terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Juiz de Fora

Juiz de Fora, MG - 555 mil habitantes; 99% de urbanização; IDHM : 0,778; 9,5% da população acima de 65 anos; impressiona pela verticalização; tem boa qualidade de vida e clima ameno. 
Foto Ítalo Stephan, 2015

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Tá difícil

Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Texto enviado ao jornal Tribuna Livre, de Viçosa-MG, em 24/12/2015

Queria mandar um texto com algo interessante para este jornal antes de terminar este ano interminável, mas confesso que não consegui escolher um assunto específico, pois me sinto, assim como (acho que outros brasileiros também sentem) soterrado de tanta sujeira e tanta lama. Sinto-me sufocado, imobilizado, impotente; nem sequer espero que isso passe tão cedo.

Neste  2015 algumas bolhas estouraram. Fomos soterrados por uma crise econômica somada a uma crise política nojenta, à bilionária sangria da corrupção e a uma série de problemas ambientais, como o desmatamento e, destacadamente, o agravamento de uma crise hídrica inédita. Caímos na realidade depois de as montadoras despejarem por vários anos milhões de automóveis nas nossas ruas, embora queiram desesperadamente despejar mais ainda. A bolha imobiliária também estourou depois de nos iludir com um crescimento insustentável, de saturar de imóveis nas nossas cidades e deixar grande parte deles vazia.

Desabaram sobre nós os escombros de dois pilares que representavam a economia brasileira: a Petrobrás e a Vale. Acompanhamos um crime ambiental sem precedentes que deverá culminar em precedentes impunidades. Em dezembro de 2016, a mídia nos lembrará que as vítimas que sobreviveram ao mar de lama continuam desamparadas, vivendo em condições precárias, à espera do cumprimento de promessas não cumpridas pelo governo e pela Samarco.

Amizades foram enfraquecidas quando colocadas em lados opostos das preferências partidárias. Assistimos a espetáculos circenses de péssimo gosto nas casas legislativas, ficamos nauseados com comissões de ética. Mesmo sem ter visto nada igual antes, não posso colocar nem a mão no fogo ao acompanhar as investigações da Polícia Federal.
Quinze anos dentro do século XXI ainda temos um país altamente urbanizado que praticamente não trata seus esgotos; raciona suas esparsas fontes de água; mata seus moradores de epidemias; segrega seus moradores; vicia e assassina seus jovens; contamina suas gestantes; imobiliza os seus idosos e adia indefinidamente os sonhos de realização profissional. Três décadas depois ainda há os que desejam um golpe militar.

Dos desdobramentos da crise política ninguém conseguirá adivinhar o que vai acontecer, mas provavelmente resultarão em mais decepções e poucas mudanças essenciais. Nunca poderemos subestimar a capacidade de sobrevivência desses ratos e camaleões travestidos em políticos (que me perdoem os ratos e os camaleões), e nós aqui nos sentindo otários, idiotas, enganados, não sabendo da missa a metade.

Há esperança? Sim, como sou um ingênuo, quero crer que há. Mas não creio que mudanças virão das próximas eleições. Há, no entanto, jovens técnicos chegando aos postos de decisão que não toleram o que antes era tolerado, como ocorre no poder judiciário, especialmente junto ao Ministério Público. Isso nos deixa vislumbrar uma luzinha num túnel gigantesco e labiríntico de lama pútrida e contaminada, de esgotos, troncos, egos inflados, corrupção, tramas, esquemas, manobras políticas, panfletos, entulhos, lixo, carcaças de veículos, balas de fuzis, corpos de jovens assassinados, sangue, seringas, vírus e bactérias.

Apesar dessa caótica situação, não devemos  desistir de tentar fazer um 2016 feliz!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil

O curso de Arquitetura e Urbanismo da UFV ficou entre os 9 melhores do país, segundo o MEC (2014).

