04 janeiro 2012

Os rios e as cidades


Há quem diga que o mais importante não é o que comemos entre o Natal e o Ano novo, e sim o que comemos entre o Ano Novo e o Natal. Se fizermos uma comparação, o que se faz nos períodos chuvosos não é o mais importante e sim o que é feito - ou deveria ser feito - entre os períodos chuvosos, durante  muitos anos e muitas obras e com  fiscalização. Ou seja, sem planejamento fica difícil enfrentar tantos problemas. É claro que São Pedro pegou pesado. Mas a maior parte do que vemos é consequência de ocupação indevida, feita  há décadas permitidas nas margens dos rios nas cidades. Se o Código Florestal, de 1965 fosse obedecido, as faixas marginais deveriam ser de no mínimo 100 metros para rios com mais de 50 metros de largura (Ponte Nova e Cataguases). Nos rios menores 30 metros bastariam. Quanta coisa se deixou construir dentro dessas faixas! O que os rios fazem é reclamar seus leitos. O custo disto é muito alto e muito triste. Todo ano é a mesma coisa. Daqui prá frente, deveria-se construir o que a lei e o bom senso pedem.
Não podemos deixar de elogiar o trabalho da Defesa Civil, que alerta, notifica, sugere medidas, mas seu papel esbarra no não cumprimento por parte dos proprietários e às vezes da própria admnistração municipal. Parece que há muito dinheiro para isso, mas ele não chega por causa da falta de projetos bem feitos ou por questões políticas.
Temos de mudar nossa maneira de continuar erguendo as cidades.

Fotos de  Tânia Bartolomeu Brant Ribeiro e Luísa Ansaloni, de Ponte Nova

Um comentário:

  1. mirian raimundi lopes fonseca4 de janeiro de 2012 às 09:56

    "...durante muitos anos e muitas obras..."

    ResponderExcluir