segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O ARQUITETO E URBANISTA

Texto publicado no jornal Folha da Mata, em Viçosa-MG, em 26/10/2017.



O Arquiteto e Urbanista é um profissional que tem como principal função projetar os espaços para abrigar ou permitir quaisquer atividades humanas, das mais simples às mais complexas. O Arquiteto e Urbanista é um profissional importante, embora ainda desconhecido e desvalorizado pela sociedade. Suas atribuições são sombreadas, às vezes, por outros profissionais, como com o decorador, quando se trata de criar ambientes internos de casas, salas comerciais e lojas; mas só o arquiteto e urbanista pode mexer em paredes e estrutura.  Sombreada pelo agrimensor, quando se trata de projetos de loteamentos, mas sua atribuição não é o projeto urbanístico. Sombreados pelo o Engenheiro Civil já que este não elabora projeto arquitetônico, mas todos os outros projetosmuito importantes, como o cálculo estrutural e as instalações hidrossanitárias, além de ser responsável pela obra. Projetos arquitetônicos e urbanísticos são atribuições exclusivas do Arquiteto e Urbanista.

É muito comum o Arquiteto e Urbanista ser chamado para fazer uma “planta” ou um “desenho” de uma casa. Algumas pessoas lhes pedem para “dar umas ideias”. Essas tarefas parecem simples, mas não são.  Não se trata apenas de fazer uma planta ou um desenho. Um projeto arquitetônico tem de passar por várias etapas (estudos preliminares, projeto para aprovação na prefeitura, detalhamento, especificação, acompanhamento da obra etc.). Para se construir um prédio, uma casa, por mais simples que seja o projeto, é uma tarefa complexa e de grande responsabilidade. O Arquiteto e Urbanista cobra pelo projeto um valor por metro quadrado ou um percentual do custo da obra, em torno de 3%, em média. É um valor justo, pois é o custo mais importante da obra, já que ele vai determinar a qualidade dos 97 % restantes. Pagar barato por um projeto não desenvolvido pelo arquiteto e urbanista pode resultar em irregularidades, gastos desnecessários, espaços insatisfatórios e até mesmo insalubres.

Um projeto arquitetônico, como o de uma casa, quase sempre reflete os desejos de quem a quer construir. É um sonho a ser realizado e nós, os arquitetos e urbanistas somos os principais realizadores dele. A elaboração de um simples projeto demanda, no mínimo, várias semanas. É de responsabilidade do Arquiteto e Urbanista definir como vai ser gasto um recurso obtido com muito trabalho e sacrifício pelo cliente, dentro da legislação urbanística, dos padrões de conforto e segurança, da estética e do melhor uso dos materiais e técnicas.  São responsabilidades do Arquiteto e Urbanista aprovar o projeto na Prefeitura, compatibilizar os demais projetos, especificar as técnicas construtivas e os materiais de acabamento, além de cuidar do detalhamento. Ele tem de compatibilizar o projeto com as normas técnicas brasileiras, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, órgãos de proteção ao meio ambiente, patrimônio histórico etc.

O Arquiteto e Urbanista, na maioria das vezes, é um profissional autônomo, assim como médicos, dentistas ou advogados. Ele precisa se sustentar; tem de pagar impostos, contador, aluguel e funcionários. A criatividade e a estética junto com o adequado uso da técnica, são suas ferramentas para melhorar a sociedade. Por isso este é um profissional que deve ser respeitado e valorizado.

CHAPA 5 CAU-MG


domingo, 29 de outubro de 2017

MARIANA PATRIMÔNIO

Para um centro histórico tombado pelo IPHAN, Mariana carece cuidar de muitas coisas, como o crescimento sem planejamento, saneamento básico. Esgotos a céu aberto, espaços informais mal cuidados, expansão urbana sem controle adequado.




sábado, 28 de outubro de 2017

OURO PRETO MAL CUIDADA

Praça Tiradentes - pavimentação em paralelepípedos em condições irregulares, palanque nada condizente com o ambiente.

Igreja de São Francisco de Assis, obra prima do barroco mineiro, suja, ocupada por fungos.
Local venda de artesanato em  condições incompatíveis com a vizinhança de valor inestimável de um patrimônio da humanidade.
Ouro  Preto merece melhores cuidados.
A começar pela recuperação da pavimentação, criação de outro tipo de palanque mais condizente, redesenho da feirinha,  manutenção dos bens de tanta importância...
Fotos Ítalo Stephan, out. 2017

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

SÉ DE MARIANA

Sé de Mariana, em restauro - beleza da nova cor (não mais aquele cinza horroroso). Obra de recuperação e reforço da estrutura, em que foram descobertos dezenas de corpos, enterrados aos pés das paredes laterais, provavelmente no século XVIII.

