New York. Acrílico sobre tela, 1995. Ítalo Stephan
Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
31 agosto 2009
28 agosto 2009
27 agosto 2009
III Semana de Arquitetura e Urbanismo do DAU/ UFV
24 agosto 2009
Pobre Presidente Sarney
Matéria publicada no domingo pelo o jornal O Globo, revela que o Maranhão continua entre os estados mais pobres da Federação. O jornal carioca teve como base a pesquisa produzida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que criou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, que mede dados de emprego, renda, saúde e educação.
O índice abrange os 5.560 municípios brasileiros, e dos vinte piores, sete estão no Maranhão.
Dentre eles, Presidente Sarney, que não possui saneamento básico, água encanada, emprego, hospital e as escolas que funcionam estão em péssima situação de ensino.
Dos 5.560 municípios brasileiros, ele ocupa a 5.542 posição no IFDM. De todos os presidentes homenageados no Maranhão (Dutra, Juscelino, Vargas e Médici), Sarney é o pior colocado.
Há 25 anos as escolas maranhenses eram barracos de barro cobertos por palha. Pelo que vemos, continua tudo igual.
O índice abrange os 5.560 municípios brasileiros, e dos vinte piores, sete estão no Maranhão.
Dentre eles, Presidente Sarney, que não possui saneamento básico, água encanada, emprego, hospital e as escolas que funcionam estão em péssima situação de ensino.
Dos 5.560 municípios brasileiros, ele ocupa a 5.542 posição no IFDM. De todos os presidentes homenageados no Maranhão (Dutra, Juscelino, Vargas e Médici), Sarney é o pior colocado.
Há 25 anos as escolas maranhenses eram barracos de barro cobertos por palha. Pelo que vemos, continua tudo igual.
23 agosto 2009
21 agosto 2009
120.000 por 25,00
Na internet encontra-se à venda um CD com 120.000 projetos arquitetônicos . O custo é R$25,00. Com ele você pode ter projetos de casas e apartamentos sem precisar de arquiteto nem engenheiro.
É possível também, por algumas centenas de reais comprar, pela internet projetos de indústrias de qualquer coisa (laticínios para 5, 10, 20, 50, 100 mil litros de leite, polpa de frutas, abatedouros de frangos, suínos e bovinos etc.)
Eis umas das formas com querem acabar com a profissão do arquiteto.
É possível também, por algumas centenas de reais comprar, pela internet projetos de indústrias de qualquer coisa (laticínios para 5, 10, 20, 50, 100 mil litros de leite, polpa de frutas, abatedouros de frangos, suínos e bovinos etc.)
Eis umas das formas com querem acabar com a profissão do arquiteto.
19 agosto 2009
14 agosto 2009
Leis e salsichas
A Rua Nova e o terreno à direita, local das futuras torres gêmeas
Mais um caso absurdo de abuso do poder econômico aliado ao político atropelando o meio ambiente e o planejamento urbano. Divulga-se a construção de duas torres de apartamentos em um terreno localizado ao lado da localidade conhecida como Rua Nova. Uma ardilosa estratégia legislativa torna o projeto possível. Uma alteração de texto para mudar uma lei alterou também a lei de zoneamento.
Pela Lei 1420 (Zoneamento e Uso do Solo) original a área do lado do Acamari é uma ZR4 e a do lado da Rua Nova ZR3 - Zona Residencial 3 – que tem como características a predominância de uso residencial e restrição à verticalização, sendo permitido instalar indústrias de até médio porte ou do tipo toleradas. Para efeito de novos parcelamentos, são exigências para os lotes da ZR3 terem área mínima de 360m2 e testada mínima de 12m. O Coeficiente de Aproveitamento máximo de 1,5 (pode-se construir uma vez e meia a área do terreno). A Taxa de Ocupação máxima de 50% (pode-se ocupar a metade do terreno com construção) e a Taxa de Permeabilização mínima de 30% da área do terreno.
A Lei 1848/2007 denominou de Avenida Prefeito Geraldo Eustáquio Reis o trecho entre a Rua Carmita Pacheco e o término do trevo que dá acesso ao Bairro Acamari. Em 2008, a Lei 1865/2008 a substitui esticando a avenida até o trevo de acesso ao bairro Romão dos Reis e a inclui como Corredor Secundário no anexo V da Lei 1420/2000. Isso significa que o que era ZR3, agora como corredor passa a ter como características a predominância de uso comercial e ser área adensável, sendo permitido instalar indústrias de médio porte, não incômodas. O Coeficiente de Aproveitamento máximo passa para 2,8. Sua Taxa de Ocupação máxima de 80% para os dois primeiros pavimentos, desde que para uso comercial e/ou garagem, e de 60% para os demais pavimentos; e a Taxa de Permeabilização mínima de 10% . Por fim, o gabarito máximo das edificações passa a ser de 10 pavimentos.
Há algumas questões a serem respondidas uma vez que tamanha esperteza na aprovação de uma alteração de lei passou a confrontar com o Plano Diretor.
