sábado, 25 de julho de 2020

Revista IBEROAMERICANA

Encabezado de página

https://journals.iai.spk-berlin.de/index.php/iberoamericana/about

CIDADES PÓS-PANDEMIA



Como esta pandemia indica à ciência, as cidades precisarão oferecer condições de higiene e de saúde muito melhores do que as que temos. Isso deverá ser a base da construção e da requalificação de um novo ambiente urbano. É o que dizem o jurista José Castro e a bioquímica Ana Isabel Silva, ambos portugueses. De forma a contribuir com mais um ponto de vista, a arquitetura e o urbanismo vão ter de incorporar o desafio de contribuir para esse cuidado.  Embora ainda seja muito cedo para tirar lições definitivas, algumas tendências parecem que vieram para ficar.

A pandemia que enfrentamos nos mostra que é necessário que o urbanismo, como intervenção no território, deixe de estar amarrado ao negócio imobiliário e se relacione, cada vez, com maior intensidade, com a saúde pública. Isso envolve vontade política verdadeira e muito investimento em saneamento básico e em melhores condições de moradia para uma grande maioria da população que mora mal. Conforme adiantou a publicação “Urban green spaces and health - a review of evidence”, da Organização Mundial da Saúde, (já em 2016), teremos de limitar a expansão urbana como tem sido praticada; aperfeiçoar modos de transporte não-poluentes e acrescentar mais áreas verdes nas cidades. Uma das formas é limitar a expansão urbana para reduzir deslocamentos por meio do automóvel. Aqui se incluem os carros particulares e as demandas consequentes da circulação de carros da polícia, dos caminhões de lixo e do transporte escolar. É necessário melhorar o transporte coletivo em quantidade e em qualidade.

Travar a expansão urbana significa também ocupar os inúmeros vazios urbanos, com a aplicação corajosa dos instrumentos urbanísticos previstos na Constituição e no Estatuto da Cidade, como o IPTU Progressivo no Tempo, a Outorga Onerosa e as parcerias público-privadas. Será necessária a requalificação das áreas urbanas periféricas, no sentido de dotá-las de equipamentos disponíveis, próximos aos seus habitantes, como escolas, creches, postos de atendimento à saúde, postos de trabalho, espaços culturais e espaços de lazer.

As moradias precisam ficar mais saudáveis, com ambientes mais ventilados, para evitar a proliferação de vírus e de bactérias; com a previsão de espaços que facilitem a higienização e as atividades físicas. O espaço para o tele trabalho e para estudos precisam ser integrados ao programa de necessidades de uma habitação; o que é fácil de resolver quando há recursos disponíveis. Quando esses são escassos (o que ocorre com a maior parte da população), será, mais necessário do que nunca, voltar atenção de vez para os programas de engenharia e arquitetura públicas (ATHIS), no sentido de requalificar as moradias, tanto no processo de torná-las mais saudáveis e seguras, quanto no de regularizá-las. Os programas de habitação de interesse social precisarão ser completamente revistos, tanto quanto os critérios de localização, os de concepção urbanística, quanto os de soluções arquitetônicas individualizadas e perfeitamente adequadas aos seus moradores.

Depois de passada esta epidemia, corre-se 
o risco desses problemas serem esquecidos.

Nada do que foi escrito aqui vai ser fácil ser feito. Depois de passada esta epidemia, corre-se o risco desses problemas serem esquecidos. No entanto, se o rumo puder ser diferente, aos governantes será necessário assumir responsabilidade como nunca. Aos arquitetos e urbanistas caberão papéis mais efetivos no planejamento e na gestão do território do município. O que se vislumbra é tirar lições do azedíssimo limão dessa pandemia dolorosa e ainda sem controle, para começar a mudar as condições oferecidas por nossas cidades a todos os seus moradores.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

PARTICIPE!




Caros congressistas, é com muito prazer que informamos que as inscrições para o III Seminário "Cidades, Territórios e Direitos" encontram-se abertas através do nosso site a seguir. Lembrando que o evento é 100% online e gratuito.