Se considerar a beleza do Campus da UFV, é sem dúvida, o melhor.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Poesia contra a guerra

Amigos e amigas, faço a divulgação de um trabalho de Felipe Ponce de León,  que apresenta uma coleção primorosa de poesias. Quem quiser adquirir pode me pedir.

O blogue Poesia contra a guerra  foi ao ar pela primeira vez em 12/10/2006. Desde então, foram ao ar mais de duas mil postagens, a maioria reproduzindo poemas, sobretudo em português. Apesar do nome, o objetivo nunca se restringiu a publicar textos de ou sobre a guerra. A rigor, tenho recorrido a uma ampla variedade de material literário – ‘poesia’, em sentido amplo. Este livro – em comemoração ao aniversário de 9 anos – traz uma amostra desse universo.

São 100 poemas, arranjados em três grupos, de acordo com a data de nascimento dos poetas: os nascidos antes de 1501 (10 autores, de João Soares de Paiva a Sá de Miranda); entre 1501 e 1800 (24, de Luís de Camões a Almeida Garrett) e após 1800 (66, de Correia de Almeida a Ascânio Lopes).

sábado, 19 de dezembro de 2015

Um 2016 de força para todos


O que esperar de 2016, que chegue logo 2017...2018...?
Tenhamos forças para suportar essa crise de valores tão pesada que vai passar, um dia...
Lembremos que teremos eleições em 2016.
Lembremos que somos desafiados a todo momento quanto às nossas atitudes éticas.
Lembremos que temos filhos em casa que devem ser educados para serem cidadãos.
Lembremos que temos colegas de trabalho que devem ser respeitados.
Lembremos que nem todos são da mesma religião, do mesmo partido político e do mesmo time de futebol.
Lembremos que moramos em cidades que não merecem que as tratemos como se fossem lixeiras, como se existissem apenas para nós, como se não existissem enormes contrastes sociais, infelizmente lembrados por muitos só nessa época do ano.
Um próspero ano novo para àqueles que estão conseguindo prender e penalizar os corruptos!

À mercê da corrupção


Ao final de quinze anos dentro do século XXI  temos um país altamente urbanizado que praticamente não trata seus esgotos; raciona suas esparsas fontes de água; mata seus moradores de epidemias; segrega seus moradores; vicia e assassina seus jovens; contamina suas gestantes; imobiliza os seus idosos e adia indefinidamente os sonhos de realização profissional. Estamos à mercê de uma trama política em que uns poucos engordam suas fortunas. Temos um país que não sai do subdesenvolvimento, em boa parte por causa da corrupção.  Temos mais de 5 mil municípios atolados em dívidas e, novamente, uma grande parte deles estaria em condições muito melhores não fosse a corrupção.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sete pecados em um baile de formatura (uma nova versão)

A ocasião da formatura  é, sem dúvida,  um marco importante. Sela uma fase e força o início auspicioso de outras. É um período de celebração justa por muitos motivos: sacrifícios por parte dos pais e dos filhos (separação, saudades, preocupação com o dinheiro, insegurança e dificuldades de adaptação) superação (amadurecimento, muitos estudos, adaptação), e ampliação das oportunidades de realização profissional. Festejar isso é mais que justo e muito esperado pelos estudantes, amigos e familiares. No entanto, há, nessa época uma exacerbação das coisas. Por um lado, há, na colação de grau ou na conclusão do ensino médio, o desejo de compartilhar a felicidade. Há uma postura ou um juramento ético que parece ser deixado de lado imediatamente após as cerimônias formais. Em um país tão católico e ainda marcado pelo contraste social, onde tão pouca gente conclui o ensino médio e menos ainda alcança um título de nível superior, tem havido exageros. A atual forma é excludente.  Dá até para dizer que os sete pecados capitais estão presentes e consolidados no processo da formatura, desde seu início e com seu ápice no grande baile.

