Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
26 novembro 2017
CRESCENDO E PIORANDO
Bairro Santo Antônio - a parte mais antiga à direita, a mais nova à esquerda.
De novo, além dos prédios, não há nada, pior ainda que a parte velha: ruas extensas sem saída, ruas extensas sem conexão. Uma área com muitos equipamentos de grande porte sem a estrutura adequada para suporte.
Assim como na parte antiga, ausência de praças.
Seria possível melhorar, claro, mas os construtores só pensaram nos lucros e não na cidade.
Ainda cabem uma praça junto ao córrego e ligações entre as ruas de baixo com a Antônio Lelis.
LIÇÕES DE PARIS
Texto publicado em 23/11/2017, no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG
Paris é, há séculos, uma das mais importantes cidades do mundo. É uma das cidades mais ricas em cultura. Guarda em sua paisagem referências dos períodos romano, gótico, medieval e neoclássico. É formada por um conjunto ímpar de arquitetura Art Nouveau, pós moderna e contemporânea. Anualmente recebe mais de dez vezes mais turistas que sua população, que vêm conhecer a sua arquitetura e a arte da Notre Dame, dos seus museus (Louvre, Versalhes, D’Orsay, Rodin etc.). É possível curtir os imensos parques espalhados pela cidade. Turistas vêm conhecer a impressionante Torre Eiffel, o charmoso Rio Sena, com suas dezenas de pontes e, é claro apreciar os sabores dos pratos sofisticados, queijos e vinhos.
Paris é também um excelente exemplo de planejamento urbano e arquitetônico de longo prazo. O plano o Barão de Haussmann, iniciado em meados do Século XIX, rasgou uma enorme cidade com traçado medieval, com amplos bulevares e avenidas diagonais, gerando uma malha urbana que permitiu a cidade ficar mais saudável e que, de sobra, proporcionou a colocação de belos monumentos em seus cruzamentos. Não se previu edifícios com mais de cinco ou seis pavimentos. Essa conformação estabeleceu uma densidade populacional que se adequa perfeitamente até os dias atuais. A cidade se preparou para receber uma Olimpíada (1924) e quatro exposições universais (1855, 1889, 1900 e 1937), que deixaram como legados a torre Eiffel, o Grande e o Pequeno Palácio. No começo do século XX, houve a inauguração de novas pontes e do seu sistema de metrô. Em 1958 começou um plano para o desenvolvimento do bairro La Defense, que se tornou o principal centro financeiro, com belas torres de arquitetura contemporânea. As margens do agora despoluído Rio Sena tem sido transformadas em área de lazer com novos jardins, praias, piscinas, playgrounds, pistas de caminhada, locais de encontros e de danças.
O que se vê na cidade é o respeito ao passado e uma efusão de exemplares arquitetônicos de diversos períodos, convivendo harmoniosamente. Há um conjunto gigantesco de parques e praças públicas, sempre equipadas com mobiliário urbano de ótima qualidade, parquinhos e arborização intensa. Os parques são belíssimos, com muita área para pedestres com pavimento simples de saibro e com gramados em jardins magníficos com fontes e monumentos. É possível encontrar lindos pomares e orquidários. Uma das características de Paris é a presença de cadeiras metálicas soltas, espalhadas, que podem ser agrupadas à vontade, movidas para as sombras das árvores ou para as beiradas dos espelhos d’água.
O automóvel particular definitivamente perdeu a prioridade. Os que a visitam conhecem um eficiente sistemas de transporte público, seja metrô ou ônibus, com um plano de linhas noturnas. O transporte individual é desestimulado, mas encontra as alternativas com quantidade, qualidade, segurança e pontualidade. Andar de bicicleta é alternativa que encontra boas condições para uso. A acessibilidade é garantida: calçadas são muito boas: largas, desimpedidas, contínuas, executadas com materiais adequados. Vale portanto, conhecer uma cidade que respeita e abriga com qualidade seus cidadãos e apaixona seus visitantes, como aconteceu comigo. Sobram motivos para isso.