Nele há também todas as informações relativas ao evento e aos seminários anteriores. Vale a pena conferir!

https://ctd2020ufv.wixsite.com/website

LIVRO RECOMENDADO


sábado, 18 de julho de 2020

LIVRO À VENDA


"Um compilado de 32 textos de vários autores que abordam a situação de cidades brasileiras diante da crise do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social será lançado no próximo sábado (25/04). É o livro ‘Coronavírus e as Cidades do Brasil: reflexões durante a pandemia’, escrito por diversos arquitetos e urbanistas, com especialistas, professores e pesquisadores de outras áreas como História, Relações Internacional, Economia, Filosofia. O grupo analisou causas e efeitos, resgatando fatos e até sugerindo soluções para abordar, por diferentes ângulos, as principais questões urbanas de cidades doentes de COVID-19."

Link:
https://capitalmundialdaarquitetura.rio/rio-capital-mundial-da-arquitetura/coronavirus-e-as-cidades-do-brasil-reflexoes-durante-a-pandemia-sera-lancado-sabado-no-festival-do-livro/


segunda-feira, 13 de julho de 2020

LIVE


A pandemia do Covid-19 acentuou violentamente a desigualdade socio-racial. As marcas do passado nesse presente ainda estão sendo tratadas com ausências e violências que visam a inviabilizar o futuro da população negra, em um indisfarçável processo de genocídio. A pandemia mais que biológica, é da desigualdade. Sobre esse assunto, conversaremos com a Dra. Rita de Oliveira, Defensora Pública Federal, Coordenadora do Grupo de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União e especialista em direito público.

Nossas conversas ocorrem às 20h, abertas e podem ser acessadas pelo Link:
Jitsi > https://meet.jit.si/UrbanismoDAUUFPR

E pelo Youtube:
LAHURB-UFPR > https://www.youtube.com/channel/UCNgezokKqBE-FXohxqiDg0A

domingo, 12 de julho de 2020

LEI ROBIN HOOD


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG, em 9/07/2020.

A Lei Robin Hood, também conhecida como ICMS Cultural, é uma importante fonte de recursos do estado de Minas Gerais para quase todas as cidades mineiras (804 de um total de 853). É assim conhecida por redistribuir parte dos recursos advindos da arrecadação de ICMS, de forma a contemplar a política municipal de patrimônio cultural. Para conseguir recursos, cada cidade precisa manter essa política atualizada ano a ano. O patrimônio cultural é o conjunto de todos os bens imateriais como as manifestações populares, cultos e tradições, bem como os bens materiais: paisagens, conjuntos urbanos, prédios, mobiliário e documentos, reconhecidos de acordo com sua ancestralidade, importância histórica, arquitetônica, urbanística e cultural. Em Viçosa, temos 13 bens materiais tombados e 5 bens imateriais registrados.

A cada ano, o município tem de entregar uma documentação ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, Iepha-MG, para, de acordo com a pontuação obtida, trazer recursos para serem aplicados na conservação de seu patrimônio. Quanto maior a pontuação, mais dinheiro o município ganha. Segundo o Iepha/MG, o programa estimula as ações de salvaguarda dos bens protegidos pelos municípios, por meio do fortalecimento dos setores responsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respectivos conselhos, em uma ação conjunta com as comunidades locais.

Em Viçosa, o Departamento de Patrimônio Histórico e o Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Cultural e Ambiental (CMCPCA) são os setores responsáveis pelo fornecimento da documentação exigida pelo Iepha-MG.  É necessário comprovar que a Política Municipal de Proteção ao Patrimônio está ativa; que têm sido feitos investimentos em bens culturais protegidos e que em a despesas financeiras seja demonstradas. Aqui abro um parêntesis para reclamar do descuido da gestão municipal com a estação do Silvestre e da falta de ações para resolver a situação do Hotel Rubim e do Alcântara, ambos edifícios significativos para a história de Viçosa, que se encontram em estado precário de conservação. É exigido que o Inventário de proteção do patrimônio cultural esteja atualizado, assim como os laudos técnicos do estado de conservação dos bens materiais protegidos. São cobrados relatórios da implementação das ações e execução do plano de salvaguarda dos bens protegidos por registro. Cobram-se a existência e a manutenção de programas de educação para o patrimônio e a difusão do patrimônio cultural.