A  preguiça, que é negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes, ocorre quando, mesmo com obrigações como os trabalhos finais do curso. Há uma preguiça em criar uma outra  forma de celebração de momento tão importante que seja mais modesta e includente.

Há a luxúria, que é o apego e valorização extrema aos prazeres carnais, à sensualidade extrema e sexualidade escancarada; o desrespeito aos costumes e lascívia.

Está presente a gula, que é comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano. Há, nos bailes, um excesso de comidas e um enorme desperdício que duvido que ocorra em outros locais de um país e de um planeta altamente socialmente injustiçado.

Segue a  avareza que é o apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas. Há quem consiga recursos com políticos.Há uma competição fútil na comparação de quem faz o vestido mais bonito e mais caro. Os homenageados não têm direito a levar seus acompanhantes no baile, nem mesas para se sentar.  Que economia é esta em cima dos homenageados? Quanta gente fatura muita grana "organizando" esses eventos?

O quinto pecado é a ira, que é a raiva contra alguém que não faz parte de sua tribo,  a vontade de vingança. Comparam-se penteados, maquiagens, joias, acessórios e marcas de uísque.

O sexto é a soberba, que é a manifestação de orgulho e arrogância. Comparam-se os sucessos dos que conseguiram uma vaga na universidade pública, emprego dos sonhos ou uma vaga nos melhores mestrados, ou quem ganhou um carro ou uma viagem ao exterior.

Por último, vem a  vaidade, que é a preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros. Todos querem participar da “melhor formatura de todos os tempos”, marcados pela  maior quantidade de gente, pela melhor banda, por arranjos florais mais sofisticados, pelas melhores fotografias, pela melhor  marca de cerveja, pela maior diversidade do cardápio, com a maior quantidade de camarão, sorvetes, coquetéis  ou de energéticos.

Há, já desde o início, exclusão e discriminação sociais. Até mesmo os pais podem ser descartados, a não ser para pagar o baile, as roupas, levar e buscar. Quantos estudantes ficam de fora de um baile pelo custo absurdo que muitos pais não podem arcar?A conclusão de uma etapa ou um curso universitário é, paradoxalmente, muito mais que isso. A importância da colocação no mercado de trabalho de pessoas qualificadas (com recursos públicos), mas com  a ética como norteador essencial, é verdadeiramente,  o que importa.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

 
 Afresco de Cesare Maccari - Cicéro  desmascara Catilina

Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? quanto zombará de nós ainda esse teu atrevimento? onde vai dar tua desenfreada insolência? É possível que nenhum abalo te façam nem as sentinelas noturnas do Palatino, nem as vigias da cidade, nem o temor do povo, nem a uniformidade de todos os bens, nem este seguríssimo lugar do Senado, nem a presença e semblante dos que aqui estão? Não pressentes manifestos teus conselhos? não vês a todos inteirados da tua já reprimida conjuração? Julgas que algum de nós ignora o que obraste na noite próxima e na antecedente, onde estiveste, a quem convocaste, que resolução tomaste?

Catilinárias de Cícero - Oração I - 63 a. C.

Memórias



TAXI - Em Juiz de Fora, até inicio da década de 1970, era comum chamar táxis de CARRO DE PRAÇA, este ponto da foto, da década de 1960, funcionava no Parque Halfeld, como até hoje, porém ficavam estacionados na avenida Rio Branco.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

DIA DO ARQUITETO

Neste dia desejo que consigamos avançar muito, com a nossa profissão, para atender a uma parcela muito maior da população.
Inspiremos-nos no escritório móvel da Arquiteta e urbanista Márcia Monteiro para chegarmos onde está a população que mais precisa de nós.



domingo, 13 de dezembro de 2015

Não se esqueçam!