Praça da Sé, bem cuidada. espaço bonito. 
Fotos Ítalo Stephan, out. 2017.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

CÓRREGO NO CAMPUS DA UFV

ALÔ ADMINISTRAÇÃO DA UFV:
REVELADO POR INCÊNDIO:
UM CÓRREGO DA UFV AINDA NÃO ENTERRADO.
Possível projeto de revitalização.
É preciso recuperar sua nascente e proteger suas margens. É um resgate necessário.




Contribuição do Professor  Jim Griffith (provocação e fotos)


domingo, 22 de outubro de 2017

ARMAZENAR ÁGUA


PERCEPÇÃO AMBIENTAL

Na atual crise hídrica temos que aprender a conviver com as chuvas. Estarmos atentos à fábula da formiga e da cigarra. Não demora vem às chuvas e com certeza as enchentes. Estejamos atentos, pois os solos estão esturricados e com baixa permeabilidade. Até o momento todo o nosso processo é drenar as águas e não ARMAZENÁ-LAS. O solo, neste aspecto, é o melhor armazenador de água das chuvas.

O professor Osvaldo Valente, entendido neste assunto, excelente profissional, pouco ouvido, idealizou pequenas valetas em nível nas pastagens que aumentaram 40 % a vazão das nascentes e diminuíram as enchentes, apenas seguindo o princípio de INFILTRAR A ÁGUA NO SOLO. Estas técnicas, associadas à construção de pequenas barragens, deveriam ter sido adotadas neste período de seca.

Infelizmente, ainda cuidamos do meio ambiente nos nossos escritórios e nas LEIS e neste caso, se algumas delas forem realmente aplicadas irão trazer mais mal do que bem. Não condizem com a realidade ambiental.

As consequências dessa nossa falta de sensibilidade no trato com a natureza já têm sido comprovada pela falta de água, áreas desertificando, mudanças climáticas e as queimadas que surgem em diversas regiões e países. Ações piores virão se não mudarmos urgentemente de comportamento. A responsabilidade é de cada um de nós.

CIÊNCIA PARA A VIDA. CONHECER PARA PRESERVAR.

Contribuição de João Luiz Lani

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

PARA ENTENDER O PLANO


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa,  em 11/10/2017

Na quinta-feira, dia 5 de Outubro de 2017, foi realizada mais uma rodada de apresentação da Minuta da Revisão do Plano Diretor, em tramitação na Câmara Municipal. O objetivo dessas reuniões é a apresentação do conteúdo do Plano aos vereadores e o esclarecimento das possíveis dúvidas. A importante lei está plena de termos técnicos de Arquitetura, Urbanismo, Planejamento e Gestão urbanos, que devem ser conhecidos e compreendidos pelos edis, para que estes votem com segurança.
As reuniões foram organizadas de modo a explicar todo o Plano, desde sua missão, os princípios e diretrizes, até os programas e ações nele contidos. Um dos assuntos apresentados foi proposta de macrozoneamento, que é a organização do território municipal em áreas urbanas, áreas rurais, áreas de preservação permanente (APPs) e áreas de expansão urbana.

A seguir o tema que, de longe, é o de maior interesse do setor da construção civil. Cabe lembrar que esse foi o setor mais ausente de todo o processo participativo e que só se manifestou com propostas, quando a minuta já estava na Casa Legislativa.  A comissão do Plano apresentou a proposta de zoneamento, que é a divisão das áreas urbanas em zonas, que são partes da cidade classificadas de acordo com suas condições de localização, topografia, infraestrutura e impacto ambiental. O zoneamento estabelece, entre outros parâmetros, os padrões de dimensões de lotes e vias, considerando as condições adequadas para o adensamento populacional e o equilíbrio entre o potencial de construção dos terrenos, desde que destinem áreas permeáveis no solo e que garantam os afastamentos frontais. Essa nova exigência para novas edificações é uma questão importante por significar que o afastamento frontal garante maior privacidade; distância de fiação elétrica de alta voltagem; o essencial espaço para a solução de acesso às garagens, ou eventuais alargamentos de vias no futuro.

