Texto publicado no jornal A Tribuna, Viçosa-MG, em 07/06/2017.
A equipe que está elaborando o Plano de Mobilidade Urbana de Viçosa se baseia em várias premissas para elaborar as propostas estruturantes. Tais propostas serão aquelas prioritárias, responsáveis pela mitigação e, ou solução dos principais problemas de mobilidade urbana de Viçosa, a médio e longo prazo, sem as quais a efetividade da circulação urbana não será alcançada. Seguem as premissas básicas:
1. A malha viária urbana de Viçosa caracteriza-se pela falta de alternativas viárias de conexão entre bairros ou regiões da cidade, bem como por vias de dimensões insuficientes para soluções de mobilidade que exijam alargamento das calçadas ou do leito carroçável, salvo mediante desapropriação.
2. Nos períodos de pico (7h30-8h30, 11h30-12h30, 13h30-14h30, 17h-30-18h30), as seguintes vias já estão operando acima da sua capacidade (baixo nível de serviço): Av. Marechal Castelo Branco e a Av. Maria de Paula Santana; Av. P. H. Rolfs; Av. Bernardes Filho; Av. Bueno Brandão; Rua Gomes Barbosa; Ladeira dos Operários, Rua Padre Serafim, Rua José Antônio Rodrigues, Rua dos Estudantes, Rua Feijó Behring, trecho da Av. Santa Rita; Rua Alberto Pacheco, trecho da Rua Francisco Machado e Travessa Purdue e trecho da Av. Olívia de Castro Almeida próximo à Travessa Purdue, gerando congestionamentos de grande extensão e prejuízo social (atraso no cumprimento dos horários, estresse, poluição, consumo desnecessário de combustível, entre outros);
3. A Rua dos Passos desempenha função de via coletora, mas, em decorrência de sua limitação física, no trecho de mão dupla entre a Rua Dr. Brito e a rotatória do Hospital São João Batista o volume de tráfego ultrapassa a capacidade da via, mesmo fora dos horários de pico, onde se observam congestionamentos frequentes, de modo que a via passa a operar no pior nível de serviço;
4. O estacionamento e o fluxo de veículos comerciais pesados destinados à carga e descarga de mercadorias agravam os congestionamentos em algumas vias, sobretudo nos horários de pico e causam danos à pavimentação;
5. A localização do atual terminal rodoviário concentra grande movimentação de ônibus interurbanos e interestaduais na Av. Mal. Castelo Branco, o que reduz o nível de serviço da via, dificultando o cumprimento dos horários de chegada ao terminal e a mobilidade dos demais veículos;
6. A linha férrea representa importante eixo de conexão entre as zonas Norte e Sudeste da cidade, passando pela região central, por vários bairros (São Sebastião, Fuad Chequer, Sol Nascente, Nova Era, Laranjal, Amoras, Vau Açu, Silvestre) e pela UFV, mas o grande potencial que representa para a acessibilidade de pedestres e ciclistas e para a mobilidade veicular não está sendo aproveitado;
7. A oferta atual de transporte coletivo por ônibus possui linhas com trajetos de longa extensão, o que aumenta o tempo de viagem, desestimulando seu uso como alternativa ao transporte individual;
8. As condições das calçadas em toda a extensão da malha urbana, seja do distrito sede ou dos demais distritos, é empecilho evidente à mobilidade e à acessibilidade urbana;
9. A inexistência de condições de circulação que favoreçam o uso de bicicletas torna insegura e desestimula o uso desse modal pela população;
10. A existência de uma burocracia de atendimento à população que demanda deslocamentos desnecessários em busca de marcação de consultas, obtenção de documentos e serviços prestados pelo município.
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