33 dias depois
Mais de 600 desabrigados;
15 corpos encontrados e muitos desaparecidos;
Prejuízos de bilhões para agricultores, moradores, trabalhadores e na arrecadação de  municípios;
Desastre ambiental no vale e no mar;
Ninguém prezo e o calote está sinalizado.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Crime rumo à impunidade

Como era previsto, a Samarco se recusou a assinar acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para garantir moradia e indenizações às vítimas da tragédia em Mariana. Mais um corpo foi encontrado no local do desastre.


Arquitetura em Juiz de Fora


No bairro Jardim Glória persistem belas casas das décadas de 1950(?)

A arquitetura remete à características do neo colonial - um jogo de volumes, telhadosem duas águas caindo para os lados, arcos  e uso de pedras na fachada

Casas bem cuidadas, mesmo com algumas reformas sutis, é um belo acervo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

domingo, 6 de dezembro de 2015

Teixeiras, MG

Teixeiras, Zona da Mata, MG - 11.000 habitantes, a 10 km de Viçosa. Praça principal de uma típica cidade pequena de Minas Gerais.

 Área da Estação Ferroviária, abandonada, com grande potencial turístico, de lazer e cultural.

Usina e Chalé, dois bens culturais em uma cidade que não busca recursos no ICMS Cultural do estado de Minas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Represa Candonga


A primeira estrutura a enfrentar a lama tóxica da Samarco, a represa Candonga, entre Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado ficou assim. Além dos prejuízos ambientais, as duas cidades perderam arrecadação com a interrupção da produção de energia da Usina Risoleta Neves. A represa está sendo esvaziada rapidamente pois pode receber a qualquer momento outra carga milionária de lama. Será que os municípios serão ressarcidos de tamanhos prejuízos?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Radban


 Berlim vai ter uma ciclovia coberta com hortas e pavimento "inteligente"

Chama-se “Radbahn” e é um projecto inovador para a primeira ciclovia coberta da cidade alemã
Hortas urbanas e outras zonas verdes, "estações de serviço", semáforos e pavimento que gera energia.Tudo isto numa ciclovia coberta com cerca de nove quilometros e no centro de Berlim.

 http://p3.publico.pt/actualidade/ambiente/19011/berlim-vai-ter-uma-ciclovia-coberta-com-hortas-e-pavimento-quotinteligent

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Crescendo errado

 "Novo" Santo Antônio - uma expansão do bairro mais populoso de Viçosa-MG -Loteamentos de uma rua só, morro acima, servida por uma via com potencial - se perdendo - de ser uma artéria importante. Sem terrenos públicos, sem áreas destinadas a praças.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Da fragilidade do ambiente

Artigo publicado no jornal Tribuna Livre de Viçosa-MG, em 26/11/2015

A recente tragédia do rompimento das barragens da Samarco tem sido assunto constante na mídia. Não é a primeira, nem será a última. É preciso que aconteça uma tragédia para aparecerem aqueles que alertaram para as ameaças, mas que foram ignorados. Os alertas não são levados a sério, pois quase e sempre esbarram nos interesses de uma elite, nas forças do poderio econômico.
Numa postagem vi que era hora de repensar a política de mineração.

Não, não é hora, essa hora já deveria ter acontecido há décadas.

Minas Gerais é um estado que tem na sua história a exploração até o esgotamento e parece que vai ser assim até exaurirmos nossas minas e nossas águas. Foi assim com a Vila Rica, tem sido assim com as mineradoras que cavoucam, levam as riquezas, geram sonhos e deixam pesadelos. Foi assim em Itamarati de Minas, onde exploraram a bauxita e deixaram na mão os moradores. A região de Congonhas sofre com a poluição do ar e com as doenças respiratórias, ameaçam o patrimônio histórico e deixam uma cidade com péssima qualidade de vida. Paracatu tem seu lençol freático contaminado pelo mercúrio. Lembrem-se do desastre ambiental em Miraí em 2010 e do desastre ambiental em Itabirito, em 2014.

