10 junho 2018

EXPECTATIVA


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, em 07 de junho de 2018

Uma das matérias publicadas neste jornal, na edição de 30 de maio, me chamou atenção. Trata-se da situação do Plano Diretor Participativo de Viçosa, que se encontra na Câmara Municipal, para nova análise, desta vez pela Comissão de Constituição e Justiça, passo importante para a sua possível e desejada aprovação.

O Plano Diretor Participativo de Viçosa, que está na forma de projeto de lei de número 019/2017, já esteve na Câmara Municipal por um longo tempo. Voltou para as mãos do Prefeito por uns meses e agora volta para a casa legislativa para tramitação. Importante lembrar que o projeto de lei foi um produto amplamente discutido com a sociedade durante sua elaboração. Foram dezenas de reuniões em vários bairros da cidade e na Câmara Municipal. Sempre houve abertura para esclarecimentos e aperfeiçoamento do texto. Enfatizo aqui que todo o processo foi conduzido com a disponibilização de oportunidades de discussão. Foram amplamente divulgados os locais das reuniões, com a antecedência regulamentar de quinze dias, via cartazes com calendários das reuniões, editais publicados em jornais locais, matérias e chamadas na mídia disponível. Relatórios, fotos, notícias, artigos, postagens na rede mundial de computadores, foram alguns do vários meios de divulgação do processo.

Em cada reunião pública e temática, foram eleitos delegados, representantes dos presentes. Posteriormente, os delegados receberam com antecedência os relatórios das Leitura Técnica e Participativa para análise e aprovação em audiência pública. O material aprovado foi a matéria prima para a elaboração da minuta do Plano. A minuta foi entregue com antecedência para cada delegado analisar, aprovar, alterar ou incluir propostas. Isso foi discutido e aprovado em Debate Público, realizado em 19 de Setembro de 2015. 

Quando esteve na Câmara, o Plano Diretor foi objeto de reuniões semanais para leitura e discussão, item por item. Os membros do grupo técnico, principalmente o Professor Antônio Tibiriçá, o diretor do IPLAM na época; o engenheiro civil Romeu da Paixão e a arquiteta e urbanista Gerusa Borges Coelho, agora Diretora do IPLAM, pacientemente, se colocaram à disposição para apresentar o Plano e esclarecer ponto a ponto, em reuniões em que todos os vereadores foram convidados. Até mesmo uma proposta extemporânea entregue à Câmara Municipal com várias alterações de regras para construção foi avaliada pela Comissão.

Não há nenhuma desculpa para se questionar se o processo foi participativo ou não. Não apareceram nas reuniões pessoas quem não quiseram colocar suas propostas em discussão. Isso nem é bom, pois são nos conflitos que as questões devem ser levantadas, discutidas e pactuadas. Pretende-se agora passar novamente um pente fino no texto do Plano. Esse trabalho é importante ser feito, já que se trata de uma lei essencial para o crescimento ordenado e planejado de Viçosa, por isso precisa ser bem entendida para ser aprovada.  É importante concluir o processo de análise do Plano para que ele seja aprovado e se torne um importante documento com as regras para o crescimento sustentável e para o ordenamento do território do município. Viçosa precisa do Plano Diretor para obter recursos para as ações, obras e programas nele previstos. 

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