sábado, 24 de novembro de 2018

Artigo publicado em Anais


Artigo publicado em Anais do evento II Simpósio Icomos Brasil.

A PRÁTICA DE  PRESERVAÇÃO CULTURAL EM CIDADES DAS ÁREAS PROIBIDAS DA ZONA DA MATA MINEIRA.

STEPHAN, Ítalo Itamar Caixeiro; NASCIMENTO, Nadhine Melo Pereira ; MIRANDA, Vanessa Lopes.

RESUMO

Neste trabalho apresenta-se um panorama geral sobre a prática de preservação cultural em cidades de uma região pouco conhecida, cuja povoação iniciou-se após a chegada de parte do excedente populacional oriundo das zonas auríferas esgotadas de Mariana e Ouro Preto, seguido da fase de decadência e afrouxamento das proibições portuguesas nessa região conhecida como “áreas proibidas”.
Posteriormente, ao longo do século XIX, a economia local foi movimentada pela introdução da atividade cafeeira. Há uma significativa produção bibliográfica acerca das principais “cidades históricas”, especialmente as seis cidades mineiras, primeiras a ser objeto de proteção do IPHAN. Contudo, há muitas outras pequenas cidades, cuja povoação remonta o final do séc. XVII e início do XVIII, pouco estudadas ou conhecidas. A pesquisa tem como área de estudos as regiões vizinhas a Piranga, uma das mais antigas dessas povoações. Inicialmente, selecionou-se algumas cidades das “áreas proibidas” na Zona da Mata Mineira, para isso, observou-se a pontuação das mesmas no ICMS Patrimônio Cultural e época de início de povoação. A seguir, fez-se a identificação do acervo arquitetônico existente, composto notadamente de exemplares do século XIX e início do XX, e da  constatação da existência de riscos em sua conservação. As cidades pesquisadas foram Guaraciaba, Paula Cândido, Pedra do Anta, Piranga e Presidente Bernardes. Contatou-se as respectivas secretarias
municipais responsáveis pela parte cultural para coleta de dados e informações acerca da gestão do patrimônio, e realizou-se uma visita em cada uma delas para levantamento fotográfico e averiguação das condições previamente identificadas.
Pretendeu-se, ainda, fazer uma análise das condições de gestão do patrimônio cultural, visto que há casos sob o risco da perda e esquecimento de um significativo patrimônio. Identificou-se, além da frágil economia de tais cidades, que seus sistemas de planejamento e gestão urbanos são quase inexistentes, e ainda, a vulnerabilidade presente em políticas culturais que, quando um pouco mais
consistentes, são dependentes da dedicação de uma única pessoa. Nota-se que, por vezes, essas pequenas cidades perdem oportunidades de aliar seus acervos com uma política ligada ao turismo cultural e à economia criativa.

https://drive.google.com/drive/folders/18lKaMkYyzkB43jNVyFsBmcQYXN2g4a6e


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