A
UFV assumiu uma posição contrária à passagem do mineroduto da
Ferrous tanto na estação experimental de Coimbra (MG) quanto na
bacia do Ribeirão São Bartolomeu. A decisão foi tomada, por
unanimidade, na última reunião do Conselho Universitário (Consu),
realizada na sexta-feira (27). A reitora Nilda de Fátima Ferreira
Soares, que presidiu a reunião, declarou que a posição da
Universidade foi embasada no parecer da Comissão Técnica
responsável por discutir a instalação do mineroduto.
Dentre
as ações da comissão, presidida pelo professor do Departamento de
Educação Felipe Nogueira Bello Simas, foi realizado
um seminário, no
dia 18 de novembro de 2014, sobre os impactos da instalação do
mineroduto da empresa Ferrous em Viçosa. O evento contou com
palestras, seguidas de espaços para debates. Na ocasião, o
professor Felipe Simas apresentou um histórico do processo do
empreendimento – que acontece desde 2009 – e explicou como um
sistema de tubulações é instalado para transportar minérios a
longas distâncias, além dos impactos que ele traz para o ambiente.
De acordo com ele, em Viçosa, o mineroduto da Ferrous ocuparia
um trajeto de 13,3 quilômetros, divididos em 91 propriedades rurais
e interferiria em nascentes dos rios Turvo Limpo e Turvo Sujo e do
ribeirão São Bartolomeu. No campus Viçosa, o empreendimento
poderia prejudicar o abastecimento de água e as atividades de uma
área experimental do Departamento de Fitotecnia em Coimbra (MG) e
interromperia pesquisas que estão em andamento na área experimental
desde a década de 1980.
Órgãos
como a prefeitura, a Câmara Municipal e o Serviço Autônomo de Água
e Esgoto de Viçosa (Saae) já haviam avaliado o projeto do
mineroduto e indicaram que os estudos de impacto ambiental
apresentados pela Ferrous são insuficientes e possuem erros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário