31 julho 2010

Shanghai, uma metrópole dos negócios

Shanghai - tradição para turista ver (Foto Ítalo Stephan, 2010)

Shanghai - uma cidade de arranha-céus (Foto Ítalo Stephan, 2010)

Em Shanghai, com seus vinte milhões de habitantes, há prédios de arquitetura ousadíssima, como a torre de TV, o Shanghai Commercial Center, um paraíso para os arquitetos mais famosos do mundo. À noite, os prédios explodem em cores e beleza. Ate os viadutos, alem de muito bem iluminados, mudam de cor a cada minuto. Há, ainda parques com os magníficos jardins chineses, onde cada coisa esta em um lugar por algum motivo e há, por todo lado, uma série de significados que um ocidental levaria anos para compreender.

Há ainda os bairros tradicionais, os hutongs, riquíssimos na arquitetura extremamente detalhada, com destaque para os telhados de beirais encurvados para cima, e as esquadrias de madeira. Nesses bairros movimentados estão os restaurantes e bares que vendem os famosos espetos de todos os tipos de carne e insetos. As galerias apertadas possuem lojinhas que vendes máscaras, leques, miniaturas de soldados, pinceis para escrita chinesa e os palitinhos decorados. Tudo somado resulta numa profusão de cores, sons e cheiros únicos. Bem ao lado destes locais muito procurados por turistas estão grandes shoppings centers com lojas de grife, para onde vão os chineses.

Como ocorre nas grandes cidades chinesas, antigos bairros são literalmente removidos e substituídos por prédios de múltiplos pavimentos de arquitetura moderna e cortados por avenidas com passeios largos, arborizados, ciclovias e várias pistas, muitas dessas vias expressas são ladeadas por jardins de paisagismo exuberante. Os moradores locais dizem que as pessoas removidas recebem apartamentos do governo. Como a China já vende mais automóveis que os EUA e o Mercado interno não para de crescer, milhares de automóveis entram em circulação nas ainda suficientes vias.

China: urbanização veloz

China - verticalização e gruas por todos os lados (Foto Ítalo Stephan, 2010)

O processo de urbanização chinês cresce cerca de 1% ao ano. Atualmente, cerca de 43% da população é urbana. E não para de crescer. O planejamento urbano é um tanto controverso, pois embora produza excelentes projetos de urbanização e paisagismo, passa o trator nos bairros tradicionais sem a menor cerimônia para construir prédios altíssimos apinhados de apartamentos pequenos. Esse tipo de planejamento só pode ocorrer nesse tipo de regime.

Hoje, pelo menos nos grandes bolsões industriais e comerciais – Shanghai, Beijing, Guangzhou e Honk Kong e em seus subúrbios predominam novíssimas e enormes construções de prédios residenciais, avenidas larguíssimas, elevados, viadutos. Não é a toa que grande parte das gruas do mundo estão lá. Aparentemente o planejamento urbano vem promovendo a manutenção e ampliação dos belíssimos jardins tradicionais, a criação de novos parques gigantescos, a excepcional qualidade do paisagismo das ruas, canais e largos. Há alguns problemas de mobilidade e acessibilidade nas estações de trem e metro, pois tem escadas demais e poucas ou nenhuma opção para pessoas com deficiência locomotiva. Há um sistema de metrô muito mais amplo que as cidades brasileiras, mas há linha inteiras sem ar condicionado. Mesmo com um número de automóveis próximo ao de um automóvel para cada cinco habitantes (em São Paulo é de 1 para cada 3) e um sistema viário de 6 anéis de muitas pistas, é comum ocorrer engarrafamentos enormes, mesmo em um sábado à tarde.

Os preços dos imóveis nas grandes cidades já é um assunto que preocupa no gigante país. Os especuladores, bancos e construtoras implementam suas regras sobre o uso do solo e se tornaram poderosos demais para resistir as políticas de controle do Estado chinês. Eles apostam no aumento dos preços e a bolha do mercado imobiliário não pára de crescer. Os preços para compra e aluguel se tornaram inviáveis para a maioria da população.

Segundo o jornal China Daily, a possibilidade de instabilidade social está se tornando real enquanto a questão da habitação e custo da terra pioram a cada dia. Mas não será surpresa se o governo conseguir contornar com habilidade esta situação, impondo com sutileza sua ideologia.

China superlativa: impressões iniciais sobre um gigante


O imponente Pavilhão da China na Expo Shanghai (foto Ítalo Stephan, 2010)

O modernissimo bairro Pudong em Shanghai

A China já foi um lugar dos magníficos templos budistas, dos riquixás puxados por homens com os típicos chapéus de palha, de um povo muito pobre. Já foi, e só na cabeça dos ocidentais. A China passa por um processo de discussão intensa de como melhorar a qualidade de vida na populosíssima zona rural. Iniciou um processo intensivo de reflorestamento visando conter o aumento do deserto. Já é o maior parque utilizador do aquecimento solar e da produção de energia eólica no mundo. Está construindo 5 novas usinas nucleares. Já se tornou o maior construtor naval do planeta. Por outro lado enfrenta o enorme problema da poluição dos rios. Investe pesado em educação, ciência e tecnologia, pois mantém 1 milhão de estudantes fazendo pós-graduação em todo o mundo. Há uma população de cerca de 210 milhões de pessoas sem residência fixa, em busca de trabalhos nas cidades maiores, seja na fábricas ou na construção civil.

Num país de quase um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes, em poucos anos ultrapassará os 50% de pessoas morando nas cidades. Esta população tão grande vive sob a política "um filho por casal " válida para a cidades e atá dois filhos, desde que o primeiro não seja do sexo masculino, para as áreas rurais. O número de filhos por casal está abaixo de 1,5 e espera-se que a população praticamente se estabilize daqui a vinte anos.

Durante os últimos cinqüenta anos a China viveu um período de mudanças extraordinárias. O pais foi transformado de uma sociedade semifeudal dominada por interesses estrangeiros, em uma superpotência. O país passou por revolução, fome, ondas de massiva centralização e descentralização, pestes, isolacionismo e entrou para a Organização Mundial do Comércio. O recorde chinês de tirar pessoas da pobreza extrema parece único na historia. Hoje, na China, há uma divisão cultura. As pessoas se enamoram de coisas modernas e internacionais e mostram grande respeito pelos elementos tradicionais.

Foto Shanghai:

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.stsite.com/Shanghai/pict0000.jpg&imgrefurl=http://www.stsite.com/Shanghai/show.php&usg=__SIgzgKisH

04 julho 2010

China


Prezados
Estarei no outro lado do mundo por alguns dias. Visitarei Shanghai e Beijing e muitas maravilhas. Quando puder coloco alguma coisa interessante de lá. Sei que terei muito a colocar nesse blog! Me aguardem!