Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
27 outubro 2009
As águas vão rolar
Chegamos a mais um período de chuvas. As nossas casas, móveis, sapatos e roupas voltarão a ficar verdes de mofo causado pela alta umidade. Muitas pessoas aguardam com ansiedade e preocupação este período do ano, em que as notícias sobre as consequências das chuvas ocupam as primeiras páginas dos jornais de quase todas as cidades das regiões Sul e Sudeste. Lembremos como as cidades do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Petrópolis no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Governador Valadares, Lambari, Mirai e a vizinha Ponte Nova foram algumas das cidades em que suas populações passaram por muitos sofrimentos e medo. A drenagem urbana é, portanto, o grande desafio a ser resolvido.
Passou o período de consertar os estragos do início do ano e de preparação do que está por vir. Quem não fez isso conta apenas com a ajuda dos céus acima das nuvens carregadas. Para quem já esqueceu, em novembro do ano passado choveu muito todos os dias. Até março deste ano, tivemos muitos temporais, com ruas alagadas (como a Bernardes Filho) e deslizamentos de terra que ainda estão visíveis e ameaçadores, como vemos ao longo da Avenida Marechal Castelo Branco. A prefeitura não exerceu com eficácia sua função de fiscalização para impedir ocupações e obras que possam provocar danos menos ou mais graves. Pessoas, presas às necessidade diárias e imediatas, acabam acreditando apenas em proteções divinas e aceitando os riscos como se fossem fatalidades. Alguns tentam resolver os problemas sem as devidas providências técnicas e acabam complicando ainda mais a situação. Em um ano, mais uma grande parcela do solo urbano foi impermeabilizada, o que significa que mais água vai chegar mais depressa nas partes mais baixas, procurando rápida saída nos córregos e ribeirões. A Defesa Civil que se prepare para ter muito trabalho.
Os leitos dos cursos d´água e várzeas estarão sempre sujeitos às enchentes e isso tende a ser esquecido. Canalizar os córregos não resolve, pois dificilmente, tais canalizações terão dimensões suficientes para comportar os volumes das grandes cheias. A canalização promove uma confiança responsável pelo relaxamento das populações vizinhas, predispondo-as aos desastres, que podem demorar, mas que um dia acontecerão. Se as enchentes são praticamente inevitáveis, como fenômenos naturais, algumas tecnologias poderão ser adotadas para diminuir os escoamentos superficiais, evitando a chegada de grandes volumes aos cursos d’água, em curtos espaços de tempo. Reter volumes precipitados é um caminho básico, tanto no meio rural como no urbano. É preciso entender que o fenômeno das enchentes é passível de ser sanado ou minimizado com tecnologias apropriadas às especificidades urbanas. Planejar e executar sistemas de manejo de águas de chuvas nos meios urbanos são os únicos caminhos. Há projetos como os de reservatórios de amortecimento de águas pluviais sendo desenvolvidos na UFV para lidar com estes problemas. Projetos têm de sair do papel. Para o futuro, será preciso estimular, até mesmo exigir que os prédios também incluam reservatórios para o aproveitamento das águas da chuva, para usos como lavagem de garagens e irrigação de jardins. Por fim, começam-se a espalhar mundo afora as coberturas verdes, jardins gramados atuando como telhados, capazes de absorver e reter muita água da chuva.
Passou o período de consertar os estragos do início do ano e de preparação do que está por vir. Quem não fez isso conta apenas com a ajuda dos céus acima das nuvens carregadas. Para quem já esqueceu, em novembro do ano passado choveu muito todos os dias. Até março deste ano, tivemos muitos temporais, com ruas alagadas (como a Bernardes Filho) e deslizamentos de terra que ainda estão visíveis e ameaçadores, como vemos ao longo da Avenida Marechal Castelo Branco. A prefeitura não exerceu com eficácia sua função de fiscalização para impedir ocupações e obras que possam provocar danos menos ou mais graves. Pessoas, presas às necessidade diárias e imediatas, acabam acreditando apenas em proteções divinas e aceitando os riscos como se fossem fatalidades. Alguns tentam resolver os problemas sem as devidas providências técnicas e acabam complicando ainda mais a situação. Em um ano, mais uma grande parcela do solo urbano foi impermeabilizada, o que significa que mais água vai chegar mais depressa nas partes mais baixas, procurando rápida saída nos córregos e ribeirões. A Defesa Civil que se prepare para ter muito trabalho.
