17 março 2010

Viçosa: Minha casa, minha vida?

Casinhas coloridas em um "pombal" longe de tudo: não é boa solução.

Foto: 3.bp.blogspot.com/.../s400/casa+pma.bmp

A minha posição é totalmente contrária ao que vai ser feito dentro do programa "Minha casa, minha vida" em Viçosa, com dezenas de casas a serem construídas numa localidade rural chamada "Coelha".

Por que não utilizamos os instrumentos legais do Estatuto da Cidade, como aplicar o a Edificação, Parcelamento e Utilização Compulsórios nos grandes terrenos vazios localizados na área central da Cidade? e criar as ZEIS - Zonas de Especial Interesse Social.

Por que não aprender com a pequenina Rio Doce, aqui pertinho da gente?

É injusto e absurdo jogar centenas de pessoas em um lugar tão longe, em casas de 37 metros quadrados em lotes de 130 metros quadrados e acima de tudo, que exige que se suba e desça um morro tão ingreme. Como um cidadão poderá usar uma bicicleta? Como será a vida de um idoso e um trabalhador que precisará pagar caríssimas tarifas de ônibus?

Estaremos criando menos autonomia, mais exclusão social, enquanto os terrenos centrais vazios chegam a preços estratosféricos, sem atender à função social da propriedade urbana.

Porque as soluções são sempre à contramão do planejamento?

Se quisermos ter algo decente a oferecer para a população de baixa renda, temos que começar por ele e por uma política habitacional.

Prefeito, vereadores, dirigentes da UFV: não creio que há o que se comemorar.

3 comentários:

  1. Eduardo Carlos Real Pereira11 de abril de 2010 às 18:14

    Boa tarde Ítalo,

    Ná vida há sempre momentos oportunos para críticas e agradecimentos e sinto que o comentário a respeito do município de Rio Doce, no Jornal Tribuna de Livre de Viçosa em 24/12/2009, proporcionou em todos riodocenses e amantes dessa terra um sentimento difícil de descrever.
    A matéria retrata a nossa pequena Rio Doce como exemplo a ser seguido. Isso não faz de nós melhores que ninguém mas engrandece em todos um sentimento de elevada auto estima.
    Sabemos hoje o que nosso município, apesar de pequeno em área territorial e população, representa para a nossa região, mas principalmente para os riodocenses e isso se traduz em esperança, desenvolvimento e progresso para a população.
    Hoje quando vi a matéria sobre o Convênio firmado entre a UFV(Casa dos prefeitos) e Rio Doce, me trouxe uma esperança ainda maior em saber que uma universidade de referência como a UFV estaria à frente da nova urbanização de uma área recém adquirida pela prefeitura.
    Sabendo que você e os estagiários Lílian Fontes Deminer e Luíz Eduardo Soares de Araújo estariam à frente desse novo projeto nos deixa tranquilos e felizes por se tratarem de profissionais que já sabem da seriedade e vontade da administração municipal em fazer nosso município prosperar de forma sustentável possibilitando aos riodocenses uma melhor qualidea de vida.
    Enfim, estamos satisfeitos e aguardando ansiosamente por esse projeto que será mais uma ferramenta possibilitadora de trazer o desenvolvimento para a população de Rio Doce.

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  2. Senhor Ítalo, sou estudante de Jornalismo e estou fazendo uma matéria sobre o projeto 'Minha Casa, Minha Vida' . Será que o senhor teria a disponibilidade de me conceder uma entrevista ?
    meu email : iara.diniz@ufv.br
    Agradecida e aguardando resposta,
    Iara

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  3. Não existe pecado abaixo do Equador. Quando a gente olha para esta desoladora paisagem de uma cidade longínqua, inacessível com tudo igual, mascarada com cores diferentes, como se isso fosse uma fantástica inovação nos abomináveis conjuntos habitacionais que insistimos (ou melhor, ELES insistem) em fazer (afinal, porque mudar uma fórmula que rende altíssimos lucros, só para os que constroem, claro!)não tenho dúvida: não existe mesmo... Paulo Tadeu

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