Temas de discussão: Arquitetura e Urbanismo. Planejamento Urbano. Patrimônio Histórico. Futuro das cidades. Pequenas e médias cidades. Architecture and Urban Planning. Heritage. The future of the cities.
30 abril 2013
V Conferência da Cidade de Viçosa
"Implicações do crescimento urbano desordenado"
será o tema da V Conferência da Cidade de Viçosa, a ser realizada no dia 10 de maio de 2013, à 17 horas, na Casa do Empresário.
Isso mesmo, Casa do Empresário!
Rua Doutor Milton Bandeira, 215, Centro
Compareçam!
28 abril 2013
II Fórum de Desenvolvimento de Viçosa e Região
A Adevi - Agência de Desenvolvimento de Viçosa realizou com êxito o II Fórum de Desenvolvimento de Viçosa e Região, nos dias 26 e 27 de abril, no Parque Tecnológico de Viçosa.
Mais uma vez foram discutidas várias propostas para o desenvolvimento de Viçosa, incluindo o planejamento regional.
Há a intenção de que as propostas aprovadas possam susbsidiar o Plano Plurianual do município, a ser aprovado em breve. Vamos ficar atentos para ver se isto realmente vai acontecer.
Valeu a participação de representantes da sociedade organizada, embora estivessem poucos representantes da administração municipal e da Câmara Municipal. Não vi nenhum colega Arquiteto e Urbanista, nem algum dos construtores de Viçosa.
Dentre as sugestões por mim apresentadas como prioritárias: a elaboração do projeto da Área de Proteção Ambiental do Ribeirão São Bartolomeu; a elaboração do Plano de Mobilidade e a contrução de equipamentos públicos para os moradores dos conjuntos do programa Minha Casa Minha Vida.
https://www.facebook.com/ADEVI.VICOSA?fref=ts
26 abril 2013
OS SETE PECADOS NO BAILE DE FORMATURA
A ocasião da formatura de uma universidade é um marco importante. Sela uma fase e força o início auspicioso de outras. É um período de celebração justa por muitos motivos: sacrifícios por parte dos pais e dos filhos (separação, saudades, preocupação com o dinheiro, insegurança e dificuldades de adaptação) superação (amadurecimento, muitos estudos, adaptação), e alargamento das oportunidades de realização profissional. Festejar isso é mais que justo e muito esperado pelos estudantes, amigos e familiares. No entanto, há, nessa época uma exacerbação das coisas. Por um lado, há a colação de grau, o desejo de compartilhar a felicidade. Há um juramento ético que parece ser deixado de lado imediatamente após as cerimônias formais. Em um país tão católico e ainda marcado pelo contraste social, onde tão pouca gente alcança um título de nível superior, tem havido exageros. A atual forma é excludente. Dá até para dizer que os sete pecados capitais estão presentes e consolidados no processo da formatura, desde seu início e com seu ápice no grande baile.
A preguiça, que é negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes, ocorre quando, mesmo com obrigações como os trabalhos finais do curso, há o compromisso de arrecadar muito dinheiro em rifas, de promover as festas. Há uma preguiça em criar uma outra forma de celebração de momento tão importante que seja mais modesta e includente.
Há a luxúria, que é o apego e valorização extrema aos prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes; lascívia.
Está presente a gula, que é comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano. Há, nos bailes, um excesso de comidas e um enorme desperdício que duvido que ocorra em outros locais de um país e de um planeta altamente socialmente injustiçado.
Segue a avareza que é o apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas. Há uma competição fútil na comparação de quem faz o vestido mais bonito e mais caro. Os homenageados não têm direito a levar seus acompanhantes no baile, nem mesas para se sentar. Que economia é esta em cima dos homenageados? Quanta gente fatura muita grana "organizando" esses eventos?
O quinto pecado é a ira que é a raiva contra alguém, vontade de vingança. Comparam-se penteados, maquiagens, joias, acessórios e marcas de uísque.
O sexto é a soberba, que é a manifestação de orgulho e arrogância. Comparam-se os sucessos dos que conseguiram um emprego dos sonhos ou uma vaga nos melhores mestrados, ou quem ganhou um carro ou uma viagem ao exterior.
Por último, vem a vaidade, que é a preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros. Todos querem participar da “melhor formatura de todos os tempos”, marcados pela maior quantidade de gente, pela melhor banda, por arranjos florais mais sofisticados, pelas melhores fotografias, pela melhor marca de cerveja, pela maior diversidade do cardápio, com a maior quantidade de camarão, sorvetes, coquetéis ou de energéticos.
Há, já desde o início, exclusão e discriminação sociais.Quantos estudantes ficam de fora de um baile pelo custo absurdo que muitos pais não podem arcar?A conclusão de um curso universitário é, paradoxalmente, muito mais que isso. A importância da colocação no mercado de trabalho de pessoas qualificadas (com recursos públicos), mas com a ética como norteador essencial, é verdadeiramente, o que importa.
Aproveitando a oportunidade, gostaria de salientar que está na hora de passar a fazer uma celebração para cada centro de ciências. Isso seria bom para a cidade e permitiria fazer festas menos lotadas, mais democráticas e menos escandalosamente imponentes.
Imperdível!
Imperdível:
Provocações
Programa Provocações apresentado por Antônio Abujamra na TV Cultura
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=186334248185403&id=100004264868187&comment_id=550618¬if_t=comment_mention
Provocações
Programa Provocações apresentado por Antônio Abujamra na TV Cultura
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=186334248185403&id=100004264868187&comment_id=550618¬if_t=comment_mention
25 abril 2013
PLANO DIRETOR
Texto publicado no jornal Folha da Mata, dia 24/04/2013
PLANO DIRETOR
Crônica do Dionísio
Assim como Fernando Sant´Ana e Raimundo Violeira, parece que Celito Sari não gosta do Plano Diretor de Viçosa - PDV. E no “berço da cultura e do civismo” - cunhado por Gilberto Pinheiro ou Fernando Quiabo - ou especificamente na Prefeitura, onde Toninho Chequer pintou e bordou, vai ficando tudo por isso mesmo...
