24 agosto 2011

Eu quero a minha praça!

Foto  Aguinaldo Pacheco. Agosto 2011

Foto Ítalo Stephan, 2011

Quem é que está autorizando a construção das duas barracas em aço bem ali, na entrada da minha praça, no Carandiru?  Quem disse que podem sair colocando trambolhos por onde querem?
Mais uma agressão (impune?) ao espaço público.

22 agosto 2011

Menção Honrosa na Bienal Aroztegui

As alunas  do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFV, Carla Paim, Riane Riccelli e Paloma Rodrigues obtiveram Mençao Honrosa na Bienal Aroztegui - ENCAC-2011.

Desenho: Mirante

Ilustração para o livro "Rua Grande, um passeio no tempo". Nanquim sobre papel. São Luís. 1992. Ítalo Stephan.

19 agosto 2011

Desenho: Pango

Ilustração do livro "O verso e o reverso na obra de Machado de Assis", de Terezinha Musse. Nanquim sobre papel, 1994. Ítalo Stephan

17 agosto 2011

Desenho: gradil em São Luís

Ilustração para o livro "Rua Grande, um passeio no tempo". Nanquim sobre papel. São Luís, 1992. Ítalo Stephan.

15 agosto 2011

Desenho: Arquitetura eclética

Arquitetura eclética na Rua Grande, em São Luís, MA. Nanquim sobre papel. Ilustração do livro "Rua Grande, um passeio no tempo". Ítalo Stephan, 1992.

14 agosto 2011

A ERA DOS SEMÁFOROS: UM PROGRESSO?




É cedo ainda para avaliar o início da era dos semáforos em Viçosa, pois há muitos ajustes a serem feitos. Há muitas coisas para melhorar. Nos primeiros dias já tivemos sinais de impaciência, com motociclistas reclamando que os carros não deixavam passagem, buzinas tocadas com raiva, automóveis avançando os sinais, automóveis fechando as vias com sinal aberto, motos passando por cima dos canteiros, batidas entre automóveis, e pessoas atravessando a rua sem observar as mudanças. Havia muito descontentamento. Só sabemos que, por enquanto, teremos de sair mais cedo que antes e chegar mais tarde. É um sacrifício válido em nome do progresso? Adquiriremos o estresse do trânsito truncado, da espera infindável para o sinal verde abrir? Como em outras cidades, teremos vendedores de balas e malabaristas nos sinais? Essa mudança de rotina parece ser definitivo e terá que ser consideradano planejamento dos nossos horários. Aos poucos serão feitos ajustes, o trânsito deve ficar mais organizado. Aos poucos vamos tentar encurtar caminhos, mudar horários, procurar caminhos alternativos e até mesmo abandonar o uso do automóvel, andando um pouco, o que é bom para a saúde.  Entretanto, a cada dia, passam a circular mais automóveis e motocicletas nas mesmas vias de sempre.
O trânsito sem os semáforos  era algo relativamente bem negociado. Estava ficando complicado pois havia imprudência de todos. Mas acho que se perdeu a chance de fazer algo de novo, na base da melhoria da educação e do convívio entre pedestres e automóveis. Terá sido o fim de uma fase de cortesias e gentilezas? Viçosa era reconhecida pelo hábito de se parar nas faixas. Isso acabou. Sem dúvida, há locais em que o semáforo é realmente necessário. O trânsito com o semáforo implica regras rígidas. Pode até dar certo. Queremos que dê. As obras realizadas parecem ainda muito focadas para resolver os problemas dos automóveis, sem atenção aos pedestres e nenhuma aos ciclistas. Colocaram semáforos muito próximos uns aos outros, asfaltaram a linha férrea, estão gastando muito dinheiro com os cercados. A Secretaria de Trânsito terá agora o compromisso, como próximas etapas, de acrescentar nas soluções a melhoria do acesso aos pedestres e aos ciclistas, pois eles saíram perdendo com as atuais alterações. Foram tratados inexplicavelmente  como vilões da história. Isso está incorreto.
Devemos evitar generalizar atitudes como chamar todos os motoristas e pedestres de mal educados, de  crucificar sicrano ou beltrano, de dizer que há gente querendo ver o circo pegar fogo. Já que é para falar de clichês, estamos, todos, no mesmo barco. As décadas sem planejamento inadequado (tempo que ainda não terminou) trazem consequências de difícil, talvez impossível solução. Devemos procurar, todos contribuir para a melhoria da cidade.  Mas, para isso devemos cobrar nosso direito de ser ouvidos, de opinar, de discutir melhor as medidas que afetam indiscriminadamente a todos os habitantes de Viçosa.  Temos de cobrar, também medidas que melhorem a mobilidade e acessibilidade de todos. Há pouca participação da população. O automóvel nunca pode ser tratado como prioridade. Há os pedestres, os ciclistas e os usuários do transporte coletivo na frente.

