Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
28 janeiro 2024
CABO FRIO: PRAÇA DOS QUIOSQUES
15 janeiro 2024
VIÇOSA ANOS 2000
13 janeiro 2024
ARTIGO: HORA DE COBRAR
09 janeiro 2024
CULTURA EM SEGUNDO PLANO
Absurdo: Prefeitura de Viçosa vai desalojar a Biblioteca e o Centro de Artes do antigo prédio da Prefeitura e da Câmara. Estes irão para imóveis menores alugados para dar lugar para uma UPA.
Quem apoia? Autoridades que dizem que ninguém mais lê livros, e que devem pensar que "gastar" dinheiro público com cultura é desperdício, é bobagem. Infeliz de um país em que 1/3 não consegue interpretar um texto e que lê, em média, 0,7 livros por ano.
Lembro que o prédio não está adequado para uma UPA. Essa solução é imediatista, Vai precisar de muitas modificações e adaptações como as de acessibilidade e de instalações elétricas e hidrossanitárias, ou vai ser tudo feito de forma improvisada. Essa solução é imediatista,
Os técnicos do setor de cultura de Viçosa foram pegos de surpresa.
Cultura e educação não têm lugar nesta "cidade educadora".
07 janeiro 2024
06 janeiro 2024
UFV: VIAGEM DE ESTUDOS DOS ESTUDANTES DE ARQUITETURA À BH
VIÇOSA - anos 1990
02 janeiro 2024
ISAAC ASIMOV : 100 ANOS
Dia de Isaac Asimov
Nascido em 2 de janeiro de 1920. Um dos maiores escritores de ficção científica.
Criador das três leis da robótica:
1. um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal;
2. os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a primeira lei;
3. um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores
Eis alguns de seus livros:
Fundação (trilogia)
Eu, robô
O homem bicentenário
Nós, os marcianos
O Fim da eternidade
827 era galáctica
A terra tem espaço
Para onde vamos?
Os próprios deuses
As Cavernas de Aço
Nove amanhãs....
JUIZ DE FORA -MG
ARTIGO: GENTE E BICHO
Artigo publicado no jornal Folha da mata, Viçosa, em 28 de dezembro de 2023
Moramos numa cidade que não é muito grande, nem muito pequena. Nosso município faz parte do que chamam “Mar de Morros”, onde antes era tudo Mata Atlântica. Muito dela foi destruída, mas o nome ficou para designar a região: a Zona da Mata. Nossa cidade não para de crescer, só que de forma bastante desorganizada. Ela se expandiu, no início, ao longo dos vales, onde ainda esconde e espreme os leitos dos cursos d’água. Depois cresceu para o alto dos morros. Isso dizimou as matas ou o que já foram cafezais. Ficaram terrenos sujeitos à perigosa ação das chuvas. Aos poucos e de forma descuidada adentrou-se na área rural, modificando os usos; moldando espaços nem sempre adequados para lazer, festas, jardins; construindo piscinas, açudes. Esse crescimento impacta muito o meio ambiente e altera a vida dos animais e a forma com a qual convivemos com eles.
Os animais das matas estão vivendo cada vez mais entre nós, ou melhor, nós adentramos continuamente em seus habitats. Tudo se misturou: urbano com rural, animais domésticos com animais silvestres, gente com bicho. No bairro onde moro, vejo, de manhãzinha e de tardinha, enormes bandos de garças acompanhando o vale do ribeirão. Isso é muito bonito e queria que isso acontecesse para sempre. Recebo visitas matutinas e vespertinas de um bando de galinhas d’angola, sei que gostam do meu quintal, porque lá não tem cachorro. Não é grande, mas tem várias árvores que servem de ponto de descanso e de observação para as aves. Recebo visitas de teiús enormes, gambás, tatus, jacus, araçaris, tucanos, maitacas, bem-te-vis, sabiás, galos do campo. Eles comem frutos que encontram no meu quintal: juçara, coco babão, jabuticaba, uvaia, pitanga. Antes aqui havia mais tatus, preás e corujas barranqueiras; agora ouço falar mais de pernilongos, escorpiões, cobras, baratas, cigarras, formigas cortadeiras e lagartas que acabam com nossos jardins e quintais.
Meus vizinhos reclamam dos gatos que deixam excrementos em seus jardins e deixam loucos seus cães de estimação, enquanto outros vizinhos os alimentam às escondidas. Já vi na cidade muitos comedores, bebedores e casinhas para os cães de rua, que são muitos. De vez em quando aparecem cães com um tipo de blusa para aquecê-los no inverno. Essas são iniciativas legais. Infelizmente, por outro lado, há vários casos de maus tratos aos animais: filhotes de gatos jogados no rio; filhotes de cães abandonados em terrenos baldios; cães abandonados nas ruas, porque os donos não os querem mais; animais morrendo envenenados. Ah, quanta desumanidade! Há, na cidade uma instituição privada de proteção dos animais que tenta, com muita dificuldade, abrigar essas pobres criaturas,pois depende de ajuda das pessoas e do poder público, só que o número de animais abandonados não para de aumentar.
Os animais correm riscos com os humanos e nos deixam grandes problemas. De vez em quando, cavalos vão pastar nos jardins da praça central, ou, o que é perigoso demais, costumam ficar soltos nas estradas. Isso cria um risco constante de acidentes graves, mas ninguém impede isso de se repetir. No campus da Universidade ainda há capivaras, jacarés, micos e cobras. Seriemas já adotaram os jardins da UFV como lar. Há muitos cães abandonados que se tornaram agressivos. Enfim, temos de cuidar dos animais, respeitá-los e desenvolver políticas públicas para lidar com essa questão. Nós devemos, gente e bicho, nos acostumar a conviver harmoniosamente, também é necessário controlar a expansão da cidade área rural adentro.