O fornecimento dessa documentação não tem sido feito de forma correta. A pontuação de Viçosa vem caindo desde 2017, quando o município obteve 15,40 pontos. Em 2018, caiu para 14,15,; em 2019, para 11,73 e, em 2020, chegou a apenas 5,44 pontos. É uma pontuação muito inferior a de vários municípios vizinhos, alguns muito menores do que Viçosa, como noticiou este jornal na edição de 25 de maio. É uma queda de receita importante em uma fase difícil, de início de recessão,  pela qual estamos passando. Todo recurso será bem-vindo. Portanto, é necessário avaliar quais têm sido as dificuldades, visivelmente crescentes, para a produção dessa documentação, a fim de se recuperar a pontuação que traz recursos importantes para o município.


NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES


EM TEMPOS DE CORONA VÍRUS:
NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES

De um dia para o outro, os professores, montaram todo um sistema de educação obrigatória à distância, para continuar a sua missão de vida a partir de casa... Com dedicação!!!!
Materiais? Seu computador privado e pessoal; sua internet, sua luz ... pagas do próprio bolso.
Espaços? A sala de sua casa, que a torna pública a desconhecidos, a intimidade de sua casa.
Direitos autorais? Cedidos! Pesquisas, imagem, textos, tarefas...
Exigências? Muitas!!!! Reclamações de todos a todo momento, sem sensibilidade alguma ao esforço súbito a que estamos submetidos!

A escola na sala de casa nunca acaba.

Um milhão de e-mails para atender... grupos pelo WhatsApp, chamadas, atendimento personalizado, aproximando-se da função tutorial... reuniões a qualquer hora, mensagens de toda ordem...
Gestores, Alunos, Famílias, Sociedade... nós professores, estamos trabalhando...

Na verdade multiplicamos por muito as nossas horas de trabalho, pois agora esclarecemos as dúvidas um a um, corrigimos as tarefas uma a uma, sem acréscimo salarial ou mero reconhecimento ou agradecimento por isso... Nos doamos para além do conteúdo, sem falar sobre as orientações de ordem psicológica, dentro da compreensão de fazer com que os nossos alunos vejam a transcendência do que estamos vivendo...

NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES!

Mas eu aplaudo os professores! Eu aplaudo os meus colegas. Eu aplaudo os professores dos meus filhos (netos)!!! Eu aplaudo os professores com todas as minhas forças! Por brindar à educação, o lugar que lhe cabe nesta época de crise...

Fazemos parte da história... Ainda que não sejamos aplaudidos!!!!! Eis aqui um milhão de aplausos para todos nós! "

Texto da Professora Alacoque Lorenzini Erdmann.

PROFESSOR, COPIA E COLA NO TEU MURAL

Foto:
https://www.educabras.com/blog/os-professores-servem-de-exemplo-para-os-alunos/

sexta-feira, 3 de julho de 2020

1º Simpósio Brasileiro Cidades + Resilientes


Página do Evento:  https://www.eventoanap.org.br/
E-mail de contato:  cidades.resilientes2020@gmail.com

 ANAP - Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana – PPGEU/UFSCar convidam estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, dentre outros, a participarem e contribuírem com trabalhos no 1º Simpósio Brasileiro Cidades + Resilientes que tem como objetivo a discussão teórica e prática sobre a cidade contemporânea.

 10 de setembro de 2020 - Último dia para "SUBMISSÃO DE TRABALHO" (Resumo Expandido e Artigo Completo)

 25 de outubro de 2020 - Último dia para inscrições dos participantes na "CATEGORIA OUVINTE" - Inscrição Gratuita


 "EIXOS TEMÁTICOS" do evento:
 - Tópico Especial: A Cidade e o Isolamento Social
- Cidades Inovadoras
- Mobilidade Urbana Sustentável
- Geotecnologias e Investigação Geotécnica das Cidades
- Gestão e Tecnologias Aplicadas aos Sistemas de Saneamento


NOVIDADE DESTE EVENTO
 Participação de categoria ouvinte é gratuita
Apresentação de trabalhos será realizada na categoria  "Não Presencial / Online"
Todos os trabalhos aprovados no evento serão publicados nos ANAIS do Evento com registro no ISBN.