Que política minerária é essa que temos? Vendemos minério barato para comprarmos aço caro. Pulverizamos minério, misturamos com amido e muita água, o suficiente para a bastecer 1,6 milhões de habitantes todo dia, e a bombeamos por ameaçadores minerodutos para os portos. Deixamos para trás centenas de represas que serão usadas até esgotarem suas capacidades. Os mineiros vivem sob constantes ameaças de rompimento de represas e minerodutos, de envenenamento do seu solo e de suas águas, tudo isso para gerar riquezas, concentrar riquezas. Os mineradores deixam a situação avançar até os limites, que mais cedo ou mais tarde sejam superados em vazamentos de dutos, em rompimentos de barragens. Há séculos os lucros são concentrados e os danos são repartidos com a população.

Um rompimento de uma represa com milhões de toneladas de lama carregada de metais não acontece por causa de imprevistos de acasos ou forças sobrenaturais. A técnica explica tudo, a ganância e o descaso deixam acontecer. Um rompimento de uma represa não é para alguns como se fosse uma descarga num vaso sanitário – deu a descarga os dejetos somem. A maior parte da lama não vai chegar o mar, é pesada, vai sedimentar e pavimentar o leito do rio Doce, mudando-o para sempre. O lamaçal esteriliza as margens, ao passo que já matou seus peixes e animais aquáticos, destruiu a vegetação; impediu o abastecimento de água, a produção de energia a irrigação dos pequenos agricultores; destruiu vilas, casas, comércios, ruas, automóveis, roupas, fotos, brinquedos, moveis, aparelhos eletrodomésticos. Destruiu relações, cimentou sonhos.   Não há dinheiro que pague isso, nem mesmo podemos ter a certeza que haverá dinheiro. As multas milionárias podem nem sequer serem pagas – a história nos conta isso - quem dirá as indenizações às famílias e municípios.  Não haverá solução a curto prazo, apenas pedidos dos irresponsáveis causadores da tragédia que os afetados tenham paciência. Há esperança em organizações e pessoas sérias que farão o possível para diminuir os danos, mas sem dúvida será um processo longo e penoso.

domingo, 29 de novembro de 2015

It is a shame



3 weeks ago, a mining disaster in Brazil resulted in a massive mudslide that dumped 50 million tons of toxic waste into an area spanning +850km. “It is unacceptable that it has taken 3 weeks for information about the toxic risks to surface,” said UN #humanrights experts John Knox & Baskut Tuncak. They call on #Brazil and relevant businesses Vale and BHP Billiton (Samarco Mining S.A.) to take immediate action to protect the environment and health of communities at risk. http://ow.ly/V4lfH

“The steps taken by the Brazilian government, Vale and BHP Billiton to prevent harm were clearly insufficient. The Government and companies should be doing everything within their power to prevent further harm, including exposure to heavy metals and other toxic chemicals,” they stressed.

“The scale of the environmental damage is the equivalent of 20,000 Olympic swimming pools of toxic mud waste contaminating the soil, rivers and water system of an area covering over 850 kilometers,” Mr. Knox warned.

The expert noted that the Doce River, one of Brazil’s great water sheds, “is now considered by scientists to be dead and the toxic sludge is slowly working its way downstream towards the Abrolhos National Marine Park where it threatens protected forest and habitat. Sadly the mud has already entered the sea at Regencia beach a sanctuary for endangered turtles and a rich source of nutrients that the local fishing community relies upon.”

“The Brazilian authorities should assess whether Brazil’s laws for mining are consistent with international human rights standards, including the right to information,” said Mr. Tuncak. “Under international human rights standards, the State has an obligation to generate, assess, update and disseminate information about the impact to the environment and hazardous substances and waste, and businesses have a responsibility to respect human rights, including conducting human rights due diligence.”

