Na noite de 7 de dezembro, Viçosa parou. O trânsito virou um nó por pelo menos duas horas e meia. São muitos relatos de horas passadas em um trânsito caótico. Não foi causado por acidentes, por falta de energia, por chuva, deslizamento ou árvores tombadas. Há alguns culpando o fechamento da via Alternativa da UFV. Fato é que nunca se viu nada assim, com algumas exceções de dias de jogos da seleção brasileira em copa do mundo. Mas foi muito pior. Formaram-se quilômetros de congestionamento nas avenidas Santa Rita, Geraldo Reis, Castelo Branco, P. H. Rolfs, Ladeira dos Operários...
Pais se preocuparam com filhos que não chegavam em casa; estudantes não chegaram nas escolas; pessoas perderam reuniões, consultas, sessões de fisioterapia. Muita gente perdeu a paciência, sem saber o que ocorreu. Parece que, felizmente, ninguém se machucou.
Não podemos culpar apenas os semáforos que tornaram as pessoas menos educadas que quando eles não existiam. O problema é que há muitos automóveis e poucas ruas. Um problema é que as ruas serão as mesmas por muito tempo, nas quais passam a circular a cada ano cerca de 800 veículos a mais. Outro problema é que a Câmara Municipal, a pedido dos construtores civis, acaba de aprovar o aumento do número de pavimentos na área central, o que atrairá mais moradores e carros. Mais um outro problema é que aos poucos começam a ficar prontas as muitas centenas de apartamentos na área central, e as pessoas começam a mudar para eles. Isto deve-se mostrar mais evidente a partir de março do ano que vem. Tivemos apenas um prenúncio do que está por vir. Constata-se o que alguns planejadores previram. Qualquer pequeno acidente ou contratempo que ocorrer provocará outros episodios iguais, ou piores ao que aconteceu. É grave a situação.
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