Os leitos dos cursos d´água e várzeas estarão sempre sujeitos às enchentes e isso tende a ser esquecido. Canalizar os córregos não resolve, pois dificilmente, tais canalizações terão dimensões suficientes para comportar os volumes das grandes cheias. A canalização promove uma confiança responsável pelo relaxamento das populações vizinhas, predispondo-as aos desastres, que podem demorar, mas que um dia acontecerão. Se as enchentes são praticamente inevitáveis, como fenômenos naturais, algumas tecnologias poderão ser adotadas para diminuir os escoamentos superficiais, evitando a chegada de grandes volumes aos cursos d’água, em curtos espaços de tempo. Reter volumes precipitados é um caminho básico, tanto no meio rural como no urbano. É preciso entender que o fenômeno das enchentes é passível de ser sanado ou minimizado com tecnologias apropriadas às especificidades urbanas. Planejar e executar sistemas de manejo de águas de chuvas nos meios urbanos são os únicos caminhos. Há projetos como os de reservatórios de amortecimento de águas pluviais sendo desenvolvidos na UFV para lidar com estes problemas. Projetos têm de sair do papel. Para o futuro, será preciso estimular, até mesmo exigir que os prédios também incluam reservatórios para o aproveitamento das águas da chuva, para usos como lavagem de garagens e irrigação de jardins. Por fim, começam-se a espalhar mundo afora as coberturas verdes, jardins gramados atuando como telhados, capazes de absorver e reter muita água da chuva.
23 outubro 2009
Exoplanetas
21 outubro 2009
Aos trancos e barrancos
Movimento de terra na Av. Mal. Castelo Branco
Há, na cidade, uma profusão de cortes em terras executados e mantidos de maneira irresponsável, sem as devidas obras de contenção ou de manutenção de estabilidade. Barrancos em cortes quase verticais ameaçam a integridade dos moradores e transeuntes. Nos períodos de chuva a terra fica saturada de água, portanto fica pesada, ampliando a possibilidade de desabamentos. Há, na cidade, vários locais onde isso aconteceu recentemente. Felizmente ainda não houve danos físicos sérios. Mas os incômodos surgem e a conta da remoção e limpeza deverá ficar para nós pagarmos.
Os barrancos permanecem relativamente estáveis até que as chuvas cheguem e um dia eles desabam. São despejados foras dos limites dos terrenos, nas vias públicas, toneladas de terra, pedra e barro. Há, em Viçosa, vários terrenos que se limitam com as vias públicas em barrancos, mesmo em locais de alto valor de terra, como acontece no bairro de Ramos. Na Avenida Marechal Castelo Branco, ao longo do bairro Belvedere, há essa constante ameaça. Isto ocorre porque a ganância dos construtores do loteamento abriu, há quase vinte anos, vias que não deviam existir, cortando e aterrando, criando assim encostas instáveis pela declividade acentuada. Volta e meia desce um pouco de terra e cabe à administração municipal retirar. Na mesma avenida há áreas suscetíveis de desmoronamentos devido à retirada de grande quantidade de terra: nos trevos e ao longo da extensa área vizinha ao Campus da UFV, onde a terra vem sendo tirada para criar terrenos planos, mas ampliando ainda mais os gigantescos barrancos. Lembremos do que já aconteceu no terreno dos edifícios hoje conhecidos como Carandiru, onde metade da pista da avenida P. H. Rolfs desabou por duas vezes, por conta das obras feitas de maneira incorreta (Tribuna Livre de 12/01/2001). Basta dar uma olhada de longe e ver toda a encosta ao longo da Avenida Milton Bandeira, que tem constantemente tido terra retirada. Já aconteceram, por várias vezes, desabamentos que causaram pânico e tiveram apenas soluções paliativas e foram esquecidos até que a ameaça voltasse. Temos que torcer para que nada de grave aconteça, mas é admirável a coragem daqueles que moram e trabalham aos pés daquele monstruoso paredão de dezenas de metros de altura, visível de vários pontos da cidade.
