31 dezembro 2019

FELIZ 2020! ou TEMPOS COMPLEXOS


TEMPOS COMPLEXOS

Êta 2019!

 Que ano tenso, denso e complexo em todos os âmbitos: no mundo, no Brasil, em Viçosa!  Nesse redondo ponto pálido azul, houve o acirramento da tomada do poder por uma direita histérica e perigosa. Dezenas de milhões de pessoas continuaram a ser expulsas de seus países e mal vindas aonde conseguiram chegar. Centenas de milhões de pessoas mudaram para as cidades, principalmente as de países pobres; cidades sem infraestrutura para suportar esse processo.  A fome, as doenças, a obesidade e os conflitos estão em todos os continentes. Até o Papa, uma figura de ética magnífica, ganhou inimigos ideológicos. Os impactos do aquecimento global ficaram mais evidentes com as mudanças climáticas. Tivemos mais períodos de secas e de inundações, mais furacões, recuo das geleiras, descongelamento do permafrost e aumento do nível do mar.

O esférico planeta Terra presenciou a mudança de um dos seus países, de amigo para vilão do meio ambiente. Queimadas e desmatamentos foram estimuladas por um governo irresponsável. O óleo derramado em quase todo litoral teve sua origem abafada. Multiplicaram-se a impunidade e os números de assassinatos de líderes políticos, de lideranças indígenas, de mulheres e de ambientalistas. Educação, ciência e cultura sofreram críticas pela ignorância desenfreada dos governantes. Escândalos envolvendo políticos não acabaram, mas foram abafados. Ampliaram-se discursos contra pobres, pretos e LGBTs. A falta de confiança nas instituições se ampliou. Acabaram com o Ministério das Cidades; ameaçam rasgar o Estatuto da Cidade e até mesmo acabar com as pequenas cidades. Quem confia nos governantes, nos parlamentares e nos juízes dos altos tribunais? Temos um energúmeno presidente que vomita diariamente besteiras e impropérios; espalha e estimula a mentira, a ignorância e o desrespeito. O governo federal deixou de ser laico e é dominado pelos líderes das igrejas pentecostais e neopentecostais. Nossa economia patinou e criou milhões a mais de empregos informais e mal pagos. E ainda tem quem apoie esse governo. Nossa outra grande vergonha: o Brasil ficou em penúltimo lugar no planeta em desigualdade social.

Quem matou Mariéle? Quem derramou o óleo? O laranjal vai ficar impune?

Chegando mais perto, nas nossas Minas Gerais, os crimes ambientais contra o Rio Doce e Brumadinho continuam sem soluções e as devidas indenizações. Barragens continuam a ameaçar a vida de milhares de pessoas. Salários dos funcionários públicos estaduais, como os professores permaneceram atrasados. Aqui em Viçosa, a área central ganhou praças arrumadinhas. Viçosa também ganhou um Plano de Mobilidade, realizado com participação popular. Viçosa quase ganhou um plano diretor, feito também com base na participação popular. O Plano teve um revés forjado pelas mentiras e ameaças apoiadas por aqueles que não querem regras ou que não se satisfazem com o que é sustentável. Com isso, o território municipal continua a ser ocupado irregularmente, por causa da ganância, da destruição ambiental e da expansão urbana esparsa.

2019 foi um ano quase surrealista, com muitas reversões de valores. Nós brasileiros, além de atrasados, nos atrasamos ainda mais, moral, sócio e economicamente. Ficamos mais pobres e mais alienados. Perdemos direitos sociais e trabalhistas. Espero, mas com muito ceticismo, que em 2020 seja possível voltar aos poucos aos trilhos do respeito, da valorização da ética, do conhecimento e da construção de um país, de um estado e de uma Viçosa menos desigual.

Foto:
https://www.brasildefato.com.br/2019/12/27/retrospectiva-2019-or-militarismo-logica-privatista-e-corte-de-verbas-na-educacao/

30 dezembro 2019

UM BELO MUSEU

 Frente da galeria de Belas Artes (1922)

Vila Ferreira Lage - arquitetura neo-renascentista.

 Acesso confortável e apoio.

