28 fevereiro 2011

Barbárie em Porto Alegre


Em uma manifestação pacífica em Porto Alegre, na sexta-feira, ciclistas pediram paz no trânsito e mais uso das bicicletas.
Tiveram como resposta um carro avançando em alta velocidade que atropelou e jogou dezenas de ciclistas para o alto. O bancário, funcionário do banco Central,  Ricardo Neis, de 47 anos, fugiu sem prestar socorro.
Nada justifica esta tentativa covarde de homicídio. É uma mostra horrorosa do que é o que pode acontecer com quem não é motorizado por conta  de motoristas arrogantes e estressados, armados com possantes motores.
O delegado encarregado do caso chegou a criticar a organização do evento!
Será mais um dos crimes de trânsito impunes no Brasil?

Ilustração
http://seusuplemento.blogspot.com/2011/02/bicicletada-de-apoio-aos-ciclistas-de.html

Coimbra e Cajuri

É uma conversa que se inicia junto ao DAU/UFV.
Coimbra e Cajuri querem elaborar seus planos diretores.
Fraquezas e ameaças   rondam municípios de pequeno porte demográfico, pois já apresentam problemas urbanos e ambientais graves.
Este é um grande desafio: definir o que é um plano diretor para um município de pouca população, qual o conteúdo essencial..
É uma grande oportunidade: fazer com que dois municípios vizinhos discutam em conjunto problemas, potencialidades e soluções para seus futuros.

É uma experiência parecida com a feita com Cruzília e Minduri.
Veja em:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.100/110

23 fevereiro 2011

FAU UFRJ 1982

Turma de estudantes FAUUFRJ em 1982.
Eu estou aí no meio. Pedro Novaes Jr e Alexandre Feu Rosa no alto.
Marcos Magalhães (Meow!) e Marcos Bustamante à esquerda.

Plano Diretor de Viçosa: novo capítulo

Há um manifesto interesse da Câmara Municipal votar a revisão do Plano Diretor de Viçosa.
No entanto, o projeto de lei está nas mãos do prefeito, cujo grupo, apoiado pelo forte setor da construção civil, quer retirar os poderes legais (garantidos pela Lei Orgânica Municipal e pelo Estatuto da Cidade) do Conselho Municipal de Planejamento - COMPLAN.
Não querem um COMPLAN deliberativo, pois sua atuação poderia "engessar" a gestão urbana.
Há uma unica lógica nisso: o setor não quer amarras técnicas e legais; quer estar livre para fazer o que quer, derrubando o que resta do acervo arquitetônico e "compensando" para destruir o meio ambiente.  Querem um caminho livre para matar o meio ambiente.
É uma grande irresponsabilidade e descompromisso com as gerações futuras.

20 fevereiro 2011

Minha casa minha vida em Viçosa

Eis o acesso ao conjunto habitacional na Coelha, longe de de tudo.


A prefeitura agora terá que resolver como levar transporte coletivo usando uma via muito inclinada. Não dá para usar bicicleta. Não há passeios. Ou vai ter de abrir outros acessos.


Lotes mínimos, casas iguais,  muito próximas umas das outras, sem laje,  sem lugar para uma garagem, sem lugar para crescer. Não há lugar para plantar uma árvore sequer.


Onde estão a creche, a escola, a quadra de esportes, o mercado, a padaria? Como fica a mobilidade? É uma solução que trará muitos problemas.
Quer ir de carro até lá? Já é uma aventura em período de chuvas.

19 fevereiro 2011

VLT é parte da solução na França

Veja como 20 cidades francesas se livraram do colapso do trânsito implantando o VLT:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1629592-17665-304,00.html

A Estação é nossa


Ainda sobre a área da Estação Cultural.
É um lugar útil e frequentado pelas pessoas.
Mas precisa melhorar. Com as obras de conserto do telhado, de melhoria da área da plataforma, do calçamento.
Merece jardins e calçadas transitáveis.
E também  uma solução para a ocupação indevida e horrorosa das barracas, dos outdoors e do lixo.

18 fevereiro 2011

Transtornos do trânsito


Temos assistido reportagens nos noticiários televisivos de várias cidades sobre os transtornos com que trânsito infligem aos cidadãos.  A cada dia chegam às cidades novos veículos que se somam aos já existentes. Faltam ruas, faltam estacionamentos. Os preços de estacionamento disparam.
Sobram motos e aumentam as mortes envolvendo motociclistas, ciclistas e pedestres. As deseconomias aumentam o custo das cidades. É um processo que só vai parar quando as cidades pararem de vez. Ninguém sabe quando isso acontecerá. Ao procurarmos soluções individuais, estamos preparando a nós mesmos para um stress sem fim e nossas cidades para o caos. Andar a pé é mais rápido em muitos lugares.