Na proposta do Plano Diretor, estão colocadas as condições de uso e ocupação do solo, através do Coeficiente de Aproveitamento – CA -, (um número que multiplica a área do lote que resulta no quanto é possível construir). Outros parâmetros são a Taxa de Ocupação (qual o percentual do lote pode ser ocupado por construção), a Taxa de Permeabilidade (qual o percentual do terreno deve ter área permeável de forma a permitir a absorção das águas da chuva) e os afastamentos laterais e de fundos, para garantirem condições de iluminação e de ventilação. Inclui-se na lei o número de pavimentos máximo permitido em algumas das áreas com restrição de largura de vias e infraestrutura, lembrando que a novidade é o fim da restrição do número de pavimentos nas vias mais largas.

Todos os parâmetros apresentados foram exaustiva e competentemente definidos pela Comissão do Plano. Teremos outras reuniões; a próxima no dia 19 de Outubro, para apresentar os instrumentos urbanísticos previstos pelo Estatuto da Cidade, obrigatórios para o Plano Diretor, também plenos de detalhes técnicos. A reunião é aberta aos interessados e ocorrerá novamente durante todo o período da tarde. Participem! Conheçam o que está sendo proposto para Viçosa!

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Conferência Municipal de Cultura de Viçosa

 Foto Ítalo Stephan, outubro de 2017

Conferência Municipal de Cultura de Viçosa - 16/10/2017
Estação Cultural Hervê Cordovil
Importante evento, bem divulgado, mas, mais uma vez, em se tratatndo de discutir políticas públicas, houve uma baixíssima participação.
Parabéns aos que foram, pois fizeram o correto, sairam do marasmo e pensaram no bem de Viçosa, na cultura de Viçosa, com tanto potencial a ser desenvolvido.


domingo, 15 de outubro de 2017

JUIZ DE FORA

Avenida Rio Branco - Centro.

Avenida Rio Branco - Alto dos Passos

Bairro São Mateus e o Morro do Imperador ao fundo.

Bairros Santa Luzia e Ipiranga.

Fotos Ítalo Stephan, outubro 2017.

sábado, 14 de outubro de 2017

CONVIVÊNCIAS


Contrastes na cidade - a  arquitetura mais antiga convivendo em harmonia com a mais nova. Fotos Ítalo Stephan, outubro de 2017.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

HOMO DEUS

Livro assustador e e fascinante!
Quem somos? Para onde vamos?
Somos um mundo cada vez mais dominado pelos algoritmos.
Algoritmos nos conhecerão melhor que a nós mesmos.
A morte será apenas um problema técnico, num mundo de amortais.



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

DIOGO DE VASCONCELOS - MG

Diogo de Vasconcelos-MG

Emancipado de Mariana em 30 de Dezembro de 1962, fica na Região da Estrada Real, a 165 km de Belo Horizonte, pela BR-356 e MG-262.  Tem um belo acervo arquitetônico do final do século XIX.
O agronegócio é o principal pilar econômico da cidade, tendo forte atuação da pecuária orgânica e agricultura orgânica.


Casario histórico em meio a construções contemporâneas. Como em centenas de outras cidades de Minas Gerais, Diogo de Vasconcelos cresce sem planejamento urbano.


Não há transporte coletivo da cidade para outras vizinhas: a solução é usar o táxi ou carona.


Ocupação por ocupações irregulares nas encostas  desmatadas e de solo frágil - uma constante ameaça.


Crescimento urbano em encostas íngremes,  sem infraestrutura adequada.
O município não tem regras para ordenamento territorial.

Fotos Ítalo Stephan, Out. 2017.

PATRIMÔNIO CULTURAL DE DIOGO DE VASCONCELOS-MG

Diogo de Vasconcelos-MG, a 54 km de Mariana e a 52 de Ponte Nova. Um municio com 4 mil habitantes, 25% apenas na área urbana. Um belo acervo arquitetônico. Produção agrícola orgânica.  

 Paróquia de São Domingos.  Em seu interior está o túmulo de Padre Arlindo, que atrai muitos turistas. Foto Ítalo Stephan, Out. 2017.

Casarão, provavelmente do final do Século XIX, em mau estado de conservação. Foto Ítalo Stephan, Out. 2017.

 Casarão, provavelmente do final do Século XIX, em bom estado de conservação. Foto Ítalo Stephan, Out. 2017.

Casarões,  provavelmente do final do Século XIX, em razoável estado de conservação. O da direita é o mais antigo de Diogo de Vasconcelos. Foto Ítalo Stephan, Out. 2017. 

sábado, 7 de outubro de 2017

PATRIMÔNIO CULTURAL DE TEIXEIRAS

 Vista do "casarão". O Chalé, em Teixeiras-MG. Nota-se a linha férrea, que chegou em Teixeiras em torno de 1888.

