25 abril 2013

PLANO DIRETOR


Texto publicado no jornal Folha da Mata, dia 24/04/2013

PLANO DIRETOR
Crônica do Dionísio


Assim como Fernando Sant´Ana e Raimundo Violeira, parece que Celito Sari não gosta do Plano Diretor de Viçosa - PDV. E no “berço da cultura e do civismo” - cunhado por Gilberto Pinheiro ou Fernando Quiabo - ou especificamente na Prefeitura, onde Toninho Chequer pintou e bordou, vai ficando tudo por isso mesmo...
Exigência da Constituição de 1988, professores da UFV e técnicos da Prefeitura se empenharam no apagar das luzes do século e do milênio para dotar a cidade de um PDV à altura de sua importância e de suas necessidades.
Foram em torno de 50 reuniões gerais e temáticas, envolvendo contato com cerca de 1.200 representantes dos segmentos da comunidade, com destaque para quatro blocos: a) Promoção Humana, com as políticas relativas à Saúde, Educação, Ação Social, Habitação, Esportes e Lazer; b) Política Urbana e Meio Ambiente, com as políticas de Circulação, Transporte, Saneamento e Meio Ambiente; c) Desenvolvimento Municipal, com as políticas de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Desenvolvimento Rural. d) Planejamento e Gestão, com as políticas de Gestão Pública, Participação Popular.
Junto com o Plano, foi elaborada a lei de uso do solo e feita a revisão das leis de parcelamento do solo e o código de obras. Mas... - há sempre um mas... - poucos dias antes de entrar em vigor a lei de Ocupação, Uso e Zoneamento do Solo Urbano, Fernando Sant´Ana aprovou mais de duzentos projetos de edificações - óbvio: pela lei antiga -, o que tornou essa lei, fruto de tanto trabalho, letra morta por alguns anos...
Com a aceleração do progresso da cidade, a natural evolução dos tempos e o advento do Estatuto das Cidades - que é uma lei federal -, tornou-se necessária a revisão do PDV, o que foi feito também por professores da UFV e técnicos da Prefeitura - repetiram-se reuniões gerais e temáticas -, com Raimundo da Violeira preferindo retirar o projeto da Câmara e - Paniago já morto - fingir que “estamos conversados”, o que perdura até hoje...
Aliás Celito Sari, sem tempo para administrar uma cidade que acredito hoje mais complexa que Juiz de Fora, preferiu continuar desconhecendo o PDV - como pode?! - e realizar, na manhã do segundo sábado deste abril de 2013, um Seminário restrito à administração, constante de palestras por técnicos especializados, com um olho no marketing e o outro num dito planejamento estratégico para 17 anos... Então até 2030!
É isso que li na última Folha da Mata.
Sem pestanejar, Flavinho Andrade lembraria que em 2030 será o centenário da Revolução de 30.
Por mais que fizesse simulações, Zé Tião não chegaria à conclusão por que 17. Mas garantiria que 17 é macaco.
Eu acho que planejamento estratégico ocorreu nas Quatro Pilastras em 1979, com um grupo de estudantes tentando a passagem, cercados pela PM - um pelotão de Viçosa e um Batalhão de Barbacena -, enquanto a massa da estudantada - uns 2.000 - trilharam pela hoje Rua dos Estudantes e levaram a “Nico Lopes” à Praça Silviano Brandão.
Planejamento estratégico é apenas um despiste...

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