01 agosto 2010

Beijing, megacidade moderna

O Museu de Ciência e Tecnologia em Beijing (Foto Ítalo Stephan, 2010)

Beijing à noite (Foto Ítalo Stephan, 2010)


Beijing, a capital, com seus mais de 20 milhões de habitantes é uma cidade bonita, moderna, por isso muito atraente para os moradores das áreas rurais. Apesar disto é uma cidade muito segura, onde raramente ha roubos, assaltos ou crimes. Apresenta um gigante canteiro de obras os viadutos, elevados e avenidas largas com 8 pistas, pistas laterais, ciclovias, amplos passeios paisagismo magnífico, como o Palácio de Verão, o Templo do Céu e inúmeros parques espalhados por toda a área urbana. As vias circundam a Cidade Proibida - centro da cidde - em anéis concêntricos, que variam de 23 a 160 km de extensão. No 4º anel está construído um monumental parque olímpico, donde se destacam os Ninho do Pássaro, o Cubo d'água e o Museu de Ciência e Tecnologia. O restante da infraestrutura compreende um sistema viário e de linhas novas de metrô, hotéis 7 estrelas, vários ginásios e prédios comerciais.

Em toda a cidade, mas principalmente no centro comercial destacam se centenas de arranha-céus projetados por arquitetos famosos em todo o mundo. Há uma explosão de criatividade e liberdade, o que resulta em edifícios espetaculares, mas de um estilo internacional, ou seja, sem muita "cara da China" . O que se observa é a excelente qualidade de acabamentos dos prédios institucionais e comerciais. Há gruas por todos os lados, construindo prédios de 20, 30, 40 ou mais pavimentos, em estruturas pré-fabricadas, para abrigar os milhões de moradores que rocarão as casas tradicionais nos hutongs por apartamentos modernos. Não se sabe se os moradores fazem as trocas de forma voluntária. Os hutongs que sobrarão ficarão como cenários para turistas.

Era planejado que Beijing não poderia passar dos 18 milhões de habitantes até o ano 2020, mas nas últimas estatísticas mostram que já há 19.720.000 habitantes na capital chinesa, num ritmo sem sinal de desaceleração. Segundo opiniões de especialistas, a megacidade não tem condições de suportar uma expansão ilimitada, sendo o abastecimento de água um dos problemas sérios. Os automóveis não param de chegar às ruas. Em seis meses foram 345.000, elevando a frota para mais de 4,36 milhões de automóveis. Planejadores urbanos já se preocupam com esta situação que começará a criar muitos problemas no transito e na qualidade de vida da cidade. A capital chinesa deverá ser a primeira cidade a implantar um imposto sobre a propriedade, a ser aplicado para aqueles que tem mais de um imóvel.

Beijing vem atraindo as pessoas como um grande imã. O governo não consegue controlar a migração das atrasadas áreas rurais. Estima-se que em Beijing existam cerca de 7,26 milhões de imigrantes sem o Hukou, a Carteira de certidão de residência, ou seja, são moradores irregulares, o que dificulta em muita a vida para quem precisar de assistência educacional ou de saúde. Ocorre que, assim como em Beijing e outras megacidades chinesas (Shanghai, Hangzhou ou Shenzhen) onde há jurisdição direta do Conselho de Estado, o governo concentra seus esforços e as beneficia com a maior parte da riqueza nacional. Enquanto o desenvolvimento não chegar as médias e pequenas cidades, não ha como impedir o inchaço urbano. O desequilíbrio continuará a atrair mais pessoas em busca de emprego e serviços de educação e saúde.

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