Parquuseu:  lago  e a vegetação e os caminhos ao seu redor.

Fotos Ítalo Stephan, Dez. 2019

28 dezembro 2019

ACESSIBILIDADE



Fonte:
Lee Cadeirante:

https://www.facebook.com/leecadeirante2022/?__xts__[0]=68.ARCxMRqRA4Y14I5ybaIXMmrkcGfhRywS5bFU9HjAirL6Qz9kw70tEesHEcLh1O3OnZ0FysldEdYHEerHrsmGPe6-gDM367xNj4z8_XJrzmdTsHriAclBuzQUbEdu-gedEhmGqXs6Ih4_00fuZNzWWOAhttU6Cjw4s66j_H_Fdg0mvqSQZf6y2Y6kf0Sou0byeULpHV4kWrJMN41Uz9472YbA_hKpbtT6uhSAa1HvO-lzk5_8np_78vmetJ8lLpc9FTw3B0qRyH3DVNL84ZdJ5yxkqyFPLmyUaZfHNKSAVTy5m8egxKOI21zarD2qJ0NyTglkaD8RwasRqxvPKjhMhAKhe7sUQUaSCzJC8uHFDQeD1_89oyuTlFkf&__tn__=k*F&tn-str=k*F

27 dezembro 2019

ESCLARECER É IMPORTANTE

Viçosa-MG, área central.Vista do Shopping Chequer - irregular, improvisado, por sobre dois cursos d'água. Foto Ítalo Stephan, dez. 2019. Ao fundo, a estação rodoviária.

Temos sempre de tomar cuidado ao ler e depois avaliar as notícias. Tem havido mal entendidos. Há algumas semanas, foi noticiado que o plano de Mobilidade não contemplava a linha férrea.  Mais recentemente, a notícia foi a de que o mesmo plano iria acabar com o Shopping Chequer. É importante fazer alguns esclarecimentos e alertas sobre o assunto.

O Plano de Mobilidade Urbana de Viçosa – PlanMob – foi recentemente aprovado pela Câmara Municipal de Viçosa. Assim como o plano diretor (infelizmente rejeitado sob grande pressão dos bastidores), o PlanMob é um importante instrumento de política urbana. Sorte que ao menos este foi aprovado, mesmo com pouca discussão na Casa Legislativa.

O PlanMob é uma exigência legal para todos os municípios com mais de vinte mil habitantes, e a ele ficam vinculadas liberações de recursos para uma série de obras de melhorias para a mobilidade urbana. O plano traz muitas propostas para melhorar as condições de circulação de pedestres e de ciclistas; do transporte coletivo e da estrutura viária.

Mas vamos aos pontos noticiados. O melhor é consultar a fonte, ou seja, o plano. Para conferir o texto do plano é só ir à página do face book “PlanMob Viçosa”. O primeiro ponto foi sobre a suposta omissão do PlanMob quanto à linha férrea.  O que não é verdade. São pelo menos nove artigos que tratam dela. Dentre os objetivos estão “utilizar o potencial do leito da linha férrea em toda sua extensão” e “urbanizar o leito da linha férrea dentro do perímetro urbano”.

Dentre as diretrizes estão: “preservação da linha férrea, incluindo o seu leito e trilhos remanescentes”; a “realização de estudos de viabilidade para a construção de trechos de vias urbanas” em sua extensão; a “utilização do leito férrea como alternativa para construção de calçadas, de ciclovia e de espaços de lazer de uso público” e o “impedimento da invasão da faixa de domínio da linha férrea por edificações”. Há propostas de curto prazo como: “promover a reintegração de posse de trechos da linha férrea que foram invadidos”; “elaborar projeto urbanístico para o leito da linha férrea” e “implantar o sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT), da linha férrea no campus da UFV”. Há propostas de médio prazo, como a implantação de ciclovia paralela ao leito da linha, interligando o campus da UFV ao distrito de Silvestre. A longo prazo, o PlanMob prevê implantar VLT no trecho entre a UFV e o Parque Tecnológico.

