sábado, 11 de julho de 2015

Questão de sobrevivência


A questão do abastecimento da água em Viçosa é realmente séria. Temos dois mananciais cujas produções de água estão no limite para abastecer uma população que não para de crescer. Temos de contar apenas com o São Bartolomeu e o Turvo. Os custos de buscar água em outros mananciais é absurdamente caro. Não há, em curto prazo, como aumentar a produção de água, embora seja possível com um prazo maior com um grande conjunto de ações de recuperação de nascentes e incentivo financeiro aos produtores de água.  Antes disso é preciso parar de comprometê-las.  Furar mais poços artesianos não resolve.

Para garantir a produção de água é necessário um conjunto de ações. A primeira é garantir a produção de água nos mananciais permanentemente ameaçados de intervenções desastrosas, como as ocupações em áreas de proteção permanente e os  desmatamentos e aterros de várzeas. É preciso melhorar a rede de ligação entre as estações de tratamento de água, o que custa alguns milhões de reais. Outra proposta é a de que seja exigida a construção de reservatórios de água de chuva em prédios ou a construção de coberturas verdes. Construir mais represas também seria outra opção, mas é um processo longo.  Estudos desenvolvidos pela UFV demonstram claramente que a legislação atual permite um adensamento populacional nas áreas centrais, que deve ser urgentemente revista.

Chegamos ao limite da sustentabilidade. Não dá para ficar sem agir. A hora é esta, pois além do Plano de Saneamento Básico em vigência, está sendo feita a revisão do Plano Diretor de Viçosa.  No entanto, acima de tudo Viçosa precisa, mais que nunca de uma competente ação política. Hora de agir em várias frentes.

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