Como é que uma alteração dessa sutileza e de conseqüências danosas ao meio ambiente passou se que o IPLAM, o SAAE, o Complan e o Codema fossem consultados?
Como é que ninguém interessado no meio ambiente e no planejamento viu tamanha aberração?
Como é que, enquanto a revisão do Plano Diretor descansa na Câmara, alguns edis aprovam uma bizarrice dessas?
Quais foram as justificativas para transformar uma área de baixa densidade demográfica em mais um foco de verticalização?
O simples fato de incluir de forma mal-intencionada um nome de via dentro de uma categoria não faz com que o trecho da Avenida adquira as características de um corredor. Imagine o impacto de uma área que passa a poder receber comércio de grande porte, possa ter construído prédios de dez pavimentos e impermeabilizar o solo em uma área que deveria ser preservada como a do manancial mais importante de Viçosa?
Tudo isso para aprovar um projeto de duas torres de apartamentos de dez pavimentos. O IPLAM aguarda parecer de um relatório de impacto ambiental, mas não consulta o insepulto Complan. Cadê a posição do CODEMA? Promotores públicos, quais são as suas opiniões? Cidadãos, o que é que isso tem a ver com vocês? Senhoes vereadores, porque não revogam essa lei?
"Leis são como salsichas; é melhor não saber como são feitas".
Otto Von Bismarck (1815-1898)
Otto Von Bismarck (1815-1898)
Mais um caso absurdo de abuso do poder econômico aliado ao político atropelando o meio ambiente e o planejamento urbano. Divulga-se a construção de duas torres de apartamentos em um terreno localizado ao lado da localidade conhecida como Rua Nova. Uma ardilosa estratégia legislativa torna o projeto possível. Uma alteração de texto para mudar uma lei alterou também a lei de zoneamento.
Pela Lei 1420 (Zoneamento e Uso do Solo) original a área do lado do Acamari é uma ZR4 e a do lado da Rua Nova ZR3 - Zona Residencial 3 – que tem como características a predominância de uso residencial e restrição à verticalização, sendo permitido instalar indústrias de até médio porte ou do tipo toleradas. Para efeito de novos parcelamentos, são exigências para os lotes da ZR3 terem área mínima de 360m2 e testada mínima de 12m. O Coeficiente de Aproveitamento máximo de 1,5 (pode-se construir uma vez e meia a área do terreno). A Taxa de Ocupação máxima de 50% (pode-se ocupar a metade do terreno com construção) e a Taxa de Permeabilização mínima de 30% da área do terreno.
A Lei 1848/2007 denominou de Avenida Prefeito Geraldo Eustáquio Reis o trecho entre a Rua Carmita Pacheco e o término do trevo que dá acesso ao Bairro Acamari. Em 2008, a Lei 1865/2008 a substitui esticando a avenida até o trevo de acesso ao bairro Romão dos Reis e a inclui como Corredor Secundário no anexo V da Lei 1420/2000. Isso significa que o que era ZR3, agora como corredor passa a ter como características a predominância de uso comercial e ser área adensável, sendo permitido instalar indústrias de médio porte, não incômodas. O Coeficiente de Aproveitamento máximo passa para 2,8. Sua Taxa de Ocupação máxima de 80% para os dois primeiros pavimentos, desde que para uso comercial e/ou garagem, e de 60% para os demais pavimentos; e a Taxa de Permeabilização mínima de 10% . Por fim, o gabarito máximo das edificações passa a ser de 10 pavimentos.
Há algumas questões a serem respondidas uma vez que tamanha esperteza na aprovação de uma alteração de lei passou a confrontar com o Plano Diretor.
Como é que uma alteração dessa sutileza e de conseqüências danosas ao meio ambiente passou se que o IPLAM, o SAAE, o Complan e o Codema fossem consultados?
Como é que ninguém interessado no meio ambiente e no planejamento viu tamanha aberração?
Como é que, enquanto a revisão do Plano Diretor descansa na Câmara, alguns edis aprovam uma bizarrice dessas?
Quais foram as justificativas para transformar uma área de baixa densidade demográfica em mais um foco de verticalização?
O simples fato de incluir de forma mal-intencionada um nome de via dentro de uma categoria não faz com que o trecho da Avenida adquira as características de um corredor. Imagine o impacto de uma área que passa a poder receber comércio de grande porte, possa ter construído prédios de dez pavimentos e impermeabilizar o solo em uma área que deveria ser preservada como a do manancial mais importante de Viçosa?
Tudo isso para aprovar um projeto de duas torres de apartamentos de dez pavimentos. O IPLAM aguarda parecer de um relatório de impacto ambiental, mas não consulta o insepulto Complan. Cadê a posição do CODEMA? Promotores públicos, quais são as suas opiniões? Cidadãos, o que é que isso tem a ver com vocês? Senhoes vereadores, porque não revogam essa lei?
