28 novembro 2010

Uso do Solo em Viçosa


Prédio construído sob as regras da lei 1420/2000.  Av. Santa Rita  (Foto Ítalo Stephan, 2010)

Prédio construído sob as regras antes da lei 1420/2000. Av. Santa Rita (Foto Ítalo Stephan, 2010)


Somente nos últimos anos começam a ficar prontos os edifícios que seguem a Lei 1420/2000 - de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Viçosa. As novas volumetrias são diferentes da grande massa erguida sob as regras anteriores a 2000, mas que tiveram alvará de construção até bem recentemente.

Mudou alguma coisa? Ficamos melhor?

18 novembro 2010

CAU aprovado

Foi publicado  em 18/11  o Projeto de Lei 4.413/2008, que cria o Conselho para os arquitetos e urbanistas.
Será um aprendizado e um desafio.

16 novembro 2010

Conselho de Arquitetura e Urbanismo

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU, está prestes a ser aprovado pela Câmara dos Deputados

Caros (as) Arquitetos (as) e Urbanistas

Após ter sido aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público - CTASP e na Comissão de Finanças e Tributação - CFT, o Projeto de Lei 4.413/2008, que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, luta histórica da nossa categoria profissional, está agora tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, com parecer do deputado Mauricio Rands (PT/Pe). Na CCJC foram apresentadas 2 ( duas) emendas ao Projeto de Lei: uma pelo relator e outra pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB/MG).


Destacamos que essas emendas contrariam o princípio de unicidade de nossa profissão e de nosso conselho e também a autonomia do CAU no controle qualitativo das formações profissionais. Além disso, as emendas propostas são de mérito, ferindo o Regimento da própria CCJC.


Neste momento, temos que manifestar uma posição firme de coesão e mobilização para avançarmos na construção do nosso Conselho próprio ainda este ano. A CCJC é a última Comissão da Câmara dos Deputados para a aprovação do CAU. Depois de muitas idas e vindas, finalmente o PL do CAU está pautado para ser votado no próximo dia 16 de novembro. Se aprovado, o nosso PL passará então pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado e, finalmente, para a sanção presidencial.


Desta forma, solicitamos que Arquitetos(as) e Urbanistas mais uma vez se manifestem atendendo ao apelo do CBA- Colégio Brasileiro de Arquitetos e Urbanistas, a exemplo do grande mestre Oscar Niemeyer, e se mobilizem em defesa da criação do CAU, mandando e-mail para todos os Deputados da CCJC, solicitando celeridade na aprovação do PL 4.413/2008.

14 novembro 2010

Show de bola do Lélé




O último projeto publicado de João Filgueiras Lima é magnífico. 
O arquiteto é, junto com Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha, um dos pilares da nossa arquitetura.

Vale a pena ver no ArcoWeb.

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/joao-filgueiras-lima-lele-projeto-trt-bahia-12-11-2010.html

13 novembro 2010

Elementos vazados ganham capacidade de proteção acústica



Os cobogós, elementos vazados usados para iluminar e ventilar ambientes fechados, ganharam uma nova propriedade graças a uma pesquisa feita na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.
A arquiteta Bianca Carla Dantas de Araújo introduziu mudanças na forma dos blocos que lhes garante isolamento acústico semelhante ao das paredes fechadas de alvenaria. O material utilizado é o mesmo dos elementos vazados comuns, argamassa de cimento e areia.
Veja o resto da matéria em:

Chuveiro elétrico é mais econômico que aquecedores



O chuveiro elétrico está presente no aparelho tradicional e no chuveiro híbrido solar, que é um aquecedor solar com um chuveiro elétrico na ponta.A pesquisa concluiu que um banho de oito minutos custa, em média, R$ 0,27 (entre consumo de água e energia elétrica) no chuveiro híbrido solar e R$ 0,30 no chuveiro elétrico.O mesmo banho sai por R$ 0,46 (53,3% a mais do que o chuveiro elétrico) com aquecedores solares tradicionais, R$ 0,59 (96,6% mais caro) com os aquecedores a gás e R$ 1,08 (246,6% a mais) com o boiler elétrico.

Veja o resto desta matéria interessante em:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chuveiro-eletrico-mais-economico-aquecedores&id=020115100512

09 novembro 2010

Prédios terão pele para se adaptar ao clima


Engenheiros, arquitetos e biólogos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, juntaram-se para criar um novo material que tornará as casas e os edifícios capazes de reagirem às mudanças no clima.

Os pesquisadores querem usar a flexibilidade e a sensibilidade das células humanas como modelo para a criação de "peles" para edifícios e casas, que poderão adaptar-se às mudanças no ambiente para aumentar a eficiência energética das construções.

Ver em:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=skins-arquitetonicas-pele-predios&id=010160100929er

Fé em Deus e pé na tábua


O sociólogo Roberto da Matta lançou um livro chamado "Fé em Deus e pé na tábua" após estudar o comportamento do brasileiro no trânsito. Todos nós podemos imaginar como é. O autor confirma a imagem do "bom" motorista, que é aquele que não segue as regras de trânsito. Há um estilo bem  brasileiro que apavora observadores externos, como entrar na vaga na frente do outro, fechar o motorista do lado, "costurar" entre pistas diferentes, passar pelo acostamento ou subir nas calçadas, falar ao celular dirigindo, buzinar sem necessidade ou aproveitar os primeiros segundos após o sinal ficar vermelho.

Roberto chama de estilo "Carlota Joaquina", que reproduz relações aristocráticas e atrasadas. Quando Carlota passava, todos tinham que parar, ajoelhar e tirar o chapéu. Segundo o autor  "no trânsito não dá para fazer sinal especial para quem é rico" e "entrar na frente, tentar encontrar espaços onde não existe é hierarquizar o espaço". Há disputas entre os taxistas e motoristas profissionais, que se consideram melhores que os outros. Há disputa entre motoristas e motoqueiros, motoristas e ciclistas ou pedestres. É, como todos sabemos uma disputa muitas vezes cruel e assassina.