Outra preocupação é: para onde é levada tanta terra retirada? Há uma profusão de aterros que avançam em direção aos leitos dos cursos d´água, como no bairros Vau-açu e Novo Silvestre. O CODEMA deve ficar alerta também ao que está ocorrendo neste processo de desmonte da topografia de Viçosa, que elimina nascentes e estreita e assoreia os córregos.
A insistência em deixar o solo exposto às intempéries, sem nenhuma proteção, coloca os munícipes sob constante perigo. Os deslizamentos ocorridos em Viçosa demonstram como o prejuízo é coletivo enquanto os benefícios, principalmente econômicos, ficam nas mãos apenas dos proprietários, já que os terrenos vão ficando livres da terra, mas em compensação com barrancos cada vez mais altos sem as devidas medidas de proteção. Os terrenos assim criados se valorizam, enquanto a prefeitura assume o ônus de limpar e retirar a sujeira. É necessário fiscalizar e exigir que sejam tomadas as medidas técnicas adequadas e evitados cortes de terra que poderão causar graves problemas futuramente.
As chuvas estão de volta.
Os barrancos permanecem relativamente estáveis até que as chuvas cheguem e um dia eles desabam. São despejados foras dos limites dos terrenos, nas vias públicas, toneladas de terra, pedra e barro. Há, em Viçosa, vários terrenos que se limitam com as vias públicas em barrancos, mesmo em locais de alto valor de terra, como acontece no bairro de Ramos. Na Avenida Marechal Castelo Branco, ao longo do bairro Belvedere, há essa constante ameaça. Isto ocorre porque a ganância dos construtores do loteamento abriu, há quase vinte anos, vias que não deviam existir, cortando e aterrando, criando assim encostas instáveis pela declividade acentuada. Volta e meia desce um pouco de terra e cabe à administração municipal retirar. Na mesma avenida há áreas suscetíveis de desmoronamentos devido à retirada de grande quantidade de terra: nos trevos e ao longo da extensa área vizinha ao Campus da UFV, onde a terra vem sendo tirada para criar terrenos planos, mas ampliando ainda mais os gigantescos barrancos. Lembremos do que já aconteceu no terreno dos edifícios hoje conhecidos como Carandiru, onde metade da pista da avenida P. H. Rolfs desabou por duas vezes, por conta das obras feitas de maneira incorreta (Tribuna Livre de 12/01/2001). Basta dar uma olhada de longe e ver toda a encosta ao longo da Avenida Milton Bandeira, que tem constantemente tido terra retirada. Já aconteceram, por várias vezes, desabamentos que causaram pânico e tiveram apenas soluções paliativas e foram esquecidos até que a ameaça voltasse. Temos que torcer para que nada de grave aconteça, mas é admirável a coragem daqueles que moram e trabalham aos pés daquele monstruoso paredão de dezenas de metros de altura, visível de vários pontos da cidade.
Outra preocupação é: para onde é levada tanta terra retirada? Há uma profusão de aterros que avançam em direção aos leitos dos cursos d´água, como no bairros Vau-açu e Novo Silvestre. O CODEMA deve ficar alerta também ao que está ocorrendo neste processo de desmonte da topografia de Viçosa, que elimina nascentes e estreita e assoreia os córregos.
A insistência em deixar o solo exposto às intempéries, sem nenhuma proteção, coloca os munícipes sob constante perigo. Os deslizamentos ocorridos em Viçosa demonstram como o prejuízo é coletivo enquanto os benefícios, principalmente econômicos, ficam nas mãos apenas dos proprietários, já que os terrenos vão ficando livres da terra, mas em compensação com barrancos cada vez mais altos sem as devidas medidas de proteção. Os terrenos assim criados se valorizam, enquanto a prefeitura assume o ônus de limpar e retirar a sujeira. É necessário fiscalizar e exigir que sejam tomadas as medidas técnicas adequadas e evitados cortes de terra que poderão causar graves problemas futuramente.
As chuvas estão de volta.
