sábado, 29 de outubro de 2011

Bom sinal

     Importante a decisão do Ministério Público de pedir a condenação das inúmeras irregularidades da voraz construção civil  que invade há anos as áreas de preservação permanentes (APPs). O MP também apontou  o município de Viçosa como réu. Aparece, com força, na figura do MP, um parceiro dos que defendem regras mínimas e sustentáveis, confirmando que há uma série de danos inquestionáveis ao meio ambiente. Pode ser o início de um controle sobre essas práticas insustentáveis.  Pode ser... mas vamos ficar com um pé atrás.
     Essa "festa" começou há pelo menos uns vinte anos, com o edifício garagem da Rua Milton Bandeira, que deu um chega prá lá no ribeirão São Bartolomeu e o "Shopping Chequer". Depois vieram,  dentre outros,  mais ou menos nesta ordem, o Shopping da Moda, em cima do Córrego de Fátima; o Carandiru que entubou o S. Bartolomeu; o centro comercial em frente ao edifício garagem; o edifício comercial do outro lado do ribeirão (onde funciona o IPLAM); o condomínio Ecolife, na Rua Nova; o edifício de uso misto na esquina da Rua dos Passos com o início da Milton Bandeira; o prédio em cima do campinho do Atlético; o apart hotel na rua dos Estudantes. Ainda hoje há alvarás de construção sendo fornecidos  para prédios a serem construídos em cima de nascentes, em plena praça do Rosário.
     Importante lembrar que também existem construtores que fizeram obras de boa arquitetura e com adequado respeito ao ambiente. Podemos citar o conjunto "Alameda", no morro em frente ao hospital São Sebastião e o edifício Santa Catarina, na avenida P. H. Rolfs com fundos para o S. Bartolomeu.
    Ao mesmo tempo parece que perceberam a bobagem que já iam fazendo com aquelas barraquinhas metálicas ao lado da entrada da praça (!?) do Carandiru. O anúncio do embargo deve ser concretizado e providenciada a a retirada daquelas excrescências. Vamos ficar torcendo, com o outro pé atrás.
     Há, ainda, muito trabalho para o Ministério Público, que deve ainda cobrar porque o município continua sem o Plano Diretor revisado, e questionar as alterações da lei do Uso do Solo, feitas apenas para atender aos interesses de algumas construtoras.

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