22 novembro 2019

PLANO DIRETOR REPROVADO



Plano Diretor Reprovado

Um final previsível. A votação foi uma noite de horror, de histeria, de mentira e de cinismo. Venceu a política, a política ruim.  Repudiou-se, com soberba, as recomendações do Ministério Público e do Prefeito e da Leitura Participativa.

Enfim apareceram os engenheiros e construtores! Ausentes durante todo o processo, foram lá aplaudir o passo atrás, a mesmice, bajular os marionetes de deputados e dos construtores, dos milionários especuladores.

Os oito votantes defenderam os pobres de um plano que se ampara nos princípios da função social da propriedade e da cidade, na sustentabilidade, na justiça social, nos programas sociais e na demanda legítima da população.

Acusaram o plano de  gerar desemprego; de expulsar pequenas empresas do lugar; de gerar insegurança jurídica; de piorar a qualidade (será que é possível?) e aumentar o custo das construções.

Dos oito que rejeitaram, quantos leram o plano? Dos oitos, quantos foram às dezenas de reuniões disponibilizadas para esclarecimentos?

Viçosa perdeu, perdeu feio. Jogaram um plano diretor fora.

Aproveito para dizer que, depois de 27 anos de luta por Viçosa, sendo chamado de marciano, Dom Quixote, Cabeça-de-bagre, sonhador; depois de ser alertado de que acho o povo bobo, recolho ao meu gabinete.

Saio dos conselhos de patrimônio e do meio ambiente. Saio da comissão de revisão do código de o obras. Deixo de presente os projetos da Bueno Brandão e Dona Gertrudes, da reforma da rodoviária (em parceria com a arquiteta e urbanista Lutércia), da Estação Hervê Cordovil, do centro comunitário da Praça do Cruzeiro, do projeto da Delegacia da Polícia Estadual e os R$1.2000.000,00 ganhos com o projeto  e parte da requalificação do Colégio de Viçosa. Deixo, entre outras,  minha contribuição para a criação do CMCPCA, do IPLAM, das leis urbanísticas que estão em vigor. Quisera ter feito mais. Talvez o faça, de outras maneiras.

Dos planos de mobilidade e diretor, deixo-os para fazerem o que bem entenderem.

Não fui eu, nem o professor Tibiriçá, nem Chico Machado, nem Gerusa, nem Randolfo, nem os vereadores que votaram a favor, nem o prefeito, nem os nobres delegados que perderam.

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