19 outubro 2009
Oportunidades
A mídia nacional tem apresentado continuamente matérias sobre os inúmeros sucessos de cidades espalhadas por todo o território nacional, onde muitos empregos são criados, riquezas são geradas e relativamente bem distribuídas, forjadas principalmente em função do agronegócio. Conhecemos verdadeiras revoluções em nível de geração de renda, empreendedorismo, melhorias na educação e saúde; sonhos de muitas famílias tornados realidade. Há um grande momento nacional onde as oportunidades aparecem e são muito bem aproveitadas. Estaria Viçosa na posição de aproveitar ou perder as oportunidades que aparecem, embora em menos quantidade nesta empobrecida Zona da Mata? Lembremos que Viçosa tem o maior número de doutores per capita do Brasil.
Viçosa cresce a ritmo acelerado, mas desenvolve a um ritmo lento. Viçosa, que ganhou na atual administração o lema “Cidade Educadora” fica para trás de Ubá no quesito educação e permanece atrás de Ubá Ponte Nova, Coimbra e Teixeiras no quesito saúde. Viçosa tem, mas não se sabe por quanto tempo, um Centro Vocacional Tecnológico, instalado com recursos públicos federais, mas muito mal aproveitado por uma cidade que precisa oferecer inclusão digital e capacitação técnica aos seus moradores. O conhecimento aqui gerado continua fluindo para outras partes de um Brasil que enriquece, muitas vezes, por causa dele. Tem também, apesar do desinteresse da administração municipal e da descrença de alguns setores da UFV, uma poderosa oportunidade com implantação do Parque Tecnológico, que vai dar certo, mas à custa de vencer muitos obstáculos desnecessários.
Enquanto isto, o mercado imobiliário apresenta imóveis a preços estratpsféricos, acima mesmo dos praticados em cidades muito maiores. Parece haver o predomínio do aspecto especulativo, uma vez que os preços da terra e dos imóveis estão em um padrão elevado, incoerente com uma deficiente infra-estrutura urbana (vide dimensões das vias, qualidade da pavimentação, das calçadas, rede de coleta de águas pluviais). Em Viçosa os empregados da construção civil têm baixa qualificação e são mal remunerados. A qualidade do que se coloca à venda é discutível pelas dimensões mínimas e pelo acabamento. O aspecto especulativo parece favorecer a uma elite de proprietários de muitos imóveis que acumulam patrimônios invejáveis e de empresários que não querem deixar entrar na cidade concorrentes de peso. Além desta elite, há uma pequena parcela da população de investidores abastada o suficiente para pagar R$200.000 por um apartamento de 2 quartos. Nota-se que existem muitos imóveis vazios. Sem dúvida, há um promissor horizonte para a construção civil, mas até quando será possível sustentar valores de um mercado inflacionado?
A história recente mostra uma valorização contínua dos imóveis, mas até quando isto realmente poderá ser praticado sem prejudicar o desenvolvimento de Viçosa? A mesma história mostra a falta de visão e de bom planejamento, a descrença de que poderíamos ter uma cidade muito mais organizada, rica, saudável e atraente para empresas e pessoas capacitadas. Viçosa pode mudar e vir, num futuro próximo, a ser citada como exemplo de sucesso. Para tal, para os próximos governantes, há requisitos básicos para que o município não perca as poucas oportunidades que aparecerem. O primeiro é a coragem de inovar, acreditar e investir no potencial de conhecimento gerado na UFV, através do total apoio à implantação do Parque Tecnológico. O segundo é acreditar e investir no planejamento urbano e no desenvolvimento de projetos que, se bem elaborados, encontrarão recursos estaduais e federais para permitir um crescimento mais equilibrado. Por último, mais que nunca é preciso investir na capacitação dos cidadãos, investir na educação e nos educadores.
16 outubro 2009
15 outubro 2009
Escada x escada rolante
Confira uma interessante maneira de fazer as pessoas preferirem usar uma escada ao invés de uma escada rolante.
http://ahp.apps01.yorku.ca/
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12 outubro 2009
A exemplar pequena Rio Doce
Rio Doce é um município de pouco mais de 2.300 habitantes em cuja área urbana moram menos de 1.4oo pessoas. Considerando que está na empobrecida Zona da Mata mineira, é um exemplo de boa gestão: tem esgoto tratado, usina de reciclagem de lixo, uma boa política social, uma boa política de habitação social, um conselho de patrimônio e planejamento urbano. Mesmo ser ter a obrigação constituicional, já possui plano diretor.