Exigência da Constituição de 1988, professores da UFV e técnicos da Prefeitura se empenharam no apagar das luzes do século e do milênio para dotar a cidade de um PDV à altura de sua importância e de suas necessidades.
Foram em torno de 50 reuniões gerais e temáticas, envolvendo contato com cerca de 1.200 representantes dos segmentos da comunidade, com destaque para quatro blocos: a) Promoção Humana, com as políticas relativas à Saúde, Educação, Ação Social, Habitação, Esportes e Lazer; b) Política Urbana e Meio Ambiente, com as políticas de Circulação, Transporte, Saneamento e Meio Ambiente; c) Desenvolvimento Municipal, com as políticas de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Desenvolvimento Rural. d) Planejamento e Gestão, com as políticas de Gestão Pública, Participação Popular.
Junto com o Plano, foi elaborada a lei de uso do solo e feita a revisão das leis de parcelamento do solo e o código de obras. Mas... - há sempre um mas... - poucos dias antes de entrar em vigor a lei de Ocupação, Uso e Zoneamento do Solo Urbano, Fernando Sant´Ana aprovou mais de duzentos projetos de edificações - óbvio: pela lei antiga -, o que tornou essa lei, fruto de tanto trabalho, letra morta por alguns anos...
Com a aceleração do progresso da cidade, a natural evolução dos tempos e o advento do Estatuto das Cidades - que é uma lei federal -, tornou-se necessária a revisão do PDV, o que foi feito também por professores da UFV e técnicos da Prefeitura - repetiram-se reuniões gerais e temáticas -, com Raimundo da Violeira preferindo retirar o projeto da Câmara e - Paniago já morto - fingir que “estamos conversados”, o que perdura até hoje...
Aliás Celito Sari, sem tempo para administrar uma cidade que acredito hoje mais complexa que Juiz de Fora, preferiu continuar desconhecendo o PDV - como pode?! - e realizar, na manhã do segundo sábado deste abril de 2013, um Seminário restrito à administração, constante de palestras por técnicos especializados, com um olho no marketing e o outro num dito planejamento estratégico para 17 anos... Então até 2030!
É isso que li na última Folha da Mata.
Sem pestanejar, Flavinho Andrade lembraria que em 2030 será o centenário da Revolução de 30.
Por mais que fizesse simulações, Zé Tião não chegaria à conclusão por que 17. Mas garantiria que 17 é macaco.
Eu acho que planejamento estratégico ocorreu nas Quatro Pilastras em 1979, com um grupo de estudantes tentando a passagem, cercados pela PM - um pelotão de Viçosa e um Batalhão de Barbacena -, enquanto a massa da estudantada - uns 2.000 - trilharam pela hoje Rua dos Estudantes e levaram a “Nico Lopes” à Praça Silviano Brandão.
Planejamento estratégico é apenas um despiste...
AmoViçosa: terceira reunião
Na terceira reunião do AmoViçosa, desta vez realizada no Viçosa Clube, reuniram-se 34 pessoas na noite de 24 de abril.
O grupo de simpatizantes e futuros membros está crescendo.
Há muitas questões importantes a serem tratadas, tais como o acompanhamento da aplicação e destino dos recursos públicos e o desenvolvimento socialmente justo.
Temos muito a fazer para melhorar nossa Viçosa.
O grupo de simpatizantes e futuros membros está crescendo.
Há muitas questões importantes a serem tratadas, tais como o acompanhamento da aplicação e destino dos recursos públicos e o desenvolvimento socialmente justo.
Temos muito a fazer para melhorar nossa Viçosa.
21 abril 2013
Cidade educadora
É assim que está Viçosa, cidade educadora. Lixo por todo lado, buracos, abandono, negligência ...
Eu tenho vergonha!
20 abril 2013
Dúvida
19 abril 2013
Os Amigos do Trem na UFV
A Pró-Reitora de Administração Sra. Leiza Granzinolli recebeu o representante da OSCIP Amigos do Trem, sr. Paulo Henrique, para renovar um convênio de cooperação.
Presentes o Arquiteto e Urbanista Aguinaldo Pacheco, os senhores Sérgio Vitarelli do Circuito Turístico Serras de Minas e Jershon Ayres de Morais.
Em vista a instalação de um circuito turístico usando a linha férrea!
A Associação AmoViçosa apoia!
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU/MG apoia!
Presentes o Arquiteto e Urbanista Aguinaldo Pacheco, os senhores Sérgio Vitarelli do Circuito Turístico Serras de Minas e Jershon Ayres de Morais.
Em vista a instalação de um circuito turístico usando a linha férrea!
A Associação AmoViçosa apoia!
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU/MG apoia!
Planejamento Estratégico de Viçosa - uma piada de mau gosto.
Planejamento Estratégico de Viçosa - uma piada de mau gosto.
Este planejamento é uma fórmula ultrapassada, não deu certo em lugar nenhum no Brasil, só tem nome bonito. Não passa de marketing politiqueiro fazer uma reunião em um local afastado, formada por um grupo de elite e de amigos e sem a presença de técnicos graduados e especializados em planejamento urbano e em meio ambiente, sem a presença de representantes de segmentos sociais.
Trata-se de um planejamento de idéias fora do lugar e fora de época.
Trata-se de uma máscara para esconder o que não interessa aos governantes: a necessidade do Plano Diretor revisado, da elaboração do Plano de Mobilidade, da conclusão do Plano de Saneamento, da implantação do Plano de habitação, do funcionamento adequado do IPLAM e do CONPLAM.