O Chalé do Coronel Totó, como ficou conhecido mais tarde é referência histórica em Teixeiras – MG. A fotografia foi passada para o Sr. Aquiles Penna, filho de Francisco Penna e genro do Coronel Antônio de Pádua Bittencourt (Cel. Totó), ao seu atual proprietário, historiador Antônio Brant, neto do Cel. Totó. Nota-se no início da rua um aglomerado de animais de carga,

Vieram dois irmãos de Portugal para negociar a produção agrícola local e exportar para lá, especialmente o café. Um deles chamava-se Francisco José Alves Penna. Foi ele quem construiu a casa. Grande parte do material empregado nessa obra era importada da Europa. Sua construção foi terminada no final do século XIX, entre os anos de 1888/1889, na mesma época que a Estarda de Ferro Leopoldina.

É um chalé de estilo eclético,  implantado de forma a ter um pequeno jardim na frentes e numa das laterais, e um belo quintal. Do seu telhado original chama atenção a grande declividade e os belíssimos e elaborados lambrequins e os adornos superiores, não mais existentes. Atualmente está em bom estado de conservação.

Teixeiras foi ocupada a partir de 1840 quando, na intenção de procurar terras menos exploradas, aqui veio residir Antônio Serafim Teixeira, natural de Sapé de Ubá e casou-se com Maria Rosa de Jesus tendo vários filhos (Página do site da Prefeitura de Teixeiras).

Contribuição de Gabriel Egídio do Carmo. Link do post:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=251102162082020&id=100015467147301&hc_location=ufif

Mais uma rodada

Foto da reunião do dia 5/10/2017, com Prof. Tibiriçá, técnicos do IPLAM,  vereadores e convidados. Foto Ítalo Stephan, Out. 2017.


Na quinta-feira, dia 5 de Outubro de 2017, foi realizada mais uma rodada de apresentação da Minuta da Revisão do Plano Diretor, em tramitação na Câmara Municipal. O objetivo dessas reuniões é apresentar e esclarecer aos vereadores o conteúdo do Plano. A importante lei está plena de termos técnicos de Arquitetura, Urbanismo e Planejamento, que devem ser conhecidos e compreendidos pelos edis.

Um dos assuntos apresentados foi  a proposta de macrozoneamento, que é a organização do território municipal em áreas urbanas, áreas rurais, áreas de preservação permanente (APPs) e áreas de expansão urbana.

A seguir, foi apresentada a proposta de zoneamento, que é a divisão das áreas urbanas em  zonas, que são partes da cidade classificadas de acordo com suas condições de localização, topografia, infraestrutura e impacto ambiental. O zoneamento estabelece, entre outras coisas,  os padrões de dimensões de lotes e vias; as condições de uso e ocupação do solo, através das taxas de ocupação, dos afastamentos laterais e de fundos, para garantir condições de iluminação e ventilação. Incluí-se na lei  o número de pavimentos máximo permitido.

Teremos outra reunião no dia 19 de Outubro, para apresentar os instrumentos urbanísticos previstos pelo Estatuto da Cidade, obrigatórios para o Plano. A reunião é aberta aos interessados e ocorrerá novamente durante todo o período da tarde.

Participem! Conheçam o que está sendo proposto para Viçosa!


AUDIÊNCIA FINAL

A Mesa coordenadora da Audiência - professor Luiz Fernando Reis, Thuanny Araújo e Romeu da Paixão (IPLAM), e a platéia formada pelos delegados do PlanMob, técnicos da equipe´e convidados. Foto Ítalo Stephan, out. 2017.

Foi realizada a Audiência Final  de aprovação da Minuta de Anteprojeto do Plano de Mobilidade Urbana. Foi apresentada uma série de destaques para incluir, alterar ou retirar alguns pontos.  Após discussões e votações o Plano finalmente se encontra em condições de ser concluído e entregue ao Prefeito.
Em alguns dias estará disponível no grupo o facebook - PlanMob Viçosa - a versão final para conhecimento dos interessados.


domingo, 1 de outubro de 2017

NOSSO PLANO DE MOBILIDADE


Artigo publicado no jornal Folha da Mata de Viçosa-MG, em 28/09/2017

O Plano de Mobilidade Urbana de Viçosa - PlanMob - está em fase de conclusão dos trabalhos. Em seguida, será encaminhado ao Prefeito que o encaminhará à Câmara Municipal para discussão e transformação em Lei Municipal.

