Vem aí o Simpósio Nacional sobre Pequenas Cidades, que ocorrerá de 24 a 26 de agosto de 2022, na cidade de Campo Grande
https://eventos.uems.br/pagina/p/simposio-nacional-sobre-pequenas-cidades
Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
Vem aí o Simpósio Nacional sobre Pequenas Cidades, que ocorrerá de 24 a 26 de agosto de 2022, na cidade de Campo Grande
https://eventos.uems.br/pagina/p/simposio-nacional-sobre-pequenas-cidades
Eis algumas das escadarias no bairro Jardim Glória, em Juiz de Fora: atalhos entre ruas de níveis diferentes; mal conservados, mal iluminados, sujos e perigosos.
Basta uma volta em um supermercado para constatar uma inflação dissimulada, com novas embalagens com quantidades menores, e, mesmos preços, às vezes até mesmo mais caros.
O centro da cidade de Viçosa é uma área saturada já há alguns anos. A região que tem como extremos o Hospital São Sebastião, o Colégio de Viçosa e a estação rodoviária não comporta mais adensamento e verticalização. São raras as vagas para estacionamento, e são poucos os terrenos baldios usados para assimilar a demanda. A área continua a ser de forte interesse da construção civil, que interessa substituir as edificações de pequeno porte remanescentes por centros comerciais e torres de salas comerciais e de apartamentos. Isso ocorre sem que seja atendida a demanda de vagas para clientes e sem que sejam avaliadas as condições de sobrecarga da infraestrutura de abastecimento de água, de coleta de esgotos e da rede pluvial.
O trânsito na área central já é complicado e tais empreendimentos desconsideram a demandas por estacionamentos. Nas áreas adjacentes se concentram escolas sem espaço para deixar e pegar crianças; supermercados sem vagas e sem espaços para carga e descarga suficientes, edifícios de salas comerciais e clínicas atender aos clientes com automóveis. São a Praça Mário del Giúdice, a rua Professor Alberto Pacheco, a Av. P. H. Rolfs, as imediações do Colégio de Viçosa (atual Prefeitura) não suportam mais os índices urbanísticos que a lei permite. O Coeficiente de Aproveitamento (que é o quanto pode ser construído) é muito alto; os afastamentos (laterais e de fundos) e os gabaritos (número máximo de pavimentos) são respeitados apenas na aprovação do projeto arquitetônico; depois, ignorados. Novos pavimentos e telhados feitos de forma irregular. Da mesma forma, os índices de impermeabilização da área, que já são baixos (10% da área do terreno deve ser de solo natural para absorção de parte das chuvas) só existem para a aprovação dos projetos e depois são cimentados e isso é feito na quase totalidade dos terrenos. Isso sobrecarrega o insuficiente sistema de drenagem.
O centro precisa de novas regras de uso e ocupação sustentáveis, que aliem a capacidade de suporte de infraestrutura e da drenagem, à preservação edificações de valor cultural (constantemente ameaçados de desaparecimento), à qualidade razoável da acessibilidade dos pedestres e a criatividade dos arquitetos e urbanistas. As áreas que estão se consolidando como sub centros, como as imediações do Hospital São João Batista estão indo para o mesmo caminho, sem locais para estacionamento, com congestionamentos, com adensamento de edificações, com amplos movimentos de terra e sem a dotação de infraestrutura adequada de saneamento básico.
Então, como continuar a crescer e atender às demandas por novas unidades residenciais, comerciais e serviços, ao mesmo tempo preservar o patrimônio arquitetônico e melhorar as condições de mobilidade – em transporte coletivo e ciclovias - e caminhabilidade do centro? A solução é com planejamento e com adoção de índices urbanísticos sustentáveis (menores que os atuais), com incentivos à construção em outras áreas - com instrumentos urbanísticos previstos no Plano Diretor, no Estatuto da Cidade e na Constituição Federal, como o IPTU progressivo no tempo, a outorga onerosa, a transferência do potencial construtivo ou o direito de preempção. Essas medidas podem ser feitas nos corredores Jacob Lopes de Castro, Joaquim Lopes de Faria, Antônio Lélis, Gumercindo Iglesias e nas avenidas São João Batista, Marechal Castelo Branco e a nova P.H. Rolfs.
Uma obra essencial para entendermos um pouco sobre as questões fundiárias no país.
"um romance beleo e comovente que conta uma história de vida e morte, de combate e redenção."]
Uma "representação - com eloquência e humanidade - dos descendentes de escravizados para os quais a Abolição significou muito pouco, visto que ainda sobrevivem em situação análoga à escravidão."
Editora, Todavia. Ano de Edição, 2019.
O autor
Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador, em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA, e autor de DIAS e A ORAÇÃO DO CARRASCO. Recebeu, em 2020, o Prêmio Jabuti de melhor Romance Literário e o Prêmio Oceanos de Literatura com TORTO ARADO
Fonte: https://todavialivros.com.br/livros/torto-arado
O trânsito já é complicado e tais empreendimentos desconsideram a demanda que geram por mais vagas. As áreas adjascentes , as áreas onde se concentram edifícios de salas comerciais e clínicas, a Praça Emílio Jardim, o Clélia Bernardes, a Av. P. H. Rolfs, as imediações do Colégio de Viçosa (atual Prefeitura) não suportam mais o Coeficiente de Aproveitamento que a lei permite. A impermeabilização da área atinge a quase totalidade dos terrenos e sobrecarrega o insuficiente sistema de drenagem.
O centro precisa de novas regras de uso e ocupação sustentáveis, que aliem a capacidade de suporte de infraestrutura e da drenagem, a preservação edificações de valor cultural, a qualidade razoável da acessibilidade dos pedestres e a criatividade dos arquitetos e urbanistas.
Foto Ítalo Stephan, abril de 2022.
Espaço Mascarenhas, Juiz de Fora, um complexo de edifícios. Inaugurado em e maio de 1987.
"Mascarenhas, meu amor!”, campanha de artistas, jornalistas e intelectuais de Juiz de Fora e do país, na década de 1980, marcou a história da cidade e contribuiu, de forma decisiva, para que a antiga fábrica de tecidos de Bernardo Mascarenhas se transformasse em espaço de cultura e mercado público.
É grande o suficiente para abrigar um centro cultural, secretaria municipal, mercado público, biblioteca publica, praça cultural, setor de assistência social.Alguns cantos da cidade são criados e se tornam lugares sombrios e tristes. O somatório de edifíciois cria uma massa pouco atraente, com poucas janelas, mal iluminado, fora de escala humana, . Um dos horrified cemeteries de Jane Jacobs em Viçosa-MG.
Foto ítalo Stephan, abril de 2022.