13 agosto 2009
Colégio de Viçosa: Maquiagem também faz bem
Tombado há dez anos, o Colégio de Viçosa recebeu nesse período apenas uma obra de importância: a reconstrução do telhado. Foi uma obra necessária e urgente, uma vez que o telhado anteriormente existente estava totalmente corroído por cupins e ameaçava ruir e colocar em risco seus usuários. Foi substituído por madeiramento e telhas novas. No mais, vive abarrotado de gambiarras e remendos, e apresenta riscos para quem dele se utiliza. Abriga escolas e secretarias importantes que atraem muita gente. Há anos as administrações municipais vêm tentando timidamente agir para que ele passe a abrigar quase todos os órgãos da administração municipal. Enquanto isso não ocorre, para adaptar ao uso de algumas secretarias, foram feitas várias alterações que contribuíram apenas para descaracterizar, empobrecer e deixar a impressão de descaso, o que parece marca da administração do município. Agora o prefeito acena com algum dinheiro para fazer uma espécie de maquiagem no prédio, inspirada na ampla reforma do antigo CBIA, que está sendo requalificado para abrigar o Parque Tecnológico de Viçosa.
Mais que apenas uma maquiagem, o edifício carece urgentemente de recuperação. O Colégio é um prédio de grande porte, em boas condições estruturais, mas vem sendo utilizado de forma improvisada com divisórias de compensado e suas instalações elétricas e sanitárias estão em péssimas condições. Um aspecto curioso é que o prédio nunca chegou a ter suas obras concluídas visto que os corredores que circundam os pátios internos têm apenas contrapiso, nunca receberam algum tipo de acabamento. Enquanto acontece esse arrastado processo de possibilidade de reformas, em seu entorno foram construídos prédios públicos importantes, como a Polícia Militar e o Fórum. Ali perto, escondido no fundo do vale, o Centro Educacional aguarda, enfim, sua utilização. A região rapidamente recebe novas edificações para fins comerciais, de serviço e residenciais. É uma área que se adensa e se valoriza. Carece ainda de melhorias na urbanização das vias e na implantação do parque municipal, que pode vir a ser uma excelente área verde.
A esperada mudança com a concentração das repartições municipais no prédio do Colégio facilitará a integração dos diferentes setores e economizará muito dinheiro para o município, que gasta uma fortuna todo ano em aluguéis de salas e prédios. Além do um projeto arquitetônico em desenvolvimento pelo IPLAM, que prevê sua utilização plena com as secretarias e espaços culturais, recentemente tem sido anunciada destinação de recursos para obras de recuperação de suas esquadrias e pintura das fachadas externas, do hall de entrada e do amplo auditório. Estão previstas a construção de passeios dentro das normas de acessibilidade e a instalação de iluminação externa. Tais melhorias, ainda longe de garantir a requalificação total do prédio, poderão ser o início para que isso se concretize. Esperamos que os recursos realmente cheguem e sirvam de estímulo para desencadear o processo de requalificação de tão importante bem municipal. Afinal, uma maquiagem não é tudo, mas, bem feita, pode alavancar um processo definitivo de apropriação adequada do patrimônio cultural que é o Colégio de Viçosa recuperado, um sonho de muitos nativos e adotados.
Mais que apenas uma maquiagem, o edifício carece urgentemente de recuperação. O Colégio é um prédio de grande porte, em boas condições estruturais, mas vem sendo utilizado de forma improvisada com divisórias de compensado e suas instalações elétricas e sanitárias estão em péssimas condições. Um aspecto curioso é que o prédio nunca chegou a ter suas obras concluídas visto que os corredores que circundam os pátios internos têm apenas contrapiso, nunca receberam algum tipo de acabamento. Enquanto acontece esse arrastado processo de possibilidade de reformas, em seu entorno foram construídos prédios públicos importantes, como a Polícia Militar e o Fórum. Ali perto, escondido no fundo do vale, o Centro Educacional aguarda, enfim, sua utilização. A região rapidamente recebe novas edificações para fins comerciais, de serviço e residenciais. É uma área que se adensa e se valoriza. Carece ainda de melhorias na urbanização das vias e na implantação do parque municipal, que pode vir a ser uma excelente área verde.
A esperada mudança com a concentração das repartições municipais no prédio do Colégio facilitará a integração dos diferentes setores e economizará muito dinheiro para o município, que gasta uma fortuna todo ano em aluguéis de salas e prédios. Além do um projeto arquitetônico em desenvolvimento pelo IPLAM, que prevê sua utilização plena com as secretarias e espaços culturais, recentemente tem sido anunciada destinação de recursos para obras de recuperação de suas esquadrias e pintura das fachadas externas, do hall de entrada e do amplo auditório. Estão previstas a construção de passeios dentro das normas de acessibilidade e a instalação de iluminação externa. Tais melhorias, ainda longe de garantir a requalificação total do prédio, poderão ser o início para que isso se concretize. Esperamos que os recursos realmente cheguem e sirvam de estímulo para desencadear o processo de requalificação de tão importante bem municipal. Afinal, uma maquiagem não é tudo, mas, bem feita, pode alavancar um processo definitivo de apropriação adequada do patrimônio cultural que é o Colégio de Viçosa recuperado, um sonho de muitos nativos e adotados.
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