O Planejamento urbano é uma das áreas de planejamento ligadas à gestão e a forma como deve ser o desenvolvimento de nossas cidades. Lida com as necessidades da expansão urbana, de habitação, infraestrutura, saneamento básico, mobilidade, proteção ao meio ambiente, lazer e cultura, por exemplo. O Planejamento urbano deve se embasar em um desenvolvimento sustentável, de forma a não criar problemas que a cidade não conseguirá lidar com eles no futuro. Planejar um município exige um bom conhecimento da realidade local e de todos os recursos técnicos e humanos disponíveis para o planejamento. Planejar é elaborar e implementar ações propostas, acompanhar sua execução, avaliá-las e reformulá-las. É, portanto, uma atividade contínua e permanente, pois, a cada dia, ano, década surgem problemas, opotunidades e ameaças. Planejar uma cidade e seu município é uma atividade essencial com consequências para todos. O tal planejamento é feito para que se saiba como lidar com os problemas que vão surgindo, mas é mais importante quando feito de forma a antever os problemas e as formas de solucioná-los ou diminuir seus impactos.
O planejamento urbano é uma política urbana, portanto, é liderado pela prefeitura e deve ser fiscalizado pelo poder legislativo municipal. É conduzido pelo prefeito, mas deve ser feito por especialistas como arquitetos e urbanistas, sociólogos, engenheiros, advogados, entre outros profissionais. Exige uma estrutura, por mínima que seja, de planejamento urbano, para dar soluções aos problemas do dia a dia, para organizar o crescimento da cidade e, principalmente para planejar o futuro. É dependente de um sistema eficiente de fiscalização, pois sem ele, as coisas não acontecem como deveriam. Toda cidade necessita de um bom cadastro. As atividades contínuas e bem estruturadas de projeto são essenciais, pois são elas que devem produzir os projetos necessários para buscar recursos para sua execução.
O planejamento urbano deve ser feito sob regras pactuadas entre os atores da cidade (como construtores, proprietários de terrenos e de formas de produção, organizações) para orientar o crescimento sustentável. Deve ser feito com a soma da capacidade técnica com a participação da população organizada, como co-responsável e como seu legitimador. Deve ocorrer de várias formas, como o orçamento participativo, o bom funcionamento do conselho do plano diretor, a realização de audiências públicas etc. Planejar é também aprovar as construções dentro das regras estabelecidas na legislação urbanística (plano diretor, parcelamento do solo, zoneamento, uso e ocupação do solo, código de obras); fiscalizar os parcelamentos de terra e as construções, de forma a que não haja prejuízos para nenhum cidadão.
No entanto, a mais importante condição para existir o planejamento urbano: vontade política! Este é o maior ponto fraco das nossas cidades. Sem essa vontade, a cidade perde muito, entres outras coisas, em qualidade de vida, e tem seus problemas agravados. Infelizmente a vontade política está orientada apenas para ações imediatistas, politicagem, paternalismo, beneficios aos co-partidários e inundada de corrupção, que é uma praga nacional. Estamos longe de termos prefeitos que se interessem pelo planejamento urbano isento de vícios e malefícios. A forma de mudar isso todos sabemos: participação do cidadão e escolha dos governantes interessados na política urbana.
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