Os administradores seguem uma mesma linhagem política que está no terceiro mandato. Isto é um fator favorável ao município, certamente conjugado com competência e visão de maior prazo. O tempo que os administradores tiveram, e têm, favoreceu com que o município adquirisse e apresentasse uma qualidade de vida superior aos seus vizinhos.
Um dos destaques é a forma com que o município resolve a política habitacional. Com recursos obtidos junto ao governo federal, somados aos recursos da prefeitura, constrói-se, dentro da malha urbana, em lotes espalhados, casas com 64 metros quadrados (o padrão federal é de 32 metros quadrados) com laje e telhado cerâmico. Resultam disto casas dignas, saudáveis e integradas ao tecido urbano. Não são criados os famosos "pombais", ou seja, aqueles bairros segregados.
Agora, há um importante destaque relacionado ao planejamento urbano. O município comprou uma área de 16 hectares, ao lado da malha urbana, com o objetivo de contruir novas ruas, oferecer lotes residenciais urbanizados, áreas verdes, criar terrenos para a construção de futuros equipamentos urbanos e construir um pequeno distrito destinado a indústrias de pequeno porte, não poluentes.
Parabéns à pequena e saudável Rio Doce, que não tem têm nenhum destaque quanto à produção agroindustrial ou de mineração. É apenas uma pacata, limpa e muito bem administrada cidade, que oferece um padrão de vida exemplar aos seus moradores e usando com competência os recursos que obtêm. Que ela continue a ser bem administrada.
09 outubro 2009
O que fizemos com as nossas cidades
Como são feias as cidades na pobre Zona da Mata mineira. Feias como resultado da falta de uma política urbana, do desrespeito ao meio ambiente, da pobreza da arquitetura e da pobreza material.
Manhuaçu (a mais feia de todas), Ponte Nova, Caratinga, Carangola, Viçosa, Ubá, Coimbra, Teixeiras, Carangola, Bicas vão crescendo sem controle e sem identidade nenhuma. Em qualquer uma destas cidades, a gente passa e quer passar o mais rápido possível, por presenciar tanta falta de cuidado, de respeito aos espaços públicos e de improviso e má qualidade em suas casas e prédios.
É muito comum encontrar nestas cidades edificações que avançam em cima dos leitos dos imundos e poluídos cursos d´água. Obras irregulares empurram e estrangulam os pobres rios. Vez ou outra os cursos d´água reclamam seus antigos leitos e fazem estragos. As construções avançam por cima das calçadas. Onde seriam marquises, surgem varandas ou prolongamentos de salas e quartos. As ruas ficam estranguladas, escuras, as casas sem ventilação. Cada vez mais cheias de automóveis, sem vagas para estacionar o caos se instala no trânsito. As caixas d´água azuis, as lajes com suas coberturas metálicas e antenas parabólicas dominam a paisagem.
Uma destas cidades é Ponte Nova. Ela, que um dia já teve maior importância regional, perde prestígio para outras cidades vizinhas. Sofreu demais com o último período de chuvas. Não conseguiu se recuperar e receber obras de conserto dos enormes estragos. Não está preparada para enfrentar um novo período chuvoso com os mesmos índices. O rio Piranga, que era para ser bonito, está assoreado e ainda tem pedaços de árvores, concreto e entulhos em seu leito.
Assim, a simpática, mas feia, muito feia Ponte Nova, enfrentará muitos problemas. O quadro pessimista está armado. Ficará cada vez com aquele jeito de terra arrasada. As autoridades pouco fizeram para dar um pouco de segurança e esperança de melhoras. Vamos torcer para que não aconteça nada de ruim aos seus habitantes, mas os céus estão muito nublados.
04 outubro 2009
Tangerine Dream - Cyclone
Assista e ouça o video do Tangerine Dream - Cyclone
É a banda que lançou mais de cem discos, desde a década de 1960 e continua lançando até hoje. Eles são o "'Oscar Niemeyer"- em longevidade e criatividade do Rock Progresivo Eletrônico
Para a turma de hoje , é só ouvir com atencão e calma, e conhecer uma das lindas sinfonias progressivas. Bom para estudar e trabalhr ouvindo.