A responsabilidade não é só do Estado. A população precisa acordar do marasmo e cobrar as coisas que tanto reclama e apenas engole.
Alerto que incluo nesta população os professores da UFV.
O planejamento estratégico que se desenha é apena suma estratégia do conservadorismo empresarialista. Planejar os próximos 17 anos dessa forma não apenas vai dar em nada, somente umas noticiazinhas nos jornais. Mal feito como vislumbra, só agravará nossos problemas.
Viçosa precisa de governo e governança, de gente capacitada nos lugares certos. Não é brincadeira!
Foto:http://sos-sequestro.blogspot.com.br/2009/03/lixo-i-m-p-u-n-i-d-d-e-lixo-i-m-p-u-n-i.html
18 abril 2013
Planejamento estratégico? Crescimento Urbano?
A PMV resolveu fazer planejamento de uma forma falsamente democrática, com o Planejamento Estratégico e ainda fala em crescimento da cidade, um termo equivocado, pois o correto é trabalhar pelo desenvolvimento do município!
Para completar, ficam as nobres palavras do caro colega Arquiteto e Urbanista Aguinaldo Pacheco:
A PMV anda falando em Plano Estratégico para o Crescimento da cidade.
Planejamento Estratégico é instrumento tecnocrático de origem militar, fechado a pequenos grupos de interesses, normalmente empresários da construção civil, e que por ser "fechado" não vai atrás da Participação Popular exigida pelo Estatuto da Cidade.
O Plano de Desenvolvimento do município é o Plano Diretor Participativo que está pronto desde 2008 e que não foi sequer discutido na Câmara e devolvido ao Executivo, que agora vem com esta farsa antidemocrática de Plano Estratégico. Queremos é Plano Diretor Participativo conforme exigência legal.
A Missão de uma cidade não é crescer, mas dar Qualidade de Vida aos seus cidadãos. E quem sabe o que é bom para a cidade é o cidadão que paga impostos e elege os executivos da prefeitura. Logo, ele é que tem que ser ouvido, lá no bairro dele.
Isto foi feito no Plano Setorial de Saneamento. Todos os bairros foram visitados e realizadas duas assembléia de delegados, onde compareceram quase a totalidade dos 206 delegados eleitos pelos bairros. Isto sim é que é Diagnóstico Participativo. Todos os relatórios estão de posse do SAAE. É só consultar.
E fui eleito um dos delegados e presenciei um processo amplamente participativo!.
Chegando aos 100
Desenho de Aguinaldo Pacheco.
Veja também
Amigosdo Trem https://www.facebook.com/photo.php?fbid=600716006606542&set=a.487104607967683.117278.241751085836371&type=1&theater
AMOVIÇOSA
Na segunda reunião da Amoviçosa - Associação dos Moradores e Amigos de Viçosa pelo desenvolvimento do município e no combate à corrupção - o número de indignados presentes mais que triplicou em relação à primeira reunião. O número crescente de interessados mostra que o problemas são graves e o movimento será forte e sério.
Bom para Viçosa!
Bom para Viçosa!
16 abril 2013
UNESCO/UIA CARTA PARA EDUCAÇÃO DOS ARQUITETOS
UNESCO/UIA CARTA PARA EDUCAÇÃO DOS ARQUITETOS
versão 2011.
Introdução
Nós, arquitetos, envolvidos com a evolução da qualidade do ambiente construído em um mundo em rápida mudança, acreditamos que tudo que tenha um impacto sobre a maneira em que o ambiente construído é planejado, projetado, fabricado, usado, equipado, configurado e mantido, pertence ao domínio da arquitetura. Nós nos sentimos responsáveis pela melhoria da formação teórica e prática dos futuros arquitetos de forma a lhes permitir responder às expectativas das sociedades do século XXI, em todo o mundo, sobre assentamentos humanos sustentáveis em cada contexto cultural.
Estamos conscientes do fato de que, apesar do número impressionante de contribuições excepcionais, por vezes, espetaculares da nossa profissão, o percentual do ambiente construído atualmente, que foi projetado e construído por arquitetos e urbanistas, é surpreendentemente baixo. Há ainda oportunidades para desenvolver novas tarefas para a profissão, na medida em que os arquitetos se conscientizarem de necessidades identificadas de crescimento e oportunidades oferecidas em áreas que não têm sido, até agora, uma preocupação importante para a nossa profissão. Portanto, é necessária uma maior diversidade no exercício da profissão e, como consequência, na formação teórica e prática dos arquitetos. O objetivo fundamental da educação é formar o arquiteto como um “generalista”.
Isso se aplica particularmente para aqueles que trabalham no contexto dos países em desenvolvimento, onde os arquitetos podem aceitar o papel de “facilitador” ao invés de “provedor” e onde a profissão pode ainda enfrentar novos desafios. Não há dúvida de que a capacidade dos arquitetos para resolver problemas pode contribuir muito para tarefas relacionadas ao desenvolvimento comunitário([2]) programas autofinanciados, equipamentos educacionais, etc. e, assim, garantir uma contribuição significativa para a melhoria da qualidade de vida daqueles que não exercem seus plenos direitos de cidadãos e que não estão entre os clientes tradicionais dos arquitetos.
0. OBJETIVOS
Os objetivos desta carta são, em primeiro lugar, que ela seja usada para a criação de uma rede global de educação de arquitetos, no seio da qual, cada progresso individual possa ser compartilhado por todos e que ela aumente a compreensão de que a formação dos arquitetos é um dos desafios ambientais e profissionais mais significativos do mundo contemporâneo.
