China - verticalização e gruas por todos os lados (Foto Ítalo Stephan, 2010)
O processo de urbanização chinês cresce cerca de 1% ao ano. Atualmente, cerca de 43% da população é urbana. E não para de crescer. O planejamento urbano é um tanto controverso, pois embora produza excelentes projetos de urbanização e paisagismo, passa o trator nos bairros tradicionais sem a menor cerimônia para construir prédios altíssimos apinhados de apartamentos pequenos. Esse tipo de planejamento só pode ocorrer nesse tipo de regime.
Hoje, pelo menos nos grandes bolsões industriais e comerciais – Shanghai, Beijing, Guangzhou e Honk Kong e em seus subúrbios predominam novíssimas e enormes construções de prédios residenciais, avenidas larguíssimas, elevados, viadutos. Não é a toa que grande parte das gruas do mundo estão lá. Aparentemente o planejamento urbano vem promovendo a manutenção e ampliação dos belíssimos jardins tradicionais, a criação de novos parques gigantescos, a excepcional qualidade do paisagismo das ruas, canais e largos. Há alguns problemas de mobilidade e acessibilidade nas estações de trem e metro, pois tem escadas demais e poucas ou nenhuma opção para pessoas com deficiência locomotiva. Há um sistema de metrô muito mais amplo que as cidades brasileiras, mas há linha inteiras sem ar condicionado. Mesmo com um número de automóveis próximo ao de um automóvel para cada cinco habitantes (em São Paulo é de 1 para cada 3) e um sistema viário de 6 anéis de muitas pistas, é comum ocorrer engarrafamentos enormes, mesmo em um sábado à tarde.
Os preços dos imóveis nas grandes cidades já é um assunto que preocupa no gigante país. Os especuladores, bancos e construtoras implementam suas regras sobre o uso do solo e se tornaram poderosos demais para resistir as políticas de controle do Estado chinês. Eles apostam no aumento dos preços e a bolha do mercado imobiliário não pára de crescer. Os preços para compra e aluguel se tornaram inviáveis para a maioria da população.
Segundo o jornal China Daily, a possibilidade de instabilidade social está se tornando real enquanto a questão da habitação e custo da terra pioram a cada dia. Mas não será surpresa se o governo conseguir contornar com habilidade esta situação, impondo com sutileza sua ideologia.
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