domingo, 4 de outubro de 2015

Matamos nossos rios

Assoreamento e pouca água em uma das represas do Campus da UFV.  Crise hídrica visível. Foto Ítalo Stephan, final de setembro de 2015

"Novo" Santo Antônio, Viçosa-MG. Ocupação urbana agressiva: nascentes aterradas e topos de morros desmatados. Urbanização mal planejada e sorrateira. Lucro acima e por cima de tudo. Foto Paulo Tadeu Leite Arantes, final de setembro de 2015.

"Matamos nossos rios, não há partido que resolva" (Sebastião Salgado)

Para ele, o problema da crise hídrica brasileira é “de toda a sociedade. Todos somos seres políticos e temos responsabilidades sociais".
Salgado ainda afirma que "hoje temos um Brasil moderno, mas que foi construído sobre as florestas e os rios". Assim vêm crescendo nossas cidades, às custas de danos irreparáveis em função do lucro imobiliário a qualquer custo. O "progresso" destrói nascentes e  topos de morros, aterra brejos e entuba córregos, impermeabiliza o solo e joga esgoto nos cursos que sobram,
Temos de repensar o consumo atual. Como também afirma um dos maiores fotógrafos do planeta, "a solução para o problema é preservar nossas nascentes. É absolutamente necessário que todas as instituições, sejam públicas ou privadas, façam sua parte." Quando começa a faltar água nas nossas cidades, vamos procurá-la em locais cada vez mais distantes, e isso representa não só custos financeiros, mas custos ambientais muito altos. É um absurdo ir "sugando" uma fonte depois abandoná-la e ir em busca da próxima.
É hora de reaproveitar águas das chuvas, tratar nosos esgotos, preservar e recuperar nascentes, matas ciliares e topos de morros. É hora de conscientizar e educar a população para uma nova era.

Recuperação do meio ambiente e educação: estas deveriam ser as prioridades dos nossso governantes.

Veja a reportagem sobre Sebastião Salgado em:
http://www.cartacapital.com.br/cultura/matamos-nossos-rios-nao-ha-partido-que-resolva-isso-diz-sebastiao-salgado-6562.html

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