Embora os municípios percam população, as áreas urbanas ganham e as rurais perdem moradores. A expansão é precária, sempre em direção à áreas inadequadas.
Os exemplos abaixo estão na Região central e na Zona da Mata mineira, todas têm menos de 6.000 habitantes, com economia em base de agricultura de produtos como cana-de-açúcar, milho, feijão e produção de leite, em pequena escala. Os municípios têm como maior fonte o repasse do Estado. Estão perdendo habitantes pela diminuição da taxa de fecundidade e pela saída dos jovens que vão estudar ou buscar trabalho em cidades maiores.
Diogo de Vasconcelos - expansão morros acima, com deterioração do solo e infraestrutura precária.
Barra Longa - expansão morros acima, com deterioração do solo e infraestrutura precária.
Acaiaca - expansão às custas de grandes, perigosos e instáveis cortes nos morros.
Guaraciaba - expansão em áreas de grande declividade, gerando riscos constantes de tragédias.
Fotos Ítalo Stephan, 2017 e 2018.
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ResponderExcluirTiago Cunha (DAU/UFV)
ResponderExcluirEm geral, a diminuição da população como um todo, atualmente, é muito mais fruto da queda dos níveis de fecundidade do que necessariamente efeito da migração. Além disso, a perda de população rural não significa que ela está necessariamente migrando para áreas urbanas do mesmo município (concentração populacional e transição urbana). E, por último, é preciso ponderar que o crescimento de população urbana é o resultado de incorporação de antigas áreas rurais ao perímetro urbano. Logo, o número de residentes urbanos também cresce. Mas, note, esse último processo não é, em essência, migração, pois ninguém mudou de residência ou trocou limites. O limite urbano é que foi até eles e os engolfou.