12 março 2011

Um dia a casa cai


É perturbadora a forma com que a cidade vai crescendo, cortando morros, criando barrancos. Prédios são incrustados nos morros de alta declividade, onde não deveriam haver construções. Não há proteção: a terra fica simplesmente exposta, ampliando riscos.
É este o progresso que se quer? Prédios de péssima qualidade projetual, inseguros, em ruas muito inclinadas com péssima pavimentação. Calçadas, nem pensar.


Cadê a fiscalização (Prefeitura, CREA, Codema, IPLAM) para proprietários, construtores, engenheiros e arquitetos responsáveis por esses absurdos?
Você moraria num prédio cercado por barrancos mais altos que ele, sem nenhuma proteção?
Você teria uma noite de sossego sabendo que seu vizinho da rua de baixo, ou da rua de cima, armou uma verdadeira armadilha e acha que apenas a crença em Deus seguraria?
Quem responderá pelos possíveis danos futuros?
 As armadilhas vão sendo armadas. Um dia a casa cai.

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