar caixotes em outro lugar. Mas também sabiam que, em outro lugar, não iriam vender tantos caixotes e a preços tão elevados.

E lá ficavam, fabricando mais e mais caixotes. Sabiam que, quando seus próprios caixotes enchessem de dinheiro, iriam embora de Qualquerlândia, deixando-a ao deus-dará e à mercê dos fabricantes de sábios, que não saberiam onde eles e os futuros sábios a serem fabricados colocariam mais suas coisas importantes. Eram tantos caixotes empilhados, tão próximos uns dos outros, que não se chegava mais até eles. Mas todos sabiam que um dia, os caixotes, úmidos, mofados e muitos vazios, desabariam, ficariam inacessíveis ou seriam engolidos pela raiva dos riozinhos que se cansariam de serem estrangulados.

Era apenas uma questão de tempo.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

OLINDA - Ó Linda!

Olinda, 390.000 habitantes.
IDH: 0,735
Fervilha de história e cultura.
Tem contrastes sociais e problemas sérios de saneamento e habitação.

Arquitetura colonial em meio ao verde denso, e o mar ao fundo.

Sé - Igreja do Senhor Salvador do Mundo, de 1548.

Mosteiro de São Bento, século XVI.

Ladeira da Misericórdia.

Fotos Ítalo Stephan, 2020


RECIFE VISTA DE LONGE

Recife antigo e suas pontes.

Recife: Brasília Teimosa e Pina/Boa Viagem.

Centro e as torres gêmeas. Bom urbanismo?

Boa Viagem: massa de altos edifícios e arrecifes.

Recife: 1.555.000 habitantes / IDH 0,772 / Esgotamento sanitário adequado: 60,5%
Região metropolitana: 3.900.000 habitantes 
IDH 0,734 (min. 0,592 -  Araçoiaba / 0,732 - Paulista - máx.)
Araçoiaba - esgotamento adequado: 9,3%
Paulista - esgotamento adequado: 60,8%

15 municípios: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Recife-Pernambuco

 Recife antigo das cores.

 Recife antigo: Rua Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus.

Recife antigo: Marco Zero

 Recife, Praia de Boa Viagem: Parque Dona Lindu, projeto de Niemeyer.

 Recife antigo: Cais do Sertão com seus cobogós - ponto de encontro da cultura e do Carnaval.

Fotos Ítalo Stephan, fevereiro de 2020



RIQUEZA CULTURAL

 Recife/Olinda, um gigantesco caldeirão de cultura: Bonecos gigantes, frevo, frevo-canção, Zé Pereira, maracatu, ursos, forró, Alceu Valença, carnaval, Brennand ...






quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

LINDO LUGAR

Vista do lago.

Vista parcial do lago e dos caminhos.

Logo na chegada, com o prédio da Administração.

Logo na chegada.

Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, o lugar mais bonito da cidade.
Disparado!
Mata do Krambeck. Antigo Sítio Malícia.
Remanescente de Mata Atlântica, com mais de 400 espécies de flora da Mata Atlântica
Cercado de uma linda mata com lagos e pomares de jaboticabeiras, cambucazeiros e jalões.
Passeio imperdível.

Fotos Ítalo Stephan, 05/02/2020.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

GOIANÁ-MG

Praça principal

Outro ângulo da praça principal

Goianá: 3.966 habitantes (IBGE Estimativa para 2019), 153 km quadrados.
IDH: 0,716.
Munic IBGE informa existência de Plano Diretor, não encontrado na WWW.
Município desmembrado de Rio Novo, em 1997.
Sedia o  Aeroporto Regional da Zona da Mata.

CIÊNCIA MÓVEL


Foi dada a largada para a agenda 2020 do museu itinerante da Fiocruz.
Envie um e-mail para cienciamovel@fiocruz.br para saber como levar o caminhão da ciência para a sua cidade!
Para mais informações acesse bit.ly/cienciamovel2020



domingo, 2 de fevereiro de 2020

CHUVAS, RIOS E CIDADES



Este é um texto publicado em 2012 no jornal Tribuna Livre (Viçosa-MG), requentado agora, mas continua e continuará atual.

É um dos textos publicados no meu livro "Fábulas urbanas e outras lições sobre as cidades", de 2019.

Foi publicado no jornal Folha da Mata em 30/1/2020.

Há quem diga que o mais importante não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, e sim o que comemos entre o Ano Novo e o Natal. Se fizermos uma comparação, o que se faz nos períodos chuvosos não é o mais importante e sim o que é feito - ou que deveria ser feito - entre os períodos chuvosos, durante muitos anos e com muitas obras e fiscalização efetiva. Ou seja, sem planejamento sério e sem mudança de paradigmas, fica difícil enfrentar tantos problemas e tanto sofrimento.

É claro que São Pedro anda pegando pesado (novamente) na Zona da Mata mineira, assim como o fez anteriormente na Serra de Petrópolis; em São Luiz do Paraitinga (SP); em Santa Catarina, assim como vai continuar em outros locais. Mas a maior parte do que vemos é consequência de ocupação indevida feita, há décadas, e permitida nas margens dos rios nas cidades. Se o Código Florestal de 1965 fosse obedecido, as faixas marginais deveriam ser de no mínimo 100 metros para rios com mais de 50 metros de largura (como deveria ter sido feito em Guaraciaba, Ponte Nova e Cataguases). Nos rios menores, 50 metros de faixa de preservação (como em Piranga,  Senador Firmino ou Ubá) bastariam para evitar muitos problemas. Quanta coisa se deixou construir dentro dessas faixas! O que os rios fazem é reclamar seus leitos. O custo disto é muito alto e muito triste. Todo ano é a mesma coisa. As ocupações das encostas íngremes e cortes de terra produzindo barrancos instáveis são outros fatores graves, mas absolutamente corriqueiros nas cidades da Zona da Mata. É mais desobediência às leis federais como a Lei 6.766 de 1979 (Parcelamento do Solo Urbano) e às muitas leis municipais de controle do uso e ocupação do solo urbano. Ë o preparo contínuo para mais desastres, como o que ocorreu em Ouro Preto ou Friburgo.

Não podemos deixar de elogiar o trabalho da Defesa Civil, que alerta, notifica, sugere medidas, mas seu papel esbarra no não cumprimento por parte dos proprietários e, às vezes, da própria administração municipal. Parece que há muito dinheiro federal para isso, mas este não chega por causa da falta de projetos bem feitos, por questões políticas e por aproveitadores criminosos.
Medidas paliativas são apenas medidas paliativas. Promessas de obras feitas nesta época são meras palavras vazias. Ë só ver os valores prometidos e comparar com o que efetivamente chegou para ajudar na serra de Petrópolis. É preciso reverter a lógica absurda em que se “gasta” quase dez vezes mais no conserto de estragos que na sua prevenção. Deve-se achar e punir os bandidos que enriquecem em cima de enormes dramas. É preciso dragar rios, fazer obras de engenharia; fazer cumprir a legislação ambiental; educar a população e treinar os moradores para estes saberem como agir em casos de riscos.  Daqui para frente, dever-se-ia construir o que a técnica, a lei e o bom senso pedem há décadas. As nossas cidades são insustentáveis nesses quesitos básicos. Se quisermos mudar o destino de muitas novas calamidades, temos de mudar nossa maneira de continuar erguendo as cidades.


sábado, 1 de fevereiro de 2020

ANTES DO SHOPPING CHEQUER

Viçosa-MG.
Av. Mal. Castelo Branco, década de 1970. 
Inesquecível painel pintado na parede do Cine Brasil.

 Foto em  tomada aproximada, 2019.