29 abril 2010

Arquitetos: uni-vos para não perecermos

Estamos vivendo uma vergonhosa situação. Há colegas cobrando valores absurdamente baixos, pagando para trabalhar e prejudicando toda uma classe. Não é possível aceitar que estejam cobrando R$2, 00 até R$1,00 o metro quadrado de projeto arquitetônico. É impossível garantir alguma qualidade baseada na cobrança desses valores. Há, infelizmente, Arquitetos e Urbanistas também com título de Engenheiros Civis, que não cobram pelo projeto arquitetônico. Desse jeito, eles fazem muito mal para as duas profissões e muito pouco para seus bolsos.

Organizemos alguma forma de discussão, criemos um Núcleo do IAB, uma Associação de Profissionais ou o que for possível. Essa terrível competição está passando uma imagem totalmente distorcida para a sociedade que ainda nos conhece como profissionais supérfluos, decoradores ou desenhistas de "plantas", que nos escolhe porque fazemos "projetos baratinhos". O pior é que agimos como se fôssemos assim mesmo.

Arquitetos e Urbanistas! Essa situação não pode continuar. É preciso, mais que nunca discutir esta situação! Temos que nos reunir de alguma maneira, pois estamos dando tiro no pé de nossa já prejudicada categoria profissional.

5 comentários:

  1. Precisamos nos unir a favor da verdadeira arquitetura. Aqui em São Paulo a arquitetura virou um produto barato e vergonhoso.Os profissionais estão se escravisando e não estão pensando! Triste.
    Eu li o seguinte de uma professora de História da Arquitetura Contemporânea da FAU/USP (Se é que existe arquitetura contemporânea no nosso pais!): "Nós assinamos o divorcio com a arquitetura quando pegamos nosso diploma".

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  2. Os preços dos projetos são reflexos da situação atual mercado de trabalho, onde profissionais quando ainda na academia, não aprendem a lhe dar. Ainda insisto em dizer: "o buraco é mais embaixo". Considero que os preços dos projetos são uma conscequencia da falta de consciencia dos arquitetos em valorizar seu trabalho, bem como saberem o que estão fazendo! Um pouco de ética e responsabilidade com o bem estar social estão faltando neste mercado!

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  3. Acredito que Arquitetura é um dos cursos que tem uma forte tendência em preparar os indivíduos para uma discussão muito academicista. Gastamos muito tempo discutindo sobre Teoria da Arquitetura, estilos, e outras , e quase nunca sobre a prática da arquitetura, coisas que não são a realidade mais próxima do nosso mercado de trabalho. Uma discussão mais realista deveria acontecer desde o primeiro período, para que haja formação nesse sentido e não apenas informação sobre esses tópicos já nos últimos períodos, quando o estudante está com a cabeça no TFG, fazendo monografia e cuidando dos estágios, que é aliás é um dos pontos falhos na arquitetura. Não há organização e tão pouco um cuidado da universidade em preparar, selecionar, qualificar etc... os locais onde o estudante vai obter sua experiência profissional de forma mais efetiva. Como não há esse controle, já que os próprios estudante são os responsáveis por garimpar esses postos de formação, ficam a mercê do que encontram e assim, apreendem iniciativas não tão ideais para a profissão, já que muitas vezes os estágios são feitos em escritórios de engenharia civil e construtora, ai já era consciência da profissão de arquitetura... Precisamos reforçar essa consciência na academia, já que esperar que isso aconteça num mercado, que por si só já está viciado, é utopia... Nós arquitetos não temos uma tradição corporativista, mas competitiva por natureza...acredito que aí também está um outro fator a ser analisado e corrigido...
    Conscientização na academia e associação de classe através do IAB, já que o CREA não está ai para preocupações nesse sentido não...
    Reflitamos...

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  4. 30 metros quadrados e o almoço do mes no RU está garantido!

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