São Geraldo, MG. Fotos Ítalo Stephan, 2012.
Eis como está a estação ferroviária de São Geraldo, MG.
Uma bela estrutura que tem a placa de Centro Cultural. Abandonada, é casa de pombos, cheia de lixo e vai se deteriorando aos poucos. Descaso da Prefeitura e da RFFSA.
Essa linha tem Grande importância histórica.
ResponderExcluirLigada à economia do café, em expansão a partir de meados do século XIX, a ferrovia nasceu da iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira, acostumados a transportar a produção de café da maneira tradicional, por tropas de mulas, até os portos do litoral. No retorno, os tropeiros traziam produtos manufaturados.
Os estudos para a implantação de um primeiro troço, com a extensão de 38 quilômetros, foram iniciados em 10 de Outubro desse mesmo ano, pelo engenheiro João Gomes do Val. Aprovados em Fevereiro do ano seguinte, iniciou-se em Março a construção da ferrovia.
Os trabalhos desenvolveram-se com rapidez, sendo esse trecho inaugurado em 8 de Outubro de 1874, na presença do Imperador D. Pedro II (1840-1889) e de autoridades civis e eclesiásticas. Este trecho contava com três estações - São José (São José d’Além Parahyba), no quilômetro 3, Pântano (atual Fernando Lobo), no quilômetro 12, e Volta Grande, no quilômetro 27 -, cinco locomotivas (duas Rogers, duas Baldwin e uma belga, batizadas de Visconde de Abaeté, Conselheiro Theodoro, Godoy, Cataguazes e Pomba), oito carros de passageiros e quarenta e oito vagões de carga.
Foram inauguradas em curto espaço de tempo as estações de São Luiz e a de Providência, até que os trilhos alcançaram Santa Rita de Meia Pataca (atual Cataguases) e Leopoldina.
Nos anos subseqüentes a ferrovia conheceu diversas crises financeiras, que culminaram com a transferência do seu controle acionário para os credores britânicos. Para esse fim foi criada em Londres a The Leopoldina Railway Company Ltd., que assumiu a operação da ferrovia a partir de 1898. Os novos titulares deram início à reestruturação e modernização da operação, construindo novas linhas e adquirindo trinta e oito pequenas ferrovias, no centro e norte do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste de Minas Gerais e Sul do Espírito Santo, como por exemplo a Estrada de Ferro Mauá, a primeira do Brasil. O sistema chegou a compreender, em seu auge, mais de 3.200 quilômetros de trilhos, incluindo cremalheiras nos trechos mais acentuados da Serra do Mar.
A LR voltou a enfrentar dificuldades com o declínio da lavoura cafeeira na região atendida pelas suas linhas, agravadas com as restrições impostas à época da Segunda Guerra Mundial. Sem conseguir se recuperar ao término desta, o Governo Federal encampou-a no início da década de 1950, quando se transformou em Estrada de Ferro Lepoldina (EFL), sendo incluída na Rede Ferroviária Federal quando de sua criação (1957). Esta fase foi marcada por um progressivo declínio, com a supressão de vários ramais, incluindo as cremalheiras, que desapareceram em 1965.
Atualmente, as antigas linhas da EFL pertencem à privatizada Ferrovia Centro Atlântica (FCA), mas apenas uma pequena fração das linhas originais ainda funcionam
Existem outros blogs que discutem problemas relacionados à linha ferrea(http://vicosacidadeaberta.blogspot.com.br/2011/08/linhas-ferreas-abandonadas-em-mg.html); MAPA da Ferrovia Centro Atlântica no site(http://www.fcasa.com.br/clientes-e-servicos/cobertura-geografica/)
Muito bem, Kingão. O que pode ser feito para revitalizar a estação?
ResponderExcluirÍtalo
aqui vai uma dica: Poderia se investir no turismo, na valorização da cultura local. Em visconde do Rio Branco, se não me engano, existem projetos de capoeira que utilizam aquele espaço. Em viçosa agente encontra uma biblioteca pública na estação do centro histórico da cidade.
ResponderExcluirNão e precisa gastar muito dinheiro para se revitalizar essas construções, basta a criatividade e vontade de mudança.