The Special Rapporteurs stated that “this disaster serves as yet another tragic example of the failure of businesses to adequately conduct human rights due diligence to prevent human rights abuses.”

sábado, 28 de novembro de 2015

Berti em Viçosa




Encontra-se na Divisão de Obras e Projetos da Pró-reitoria de Administração da UFV, o projeto original de Rafaello Berti e Mário Berti para o curso de Economia Doméstica, de 1958.
O projeto foi bastante modificado. O partido em "L" com apenas um pavimento e com o teatro como volume mais alto e proeminente, foi transformado em "I".

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Novo simbolo de acessibilidade


Novo símbolo de acessibilidade lançado pela ONU.

O novo símbolo da acessibilidade foi desenhado pela Unidade de Desenho Gráfico do Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, em Nova York, a pedido da Divisão de Reuniões e Publicações do Departamento de Assembleia Geral e Gestão de Conferências das Nações Unidas, e será daqui em diante referido como o “logotipo acessibilidade”.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

FORÇA, RIO ACIMA!





Como uma pequena cidade mineira está impedindo a Vale de erguer uma barragem 10 vezes maior que a de Mariana

Não se sabe a extensão exata do Vale da Fazenda Velha, conjunto arqueológico de Rio Acima, município de 9 mil habitantes cercado por montanhas verdes. O vale fica entre o córrego dos Andaimes e o rio do Peixe, todos na margem esquerda do rio das Velhas, afluente do São Francisco que abastece a capital mineira.
Localizado a 7 quilômetros da cidade de Rio Acima, guarda grande riqueza ambiental num trecho de Mata Atlântica com vários córregos e remete à história das primeiras ocupações na região nos séculos XVIII e XIX.
A Vale S/A está interessada em construir ali uma gigantesca barragem de rejeitos de minério, mais uma a fazer parte do Complexo Vargem Grande, sediado em Itabirito, próxima de Rio Acima. Ela terá capacidade para 600 milhões de metros cúbicos de rejeitos. É pelo menos 10 vezes maior que a barragem do Fundão, que rompeu em Mariana no dia 5 de novembro.
Por que eles ainda insistem nesse modelo? Tem pesquisas que mostram que há formas de aproveitar o rejeito. Assim vamos ter de escolher entre a água e o minério. O minério de todo jeito vai acabar”, me falava Maria do Carmo, natural de Rio Acima, gestora e ativista ambiental.
Da estrada que dá acesso à Fazenda Velha, eu via parte do Complexo Vargem Grande, com os morros muito escavados. A escolha de Fazenda Velha se deve ao fato de que, dentre os vales estudados, entre eles o Do Peixe e o Dos Andaimes, ali havia maior capacidade de armazenamento e “vida útil” de 20 anos.
Em 2012, a Vale contratou uma empresa para fazer o Diagnóstico Arqueológico do Desenvolvimento do local como parte do Estudo de Impactos Ambientais. Segundo a empresa, em nota do dia 11 de novembro deste ano, “um projeto para instalação de barragem no vale do Córrego Fazenda Velha, em Rio Acima, está em estudo e a viabilidade ambiental deste projeto será analisada pela Supram (Superintendências Regionais de Regularização Ambiental). O objetivo é a continuidade das operações da Vale nos municípios de Nova Lima, Itabirito e Rio Acima, que geram empregos e contribuem para o desenvolvimento da região”.
Não é o que os habitantes pensam. “Não vem benefício nenhum pro município, tudo fica em Itabirito, onde é extraído todo o minério. Para cá vem só rejeito”, me dizia, indignado, Fernando de Brito, operador de equipamentos.
De acordo com o projeto da Vale, a barragem poderá ter até 20 alteamentos de 10 metros, e a água drenada do rejeito vai para o Córrego Fazenda Velha “para manter a vazão mínima deste curso d’água, conforme prevê a legislação”. A empresa reconhece o estrago, mas diz que vai compensar com plantações para conter a erosão.
Em abril do ano passado, o Movimento Pelas Serras e Águas de Minas protocolou, junto à Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, representação noticiando a ameaça de construção da barragem. No mesmo período, o Conselho de Patrimônio Cultural e Natural de Rio Acima discutia o processo de tombamento. O Conjunto Paisagístico, Arqueológico e Natural da Fazenda Velha, situado na área rural de Rio Acima,  teve o entorno – uma área de 789,2 hectares, tombado provisoriamente no dia 24 de maio de 2014.

