Por amor às cidades
Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
20 dezembro 2024
Patrimônio eclético e Art Deco de Juiz de Fora
18 dezembro 2024
PODCAST: SAGA DE UM PLANO DIRETOR E PATRIMÔNIO EM RISCO
Canal Brenda Santunioni
https://www.youtube.com/live/DgIckAtv314
11 dezembro 2024
OURO PRETO - CAPELA DO PADRE FARIA
Capela de Nossa Senhora do Rosário do Padre - O nome deve-se ao padre João de Faria que encomendou a construção, nos primeiros anos do século XVIII, em invocação a Nossa Senhora do Carmo e, por volta de 1740, a Capela do Padre Faria passou a abrigar, também, os irmãos brancos da Irmandade do Rosário.
É o único exemplar no perímetro
urbano de Ouro Preto representativo das construções primitivas da Serra de Ouro
Preto, sendo considerada, por muitos, a mais requintada de todas.
Em processo de revitalização, e de estabilização dos retábulos.
08 dezembro 2024
QUEM VAI PLANEJAR VIÇOSA?
Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 05/12/2025
Trago aqui uma preocupação quanto à forma com que o novo governo lidará com o planejamento e com a gestão do ordenamento do uso e ocupação do solo no município de Viçosa. Qualquer município necessita desse controle, aliás, tem a obrigação de fazê-lo. Desde 2016, o Geoplam (Geoprocessamento, Planejamento e Meio Ambiente do Município de Viçosa) substituiu o IPLAM (Instituto de Planejamento e Meio Ambiente do Município de Viçosa), mantendo, na prática, as mesmas atribuições. Nomenclatura duvidosa à parte, o Geoplam vem tratando das questões relacionadas à política urbana paralelamente às tarefas de análise e de aprovação de projetos de arquitetura. Ainda não sabemos o que teremos a partir de 2025.
Não consegui encontrar uma lei que descrevesse as atribuições do Geoplam, ao contrário da Lei nº 1.410/2000, que organizava o IPLAM (criado em 2000) em uma diretoria e três departamentos (Planejamento, Atividades Físico-Ambientais e Informações), detalhando suas respectivas funções. Posteriormente, a Lei nº 2.070/2010 alterou a estrutura do IPLAM para cinco departamentos (Planejamento, Atividades Físico-Ambientais, Agrimensura e Parcelamento do Solo, Convênios e Projetos de Obras Públicas e Informatização e Relações Institucionais). Até que se prove o contrário, as atribuições estabelecidas pela lei permaneceram as mesmas para o Geoplam e deveriam ser mantidas. Portanto, aguardo, com certa inquietação, o que ocorrerá, a partir de 1º de janeiro, em relação à estrutura de governo e ao planejamento da política urbana.
Aponto uma fragilidade no Plano Diretor de 2023, especificamente no capítulo que trata do Órgão de Planejamento Territorial do Município de Viçosa, representado apenas pelo artigo 171. O texto é vago ao atribuir a função de “aprimorar e supervisionar o processo de planejamento da administração municipal para assegurar melhor desempenho, articulação e equilíbrio às ações das várias áreas e níveis de gestão da política urbana, conforme definido por meio da lei municipal que o institui.” Mais nada. Não há definição de atribuições ou estrutura. No Plano Diretor de 2019 (reprovado), esses aspectos estavam definidos e previa-se, inclusive, o retorno do IPLAM. O artigo 171 do Plano atual remete a uma lei que ainda precisa ser elaborada. Essa lacuna pode abrir espaço para a descontinuidade do Geoplam, ou, pior, para o abandono definitivo do conceito representado pelo IPLAM. Resta a dúvida sobre o destino do setor de Planejamento Municipal, este que se torna cada vez mais necessário para lidar com a produção do espaço urbano e rural de Viçosa.
Planejar e gerir adequadamente o uso e a ocupação do solo são tarefas cada vez mais indispensáveis, pois os desafios do processo de urbanização se intensificam diante das mudanças climáticas, do envelhecimento da população e do aumento dos custos de gestão territorial devido à expansão indiscriminada da malha urbana. Em termos de organização de uma estrutura municipal, o planejamento e a gestão da política urbana possuem o mesmo nível de importância que áreas como saúde e educação. Essas atividades também têm a responsabilidade de regulamentar o que está previsto no Plano Diretor (já com prazos não cumpridos), além de implementar as ações definidas nele. O setor incumbido também terá de implementar o Plano de Mobilidade Urbana, uma lei de 2019, elaborar o plano municipal de habitação e desenvolver projetos de equipamentos urbanos necessários ao município, a fim de captar recursos junto a órgãos estaduais e federais. Viçosa precisa contar, em sua estrutura administrativa, com um corpo técnico concursado, competente, responsável e suficiente para atuar nas atribuições ligadas aos planejamentos urbano e rural.