O PlanMob, iniciado há um ano, passou por duas etapas iniciais: os levantamentos (Leitura Técnica) e as reuniões públicas (Leitura Participativa). A primeira etapa constou de vários levantamentos tais como a medição de fluxo de veículos nos principais cruzamentos viários; de aplicação de questionários sobre a qualidade de prestação dos serviços do transporte coletivo, do serviço de táxi, das condições do uso de ciclistas, etc. Essa etapa envolveu duas dúzias de estagiários. A Leitura Participativa, simultânea, constou da realização de reuniões e de consultas públicas, a fim de obter a opinião da população e de pessoas ligadas às questões de transportes. Em cada reunião foi eleito um delegado efetivo e um suplente, que posteriormente tiveram a incumbência de representar a população nas diversas reuniões que se seguiram.

A segunda etapa constou da realização de reuniões entre os delegados, a equipe técnica, formada por técnicos da UFV; profissionais liberais e técnicos do IPLAM. O objetivo foi elaborar uma minuta do Plano. Foi um processo longo, de organização do documento, de análise dos levantamentos, de consulta às normas e legislação vigentes e de desenvolvimento de propostas.
A proposta agora disponível ne Internet e no Iplam foi uma construção coletiva, alicerçada com a técnica e a opinião pública. O PlanMob apresenta novidades em relação a outros planos brasileiros.  O plano estabeleceu como prioridades o programa de construções de rotas acessíveis, que darão condições aos cadeirantes de saírem de suas casas, chegarem aos pontos de ônibus e destes se deslocarem de forma autônoma e segura aos seus locais de trabalho, de estudos e de atendimento médico e destes locais aos pontos de ônibus de volta às suas casas.

O PlanMob inclui a construção de 4 alças viárias, que permitirão que o trânsito pesado e de passagem por Viçosa não precisem passar pelas vias centrais.  Propõe a construção de uma estação rodoviária numa dessas alças e a reforma da estação atual, de forma que receba apenas as linhas de ônibus das cidades vizinhanças mais próximas. Há uma série de novas ligações viárias alternativas, de forma a melhorar a ligação entre as regiões da cidade. Essas incluem 3 novas vias entre a cidade e o Campus da UFV; entre o Colégio de Viçosa, o Morro do Pintinho e a estrada de acesso aos condomínios da região do Bosque do Acamari, entre outras. Há também:  a proposição de diretrizes e de ações para a melhoria de 28 vias arteriais e coletoras; bem como soluções para calçadas em mais de quarenta situações diferentes. Há diretrizes para que as inovações da tecnologia de informações eliminem a necessidade de deslocamentos para a marcação de exames, consultas, obtenção de documentos e de boletos etc.

O PlanMob é produto de um longo processo, de ampla pesquisa e de muita dedicação de seus técnicos. Em sua construção ofereceu todas as condições e oportunidades de participação popular. Um plano feito para Viçosa, com a cara de Viçosa.

QUANDO VALE A PENA


Na sexta-feira, dia 29 de Setembro de 2017 foi inaugurada a nova sede da APAE de Teixeiras.


Foi uma jornada iniciada há nove anos com um pedido feito a mim, pela diretoria, para elaborar o projeto arquitetônico, o qual fiz de forma filantrópica, com o maior prazer, assim como acompanhei a obra desde o início.


A muito custo as diretoras conseguiram um terreno. Iniciaram a obra na base dos poucos recursos que conseguiam, até que conseguiram recursos na ordem de  R$150.000,00, advindos de uma emenda parlamentar. Com esse dinheiro, foi possível avançar na obra, até que ela se tornasse visível e mostrasse a seriedade da diretoria,  criando assim a confiança necessária para que a obra não mais parasse, até chegar à bela edificação 95% concluída.

Falta apenas completar a calçada, o quintal, o acesso lateral para o ônibus e os brises da fachada. A sede está toda mobiliada e equipada. É toda acessível.


Foram vários anos acompanhando as obras, especificando materiais, preparando orçamentos, resolvendo detalhes com os fornecedores (serralheiros, pedreiros, marceneiros, encanadores, pintores). Foi o meu projeto mais fielmente seguido.


Um dia chegou a hora de inaugurar. os alunos e professores chegaram alegres e se mostraram muito comovidos com a qualidade da sede. A diretoria, os construtores, professores, funcionários pais e alunos se abraçaram e comemoraram o feito.  Mas todos os esforços se mostraram válidos, se resumiram em uma manifestação mais emocionante  e inesperada de um aluno que comentou, ao chegar na escola, olhar o pátio e as salas e de forma incrédula dizer: "me belisca!"

DIZ TUDO