ATENÇÃO
 Informamos que caberá ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana – UFSCar selecionar os melhores trabalhos que terão direito a uma 2ª Publicação no periódico eletrônico intitulado “ENGENHARIA URBANA EM DEBATE”.


IV SiBOGU

Página do Evento:  https://www.eventoanap.org.br/
E-mail de contato: sibogu.2020@gmail.com

ANAP - Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista e o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGARQ) da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP - Campus de Bauru  convidam estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, dentre outros, a contribuírem com trabalhos no IV SiBOGU - Simpósio Brasileiro Online de Gestão Urbana que tem como objetivo a discussão teoria e prática sobre a gestão da cidade contemporânea.
 
 "EIXOS TEMÁTICOS" do evento:
Ambiente construído e sustentabilidade
Cidade e saúde: desafio da pandemia de covid-19
Cidades inteligentes e sustentáveis
Engenharia de tráfego, acessibilidade e mobilidade urbana
Meio ambiente e saneamento
Memória, patrimônio e paisagem
Projetos, intervenções e requalificações na cidade contemporânea

Calendário:

12 de Outubro de 2020
Último dia para "SUBMISSÃO DE TRABALHO" (Resumo Expandido e Artigo Completo)

05 de Novembro de 2020
Divulgação dos trabalhos aprovados na "ÁREA DOS USUÁRIOS"

12 de Novembro de 2020
Prazo final para os apresentadores inscritos na "CATEGORIA NÃO PRESENCIAL / ONLINE" encaminharem a apresentação (formato PPT ou PPTX) e o Link do YOUTUBE referente ao vídeo da apresentação.

16 de Novembro de 2020
Pagamento da inscrição de Apresentador por Depósito Bancário ou PayPal
Ver detalhes no "PAINEL FINANCEIRO"

20 de Novembro de 2020
Último dia para inscrições dos participantes na "CATEGORIA OUVINTE" - Inscrição Gratuita

25 a 27 de Novembro de 2020
Realização do Evento

NOVIDADE DESTE EVENTO
 Participação de categoria ouvinte é gratuita
Apresentação de trabalhos será realizada na categoria  "Não Presencial / Online"
Todos os trabalhos aprovados no evento serão publicados nos ANAIS do Evento com registro no ISBN.
Informamos que os trabalhos selecionados com nota igual/superior a 80 pontos terão direito a uma segunda publicação em uma das revistas/periódicos da ANAP.


EVENTO: CIDADE, PAISAGEM E A NATUREZA

Página do Evento:  https://www.eventoanap.org.br/
E-mail de Contato: cidade.paisagem.natureza@gmail.com

ANAP - Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista convida estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, dentre outros, a contribuírem com trabalhos no I Simpósio Brasileiro de Cidade, Paisagem e a Natureza tem como objetivo a discussão teoria e prática sobre importância do planejamento da paisagem na cidade contemporânea.
 
 "EIXOS TEMÁTICOS" do evento:

Arborização e o Paisagismo Urbano
Estruturas Ecológicas Urbanas
Infraestrutura Verde na Cidade Contemporânea
Planejamento da Paisagem Urbana
Preservação do Patrimônio Histórico e Paisagístico
Sistemas de Espaços Livres

12 de Outubro de 2020
Último dia para "SUBMISSÃO DE TRABALHO" (Resumo Expandido e Artigo Completo)

5 de Novembro de 2020
Divulgação dos trabalhos aprovados na "ÁREA DOS USUÁRIOS"

12 de Novembro de 2020
Prazo final para os apresentadores inscritos na "CATEGORIA NÃO PRESENCIAL / ONLINE" encaminharem a apresentação (formato PPT ou PPTX) e o Link do YOUTUBE referente ao vídeo da apresentação.

20 de Novembro de 2020
Pagamento da inscrição de Apresentador por Depósito Bancário ou PayPal
Ver detalhes no "PAINEL FINANCEIRO"

22 de Novembro de 2020
Último dia para inscrições dos participantes na "CATEGORIA OUVINTE" - Inscrição Gratuita

2 a 4 de Dezembro de 2020
Realização do Evento

ArqDebates


Veja o encontro com os estudantes da UniViçosa.

Cidades Pós Covid

quarta-feira, 1 de julho de 2020