04 dezembro 2024
LONGA E BELA HISTÓRIA
PATRIMÔNIO EM RISCO EM VIÇOSA-MG
28 novembro 2024
SAAU 2024 e PUPA.
OFICINA NO SAAU 2024
24 novembro 2024
FORMATURA ESPETACULARIZADA
Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 21/11/2024.
Infelizmente, sinto no ar, algo de preocupante rondando uma estrutura de um grande negócio que é a organização das festividades de formatura dos estudantes da UFV. Tal estrutura movimenta centenas de milhares de reais. Recentemente publicaram que a formatura de julho de 2025 corre o risco de não acontecer por causa da baixa procura dos estudantes pelos pacotes das festas; devido ao altíssimo custo dos insumos e serviços envolvidos na organização. O ciclo da cerimônia do formato que se apresenta pode estar chegando ao fim.
O processo exclui a maior parte dos formandos; aos poucos, os homenageados e até mesmo os parentes, que gostariam de dividir esse momento tão importante. A UFV entra com uma maravilhosa estrutura física, fica em franca desvantagem, para que alguns setores se deem bem. Isso acontece ano após ano. Sou a favor de comemorar, e muito, as vitórias cheias de dificuldades, as trajetórias, a enfrentadas para a formação dos estudantes. Pode ter baile, churrasco, abraços, músicas (só das boas), Aula da Saudade, fotos mil. Isso os alunos merecem, mas tudo tem limites e o que vem acontecendo de longe já os ultrapassou. As abastadas e esnobes solenidades excluem a maioria das pessoas, que deveriam estar juntas, comemorando tão importante passagem. Isso tudo é antiético.
Os custos das festividades de formatura mudaram até a forma de homenagear as pessoas. Antes, os três homenageados - professor, professor da aula da saudade - e funcionário ganhavam dois convites cada, para o churrasco e para o grande baile. Essa cortesia foi diminuindo por causa dos contínuos cortes de gastos (em cima dos homenageados!), até que não há mais convites para nenhum deles. É uma economia justo em cima daqueles que contribuíram na formação dos graduandos. Ao mesmo tempo ocorre a competição por vestidos, penteados e maquiagens mais caros; aumenta-se o número de bandas (mais conhecidas, melhor!). Inventaram que festa boa tem de ter cascatas de chocolate, drinques caros, camarões aos montes (e música de baixa qualidade). Tais custos excessivos discriminam muitos formandos com menos renda, limitam o número de parentes sortudos que podem pagar e promovem a venda de convites a um altíssimo preço no mercado negro.
Até quando nós vamos ficar fingindo que está tudo bem? Não, não está tudo bem! Visível, escancarado mesmo é o desperdício, a valorização excessiva da matéria, a espetacularização excludente. Não é isso que ensinamos na universidade. Há muito a ser discutido; muita coisa a ser mudada. O modelo baseado no esbanjamento, na esnobação, na exagerada valorização material já se esgotou. Esses megaeventos inflacionados preocupam apenas a um mercado que chegou ao limite. Voltemos ao que deveria ser o ritual de formatura: um ritual de passagem, com muita celebração (sempre!), mas mais acessível, mais simples, mais fraterno, mais democrático e mais humano. Será bom para a imagem da UFV, bom para Viçosa e bom e servirá como mais uma lição para a formação do caráter todos os formandos. Talvez seja a hora da UFV pensar em estabelecer regras para que as festas não sejam tão discriminatórias. A melhor lição deixada da formatura de meados de 2024 não foi o churrasco, nem o luxuoso baile. Foi a da família de uma graduanda, que enfrentou uma viagem de mil quilômetros, num automóvel (de uma marca que não se fabrica há muitos anos), escrito no vidro “indo formar nossa filha – Viçosa – ARQ”. Esse episódio sim não tem preço.
23 novembro 2024
FILME IMPERDÍVEL
15 novembro 2024
14 novembro 2024
DUAS FACES DE UMA CIDADE HISTÓRICA
08 novembro 2024
Dia Mundial do Urbanismo
No dia 8 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Urbanismo.
Uma data importante para refletir sobre os rumos das cidades e as consequências evidenciadas pelas desigualdades sociais.
Arquitetos e Urbanistas, cuidemos de nossas cidades, sejamos cidadãos e não nos acomodemos com nossas cidades injustas!