As soluções que vem sendo adiadas são para o coletivo, mas que são  ineficientes, desconfortáveis e caros.
Foto:
http://acertodecontas.blog.br/economia/o-caos-no-transito-uma-distopia-para-o-recife/
Veja também:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/02/motoristas-nao-encontram-vagas-de-estacionamento-nas-grandes-cidades-do-brasil.html
http://www.arrobazona.com/carro-vs-onibus-vs-bicicleta/

Charge do Lute

Charge do Lute,do jornal  Hoje em Dia.
Vale a pena ver muitas outras.

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/colunas-artigos-e-blogs/blogs/blog-do-lute-1.12104/charge-do-dia-1.229195

17 fevereiro 2011

É uma bolha ou não?

“Não há bolha. O mercado da construção civil ainda está nos primórdios do desenvolvimento. O brasileiro compra imóvel para ele mesmo morar ou para o filho, não tem nada de especulação”. A afirmação é de Wilson Amaral, presidente da Gafisa, maior construtora do país no segmento residencial e dona das marcas Tenda e Alphaville.
Veja sobre as previsões sobre o contínuo crescimento do setor da construção civil:
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2011/01/brasileiro-vai-passar-trocar-mais-de-casa-diz-presidente-da-gafisa.html

16 fevereiro 2011

Balaústre em paz

Com inteligência a Secretaria de Trânsito achou uma alternativa para o trânsito no local onde queria destruir parte de um bem tombado, para construir (e caro) uma rampa de duvidosa eficácia. Os veículos contornarão por trás da Estação. O leito da ferrovia está sendo pavimentado. Isto  melhorará a região, dando um pouco de paz à antes empoeirada  / enlameada bibliotequinha. Esperamos que outras melhorias venham, para melhorar as condições do transporte público, dos ciclistas e pedestres.

12 fevereiro 2011

Caos Urbano: Culpa de quem?

Algumas pessoas criticam a UFV por ter crescido. Acham que a culpa de termos uma cidade à beira do caos é conseqüência da criação ininterrupta de cursos.

Acho que é um exagero e, na verdade, há uma inversão das coisas.  A culpa não é da UFV, única e exclusivamente. A responsabilidade tem sido do poder público em negligenciar, desde há várias décadas, o planejamento urbano de forma sustentável. Os prefeitos sempre foram seduzidos pela ilusão do que vinha sendo feito significava progresso. Às vezes, quando tentaram organizar as coisas foram ameaçados de impedirem a criação de empregos na cidade, ou de que as construtoras iriam embora de Viçosa.  Elas não foram porque os lucros em Viçosa são extraordinários, a mão de obra é barata e a demanda permanece.
A UFV pecou na hora de interagir de modo a  dirimir os impactos de seu crescimento.

Não dá para voltar no tempo. A cidade não vai parar de crescer. Não dá para dissociar Viçosa da UFV, nem vice-versa. Não temos que caçar culpados indefinidamente. Muitas coisas têm de mudar para continuarmos a desenvolver, pois todo mundo quer isto e já ganhou muito mais que imaginou um dia.

É hora de pensar num desenvolvimento que passe a considerar com seriedade  sua combinação com a preservação do meio ambiente, pensando inclusive em reverter danos causados, a justiça social pois não podemos reproduzir a forma de criar habitações populares do modelo adotado,  e a preservação do patrimônio cultural (não é só das edificações, mas com bens imateriais como a Congada, a expressão "LESPA",  o carinhoso nome "perereca" de Viçosa) para manter e reforçar a identidade local.

Temos a explorar o potencial da linha de trem, o potencial enorme do Parque Tecnológico, o amplo conhecimento gerado na UFV, a demanda por espaços de eventos. Temos que facilitar nossa ligação física com o resto do mundo.

11 fevereiro 2011

Espigão de luxo fora da lei

Leiam esta reportagem...

Promotor cobra fiscalização em espigão de luxo ocupado em SP

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/874029-promotor-cobra-fiscalizacao-em-espigao-de-luxo-ocupado-em-sp.shtml

Acesso ao Romão dos Reis

A pequena comunidade de Romão dos Reis, próxima ao Acamari necessita de melhorias em seu acesso. O caminho é escuro. O local do ponto de ônibus está sem pavimentação e calçadas. A comunidade toda tem uma péssima pavimentação.

04 fevereiro 2011

Pasquim de Viçosa

A "imagem do progresso" de Viçosa 

O jornal Folha da Mata publicou hoje, no editorial a seguinte expressão:

"Seria de bom alvitre que os hodiernos e zelosos - e muitas vezes xiitas - curadores do Patrimônio Histórico Municipal, que não deve ser só material e exacerbadamente arquitetônico, como quer a caterva abrigada no DAU/UFV, desviasse-se de sua azucrinante sina, ..."