Assistam:
http://www.youtube.com/watch?v=Kzqg7K87GJU
É a banda que lançou mais de cem discos, desde a década de 1960 e continua lançando até hoje. Eles são o "'Oscar Niemeyer"- em longevidade e criatividade do Rock Progresivo Eletrônico
Para a turma de hoje , é só ouvir com atencão e calma, e conhecer uma das lindas sinfonias progressivas. Bom para estudar e trabalhr ouvindo.
Assistam:
http://www.youtube.com/watch?v=Kzqg7K87GJU
03 outubro 2009
Parque Tecnológico de Viçosa
www.centev.ufv.br/.../boletim18_maquete01.jp
Dados inquestionáveis já publicados demonstram o quanto a Zona da Mata mineira está em más condições sócio-econômicas, em relação ao restante do país, e ao próprio estado. Números frios mostram que a cidade em melhores condições é Juiz de Fora, que está em 70o lugar em desenvolvimento humano, enquanto as outras cidades (Bicas, Viçosa, Ubá) estão abaixo do 350o lugar, entre as cidades brasileiras. São posições preocupantes e pouco dignas de algum orgulho.
Por outro lado, a Zona da Mata tem duas instituições federais de ensino superior e muitas outras faculdades particulares. Viçosa, pequena cidade privilegiada com uma universidade de ponta é pólo de uma mirorregião pobre. A produção científica produzida em seu campus vai, quase sempre, parar longe e pouco deixa para suas montanhosas vizinhanças. Agora a UFV tem em andamento um espetacular projeto do Parque Tecnológico, capaz de consolidar a vocação de geradora de tecnologia, de alavancar o desenvolvimento baseado a partir da sua excelente produção científica.
O Parque Tecnológico de Viçosa – PTV – terá como diferencial a indução do desenvolvimento regional, atraindo investimentos de base tecnológica. O PTV oferece condições físicas e institucionais que facilitem e promovam a transferência de experiências e conhecimentos gerados na UFV para o setor produtivo. Localizado em uma área de 214 hectares, vizinha a uma área de preservação e sediada em um prédio histórico tombado pelo município, o PTV receberá incubadoras de empresas, micro-empresas e empresas de pequeno porte, produtoras de alta tecnologia. Tem condições de gerar mais de 600 empregos altamente qualificados, espalhados em 81 lotes e 42 salas. Pode absorver parte dos profissionais formados, que normalmente vão atrás de outras oportunidades, já que aqui na Zona da Mata não aparecendo. O PTV se prepara também para se tornar um centro de integração social e de lazer, desmistificando assim o saber científico e aumentando a consciência da população a respeito da preservação do meio ambiente de do patrimônio cultural.
Esta oportunidade única está próxima de tornar-se realidade com a implantação de várias empresas que já reservaram seus espaços. O prédio foi requalificado em uma obra de ótima qualidade que oferecerá todas as condiçoes físicas para abrigar as empresas.Este precioso projeto pode se tornar um vetor de promoção do desenvolvimento local e regional tão importante quanto a própria UFV. O PTV é, certamente, o início de uma nova fase, muito mais favorável que a atual, possível de trazer um pouco do que Zona da Mata anda perdendo para as outras regiões de Minas.
01 outubro 2009
Livro recomendado
MONEO, Rafael
Inquietaçao Teorica e Estratégia Projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos
Cosac Naify
2009
Oito arquitetos protagonistas do cenário internacional contemporâneo são tema de textos de Rafael Moneo . Em 'Inquietação teórica e estratégia projetual', o autor faz uma reflexão crítica sobre a trajetória de cada um deles. Descreve seus processos e métodos de projetação e ilustra com os principais trabalhos desenvolvidos ao longo da carreira de cada um.
O autor Rafael Moneo tem uma carreira de arquiteto, professor e ensaísta de grande destaque e apresenta em linguagem clara, como resultado de palestras, os arquitetos James Stirling, Venturi & Scott Brown, Aldo Rossi, Peter Eisenman, Álvaro Siza, Frank O. Gehry, Rem Koolhaas e Herzog & De Meuron.
O livro pode ser adquirido nas principais livrarias do país.
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