O segundo ponto, apresentado de forma um pouco distorcida, foi sobre o Shopping Chequer. Eis o que está previsto no PlanMob: “Caberá à Administração Municipal providenciar a elaboração de projetos urbanísticos para, pelo menos, os seguintes logradouros públicos, dentre eles a área do atual Terminal Rodoviário e do Shopping Chequer. Isso é um processo que poderá durar alguns anos. O projeto deverá prever a desativação do atual terminal rodoviário e a implantação de novo terminal num dos eixos de expansão da cidade, em local a ser definido. O atual terminal passará a receber os ônibus da microrregião. Será acrescentado um pavimento, ao nível da avenida, para receber as lojas do atual shopping popular. O local do atual shopping será transformado em uma agradável praça. Viçosa vai ganhar um belo espaço urbanizado, espero que não demore muito.


23 dezembro 2019

APOIO À NOTA DE REPÚDIO


Repúdio: dono da Havan chama acessibilidade de burocracia inútil.
Logotipo do SISEJUFE

Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Estado do Rio de Janeiro - SISEJUFE

"A diretoria do Sisejufe, por meio do Departamento de Acessibilidade e Inclusão (DAI), repudia o vídeo lamentável do empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, divulgado em suas redes sociais na quinta-feira (19/12). No depoimento, ele chama de “burocracia que para nada serve” as regras para inclusão de recursos de acessibilidade em estabelecimentos comerciais do País.

Referindo-se a uma de suas lojas, em Chapecó, Hang afirma que “a prefeitura conseguiu ultrapassar o ridículo”, mostrando diversos documentos municipais sobre o tema. Ele reclama das marcas de sinalização obrigatórias no chão da loja – o piso tátil – afirmando que “é horrível e serve para nada”. Luciano critica, ainda, o fato de ter que disponibilizar cadeiras de rodas no interior da loja.

Em outro trecho, fala sobre a área externa do estabelecimento. O empresário reclama das vagas reservadas de estacionamento e diz que acessibilidade “custa caro”.

Para o Sisejufe, ao fazer tais comentários, Luciano Hang, desrespeita e fere a dignidade das pessoas com deficiência, segmento composto por 45 milhões de brasileiros. Além disso, demonstra total falta de conhecimento da legislação, uma vez que as exigências destacadas pelo empresário estão previstas em legislações federais, como a Lei da Acessibilidade (n° 10.098/2000), a Lei Brasileira de Inclusão (LBI nº 13.146/2015) e as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Vale destacar que a acessibilidade visa tornar possível a plena participação das pessoas com deficiência em espaços públicos e privados. Convém ressaltar também que, segundo a NBR 9050, todo recurso de acessibilidade dispõe de um protocolo de medidas e gabaritos – o que permite que os espaços e equipamentos sejam disponibilizados de forma eficaz para quem necessita – e este documento está em conformidade com a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e com a LBI.

O Departamento de Acessibilidade e Inclusão reforça que as colocações do dono da Havan são reflexo do pensamento de uma parcela da sociedade, que discrimina pessoas com deficiência e legitima o preconceito em discursos de ódio. Atitudes repugnantes como a do senhor Hang nos mostram que a luta em prol da acessibilidade, do respeito e da busca pela qualidade de vida das pessoas com deficiência deve ser diária e ininterrupta."

Fonte:
https://sisejufe.org.br/noticias/repudio-dono-da-havan-chama-acessibilidade-de-burocracia-inutil/?fbclid=IwAR0L5eWJI4sp99YLV2wsM-FQItPAgQ0BQq3keeXaFJUKZ_XloUX5ASUMIw4


19 dezembro 2019

Nova balaustrada

Mais de 50 anos depois, o Balaustre ganha uma extensão, em direção à Av. P. H. Rolfs. De uma área mal cuidada, ganha uma sensível melhoria.

Início, pela Rua padre serafim, com a regularização da escada e a construção de rampa.

Início, pela Av. Bueno Brandão. Melhora significativa do aspecto.

Árvores mantidas, qualidade do espaço urbano melhorada.
Fotos Ítalo Stephan, Dez. 2019.

18 dezembro 2019

DESMANCHANDO...