Fonte:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-uma-pequena-cidade-mineira-esta-impedindo-a-vale-de-erguer-uma-barragem-10-vezes-maior-que-a-de-mariana

Autor reconhecido

Decreto no Rio de Janeiro obriga novos edifícios a exibir o nome dos autores do projeto de arquitetura e urbanismo. O autor escolhe o lugar para colocar a identificação.

É uma medida justa, a ser replicada em todo o país.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O que era Doce se acabou

 


" Samarco comanda a apuração do crime que cometeu, controçando políticos, vítimas e jornalistas".
 
A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, denuncia a estratégia da mineradora para apagar os vestígios do desastre que chocou o país. Segundo ela, a Samarco chega a selecionar quais jornalistas podem entrar no local da tragédia e controla o acesso da população ao Comando de Operações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que funciona dentro da sede da empresa.

As imagens que ninguém quis jamais publicar... A lama tóxica da Vale chegando ao mar de Regência, pequena comunidade de pescadores, santuário das tartarugas marinhas e um dos melhores points de surf do país, em Linhares, no Espírito Santo, dia 22/11/2015, às 15 horas.

Veja mais em:
http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/11/samarco-comanda-a-apuracao-do-crime-que-cometeu-controlando-politicos-vitimas-e-jornalistas/ 
 
Fotos: Gabriel Lordêllo/Mosaico Imagem

https://www.facebook.com/ricardoboechatoficial/?fref=photo

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Zona sem mata

 O desastre matou um rio que já estava no CTI, apenas 13% do seu leito é protegido por matas, o resto não existe mais.
Fonte:
http://slideplayer.com.br/slide/67946/

sábado, 14 de novembro de 2015

O medo

O medo está em todos os lugares. O terror está espalhado em Paris, na Síria, nas cidades ribeirinhas, nas cidades grandes e nas cidades pequenas. O medo está nas famílias desempregadas, nas ruas, nas praças desertas. Não há lugar seguro. O medo rouba os sonhos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Assassinaram o Rio Doce

 
 Foto de Antônio Lisboa

"Conforme a lama se desloca pelo rio doce, ao atingir regiões cada vez mais planas e com menor correnteza (ambientes de menor energia de transporte), esta lama vai sendo depositada e se eternizando como novo substrato. A situação é portanto muito mais grave do uma simples "passagem de lama". Ela não vai "passar"! Ela já está em grande parte depositada ao longo da bacia de um novo rio Doce, que já não é mais o anterior que conhecíamos." (Antônio Lisboa)

"Os danos ambientais em consequência do rompimento da barragens de rejeitos na localidade de Bento Rodrigues, em Mariana, serão permanentes e vão acabar com a pesca em parte dos rios Gualaxo do Norte e Rio do Carmo, que desaguam no Rio Doce. O próprio Rio Doce, por sua vez, também pode ser afetado pelo grande volume de lama de rejeito da mineração, e terá a vida aquática comprometida."

"O ambientalista explica que a lama de rejeito de mineração não é tóxica, mas isso não significa que seus efeitos não sejam danosos. Segundo ele, a natureza do material, a sílica (tipo de areia) misturada à lama rica em ferro funciona, na prática, como uma espécie de ‘cimento’."

"O resultado da camada de ‘cimento’ sobre o rio é que, além de matar peixes, algas, invertebrados, répteis e tudo o que recobriu, a lama acaba com os locais onde estas espécies se abrigavam e reproduziam. Buracos em pedras, altos e baixos do rio são aplainados e recobertos com o material viscoso."

