11 maio 2011

Sessão da Câmara em 10/05/2011

Depois que eu e o Sr. Elias Chequer nos manifestamos, mais uma vez contrários à aprovação dos remendos (PLs 37 e 38) à Lei de Uso do Solo, as manifestações dos vereadores foram muito diversas.
Um defendeu a não aprovação e estava muito exaltado, parecia assustado, mas foi muito corajoso. Outro, cheio de retórica, defendeu pontos de vistas totalmente ultrapassados e fez uma apologia aos construtores de Viçosa.
Outros dois acusaram os alunos e a  UFV se interessarem apenas pelo centro e de esquecerem a periferia.
Outro se disse satisfeito com os projetos porque "eles são bons para Viçosa". Em que eles são bons? Por que são bons? O que a cidade realmente ganha com isso? Quais as simulações que ele viu ou fez  que provam que haverá algum benefício?
Outro disse que ninguém conseguiu provar para ele que os projetos são ruins. Com que contra argumentos aos que foram apresentados e as centenas de assinaturas que dizem o contrário? O que é preciso para convencê-lo?
Não sei se o abaixo-assinado com as 520 assinaturas (agora já ultrapassou as 600) e a as nossas posições surtirão o efeito que desejamos e que entendemos ser boa para a cidade, mas até agora não ouvi argumentos sérios e convincentes de como é possível aprovar uma alteração no uso do solo que vai permitir adensar ainda mais o centro da cidade e que agravará os problemas de trânsito e abastecimento de água, por exemplo. Como é que alguns dos vereadores poderão reclamar de alguma coisa no futuro? Não dá para entender o que os vereadores ganham ao desrespeitar cidadãos e a cidade.

3 comentários:

  1. Esses vereadores, hein! Quase não dá pra acreditar! =/

    ResponderExcluir
  2. Não acompanho as discussões desde o seu início, mas falta um tanto de sensibilidade aos legisladores. O problema de abastecimento de água, por exemplo, requer soluções que não contam com tempo suficiente para discussões que prezam pela promoção de algumas figuras políticas em detrimento de frações significativas da população do município.

    ResponderExcluir
  3. Um dia, quem sabe, num futuro não muito distante, e ainda morando por estas bandas, pode ser que alguém sinta-se nostálgico num desses sábados sem muita opção para sair e resolva assistir a um bom filme de ficção, desses antigos. Dentre os títulos disponíveis escolhe um: "Blade runner: o caçador de androides".
    Terminada a sessão, esse nosso personagem abre a janela, olha para a paisagem urbana que o rodeia e suspira:
    Putz, que coisa!
    Agora entendo porque tanta gente gritou contra aquelas mudanças que permitiram adensar desmesuradamente essa cidade.
    Não imaginava que aquele cenário de uma Los Angeles destroçada, mostrada neste filme feito há tantos anos pudesse ser "replicado" aqui...
    E um pensamento recheado de remorso invade sua mente: pois é, eu não dei importância para aquele movimento, para aquelas pessoas que defendiam intransigentemente a manutenção da legislação...
    Eu não estava câmara, mas poderia ter influenciado quem estava lá.
    Poderia ter alertado sobre as conseqüências que aquele ato traria para a cidade.
    Poderia até ter sugerido aos vereadores, que diziam não ter argumentos convincentes para não aprovar aquelas mudanças, assistirem esse filme.
    E, mesmo sabendo que alguns talvez não percebessem essa sutileza, eu poderia mostrá-las e dizer: olha esqueçam um pouco a luta entre os replicantes e prestem atenção no cenário, pois isso poderá acontecer aqui também.
    Poderia, enfim, ter...
    Mas não fiz nada disso...
    Agora é tarde....
    Tarde não, afinal como não estamos ainda vivendo este futuro, dá para impedir muita coisa.
    É só trocar o "poderia", por "podemos" ou, para quem preferir em inglês: "Yes, we can".
    Paulo

    ResponderExcluir