19 novembro 2017
RISCOS
Os barrancos, pequenos ou grandes, estão se tornando cada vez mais constantes nas paisagens das nossas cidades.
A grande maioria é feita sem as mínimas medidas de de segurança.
Além de horríveis, representam os riscos de acidentes sérios nas cidades, seja em Viçosa, Diogo de Vasconcelos, São Brás do Suaçuí, Guaraciaba, São Miguel do Anta, Ubá ...
RISCO CONSTANTE
Em Viçosa-MG, há vários meses é possível encontrar animais de grande porte soltos ao longo da estrada para Paula Cândido, a partir do Cemitério Dom Viçosa.
Denúncias não vêm surtindo efeito.
O enorme risco de acidentes graves é serio.
Peço, novamente, às autoridades providências, antes que aconteça alguma tragédia.
Estavam no local também em 25/11/2017.
Denúncias não vêm surtindo efeito.
O enorme risco de acidentes graves é serio.
Peço, novamente, às autoridades providências, antes que aconteça alguma tragédia.
Estavam no local também em 25/11/2017.
18 novembro 2017
PLANO DE MOBILIDADE ENTREGUE
Na cerimônia de entrega: José Mário Rangel (Delegado do PlanMob), Gabriela Mazzioli (Estagiária), Prefeito Ângelo Chequer, Luiz Fernando Reis e Ítalo Stephan (Coordenadores), Thuany Araújo (IPLAM) e Romeu Souza da Paixão (Diretor do IPLAM). Foto: Assessoria de comunicação da PMV.
No dia 17/11/2017 foi entregue ao Prefeito nossa proposta do Plano de Mobilidade Urbana de Viçosa.
Depois de um ano de trabalhos, um trabalho coletivo, a muitas mãos, chegou ao dirigente municipal.
Nossos sinceros agradecimentos:
- IPLAM;
- Aline Werneck Carvalho;
- Carlos Alexandre Carvalho;
- Técnicos;
- Estagiários;
- Delegados eleitos nas reuniões públicas;
- Marzinho, da Secretaria de Ação social;
- Israel Rosa, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência;
- Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFV;
- Departamento de Engenharia Civil da UFV; e
- Todos os que participaram das reuniões públicas.
Vamos aguardar seu encaminhamento à Câmara Municipal.
15 novembro 2017
BARRANCO
Às vezes a natureza nos lembra a falta de cuidado que temos por ela.
Ressurge o problema da encosta instável na subida da Av. Marechal Castelo Branco, principal artéria viária da cidade. Há quase 20 anos já se apontava a situação. Não é a toa que é APP (Área de Proteção Ambiental) desde 2001. A manutenção contínua das condições de drenagem é essencial.
É preciso resolver a situação de vez, sem obras paliativas. É preciso cuidar de toda a encosta onde existe muita ocupação antrópica.
A cidade depende muito da condição de trafegabilidade da via.
Fotos Ítalo stephan, 15/11/2017
Fotos Ítalo stephan, 15/11/2017
ARBORIZAÇÃO URBANA
Juiz de Fora - 2 pontos tratados de forma diferente
Av. Rio Branco: canteiros centrais com grama amendoim (mais rústica) e árvores (ipês na maioria) - Alto dos Passos, Centro, Mariano Procópio.
Av. Brasil : poucas árvores ao longo do Rio Paraibuna.
Fotos Ítalo Stephan, Nov. 2017
12 novembro 2017
CRIME AMBIENTAL NÃO COMPENSA
Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG, em 9/11/2017
Enquanto as crises hídricas têm se tornado cada vez mais sérias, a destruição do meio ambiente continua, agravando ainda mais a situação. Poucos são os municípios onde não ocorrem violações ao meio ambiente. São cometidos crimes ambientais graves. Quando constatados, as penalidades têm sido altamente compensatórias. Também são poucos os que já não se começaram a sentir as consequências dessas irresponsabilidades.