Nós, portanto, declaramos:
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Que os educadores devem preparar os arquitetos para desenvolver novas soluções para o presente e para o futuro, porque o novo tempo vai trazer com ele importantes e complexos desafios devido à degradação social e funcional em muitos assentamentos humanos. Estes desafios incluem urbanização global e um consequente esgotamento em ambientes já existentes, uma grave escassez de habitação, serviços urbanos e infraestrutura social, e a crescente exclusão de arquitetos em projetos relacionados com o ambiente construído.
2. Que a arquitetura, a qualidade das construções e sua integração harmoniosa no seu ambiente circundante, o respeito pelas paisagens naturais e urbanas, bem como o patrimônio cultural coletivo e individual são questões de interesse público.
3. Que é de interesse público, assegurar que os arquitetos sejam capazes de compreender as características regionais e traduzir as necessidades, expectativas e melhoramentos para a qualidade de vida dos indivíduos, grupos sociais, comunidades e assentamentos humanos.
4. Que os métodos de formação e aprendizagem([3]) para os arquitetos sejam diversificados, de forma a desenvolver uma riqueza cultural e permitir a flexibilidade no desenvolvimento dos programas de ensino para atender às mudanças nas demandas e nos requisitos do cliente (incluindo métodos de entrega de projeto([4])). dos usuários, da profissão de arquiteto e da indústria da construção, mantendo-se atenção sobre as motivações políticas e financeiras por trás de tais mudanças.
5. Que, condicionado ao reconhecimento da importância dos costumes e práticas, culturais e regionais e à necessidade de integrar essas variantes nos currículos, há um terreno comum entre os diferentes métodos de ensino usados e que, ao se estabelecer critérios([5]), se tornará possível a países, a escolas de arquitetura e organizações profissionais avaliarem e melhorarem a formação dos futuros arquitetos.
6. Que a crescente mobilidade dos arquitetos entre os diferentes países requer um mútuo reconhecimento ou validação de diplomas, certificados e outras evidências de qualificação formal.
7. Que o reconhecimento mútuo de diplomas, certificados ou outros títulos de qualificação formal para exercício profissional no campo da arquitetura devem ser baseados em critérios objetivos, assegurando que os titulares de tais qualificações receberam e continuam a manter formação([6]) com as características enunciadas nesta carta.
8. Que a visão do mundo futuro, transmitida nas escolas de arquitetura, deve incluir as seguintes metas:
- Uma qualidade de vida decente para todos os habitantes dos assentamentos humanos([7]).
- Uma aplicação tecnológica que respeite as necessidades sociais, culturais e estéticas dos homens com um conhecimento do uso adequado dos materiais na arquitetura, bem como seus custos iniciais e de manutenção.
- Um desenvolvimento ecologicamente equilibrado e sustentável do ambiente construído e natural, incluindo - aproveitamento racional dos recursos disponíveis.
- Uma arquitetura que é valorizada como sendo de propriedade e de responsabilidade de todos.
1. Que questões relativas à arquitetura e ao ambiente sejam introduzidas na formação geral ministrada no ensino fundamental e médio, porque a consciência antecipada do ambiente construído desde a mais tenra idade é importante para os futuros arquitetos, proprietários e usuários das construções.
2. Que devem ser criados sistemas de educação continuada para os arquitetos, porque a educação em arquitetura nunca deve ser considerada como um processo concluído, mas como um processo que deve continuar ao longo da vida.
3. Que a formação sobre o patrimônio arquitetônico é essencial para:
o Compreensão do desenvolvimento sustentável([8]), contexto social e sentido espacial na concepção de um edifício, e
o Transformar a mentalidade arquitetônica dos profissionais de forma que o método de criação seja uma parte de um processo cultural contínuo e harmonioso (cf. anexo X, do Relatório da UIA em formação para o património arquitetônico da UIA Comissão, educação, reflexão grupo n ° 7 sobre a formação em património, Turim 2008).
1. Que a diversidade cultural, que é tão necessária para a humanidade como a biodiversidade é para a natureza, é a herança comum de toda a humanidade e deve ser reconhecida e entendida, para o benefício das gerações presentes e futuras. (Consulte a “UNESCO Declaration on Cultural Diversity” ([9])de Novembro de 2001).
2. Que a formação em arquitetura desenvolve a capacidade nos alunos para conceber, projetar, entender e realizar o ato de construção, no contexto da prática da arquitetura que equilibra as tensões entre a emoção, a razão e a intuição dando forma física às necessidades da sociedade e do indivíduo.
3. Que a arquitetura é uma disciplina que usa conhecimentos de ciências humanas, ciências sociais e naturais, tecnologia, ciências ambientais, artes e humanidades.
4. Que a educação que conduz à qualificação formal e que permite a prática profissional no campo da arquitetura tem que ser garantida como do ensino superior, de nível universitário, com a arquitetura como assunto principal das matérias, e ser oferecida por universidades, escolas politécnicas e cursos superiores. Essa formação deve manter equilíbrio entre teoria e prática.
5. Que a formação em arquitetura inclui os seguintes objetivos fundamentais:
II. OBJETIVOS DA FORMAÇÃO
3.1. Competência para criar projetos de arquitetura que satisfaçam tanto às exigências estéticas quanto aos requisitos técnicos;
3.2. Conhecimento adequado da história e das teorias da arquitetura assim como das artes, tecnologias e ciências humanas correlatas;
3.3. Conhecimento das artes plásticas como um fator que pode influenciar a qualidade do projeto de arquitetura;
3.4. Conhecimento adequado no que diz respeito ao urbanismo, planejamento urbano e as competências([10]) necessárias ao processo de planejamento;
3.5. Compreensão([11]) das relações que existem entre as pessoas e espaços arquitetônicos e, entre estes e o seu ambiente (entorno) e, igualmente, a necessidade de harmonizar as criações arquitetônicas e os espaços que os cercam em função da escala e das necessidades humanas;
3.6. Compreensão da profissão de arquiteto e de seu papel na sociedade, em especial no desenvolvimento de diretrizes que levam em conta fatores sociais;
3.7. Compreensão dos métodos de investigação e preparação de diretrizes para a concepção de um projeto;
3.8. Conhecimento([12]) de projeto estrutural, de construção e problemas de engenharia relacionados com o projeto de edifícios;
3.9. Conhecimento adequado dos problemas dos materiais, tecnologias e função dos edifícios, de modo a proporcionar-lhes condições internas de conforto e proteção climática;
3.10. Habilidade de projetar para atender aos requisitos dos usuários das edificações dentro dos limites decorrentes de orçamentos e exigências de normas de construção;
3.11. Conhecimento adequado das indústrias, organizações, regulamentações e procedimentos envolvidos na transposição da concepção para a construção de edifícios bem como a integração dos planos na concepção geral.