Caterva é sinônimo de corja, súcia, malta. Azucrinante quer dizer que importuna, que irrita.
É esta caterva que foi colocada nas duas vezes que houve a avaliação nacional do ENADE como o melhor curso do Brasil. É esta caterva azucrinante que conseguiu impedir  que muitas outras aberrações fossem permitidas na Viçosa de tantos nativos de quatro costados que não se preocupam com o que estão deixando para o futuro.
O escritor não nos intimida com sua agressão revestida de palavras difíceis. Vamos exigir nosso direito de resposta, na mesma página que disse tantos disparates.
Por favor, não precisam comprar o jornal. É mal redigido,  mal diagramado, pleno de erros de grafia e tem um dono/editor mal educado, retrógrado e com um editorial pouco lido, graças a sua verborragia dotada de cultura de dicionário. Ele deveria concluir o curso de História para rever seus conceitos ultrapassados.
Por fim, parafraseando Montesquieu:

"Qualquer homem investido do poder (de publicar) está apto a dele abusar".

Praça suja e feia

A Praça Silviano Brandão  está em péssimas condições de manutenção e se tornou um lugar muito desagradável de estar. A principal praça da cidade está ocupada por barracas e quiosques de todo jeito, com o mobiliário e piso quebrados, vive suja e não inspira segurança para a população.
É preciso recuperá-la!

02 fevereiro 2011

Pacto Pró-Viçosa




A Câmara Municipal tem sido palco de muitas manifestações sobre a necessidade de termos o Plano Diretor aprovado. O anteprojeto de revisão do Plano foi entregue ao prefeito e depois à casa legislativa em 2008. De lá para cá houve apenas uma tentativa de aprová-lo às pressas e desfigurado.

Há uma saída para o impasse. Alguns vereadores e técnicos reclamam do tamanho do plano. São 732 artigos, mas a maioria é de artigos que eliminarão uma série de outras leis que perderão sentido ou precisam de alterações em função do plano. Esta parte pode ser avaliada em separado, posteriormente, deixando o plano com menos artigos para análise.

Será necessária a discussão de uma agenda para colocá-lo em pauta novamente para que a cidade não fique sem ele, para evitar o crescimento descontrolado que ocorre e para implantar o que a população definiu como prioridades. É importante que todos os agentes - construtores, técnicos responsáveis pela sua elaboração, delegados eleitos, vereadores, cidadãos interessados, incorporadores, investidores, engenheiros, arquitetos ministério publico e vereadores - sejam convidados a participar da construção de um pacto pró Viçosa, que apareçam para discutir o que fazer com o plano e com o futuro da cidade. É importante que, além do convite, eles realmente coloquem seus interesses às claras. Assim, o plano poderia ser atualizado e votado.

É importante lembrar que o plano diretor não é panacéia. Ele, por si não resolverá nada. É preciso dar condições para sua implantação, sobretudo com a vontade política; com um IPLAM bem dirigido e equipado; com a atuação efetiva e acatada dos conselhos municipais - afinal plano e planejamento têm de ser participativos -  e com um sistema de fiscalização eficiente.

Para pensar sobre o Patrimônio Histórico

Retirado de:


http://raquelrolnik.wordpress.com/2011/01/31/belas-artes-valor-imobiliario-nao-pode-ser-o-unico-que-conta-na-politica-de-uso-e-ocupacao-do-solo-da-cidade/« 

Cine Belas Artes: valor imobiliário não pode ser o único que conta na política de uso e ocupação do solo da cidade

31/01/11 por raquelrolnik
 Apesar da abertura do processo de tombamento do Cine Belas Artes – na emblemática esquina da Consolação com a Paulista – pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), o cinema, até agora, apenas ganhou uma sobrevida até o final de fevereiro.
Isso porque o proprietário está pedindo um valor pelo aluguel que é impossível pagar, como já declararam os sócios do cinema a vários jornais da cidade. Ele quer um reajuste dos atuais R$ 63 mil para R$ 150 mil. São 138% de aumento.
Muitos contestam a idéia de “tombar’ o cinema, alegando que só seria “tombável” aquilo que detém valor arquitetônico excepcional. Essa é uma postura que expressa uma visão de patrimônio cultural já superada. A mobilização de centenas de milhares de paulistanos para que o Belas Artes continue onde está demonstra que muitas pessoas não pensam assim.
O caso do Belas Artes, na verdade, revela que o tombamento é mobilizado como medida extrema e desesperada numa cidade (e em um país) onde os valores de uso, a qualidade da vida urbana, os significados histórico-culturais construídos por seus habitantes são totalmente desprezados pelos instrumentos de controle do uso e ocupação do solo, que seguem unicamente a lógica do uso ou forma de construir mais rentável para cada uma das localizações.
A força de uma cidade não se faz apenas dos números de sua dinâmica econômica, mas muito também da capacidade de sua gestão respeitar e fomentar valores coletivos.