Nos meses que antecedem as eleições, as ruas de Qualquerlândia ficam "bonitinhas" pois recebem o asfalto que os moradores tanto desejam. O problema é que chega o asfalto mas não vem junto a rede de coleta de águas pluviais. É fácil perceber que, quando chover, as águas descerão por cima do asfalto e, adeus asfalto!
Ou seja, vale mais a solução paliativa que o planejamento, que exige tempo e competência.
Assim também vão surgindo as calçadas, que de calçadas não têm nada, como soluções individuais para entradas das garagens e das casas. Impossível passar pelas calçadas com alguma cadeira de rodas, um carrinho de bebê.
Por falar em planejamento, mais de uma vez foi derrubada a exigência de afastamentos frontais com três metros, o que permitiria que cada edificação poderia resolver muito melhor a conexão das garagens com as calçadas contínuas e com as ruas. Sem afastamentos, as calçadas são "incorporadas" aos lotes e servem apenas a cada um deles. Se tornam espaço para avançar por sobre elas com as varandas e beirais. Se tornam locais para jogar entulho, lixo. Enquanto não recebem construções, os lotes não "merecem" calçadas.
Há poucas exceções, sim, e elas merecem destaque, pois são uma amostra de que as ruas poderiam ser muito melhores.
Alguns prédios das ruas de Qualquerlândia têm boas soluções de ligação com a via. O recuo frontal permite um jardim, rampas com inclinação adequada, um pouco mais de privacidade. Os afastamentos laterais, incomuns, garantem mais iluminação e ventilação.
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