A China moderna - um local qualquer de Beijing (Foto Ítalo Stephan, 2010)
Os chineses têm mudado muito seu estilo de vida. De uma vida pacata os seres humanos de olhos puxados passaram para comer fast food, dirigir carros velozes nas intermináveis vias expressas, viajar nos trens-balas mais rápidos do mundo ou trabalhar em máquinas modernas. Os adultos procuram fazer o máximo de dinheiro que puderem para terem alguma garantia na sua velhice e as crianças se estressam enormemente, pois têm que construir um excelente currículo se quiserem estudar em boas universidades. Para isso são estimuladas e pressionadas a estudar muito desde muito cedo. Calma e vagarosidade viraram palavras ruins para esse povo que em poucos anos terá a hegemonia no planeta.
A China é um país em que 80% da população é atéia, muitos alegam que não precisam de Deus, pois têm o Partido Comunista. A "Economia de Mercado Socialista" é um termo que significa um país controlado por um poder centralizador e planificado, mas amplamente aberto a uma ordem capitalista de mercado. A China produz, por ano, mais de 10 milhões de automóveis, 560 milhões de telefones celulares, 136 milhões de microcomputadores, 90 milhões de televisores e 82 milhões de aparelhos condicionadores de ar. Esta é apenas parte da enorme potência que o sistema permitiu que se tornasse. Há outra parte, a das bilhões de cópias produzidas nos fundos de quintal de roupas, bolsas , computadores, celulares, relógios, que são vendidos na China e no mundo todo. Os mercados onde se barganham os preços são para os turistas. Os Chineses novos ricos e novos classe média preferem freqüentar os modernos e enormes shopping centers.
No entanto, ainda e possível vivenciar a China tradicional. São mais de 5.000 de anos de cultura que eles têm. Nos espaços públicos há idosos fazendo exercícios ao som de música ou jogando vários tipos de cartas e jogos, adultos conversando e crianças brincando com os avós. Uma curiosidade é que algumas crianças usam roupas abertas em baixo, para facilitar que façam suas necessidades. Sentar-se em um banco em um dos muitos parques pode ser uma experiência fascinante. Um senhor com seus 80 e tantos anos pode pedir, com um simples sinal de cabeça, licença para sentar ao nosso Iado. Poderão ser vários minutos de um silêncio compartilhado, ao mesmo tempo unido pelos signos universais do respeito e da curiosidade, mas separado pelas línguas. A despedida, também silenciosa e respeitosa deixa uma rara sensação de paz e felicidade.
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