12 agosto 2011

Desenho: Casarão

Casarão da Rua Grande, em São Luís. Ilustração do livro Rua Grande, um passeio no tempo. 1992.Nanquim sobre papel. Ítalo Stephan.

06 agosto 2011

PATRIMÔNIO E DINHEIRO NO LIXO

Artigo publicado no tribuna Livre de 04 de agosto de 2011.

O estado de Minas Gerais possui um instrumento financeiro chamado Lei Robin Hood, que premia os municípios que cuidam de seu patrimônio cultural com recursos advindos da redistribuição do ICMS. As cidades têm de cumprir algumas exigências básicas para terem direito aos recursos. Têm de ter uma política pública, um conselho atuante; um acervo de bens tombados e bem preservados; têm de organizar durante o ano eventos e cursos de educação patrimonial; precisar ter um fundo especifico para gerir os recursos. Têm de prestar contas anualmente para obterem uma determinada pontuação e com ela obterem ganhos financeiros.
Viçosa tem essas condições desde 1996. Mas cuida muito mal delas e tem tido grandes prejuízos por falta de uma atuação séria. Quero dizer que o município deixou de arrecadar, durante pelo menos dez anos, algumas centenas de milhares de reais. Perdeu muito dinheiro porque não fez o que tinha de fazer da forma correta. Há ainda inventários de bens não aceitos pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico – IEPHA, órgão que define a pontuação. Há bens cujo tombamento foi decidido (linha férrea, Hospital São Sebastião, Capela dos Passos etc.), mas tem os dados incompletos. O resultado dessa incompetência é que a pontuação de Viçosa é muito baixa pelo potencial que tem e essa situação a coloca em posições muito inferiores a municípios muito menos populosos e com menos acervo. As cidades vizinhas recebem muito mais dinheiro que Viçosa, porque dão a devida importância em prestar as contas e cuidar adequadamente do seu patrimônio cultural.  Por isso, Viçosa obteve em 2011 apenas 5,30 pontos. Só para citar algumas outras cidades vizinhas melhor pontuadas: Coimbra (9,50), Piranga (21,40), Cajuri (10,50), Ubá (10,50) e Ponte Nova (8,30). Viçosa tem condições de pontuar, no mínimo, igual a uma dessas cidades. Para cada ponto representa uma quantia aproximada de R$15.000,00 reais.
Os prefeitos não vêm dando a importância devida aos assuntos relativos ao patrimônio cultural. O setor e a Secretaria Municipal não possuem, nem nunca possuíram as condições adequadas para funcionar, tanto no que se refere aos recursos físicos (espaços e equipamentos adequados) quanto aos recursos humanos. As condições são desanimadoras. As reuniões do conselho – CMCPCA – têm como principais pontos de pauta os pedidos de demolição que o setor da construção civil engole vorazmente. Dos bens tombados, que geram (até quando?) parte da pontuação, temos uma Estação Hervê Cordovil, muito solicitada, mas mal conservada, com sérios problemas na cobertura; o Balaústre, que a atual administração quis mutilar; a estação do Silvestre, abandonada, desabando aos poucos; o Colégio de Viçosa, cheio de promessas de obras que nunca se realizaram, pleno de intervenções impróprias, de divisórias improvisadas, com instalações elétricas e hidráulicas em situação lastimável.
Como co-responsável pela criação da política cultural e do conselho e como conselheiro há muitos anos, me sinto indignado com essa situação. É lamentável como Viçosa administra seu acervo de bens tombados. É uma situação que se arrasta há muito tempo, e pior a cada  ano. Esse quadro tem de mudar.  Dinheiro e patrimônio não se jogam no lixo.