3.12. Consciência das responsabilidades face aos valores humanos, sociais, culturais, urbanos, arquitetônicos e ambientais, bem como ao patrimônio arquitetônico;
3.13. Conhecimento adequado dos meios para alcançar um projeto ecologicamente responsável, e a conservação e a recuperação do meio ambiente;
3.14. Desenvolvimento de competência criativa em técnicas construtivas, baseada em um conhecimento abrangente([13])das disciplinas e métodos construtivos relacionados à arquitetura;
3.15. Conhecimento adequado de financiamento, gestão de projetos, controle de custos e métodos de contratação do projeto (project delivery)([14]);
3.16. Formação([15]) em técnicas de pesquisa como parte integrante da educação em arquitetura, tanto para estudantes quanto professores.
1. Que a formação do arquiteto envolve a aquisição das seguintes capacitações:
4.1. CONCEPÇÃO([16])
o Capacidade de ser criativo, inovar e assegurar a liderança da concepção.
o Capacidade de reunir informações, identificar problemas, aplicar análise e julgamento crítico, bem como formular estratégias de ação.
o Capacidade de pensar tridimensionalmente na busca de uma concepção.
o Capacidade de conciliar fatores divergentes, integrar conhecimentos e usar essas competências na criação de uma solução de projeto.
4.2. CONHECIMENTO
4.2.1. Estudos artísticos e culturais
o Capacidade de agir com pleno conhecimento dos precedentes históricos e culturais da arquitetura local e mundial.
o Capacidade de agir com o conhecimento das artes plásticas, como uma influência na qualidade do projeto arquitetônico.
o Compreensão das questões patrimoniais no ambiente construído.
o Consciência das relações entre arquitetura e outras disciplinas relacionadas com a criatividade.
4.2.2. Estudos sociais
o Capacidade de agir com conhecimento da sociedade e trabalhar com os clientes e usuários que representam as necessidades da sociedade.
o Capacidade de desenvolver diretrizes de projeto através de definição das necessidades sociais, de usuários e clientes; pesquisar e definir requisitos contextuais e funcionais para diversos tipos de ambientes construídos.
o Compreensão do contexto social em que os ambientes construídos são criados, das exigências ergonômicas e espaciais e das questões de equidade e de acessibilidade.
o Conhecimento dos códigos, regulamentos e normas relevantes para o planejamento, projeto, construção, salubridade, segurança e uso do ambiente construído.
o Conhecimento em filosofia, política e ética relacionadas à arquitetura.
4.2.3. Estudos Ambientais
o Capacidade de agir com conhecimento dos sistemas naturais e dos ambientes construídos.
o Compreensão de questões de conservação e manejo de resíduos.
o Compreensão do ciclo de vida dos materiais, questões de sustentabilidade ecológica, impacto ambiental, projeto com vista ao uso reduzido de energia, bem como sistemas passivos e sua gestão.
o Conhecimento da história e da prática do paisagismo, urbanismo, bem como planejamento em níveis regionais e nacionais e sua relação com a demografia e recursos locais e mundiais.
o Consciência da gestão de sistemas naturais, tendo em conta os riscos de desastres naturais.
4.2.4. Estudos Técnicos
o Conhecimento técnico de estrutura, materiais e construção.
o Capacidade de agir com competência técnica inovadora no uso de técnicas construtivas e a compreensão de sua evolução.
o Compreensão dos processos de concepção técnica e a integração de estrutura, tecnologias construtivas e sistemas de instalações prediais em um todo funcionalmente eficaz.
o Compreensão dos sistemas de instalações prediais, bem como dos sistemas de transporte, comunicação, manutenção e segurança.
o Consciência do papel da documentação técnica e das especificações na realização do projeto, e nos processos de planejamento, custo e controle da construção.
4.2.5. Estudos de projeto
o Conhecimento da teoria e dos métodos de projeto.
o Compreensão dos procedimentos e processos de projeto.
o Conhecimento de precedentes de projeto e crítica de arquitetura.
4.2.6. Estudos Profissionais
o Capacidade de compreender as diferentes formas de contratação de serviços de arquitetura.
o A compreensão dos mecanismos fundamentais da indústria de construção e de desenvolvimento([17]), tal como finanças, investimentos imobiliários e gerenciamento de recursos([18]).
o Compreensão dos potenciais papéis dos arquitetos em áreas de atividades convencionais e novas e em um contexto internacional.
o Compreensão de princípios de negócios e sua aplicação para o desenvolvimento de ambientes construídos, do gerenciamento de projetos e do funcionamento de uma consultoria profissional.
o Conhecimento([19]) de ética profissional e dos códigos de conduta aplicados prática da arquitetura e das responsabilidades legais do arquiteto no que concerne registro, exercício profissional e contratos de construção.