15/12/2019
E aí Conselho do Patrimônio?
Casarão eclético na av. Bueno Brandão, onde funcionou o restaurante Cedrus. 
Deterioração visível, desmanche dos fundos prá frente, do telhado para baixo. 
Vai virar mais um estacionamento?

REALIDADE



Casa demolida...

virou estacionamento.




16 dezembro 2019

ESCLARECER É IMPORTANTE

Linha férrea em Viçosa-MG: grande potencial a ser explorado

Temos sempre de tomar cuidado ao ler e depois avaliar as notícias. Tem havido mal entendidos. Há algumas semanas, foi noticiado que o plano de Mobilidade não contemplava a linha férrea.  É importante fazer alguns esclarecimentos e alertas sobre o assunto.

Mas vamos ao ponto noticiado. O melhor é consultar a fonte, ou seja, o plano. Para conferir o texto do plano é só ir à página do face book “PlanMob Viçosa” - A suposta omissão do PlanMob quanto à linha férrea.

São pelo menos nove artigos que tratam dela. Dentre os objetivos estão “utilizar o potencial do leito da linha férrea em toda sua extensão” e “urbanizar o leito da linha férrea dentro do perímetro urbano”.

Dentre as diretrizes estão: “preservação da linha férrea, incluindo o seu leito e trilhos remanescentes”; a “realização de estudos de viabilidade para a construção de trechos de vias urbanas” em sua extensão; a “utilização do leito férrea como alternativa para construção de calçadas, de ciclovia e de espaços de lazer de uso público” e o “impedimento da invasão da faixa de domínio da linha férrea por edificações”.

Há propostas de curto prazo como: “promover a reintegração de posse de trechos da linha férrea que foram invadidos”; “elaborar projeto urbanístico para o leito da linha férrea” e “implantar o sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT), da linha férrea no campus da UFV”.

Há propostas de médio prazo, como a implantação de ciclovia paralela ao leito da linha, interligando o campus da UFV ao distrito de Silvestre.

A longo prazo, o PlanMob prevê implantar VLT no trecho entre a UFV e o Parque Tecnológico.

15 dezembro 2019

BRASIL DESIGUAL



Farra nos legislativos,
Mortes nos hospitais.
Brasil, país mais desigual do planeta!
Desprezo pela universidade!

Insanidade total!


Fotos:
https://www.notibras.com/site/sem-material-e-sem-medico-hospital-de-sobradinho-vive-verdadeiro-caos/
https://extra.globo.com/noticias/rio/funcionarios-da-alerj-recebem-salario-sem-dar-expediente-24116690.html

SOBRE AS NOTÍCIAS A RESPEITO DO PLANO DE MOBILIDADE


Vista do Shopping Chequer - improviso, irregular, esteticamente  desagradável.

Temos sempre de tomar cuidado ao ler e depois avaliar as notícias. Tem havido mal entendidos. Recentemente, a notícia foi a de que o  Plano de Mobilidade iria acabar com o Shopping Chequer.  Não é bem assim. Todo o processo deverá ser bem discutido, principalmente com os ocupantes das lojas atuais.

É importante fazer alguns esclarecimentos e alertas sobre o assunto.

Vamos ao ponto noticiado. O melhor é consultar a fonte, ou seja, o plano.

Eis o que está previsto no PlanMob:

“Caberá à Administração Municipal providenciar a elaboração de projetos urbanísticos para, pelo menos, os seguintes logradouros públicos, dentre eles a área do atual Terminal Rodoviário e do Shopping Chequer. Isso é um processo que poderá durar alguns anos. O projeto deverá prever a desativação do atual terminal rodoviário e a implantação de novo terminal num dos eixos de expansão da cidade, em local a ser definido.

O atual terminal passará a receber os ônibus da microrregião. A proposta é a de que seja acrescentado um pavimento, ao nível da avenida, para receber as lojas do atual shopping popular. O local do atual shopping será transformado em uma agradável praça.

Caberá até mesmo uns quiosques nesta futura praça.

07 dezembro 2019

PLANO DE MOBILIDADE DE VIÇOSA - APROVADO!