No Brasil, "ser um bom motorista significa dirigir com o pé na tábua. Quem dirige bem é barbeiro". Até quando isto ficar assim? Até quando este estilo deplorável vai continuar, matando muitas pessoas?

Ver em:
MENDES, Taís. Livro desvenda a agressividade no trânsito. Rio de Janeiro: O Globo, 07 nov. 2010, p. 37.

Foto:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp2.blogger.com/_LtnsvrcloSc 
 

08 novembro 2010

Governador Valadares: uma boa experiência de regularização




Uma Zona de Especial Interesse Social (ZEIS), ou Zona de Habitação de Interesse Social (ZHIS) é uma área definida pelo município como uma categoria que permita, mediante um plano específico de urbanização, estabelecer padrões urbanísticos próprios para determinados assentamentos. Uma ZEIS fica sujeita a critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo. Uma ZEIS é um dispositivo o urbanístico usado pelo poder público para permitir que famílias pobres, ou de classe média baixa, possam morar em áreas centrais e não sejam cada vez mais levadas para a periferia.


Criar uma ZEIS significa reconhecer a diversidade de ocupações existente nas cidades, além da possibilidade de construir uma legalidade que corresponde a esses assentamentos e, portanto, de extensão do direito de cidadania a seus moradores. Nela é possível incluir de parcelas da população que foram marginalizadas da cidade, por não terem tido possibilidades de ocupação do solo urbano dentro das regras legais e permitir a introdução de serviços e infra-estrutura urbana nos locais onde eles antes não chegavam, melhorando as condições de vida da população.


Em Governador Valadares, MG destaca-se a experiência de regularização de habitações e obtenção de escrituras gratuitas em uma ZHIS. De acordo com a Lei 6.029, de dezembro 2009, aquele que possuir um único imóvel em um bairro de propriedade do Município situado numa ZHIS e utilizá-lo para sua moradia será beneficiado com a gratuidade da alienação, ou seja, não pagará ao Município pelo imóvel. A experiência ocorre inicialmente em uma comunidade chamada Bairro Querosene.


É uma experiência positiva a ser repetida em outras cidades.


Foto:

 

07 novembro 2010

8 de novembro: Dia Mundial do Urbanismo


Dia 8 de novembro é o dia mundial do Urbanismo. Esta data foi decretada pela Organização Internacional do Dia do Urbanismo, fundada em 1949, em Buenos Aires, pelo professor Carlos Maria Della Paolera.

Temos o que comemorar?

Nossa utopia e é lutar pela boa qualidade de vida para todos. Há muito a ser feito.

06 novembro 2010

Arquiteto e Cidadão


Para David Harvey, em seu livro "Espaços de Esperança" o arquiteto "pode (e na verdade deve) desejar, pensar e sonhar diferença". Deve possuir uma imaginação especulativa, uma tradição no pensamento utópico. Deve atuar como crítico do que vê , em relação a ampla gama de atuação a ele atribuída. A cidade é o objeto maior, mais nobre, onde o arquiteto deve intervir, ou pelo menos se manifestar quando há coisas ruins e coisas boas. Às vezes o papel como arquiteto também se confunde do papel como cidadão, ou como ser político.

Como arquiteto há 29 anos, sou cidadão de Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Cabo Frio, Niterói, Bicas, São Luiz, Arari, Presidente Dutra, Santa Inês, Halifax (Canadá), São Paulo e Viçosa, dentre outras cidades que vivi e me preocupei com seu destino. Muitas vezes me posiciono sobre algum assunto afeto à Arquitetura e Urbanismo, por posição ética e dever cívico. Alguns moradores de Viçosa confundem minha postura. Já me perguntaram se eu recebo algum salário da prefeitura de Viçosa. Acham alguns, até que eu tenho poder de reprovar projetos no IPLAM.

Já me sugeriram mais de uma vez que eu parasse de escrever "certas coisas " sobre o que se passa em Viçosa. Isso aconteceu, há alguns anos, quando fiz críticas a ocupação indevida do Shopping Chequer, depois sobre as invasões da linha férrea. Já fui avisado para cuidar só do que se passa do lado de lá das Quatro Pilastras. Já se manifestaram insatisfeitos comigo quando fiz críticas ao aspecto de sujeira, feiúra, abandono, falta de manutenção ou da arquitetura (melhor dizer falta dela) produzida na cidade. Já me avisaram que eu jamais pegaria algum projeto para desenvolver em Viçosa. Uns poucos me consideram arrogante, cabeça-de-bagre, deus ou um dos "ditadores da Academia".

O que eu quero é uma cidade com melhor qualidade de vida, onde a acessibilidade, o impacto ambiental das intervenções inadequadas, as más condições de moradia deixem de ser graves problemas. Quero lutar pelo bom funcionamento do IPLAM, pela ativação do COMPLAN, pela defesa do patrimônio cultural de Viçosa, por soluções para o saneamento básico, para as habitações de interesse social que somem mais que apenas números e valores. Quero ter o direito de me manifestar e lutar para que aqueles que tem uma posição diferente, mas séria, sobre os destinos de Viçosa, exponham suas opiniões. Nem sempre posso estar certo. Posso aprender com críticas construtivas. Mas, enquanto eu for abordado na rua ou receber mensagens de apoio ao que eu escrevo, vou continuar a fazê-lo . É meu direito e meu dever. Que tantos outros façam o mesmo. Agradeço imensamente aqueles que me dão a oportunidade de me manifestar.