4.3. Habilidade
o Capacidade de trabalhar em colaboração com outros arquitetos e membros de equipes interdisciplinares.
o Capacidade de agir e de comunicar ideias através da colaboração, falando, calculando, escrevendo, desenhando, modelando e avaliando.
o Capacidade de utilizar habilidades manuais, eletrônicas, gráficas e de modelagem para explorar, desenvolver, definir e comunicar uma proposta de projeto.
o Compreensão dos sistemas de avaliação, que utilizam meios manuais e / ou eletrônicos para as avaliações de desempenho dos ambientes construídos.
1. Que os indicadores quantitativos necessários são os seguintes:
5.1. A aquisição equilibrada dos conhecimentos e capacitações citados nas Seções II.3 e II.4 requer um período não inferior a cinco anos de estudos em tempo integral em um programa de estudos acreditado em universidade ou instituição equivalente.
5.2. Além dos cinco anos de estudo, aos graduados em arquitetura será exigido concluir ao menos dois anos (ainda que o recomendável seja três) de experiência prática/treinamento/estágio, antes do registro/licença/certificação para a prática como um profissional arquiteto. Com alguma flexibilidade para fins de equivalência, é aceitável que desse total, um ano de prática possa ser obtido antes da conclusão dos estudos acadêmicos.
III. Condições e requisitos de uma escola credenciada
A fim de atingir os Objetivos acima mencionados, as seguintes condições e requisitos devem ser levados em conta:
1. As escolas de arquitetura devem ser equipadas adequadamente com estúdios, laboratórios, instalações para pesquisa, estudos avançados, bibliotecas e instalações para intercâmbio de informação sobre novas tecnologias.
2. Que a fim de promover um entendimento comum e elevar o nível de formação do arquiteto, a criação de uma rede global, para a intercâmbio de informações, professores e alunos seniores é tão necessária quanto a rede regional para promover uma compreensão de diversos climas, materiais, práticas culturais e locais. O uso de examinadores externos é um método reconhecido para atingir e manter padrões equivalentes aos níveis nacionais e globais.
3. Que cada instituição de ensino deve ajustar o número de alunos de acordo com a sua capacidade de ensinar e a seleção dos candidatos deve estar em conformidade com as competências necessárias para uma formação bem sucedida em arquitetura, e isso será obtido através de processo de seleção adequado implementado na entrada de cada programa acadêmico.
4. Que a relação professore/aluno deve refletir a metodologia de ensino de projeto em estúdio requerida para obter as competências acima, assim como o ensino no estúdio deve ser uma parte importante do processo de aprendizagem.
5. Que o trabalho individual de projeto com o diálogo direto professor/aluno deve formar a base do período de aprendizagem; a interação contínua entre a prática e o ensino de arquitetura deve ser incentivada e protegida e o trabalho de concepção do projeto deve ser uma síntese dos conhecimentos adquiridos e das respectivas habilidades.
6. Que o desenvolvimento de habilidades de desenho convencional ainda é uma exigência do programa de formação e a moderna tecnologia de informática e o desenvolvimento de softwares especializados tornam imperativo ensinar o uso de computadores em todos os aspectos da formação do arquiteto.
7. Que a pesquisa e publicação devem ser consideradas como atividades inerentes aos educadores de arquitetura e devem abranger métodos aplicados e experiências no exercício profissional da arquitetura, na prática do projeto e nos métodos de construtivos, bem como nas disciplinas teóricas.
8. Que os estabelecimentos de ensino devem criar sistemas de auto avaliação e avaliação por terceiros, realizadas em intervalos regulares, incluindo na comissão de avaliação equipes compostas, entre outros, por educadores experientes de outras escolas ou outros países e profissionais arquitetos não vinculados à academia ou participar do sistema de validação aprovado pela UNESCO-UIA ou de um sistema reconhecido equivalente.
9. Que a educação deve ser formalizada através da demonstração individual das capacidades adquiridas, ao final do programa de estudos, sendo a parte principal constituída pela apresentação de um projeto arquitetônico demonstrando os conhecimentos adquiridos e as competências([20]) correlatas. Para este fim, as bancas devem ser constituídos por uma equipe interdisciplinar, incluindo examinadores externos à escola, que podem ser profissionais ou acadêmicos de outras escolas ou países, mas que devem ter experiência e conhecimento no processo de avaliação nesse nível.
10. Que, a fim de beneficiar a grande variedade de métodos de ensino, incluindo o ensino à distância, são desejáveis programas de intercâmbio de professores e alunos de nível avançado. Projetos finais poderiam ser compartilhados entre as escolas de arquitetura como um meio de facilitar a comparação entre os resultados e auto avaliação dos estabelecimentos de ensino, através de um sistema de prêmios internacionais, exposições e publicações na internet.
IV. CONCLUSÃO
Esta Carta foi elaborada por iniciativa da UNESCO e da UIA, para ser aplicada internacionalmente para a formação do arquiteto e precisa da garantia de proteção, de desenvolvimento e ação urgente.
A Carta constitui uma estrutura que proporciona direção e orientação aos alunos e professores de todas as instituições envolvidas na formação e na prática da arquitetura e urbanismo. É concebida como um “documento dinâmico” que será regularmente revisado, tendo assim em conta as novas orientações, exigências e desenvolvimentos na prática da profissão, bem como nos sistemas educacionais.
Além de todos os aspectos estéticos, técnicos e financeiros, das responsabilidades profissionais, as principais preocupações, expressas pela Carta, são relacionadas com o compromisso social da profissão, ou seja, a consciência do papel e da responsabilidade do arquiteto em sua respectiva sociedade, bem como a melhoria da qualidade de vida através de assentamentos humanos sustentáveis.
A Carta UNESCO-UIA inicialmente escrita em 1996 foi elaborada por um grupo de dez especialistas.
Esse texto foi revisado em 2004/2005 pelo Comitê de Validação de Educação Arquitetônica UNESCO-UIA, em colaboração com a Comissão de Educação da UIA.
Esse texto foi revisado em 2008-2011 pela Comissão Educação da UIA.