Nas áreas urbanas, os estragos já foram e continuam a ser feitos, nas margens dos cursos de água e nas encostas. As construções rasgaram morros e ocuparam as margens dos rios. O crescimento urbano aterrou grandes áreas, retificou meandros e canalizou cursos de água. Poluíram-se córregos, ribeirões, rios, represas e lagos. Enchentes, desabamentos, incêndios, insegurança e irregularidades tornaram-se situações crônicas nas cidades. Consequentes acidentes, mortes, perdas de patrimônio, doenças e constatação de irregularidades recheiam os jornais ao longo do ano.
Nas áreas rurais, principalmente nas áreas em que a cidade começa a se aproximar, os crimes ambientais não só continuam, como também se multiplicam. Essas áreas são de grande interesse dos agentes imobiliários, seja para criar condomínios e granjeamentos nas áreas mais aprazíveis, ou para criar conjuntos de habitação populares, em áreas com menos atributos. Ao impor uso não rural nessas áreas, o valor da terra se multiplica quase instantaneamente. Essa transformação pode garantir aos proprietários de terra um sedutor e duradouro patrimônio à família. Assim, aterros e cortes em áreas de preservação permanente se multiplicam para criar e ampliar terrenos a serem parcelados ou serem úteis aos empreendimentos que se instalam nessas áreas, como indústrias e salões de festas. Multiplicam-se os poços artesianos clandestinos. Desaparecem brejos, matas ciliares e a produção de água decresce.
Grande parte disso tudo tem ocorrido pela inexistência ou pela negligência da fiscalização e, às vezes, com a conivência do Estado, em nome de um questionável progresso. Embora exista um aparato legal como o Código Florestal Brasileiro, a legislação estadual e municipal; as leis são constantemente atropeladas ou ignoradas. Embora haja uma série de medidas técnicas para evitar a degradação ambiental, tais como cercamento das nascentes, recuperação das matas ciliares, construção de barraginhas, sulcos em curvas de nível, a paisagem rural tem se deteriorado rapidamente. Embora haja órgãos e conselhos de defesa do meio ambiente e ambientalistas, infelizmente há também interesses escusos e benefícios apenas para atender o setor privado. Esses últimos têm prevalecido. A fiscalização é inoperante, as penalidades são pequenas, a exigência de reversão dos danos não são cumpridas. As multas são tão irrisórias que se pagam com frações mínimas dos lucros obtidos.
Dessas muitas maneiras, sofre o ambiente e paga o preço a população, geralmente a mais pobre, com meios limitados de suprir suas necessidades de água, ou pendo de morar em áreas de risco de enchentes ou desabamentos. Futuramente todo esse estrago terá ainda maiores consequências para todos os moradores, inclusive os mais ricos, das áreas irregularmente tomadas do meio ambiente. Pode ser que um crime ambiental compense para alguns em curto prazo, mas não resistirá às mazelas num futuro bem próximo.
05 novembro 2017
DOIS ANOS
O que comemorar dois anos depois? A impunidade prevalece.
A SAMARCO pagou apenas uma pequena fração das multas.
A Fundação Renova pagou apenas R$ 500.000 de indenizações
Só em 2019 - promessa para a entrega dos novos assentamentos
365 famílias em 3 povoados
Terrenos comprados
Projetos em desenvolvimento
Muitas incertezas.
Sé resta a esperança de dias melhores.
Foto:
http://www.vermelho.org.br/noticia/303924-1
03 novembro 2017
PRAÇAS DE MARIANA
Praça Gomes Freire.
Praça da Sé.
Praça de Minas
Praça do Terminal de Turismo.
Fotos Ítalo Stephan, out. 2017
MARIANA - PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Rua Direita - sem postes e com letreiros das lojas dentro dos padrões. Espaço harmônico.
Casa de Câmara e Cadeia, Praça Minas Gerais, Mariana. Obra iniciada em 1768 e concluída em 1798.
Praça Minas Gerais - Igreja de São Francisco de Assis – construção iniciada em 1763 e concluída em 1794 e Igreja Nossa Senhora do Carmo – construção iniciada em 1784, e em 20 de janeiro de 1999 sofreu um incêndio.
Casarões de arquitetura requintada. Rua sem postes, arandelas como iluminação pública.
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