"O leito do rio se torna praticamente estéril."


http://www.viomundo.com.br/denuncias/subsidiaria-da-vale-extermina-o-rio-que-nomeou-a-empresa-ate-cascudo-esta-morrendo-na-bacia-do-doce.html

SOFÁS E BANANEIRAS


Artigo publicado no jornal Tribuna Livre, Viçosa-MG em 6/11/2015

Estamos vivendo em uma grave crise hídrica, que vem sendo preparada por nós mesmos há vários anos. Ultimamente temos achado mais bonitas as fotos com céu cinzento, carregado, do que as tradicionais com céu azulado. Depois de uma longa estiagem, as chuvas são muito bem vindas. Só que, com elas, vêm as consequências, muitas vezes, trágicas; marcas do despreparo, da ignorância de uma pequena parte da população, que coloca em risco cidadãos, em vários pontos de uma cidade.

Depois de uma chuva forte, daquelas que aguardamos ansiosamente, aparecem vários estragos e sustos. A Defesa Civil é acionada para se deslocar para vários locais da cidade.  Surgem os alagamentos e deslizamentos. A pavimentação de ruas é destruída. Em alguns lugares, casas são destelhadas. Nos locais mais baixos, as águas não encontram o escoamento suficiente e entram nas garagens, lojas e casas.

Há uma série de consequências da urbanização desassistida e ilegal. Apesar de termos leis federais como o Código Ambiental de 1965 e a Lei de Parcelamento do Solo de 1979; além dos planos diretores dos municípios, os proprietários as ignoram. As cidades têm crescido descontroladamente morro acima ou em direção aos cursos de água. Para construir, solta-se terra que assoreia os leitos e se ocupa até as margens para  construção. As matas ciliares são suprimidas. As vias têm sido erroneamente pavimentadas com materiais impermeáveis. Os moradores têm cimentado seus jardins e quintais. Quase não há praças.  Quando chove, as águas escoam em maior volume, pois não são absorvidas em direção ao lençol freático e rapidamente correm em direção às partes mais baixas e precisam achar saídas que deveriam ser bem dimensionadas e estar desobstruídas.

Ao socorrer, a Defesa Civil encontra as causas de problemas que poderiam ser facilmente evitáveis se alguns habitantes tivessem um mínimo de educação cívica. A situação se agrava com o desrespeito. A falta de cidadania fica visível nas bocas de lobo entupidas, principalmente, com garrafas e sacolas plásticas. Areia e brita são guardados nas ruas e escorrem com a chuva. Há ainda mais absurdos.  O que faz um morador descartar um sofá velho, um colchão, uma bacia sanitária em um curso d´água? O que faz um morador cortar árvores e bananeiras e as jogar córrego abaixo?  O que faz um habitante despejar um caminhão de entulho nas margens de um córrego? Para essas pessoas inescrupulosas, o problema passa a ser dos outros. Isso não é ignorância; quem faz sabe o que está fazendo. Isso é desrespeito, é crime. Os responsáveis devem pagar multas pesadas e serem responsabilizadas pelo que fazem.

Não há novidades quando se procura resolver as questões aqui narradas. As soluções são as óbvias de sempre: mais educação para a cidadania, mais educação ambiental e mais punição para aqueles que sabem que estão cometendo graves erros. Seria importante também que a prefeitura fizesse manutenções preventivas nas beiras de córregos, mas mesmo assim não daria conta. Já não nos basta a necessidade de enfrentar o agravamento da crise ambiental que afeta a todos de agora e afetará as próximas gerações?

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tá explicado


Lama da podridão em Barra Longa

Gesteira- Barra Longa-MG


Campo de futebol de Barra Longa-MG

Portal de Barra Longa na Praça Manoel Lino Mol.


Av. Beira  Rio

Barra Longa-MG no caminho da lama da destruição. Impacto gravíssimo, imperdoável. A recuperação vai demorar.