14 abril 2013
Trecho com potencial para um bom desenho urbano
Está em área central. Tem potencial para ser usado como ciclovia, passagem de pedestres, jardins.
13 abril 2013
Bela Exposição em Juiz de Fora
Bela exposição no espaço Cultural Correios, em Juiz de Fora, sobre a Estrada União e Indústria.
Fotos de Hevert Klumb, datadas de 1861. A de cima é da Vila Dom Pedro. Será a avenida Bernardos Mascarenhas, no bairro Fábrica?
Estação do Juiz de Fora, que depois foi demolida para dar lugar a atual estação do bairro Mariano Procópio.
Toda cidade carece
Um bom sistema de transporte coletivo é o que toda cidade e toda a cidade deveria possuir.
Facilitaria enormemente a mobilidade e esvaziaria a cidade de grande parte dos automóveis particulares.
Paradas de ônibus confortáveis e acessíveis são necessárias em todas a s regiões da cidade.
Facilitaria enormemente a mobilidade e esvaziaria a cidade de grande parte dos automóveis particulares.
Paradas de ônibus confortáveis e acessíveis são necessárias em todas a s regiões da cidade.
12 abril 2013
AMOVIÇOSA
AMOVIÇOSA
Ontem, dia 11 de abril de 2013, foi criada a Associação dos amigos e moradores de Viçosa: uma associação de pessoas indignadas com a corrupção e com a forma irresponsável com a qual está sendo conduzido o crescimento insustentável de Viçosa.
Venha participar!
Precisamos juntar nossas indignações e capacidades e alterar os rumos nefastos aos quais o nosso município está sendo levado.
Vocês estão convidados! Teremos uma reunião na próxima quarta-feira, dia 17 de abril, no Salão de Festas do Acamari às 19:00h
10 abril 2013
A FÁBULA DE POLITICAGENÓPOLIS
Texto publicado no jornal Tribuna Livre, em Viçosa, em 10 de abril de 2013.
Há muito tempo, em um reino distante, havia uma cidade chamada Politicagenópolis, onde quem mandava e desmandava eram os politiqueiros. Eles deitavam e rolavam nos lençóis de seda das mamatas e sabiam como transformar a prefeitura Casa da Mãe Joana em fontes inesgotáveis de vantagens pessoais. Afinal eles precisavam sobreviver às eleições e manter bem cuidados seus sitiozinhos de granito, blindex e churrasqueiras, para cuidar das gordas crias que continuariam a saga familiar para todo o sempre, se Deus quiser!
Para quem era amigo dos que mandavam e desmandavam sobravam muitos agradinhos. Era só deixar a coisa rolar, não prestar atenção aos que tinham fome, aos que eram analfabetos, aos doentinhos, aos viciados e aos chatos que só queriam o bem de Politicagenópolis. Uma briguinha ou outra acalmava os chatos, mas isso pouco chamava atenção à grande maioria desinteressada em algo além dos seus umbigos.
Em Politicagenópolis havia uma tradicional universidade, mas, segundo quem mandava, ela mais atrapalhava que ajudava, pois trazia estudantes demais para a cidade. Por um lado era bom, pois eles compravam os apartamentos-caixote que os mui amigos dos que mandavam e desmandavam construíam às centenas, nos topos de morros, dentro dos rios, em cada cantinho que desse para enfiar um caixotinho. Mas os estudantes faziam muitas festas barulhentas e espalhavam muita sujeira nas ruas, um coisa terrível.
A universidade também tentava ajudar a cidade. Tentava não, ajudava de verdade, mas os que mandavam e desmandavam diziam que havia muralhas separando os dois e que isso não acontecia. Só que quem erguia os muros feitos com blocos de concreto ideológico eram os que mandavam e desmandavam na cidadezinha. Estes também acusavam a universidade de ditadora e de cobradora pelos serviços que prestava. Mas, na verdade, eles não gostavam de fazer serviços com a universidade, pois sabiam que não havia margem para que eles tivessem a chance de recebern grandes fatias de bolo, para alimentar suas fomes intermináveis causadas pelos intestinais vermes vermelhos e cabeludos da corrupção. Era melhor buscar serviços lá fora, de preferência na capital Pastelândia ou até mesmo em Mar de Rosas, a capital do reino, pois lá havia muitos amigões do peito, com quem podiam contar para o que desse e viesse.
Era cidade prá lá e a universidade prá cá. Assim as coisas andariam em Politicagenópolis, imunes às quebras de paradigmas. Parecia que essa situação nunca ia acabar e que os que mandavam e desmandavam seriam felizes para sempre. Os que mandavam e desmandavam permitiram que a cidade fosse inchando, o mesmo ia acontecendo com seus bolsos. Esticaram a cidade rica para cá, inventavam uma cidade que nem era cidade para os pobres prá lá. Puxaram a cidade para cima, construíram shoppings, postos de gasolina, prédios comerciais. Mandaram e desmandaram e foram muito felizes por gerações.
Por fim, onde um dia fora a próspera Politicagenópolis, nada mais havia de pé décadas depois, pois os rios tomaram seus leitos de volta, os morros desabaram, as frágeis construções se desmancharam, a universidade aos poucos foi sufocada e os que mandavam e desmandavam haviam ido curtir férias no Caribe, muito tempo antes de tudo se acabar. Quem se formou na universidade foi embora, os professores e a própria universidade foram procurar um lugar onde foram melhor aceitos.
Há muito tempo, em um reino distante, havia uma cidade chamada Politicagenópolis, onde quem mandava e desmandava eram os politiqueiros. Eles deitavam e rolavam nos lençóis de seda das mamatas e sabiam como transformar a prefeitura Casa da Mãe Joana em fontes inesgotáveis de vantagens pessoais. Afinal eles precisavam sobreviver às eleições e manter bem cuidados seus sitiozinhos de granito, blindex e churrasqueiras, para cuidar das gordas crias que continuariam a saga familiar para todo o sempre, se Deus quiser!