05 agosto 2011

VIII Congresso Ibérico de Urbanismo

O VIII Congresso Ibérico de Urbanismo é uma iniciativa conjunta entre a Associação do Urbanistas Portugueses e a Associación Española de Tecnicos Urbanistas. Irá realizar-se nos dias 27, 28 e 29 de Outubro de 2011, nas instalações da Universidade da Beira Interior, na cidade da Covilhã.
É destinado a todos os que, directa ou indirectamente, decisores, dirigentes e técnicos em urbanismo, estão interessados na reflexão e busca de novos fundamentos para o ordenamento do território e desenvolvimento urbano.
O VIII Congresso Ibérico de Urbanismo será subordinado ao título “A MUDANÇA DO CICLO. UM NOVO URBANISMO”, promovendo o debate sobre as temáticas mais actuais do planeamento do território, face aos actuais problemas e desafios disciplinares e socioeconómicos que emergem do contexto de uma sociedade em contínua e acelerada transformação e que evidencia agora um inadiável final de ciclo e uma incontornável necessidade de mudar para melhorar, acima de tudo, a eficiência concretizadora e a sustentabilidade das práticas de ordenamento e gestão do território.
A organização do congresso vem convidar à participação e à colaboração dos que queiram partilhar as suas ideias ou experiências, contribuindo com uma ou mais comunicações subordinadas aos temas referidos em programa, as quais serão publicadas nas actas do congresso. Algumas delas serão escolhidas pela Comissão Científica para apresentação ao plenário.
As instruções para inscrição no congresso e apresentação de comunicações bem como o programa provisório das actividades, constam do flyer que segue em anexo. Poderá ainda ser consultado o site da AUP em www.aup.org.pt ou contactar os serviços da AUP pelo 218418028 a partir de 16 de Agosto.

Fábrica da Cânhamo


Fotos das décadas de 1920 e de 1990. 

Projeto de revitalização da Fábrica da Cânhamo (1989), em São Luís, que virou centro de artesanato e local para apresentações de Bumba-meu-boi. Projeto da Habitat (Ítalo Stephan, Ana Elisa Cantanhede Pereira e Maria da Glória Lacerda).

04 agosto 2011

A Era dos Semáforos: um falso progresso?

E o trânsito com os semáforos? É cedo ainda, pois há muitos ajustes a serem feitos. Tem de melhorar, e muito!
Nos primeiros dias já vemos sinais de impaciência, motociclistas reclamando que os carros não deixam passagem, buzinas tocadas com raiva, automóveis avançando os sinais, automóveis fechando as vias com sinal aberto, motos passando por cima dos canteiros, batidas entre automóveis. Há muito descontentamento.
Paciência antes de chegar a uma opinião definitiva. Só sei que, por enquanto,  teremos de sair mais cedo que antes. Aos poucos vamos tentar encurtar caminhos, mudar horários, procurar caminhos alternativos.  
O trânsito sem os semáforos  era algo relativamente bem negociado. O trânsito com o semáforo implica em regras rígidas. Pode até dar certo. Mas é improvável que melhore. Talvez tenhamos saudade do passado.
As obras e semáforos implantados parecem ainda muito focadas para resolver os problemas dos automóveis, sem atenção aos pedestres e nenhuma  aos ciclistas.
É este o progresso tão desejado?