Foto de Antônio Lisboa
"Conforme a lama se desloca pelo rio doce, ao atingir regiões cada vez mais planas e com menor correnteza (ambientes de menor energia de transporte), esta lama vai sendo depositada e se eternizando como novo substrato. A situação é portanto muito mais grave do uma simples "passagem de lama". Ela não vai "passar"! Ela já está em grande parte depositada ao longo da bacia de um novo rio Doce, que já não é mais o anterior que conhecíamos." (Antônio Lisboa)
"Os danos ambientais em consequência do rompimento da barragens de rejeitos na localidade de Bento Rodrigues, em Mariana, serão permanentes e vão acabar com a pesca em parte dos rios Gualaxo do Norte e Rio do Carmo, que desaguam no Rio Doce. O próprio Rio Doce, por sua vez, também pode ser afetado pelo grande volume de lama de rejeito da mineração, e terá a vida aquática comprometida."
"O ambientalista explica que a lama de rejeito de mineração não é tóxica, mas isso não significa que seus efeitos não sejam danosos. Segundo ele, a natureza do material, a sílica (tipo de areia) misturada à lama rica em ferro funciona, na prática, como uma espécie de ‘cimento’."
"O resultado da camada de ‘cimento’ sobre o rio é que, além de matar peixes, algas, invertebrados, répteis e tudo o que recobriu, a lama acaba com os locais onde estas espécies se abrigavam e reproduziam. Buracos em pedras, altos e baixos do rio são aplainados e recobertos com o material viscoso."
"O leito do rio se torna praticamente estéril."
http://www.viomundo.com.br/denuncias/subsidiaria-da-vale-extermina-o-rio-que-nomeou-a-empresa-ate-cascudo-esta-morrendo-na-bacia-do-doce.html
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