Para quem era amigo dos que mandavam e desmandavam sobravam muitos agradinhos. Era só deixar a coisa rolar, não prestar atenção aos que tinham fome, aos que eram analfabetos, aos doentinhos, aos viciados e aos chatos que só queriam o bem de Politicagenópolis. Uma briguinha ou outra acalmava os chatos, mas isso pouco chamava atenção à grande maioria desinteressada em algo além dos seus umbigos.
Em Politicagenópolis havia uma tradicional universidade, mas, segundo quem mandava, ela mais atrapalhava que ajudava, pois trazia estudantes demais para a cidade. Por um lado era bom, pois eles compravam os apartamentos-caixote que os mui amigos dos que mandavam e desmandavam construíam às centenas, nos topos de morros, dentro dos rios, em cada cantinho que desse para enfiar um caixotinho. Mas os estudantes faziam muitas festas barulhentas e espalhavam muita sujeira nas ruas, um coisa terrível.
A universidade também tentava ajudar a cidade. Tentava não, ajudava de verdade, mas os que mandavam e desmandavam diziam que havia muralhas separando os dois e que isso não acontecia. Só que quem erguia os muros feitos com blocos de concreto ideológico eram os que mandavam e desmandavam na cidadezinha. Estes também acusavam a universidade de ditadora e de cobradora pelos serviços que prestava. Mas, na verdade, eles não gostavam de fazer serviços com a universidade, pois sabiam que não havia margem para que eles tivessem a chance de recebern grandes fatias de bolo, para alimentar suas fomes intermináveis causadas pelos intestinais vermes vermelhos e cabeludos da corrupção. Era melhor buscar serviços lá fora, de preferência na capital Pastelândia ou até mesmo em Mar de Rosas, a capital do reino, pois lá havia muitos amigões do peito, com quem podiam contar para o que desse e viesse.
Era cidade prá lá e a universidade prá cá. Assim as coisas andariam em Politicagenópolis, imunes às quebras de paradigmas. Parecia que essa situação nunca ia acabar e que os que mandavam e desmandavam seriam felizes para sempre. Os que mandavam e desmandavam permitiram que a cidade fosse inchando, o mesmo ia acontecendo com seus bolsos. Esticaram a cidade rica para cá, inventavam uma cidade que nem era cidade para os pobres prá lá. Puxaram a cidade para cima, construíram shoppings, postos de gasolina, prédios comerciais. Mandaram e desmandaram e foram muito felizes por gerações.
Por fim, onde um dia fora a próspera Politicagenópolis, nada mais havia de pé décadas depois, pois os rios tomaram seus leitos de volta, os morros desabaram, as frágeis construções se desmancharam, a universidade aos poucos foi sufocada e os que mandavam e desmandavam haviam ido curtir férias no Caribe, muito tempo antes de tudo se acabar. Quem se formou na universidade foi embora, os professores e a própria universidade foram procurar um lugar onde foram melhor aceitos.
07 abril 2013
Conferências Municipais
Confira abaixo as prefeituras que enviaram documentação de convocação das Conferências Municipais:
1. Viçosa
2. Nova Lima
3. Bambuí
4. Açucena
5. Jaboticatubas
6. Acaiaca
7. Abre Campo
8. Frutal
9. Piedade de Ponte Nova
10. Claraval
11. Guaraciaba
12. Rio Doce
13. Urucânia
14. Carmo da Cachoeira
15. Coronel Fabriciano
16. Goiana
17. Nanuque
18. Ipatinga
19.Timoteo
http://www.cidades.gov.br/5conferencia/component/content/article/82-minas-gerais/70-minasgerais.html
06 abril 2013
Triste São Luís do Maranhão
É uma pena o que ocorre com as nossas cidades. Na capital maranhense, que tem tudo para ser bela, a situação está mal. Assim manda e desmanda a dinastia Sarney.
De qualquer jeito e a qualquer preço!
Na marra!
Querem urbanizar o Paraíso de qualquer jeito e a pressão em cima dos proprietários está ficando insuportável.
Parece brincadeira mas semana que vem volta a pauta o projeto de urbanização do Paraíso. Segundo informações dos vereadores.
Há muita coisa errada nessa cidade e mesmo assim eles não esquecem do Paraíso.
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
VAMOS MOBILIZAR DE NOVO!
Senhores vereadores contrários a urbanização na marra, favor publicizar os documentos e calendário de discussão!
http://vicosanews.com/2012/12/19/vereadores-rejeitam-projeto-de-urbanizaca
Querem urbanizar o Paraíso de qualquer jeito e a pressão em cima dos proprietários está ficando insuportável.
Parece brincadeira mas semana que vem volta a pauta o projeto de urbanização do Paraíso. Segundo informações dos vereadores.
Há muita coisa errada nessa cidade e mesmo assim eles não esquecem do Paraíso.
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
VAMOS MOBILIZAR DE NOVO!
Senhores vereadores contrários a urbanização na marra, favor publicizar os documentos e calendário de discussão!
http://vicosanews.com/2012/12/19/vereadores-rejeitam-projeto-de-urbanizaca
04 abril 2013
Concurso para professor - DAU/UFV
Classe: Professor Auxiliar (Edital de Concurso Público nº 23/2013) - DOU nº 49, de 13.03.2013.
Área/Subárea: Arquitetura e Urbanismo/ Projeto Arquitetônico e Conforto Ambiental.
Nº vagas: 01
Titulação exigida: Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo ou áreas afins.
Inscrição: até 12 de abril de 2013.
http://www.ufv.br/soc/files/pag/editais/2013/Edital%2023-2013%20_DAU-Projeto%20Arquitetnico_.pdf
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