O Plano de Mobilidade Urbana de Viçosa foi aprovado.
Ele viabilizará a vinda de recursos para melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade urbana em Viçosa.
Bem vindo! que seja útil para melhorar a nossa qualidade de vida.

CIDADE AMIGA DO IDOSO



Importantíssimo conhecer
https://www.who.int/ageing/GuiaAFCPortuguese.pdf

01 dezembro 2019

PLANO DIRETOR REPROVADO


Artigo publicado no jornal Folha da Mata, Viçosa-MG, em 28/11/2019.

A votação final do projeto de revisão do Plano Diretor de Viçosa teve um final previsível, mas lamentável.  A votação foi um espetáculo de máscaras, de horror, de histeria, de mentira e de cinismo.  O Plano foi rejeitado por 8 vereadores. Venceu a política, a política ruim, a política da coerção, do rabo preso, da ameaça e da ignorância.  Repudiaram-se, com soberba, as recomendações do Ministério Público, do Prefeito e da Leitura Participativa, elemento aglutinador do conteúdo do projeto. A notável convicção dos contrários ao plano não admitiu interferência de quem quer que fosse. Aparentemente, pois essas bizarras interpretações cênicas esconderam quem está por trás, ou por cima, como manipuladores de marionetes, que não aceitam o Plano.

Na plateia, ao lado dos defensores do Plano, enfim apareceram alguns dos engenheiros e construtores. Ausentes durante todo o processo participativo, foram lá aplaudir o passo atrás; foram bajular os marionetes dos construtores e dos milionários chantagistas e especuladores. Garanto que foram lá sem conhecer o Plano. Só tinham uma vaga noção do que a eles interessa: a possível limitação prevista de construir o máximo que puder em um terreno, sem considerar os aspectos de infraestrutura urbana. Uma pessoa mostrou dois cartazes. Um com os dizeres “Sávio Plano diretor ateu” e eu mereci um cartaz com os dizeres “Ítalo, o povo não é bobo”.

Os oito votantes “defenderam” os pobres de um Plano que se ampara nos princípios da função social da propriedade e da cidade, na sustentabilidade, na justiça social, nos programas sociais e na demanda legítima da população. Desses oito que rejeitaram, quantos leram o Plano? Quantos ignoraram as dezenas de reuniões disponibilizadas para esclarecimentos? Quantos foram às audiências públicas que também serviram de esclarecimentos sobre os muitos pontos do projeto de lei? Acusaram levianamente o plano de gerar desemprego; de expulsar pequenas empresas do lugar; de gerar insegurança jurídica; de piorar a qualidade (será que é possível?) e de aumentar o custo das construções. Para justificar o voto contrário, defenderam ardorosamente os mecânicos, os serralheiros, os marceneiros, os pobres trabalhadores, como se o Plano fosse uma sentença de morte. Por trás dessas acusações, havia as ameaças dos inúmeros defensores, de última hora, “do povo”. A quem eles quiseram enganar? Essa estratégia sórdida e rasteira da distorção dos fatos, da fake news, venceu, como fenômeno que vem dominando o mundo. Sinto muito, mas os oito votantes não defenderam nada do “povo”; defenderam apenas os interesses dos que mandam na cidade.

Jogaram o Plano Diretor fora. Quem perdeu não fui eu, nem o digníssimo professor Tibiriçá, nem o respeitabilíssimo Chico Machado, nem as arquitetas e urbanistas Lutércia e Gerusa (do IPLAM), nem meu amigo professor Luiz Fernando; nem o advogado Randolfo, nem o nobre vereador Sávio, nem os vereadores que votaram a favor, nem o prefeito, nem os nobres delegados. Viçosa toda perdeu, perdeu feio. Ah, sobre o plano ateu, esse adjetivo surgiu em função de uma solicitação da reunião do bairro Santo Antônio, que tratava de questões da igreja, as quais julgamos não serem pertinentes ao plano. O Plano não é ateu, nem católico, nem espírita, nem judeu. É democrático em essência.

Por fim, concordo com o cartaz a mim dedicado. O povo não é bobo.

Veremos isso na próxima eleição.


PLURIS 2020


https://pluris2020.faac.unesp.br/